quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Peekvid...

...é um sitio da internet onde se pode ver gratuitamente filmes, séries de TV, cartoon, banda desenhada, etc. É abolutamente rico em conteúdos. Por causa dele já estou na série 3 do Dr. House e na série 2 do Prision Break. Podem ver-se episódios completos de diversas seasons da 24, Lost, The L World, Nip/Tuck, CSI, Grey's Anatomy, The O.C., Friends, X-Files, The Office, you name it...
Também nos filmes, podem se ver alguns que ainda estão em cartaz de cinema, como o The Departed, Déja Vu, The Prestige, Casino Royale, Apocalypto, entre outros. Com certeza é um sítio na internet que nos faz ainda mais procrastinadores... A consultar aqui.

Para ti, José…

…para não dizeres que nunca te dei nada, toma lá esta módinha popularizada pela Adriana Calcanhoto, mas que é um velhinho samba do rio.

Lá vem o seu china
Na ponta do pé
Lig-lig-lig-lig-lig-lig-lé
Dez tões, vinte pratos,
Banana e café
Lig-lig lig-lig lig -lig-lé
Chinês,
Come somente uma vez por mês
Não vai mais a shangai buscar a "baterflay"
Aqui
Com a morena fez a sua fé

Era uma vez um país…

…mais ou menos pequeno da Europa Ocidental que um dia, para encher os bolsos a meia dúzia de "patos-bravos", virou hiper-mega loja dos trezentos.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Salazar: o embuste

Salazar é um dos maiores embustes da História portuguesa: Que veio limpar as finanças públicas, que veio acabar com a confusão política, que veio reorientar o país...
A verdade é que as finanças públicas estavam de boa saúde aquando do 28 de Maio de 1926 e mais tarde quando Salazar tomou o poder. E isso pese embora a sabotagem levada a cabo pelos círculos integristas!
A verdade é que a confusão política e a sucessão vertiginosa de governos não terminou com o 28 de Maio de 1926, tendo continuado a existir golpes de Estado depois. Claro que depois tivémos 40 anos de "estabilidade", mas isso também os russos tiveram 70 anos de estabilidade com muitas parecenças.
A verdade é que Salazar não reorientou o país. Parou-o. Imobilizou-o. Submeteu-o à apologia da pobreza, sob os auspícios da Igreja que viu assim oportunidade para continuar a ter sucesso no seu esforço de degradação da alma portuguesa.
Conto-vos um episódio interessante, e que demonstra com precisão a tacanhez imbecilizante do guarda-livros que nos governou:
Na década de 50, um ministro de Salazar apresentou-lhe um plano de saneamento básico, com o objectivo de levar água canalizada e esgotos às aldeias e vilas portuguesas. O despacho de Salazar foi negativo porque, a concretizar-se a ideia do ministro, colocar-se-ia em causa a importância social da deslocação matutina das mulheres às fontes, local onde se sabiam as novidades e partilhavam conversas. E pronto. Lá foram 30 ou 40 anos para... onde vocês sabem...
Que Salazar acreditasse que estava a fazer o melhor pelo país, não o ponho em causa, como não ponho em causa que Guterres, Durão e Santana acreditassem que estavam a fazer o melhor pelo país, mas daí a considerá-lo um dos 10 grandes portugueses...

Dia da memória

Será sempre tempo de recuperar! Seja essa (e seja, sim) a vontade dos homens.

Cor de rosinha


É o que se diz (link) dos tons do futuro equipamento alternativo do nosso Benfica. Em semana gorda para os adeptos do glorioso, até dá para rir com esta montagem.

Os fetos não são seres humanos!

Andam por aí uns defensores do "Não" no próximo referendo a dizer que o feto é um ser humano. Pois eu andei a investigar e consegui arranjar uma fotografia de um feto. E olhem que não se parece nada com uma pessoa...

Dois minutos...

...foi o tempo que chegou para abortar a curiosidade fecundada aqui. Safa!

Salazar, Salazar, Salazar!!!

