«Que parte do seu ser gostava que ficasse, para além do que está nos seus poemas?
Não quero que fique nada. Só quero que fique a poesia, como um início para fazerem poesia também. E para se libertarem das correias que as prendem.
E os poemas morrem?
Não! Os poemas nunca morrem. Vivem nas pessoas. Ninguém pode matar um poema. A poesia nasceu para a eternidade. Há poetas que só conhecem a eternidade após a sua morte. Nem o ouvido humano apreende... Enquanto a vivência do poeta, a realidade musical e religiosa que o poeta registou pelos espaços sem fim, nas estradas da sua circulação sanguínea e sonhadora... Isso fica.»
Entrevista dada por Natércia Freire em 1999, republicada no Jornal Público em 21/05/2005, no suplemento Mil Folhas
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