quinta-feira, 2 de junho de 2005

PALETA DE PALAVRAS IX

«Que parte do seu ser gostava que ficasse, para além do que está nos seus poemas?
Não quero que fique nada. Só quero que fique a poesia, como um início para fazerem poesia também. E para se libertarem das correias que as prendem.

E os poemas morrem?
Não! Os poemas nunca morrem. Vivem nas pessoas. Ninguém pode matar um poema. A poesia nasceu para a eternidade. Há poetas que só conhecem a eternidade após a sua morte. Nem o ouvido humano apreende... Enquanto a vivência do poeta, a realidade musical e religiosa que o poeta registou pelos espaços sem fim, nas estradas da sua circulação sanguínea e sonhadora... Isso fica.»


Entrevista dada por Natércia Freire em 1999, republicada no Jornal Público em 21/05/2005, no suplemento Mil Folhas

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