Este é um post politicamente incorrecto, ideologicamente desalinhado e susceptível de irritar algumas consciências mais frágeis. Por favor, se é susceptível ao livre debate de ideias é favor mudar de canal neste momento!
Depois não diga que eu não avisei…

Hoje não é dia da Raça. Mas apetece-me dar corda à minha costela fascizoide e salazarenta - no fundo, no fundo cada um tem a sua. É verdade, por vezes tenho assim uns ataques. Normalmente sento-me e espero que passe. Hoje sentei-me, não passou rápido. Pelo contrario, intensificou-se. E decidi escrever.
A culpa é do Sol, provavelmente o semanário mais pop-chunga da Europa ocidental e arredores. Não conheço pior. O Sol vem confirmar na primeira pagina aquilo que em surdina passou primeiro para as redacções dos jornais e em seguida se foi espalhando rapidamente. Salazar foi o grande vencedor daquela coisa dos maiores portugueses. Armados em batoteiros os senhores organizadores decidiram mudar as regras do jogo. Mas Salazar, rapidamente e em força, voltou ao comando! É bem feito! Quiseram tirar os esqueletos do armário, agora aguentem-se. Viva Salazar!
Mas esta vitoria de pirro do aldeão tiranete - a confirmar-se - apresenta alguns aspectos interessantes. A meu ver, por um lado, demonstra (e confirma) que o Portugal rural, boçal, analfabeto e andrajoso é como a natureza: está ai. As elites só vão ao café com as elites e tem conversas de elites. Porque se as elites fossem ao café com o português médio facilmente se deparavam com aquele desabafo típico do "isto está mesmo a precisar é de um Salazar!". Será mesmo só um desabafo, ou mais qualquer coisa?
Por outro, demonstra a existência em Portugal de uma "direita" para alem da direita que quando quer se sabe organizar. Mas é cobarde. Tapa a cara, esconde a sua pessoa - como vimos domingo na cauda da manif do Não ao aborto. Lá, no conforto e segurança do lar, em frente ao computador ou com o telefone na mão vota…, Salazar! É curioso, não é? Vota Salazar!
O interesse da questão está precisamente nestes últimos. À ultra direita que existe em Portugal só resta a seria reorganização, e a profunda ideoligização. A ultra direita existe, ávida de um líder, ávida de um ideólogo, esfomeada por um programa de acção. E a extrema-esquerda está a pedi-la. Cada vez mais intensamente.
A ultra direita portuguesa é uma inevitabilidade. Resta saber quanto tempo mais teremos de esperar por ela.
E voltando ao tal concursito, devo ser claro; demonstrando ao que chegou a brincadeira: Antes Salazar que Cunhal!

PSL

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

CRONOS III

Mazzy Star - Fade Into You

PALETA DE PALAVRAS LV

"It's one of the great tragedies of life — something always changes."

Dr. House

Portagens em Lisboa?

Regressou à ordem do dia o tema da colocação de portagens à entrada de Lisboa. O objectivo é reduzir a entrada de automóveis na cidade para se conseguir uma melhoria no ar que respiramos e no tráfico.Assim, temos dois problemas: um, o trânsito causado pelo movimento pendular das populações, dois a qualidade do ar.O primeiro problema resulta - a meu ver - da expulsão de lisboetas da cidade para os subúrbios, que ocorreu nos últimos 20-25 anos: passámos de uma população de quase 900.000 pessoas em 1981, para pouco mais de 500.000 em 2001, agravando os movimentos pendulares, porque - até há poucos anos - os empregos mantiveram-se dentro da cidade. Como o ritmo de construção de novas urbanizações nos subúrbios não foi acompanhado pela reestruturação dos transportes públicos (e seria possível?), a classe média foi forçada a utilizar o veículo particular.Assim, em síntese, vemos que os lisboetas foram forçados a sair da cidade e a utilizar o seu veículo próprio, o que agravou o tráfico pendular.O segundo problema resulta em parte do primeiro (se há mais carros a entrar na cidade, o ar é pior), mas também do facto de a expansão da rede de transportes públicos ter sido pensada para as pessoas que vivem fora da cidade, e não para as que vivem dentro dela (incentivando as pessoas a continuar a sair de Lisboa): um bom exemplo disto é a expansão da rede de metro, que chegou à Amadora e a Odivelas sem chegar a Benfica, às Amoreiras, a Alcântara e a qualquer ponto da zona ocidental da cidade.Temos, por outro lado, de nos questionar sobre as consequências da introdução de portagens à entrada de Lisboa:

  1. É inegável que, num primeiro momento, haverá uma redução do número de veículos a entrar dentro da cidade (em prejuízo daqueles que, como vimos, foram expulsos de Lisboa nos últimos 20-25 anos);
  2. Porém, julgo também ser inegável que, com portagens a cercar Lisboa, as empresas intensificarão o seu movimento de "deslocalização" da cidade para a periferia, porque ficará ainda mais barato estar fora de Lisboa. Basta percorrer a A-5 para avistarmos edifícios e complexos empresariais ocupados por empresas e empregos que já estiveram em Lisboa;
  3. Valerá assim, cada vez mais a pena viver e trabalhar fora de Lisboa...


No ponto "1." disse que a redução do número de veículos se verificaria apenas num primeiro momento. Acredito nisso (não é uma verdade científica...) porque os condutores adaptam-se a novas situações e, além disso a experiência de portagens à entrada de Lisboa, mostra que não é a sua existência que desincentiva a entrada de carros:
Ou já se esqueceram que as entradas sul e oriental da cidade já têm portagem há muitos anos?

(em stereo no Cidadania Lx)

Grandes frases do (anedótico) jornalismo desportivo português

De Rogério Azevedo, na pagina 4 do diário A Bola deste Domingo: "O cérebro de Rui Costa é, se lhe colocaram um abola nos pés, o cérebro de Einstein".

domingo, 28 de janeiro de 2007

N Passatempos I

Hoje propômos aos caros leitores o seguinte exercício:
Apresentamos-lhe três notícias improváveis, sendo que cada um deles - em circunstâncias normais - acontecerá apenas se se verificar a conjuntura astrológica que permita que uma vaca tussa, que uma galinha possua dentes e que um porco ganhe a volta a Portugal em bicicleta.
Os nossos leitores apenas terão de escolher a notícia mais improvável, ou seja, aquela em que nem uma criança acreditará. A escolha é difícil, asseguramo-vos.

Novos meios, novas formas de fazer politica! (IV)

Ainda sobre os dislates daquela rapazola de extrema esquerda vale a pena ler: Jogo sujo por Pedro Guedes; A menina Pinto no Deserto Vermelho por Miguel Castelo-Branco; Os dois BE´s por Paulo Pinto Mascarenhas.

Quem é Fernando Silva?

Na semana que passou a sociedade portuguesa conheceu um novo nome do meio jurídico português: Fernando Silva.
Cada vez mais habituados a lidar com os grandes nomes da justiça portuguesa, muitos terão questionado de onde surgiu o "justiceiro" que liderou o pedido de habeas corpus do militar condenado por sequestro da pequena Esmeralda; mas a comunicação social, parece não ter querido chatear-se muito em saber que é Fernando Silva. Fez mal e é pena.
Obviamente não foi por acaso que Fernando Silva escolheu este caso para se apresentar ao viciado universo jurídico português.
Fernando Silva é inteligente, jovem e ambicioso; mas luta contra um percurso académico pouco ortodoxo. Natural do Oeste licenciou-se em Direito pelo polo - entretanto extinto - nas Caldas da Rainha, da Universidade Autónoma de Lisboa. Reconhecidamente um dos mais trabalhadores e brilhantes alunos dessa faculdade começou por leccionar ainda antes de terminar a sua licenciatura. Curiosamente foi ai que conheceu o actual Procurador Geral da Republica, Fernando Pinto Monteiro - o tal que não quer saber o que dizem os blogues - que o recebeu nos últimos dias. Deste foi colega, durante vários anos no corpo docente da Universidade Autónoma de Lisboa. E sempre que a Pinto Monteiro se referia o nome de Fernando Silva, o actual PGR respondia com palavras amigas e lisonjeadoras.
De facto, o jovem Fernando Silva, não só se destingui como aluno mas também como professor dessa casa que de um momento para o outro parece afirmar-se como uma escola de eminentes talentos com vontade de se afirmarem.
Quem não gosta muito do seu rigor e exigência são os seus alunos. Fernando Silva não cativa a simpatia nos discentes. Ao arrepio do "deixa-andar", Fernando Silva cultiva uma exigência e rigor "à antiga" que não deixa margem aos seus alunos. Ou estudam, muito, ou não fazem as cadeiras por si leccionadas
Tive o prazer de há pouco tempo ter sido seu aluno em duas cadeiras de Direito Penal. E posso afirma-lo sem reservas: foram as duas cadeiras em que tive de me esforçar mais para obter aprovação e uma nota decente. Em ambas me propus a melhorar a nota em exame oral. Tão cedo não esqueço esses frente-a-frente com Fernando Silva, em especial a prova que fiz da ultima dessas vezes sobre o tema do crime de participação em rixa pp pelo art. 151 CP.
Fernando Silva doutorou-se à poucos meses com uma tese em Direito Penal do Ambiente, mas é um ecléctico do direito; da família às obrigações; dos menores aos crimes em especial. Sendo amiúde convidado para leccionar no Brasil, onde dizem deixar amigos por onde passa.
Os dados estão lançados para Fernando Silva; e com o pedido de habeas corpus do sargento Luís, não se joga apenas o futuro deste.
Fernando Silva? Fixem o seu nome!

PSL

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Revisão do PDM de Lisboa IV

Lisboa é cortada por diversos muros que impedem a circulação de pessoas e veículos entre Ruas e Bairros. Um desses muros é a Segunda Circular que, salvo uma mão cheia de travessias pedonais superiores (daquelas em que se tem de andar de um lado para o outro antes de chegar ao tabuleiro, percorrendo uma distância extra-travessia superior ao obstáculo a transpor), corta a ligação social da Cidade ao longo do seu percurso.
Não encontrei uma solução para este problema na proposta de revisão do PDM (espero ter procurado mal), mas julgo que é inadmissível a existência, por exemplo, de uma distância de 2 km entre a Estrada da Luz e o Campo Grande, ao longo da qual é impossível a travessia rodoviária da Segunda Circular a partir dos bairros que esta atravessa: o Eixo Norte-Sul é uma via estruturante e não conta para este campeonato, além de ser também um muro...)
Soluções para este problema (aproveitando o facto que a função agora desempenhada pela Segunda Circular passará para a CRIL, quando concluída) há várias:
  1. Construção de passagens inferiores para peões e automóveis;
  2. Rebaixamento da Segunda Circular, transformando-a numa Avenida a sério; ou
  3. Rebaixamento da Segunda Circular nalguns pontos, transformando-a em semi-túnel.
Só não consigo apresentar uma solução para os custos de uma empreitada deste tipo, numa Câmara Municipal falida...

Há Liberdade (LIII)

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Ultimo dia em Theaupoo por Frederico Martins

Lisboa no presente

Eu gostava de escrever qualquer coisa sobre a gestão de Carmona Rodrigues em Lisboa, e como ela tem aumentado exponencialmente a degradação da cidade; mas qualquer coisa que demonstrasse cabalmente a ruína dessa gestão e, consequentemente, da cidade.
Eu gostava também de escrever que não estou (pessoalmente, sublinho) minimamente preocupado se existe um, dois ou mais suspeitos da prática de crimes na Câmara de Lisboa. Não quero saber quem são ou o que fizeram.
Gostava também de escrever que a Carmona, para alem de outras coisas mais, falta autoridade, competência e rigor. E que ele é mais uma enorme desilusão. Os lisboetas já não se lembram de ter um Presidente na sua edilidade digno desse adjectivo.
Gostava ainda de escrever que é por estas e muitas outras razões que não me importava nada que houvessem eleições intercalares para a Câmara e Assembleia Municipal de Lisboa. E que este desejo nada tem a ver com putativos ladrões autárquicos. Pois, infelizmente, hoje em Portugal ser funcionário autárquico é sinónimo de ser gatuno.
Gostava de escrever sobre isto e muito mais. Mas não sei. Sabe VPV.
Se as colunas de opinião fossem abaixo-assinados, a crónica de hoje (link só para assinantes) teria a minha assinatura à cabeça.

PS: O que é que isto pode ter a ver com uma Republica de Juízes (link) é que eu não consigo entender. De todo.

PSL

Mais Cinema, mais Sundance Film Festival

Depois de colocar aqui o primeiro filme da série "Iconoclastas", sobre Eddie Vedder e Laird Hamilton, proponho, para quem não sabe, que vejam "Cidade de Homens", a continuação em série do filme "Cidade de Deus" (2002), do arquitecto que virou cineasta Fernando Meirelles. Estas duas séries estão presentemente a ser vistas pelo júri e participantes no Sundance Film Festival 2007, que podem acompanhar aqui e também pelo videoblog no Youtube. Não percam os cheirinhos que aqui vos deixo.

Trailer:


Episódios:


Novos meios, novas formas de fazer politica! (III)

Porcos trotskistas!
Isto (link) que os bloqueados de esquerda estão a tentar fazer é inqualificável. São métodos de gente porca, sem inteligência, que não olha a meios para vencer uma batalha. Gente sem lugar numa democracia como há muito defendo. Porcos trotskistas!
Com o debate a baixar vertiginosamente de nível, não admira que o sim esteja a perder adeptos, e que a abstenção esteja a ganhar terreno.

PSL

Novos meios, novas formas de fazer politica! (II)

Ainda quanto ao referendo do próximo dia 11, já aqui (link) deixei algumas notas do que penso sobre o tema.
Mas somos seres racionais. E racionalizar é uma coisa boa!
Estou longe de decidir o sentido do meu voto, sendo que neste caso particular, face à actual lei do referendo, a abstenção surge como uma posição com sentido e valor.
O que me parece, é que a posição agora mediatizada por Marcelo, é a que se aproxima mais daquilo que sempre senti em relação ao aborto.
Despenalizar ou descriminalizar (pois são coisa diversa) sim!
Liberalizar, não!
O que está em causa, ao arrepio do que muitos querem fazer passar, não é saber se os portugueses pensam que as mulheres que abortam são ou não criminosas (e pasme-se, até já vi juízes de tribunais superiores a defenderem tal coisa), mas sim, saber se os portugueses querem viver num pais que, no limite, repito, no limite, passará a aceitar a pratica abortiva como mais um método anticoncepcional.
E esta nova dimensão da anticoncepção é inaceitável, pois como escreve JPP – curiosamente para justificar o seu sim - no Publico de ontem (link só para assinantes), a regra é que aborto é sofrimento, físico e psicológico, e é sobre esse sofrimento que vamos votar.

PSL

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Duas pequenas, mas importantes, actualizações…

…na primeira parte do post Novos meios, novas formas de fazer politica!
Continuaremos em breve, pois os temas aí abordados são ricos. E muito mais complexos do que possam numa primeira analise parecer.

PSL

Campo Contra Campo (LXXII)

Ainda sobre Babel, e a insistência justifica-se pela pole-position conquistada nas nomeações para os Óscares, podem ler aqui (link), no Noite Americana, uma opinião nos antípodas da minha (link).
Suponho ter sido escrita por alguém que sabe mais (e já viu mais) cinema do que eu. No entanto não posso deixar de estranhar o vertiginoso elogio à cena da discoteca nipónica. Cena que para alem de nada significar ainda se apresenta com graves falhas de montagem. A espaços, as mão baralham-se na mesa, e os surdos-mudos já somos nós e os restantes noctívagos, sendo a ninfomaníaca a dona dos sentido na sua plenitude.
Por vezes, as pessoas têm visões quando vão ao cinema. Ou então inventam coisas (algumas perfeitamente disparatadas) para justificar os seus gostos.

PSL

Novos meios, novas formas de fazer politica!

Muito interessante esta forma que Marcelo encontrou, recorrendo aos novos meios de comunicação, para fazer passar a sua posição quanto ao que está (verdadeiramente!) em causa no próximo dia 11. É mais um sinal - desta feita muito positivo – de que tudo está em mudança com a web 2.0. Quem ainda não viu, é agora convidado a ver o primeiro vídeo de Marcelo.



Primeiro, pois, entretanto, a esquerdalha do costume lá veio a reboque – como sempre - do progresso. E como sempre, também, baixando o nível do debate. Certamente, porque não consegue chegar a fasquia tão elevada. A seguir com atenção…

Actualização: …um dos atentos é Francisco Almeida Leite do Corta-fitas. Vale a pena ler porque é que ele pensa que depois de MRS começar a entubar nada será como dantes; outro é Pedro Marque Lopes que diz ser mais uma de Mestre a jogada de Marcelo.

E já lá vão três anos…

Ainda bem que o Jorge está sempre atento.

N MÚSICAS V



Um super talento do country rock alternativo norte-americano, intérprete, compositor e multifacetado instrumentista (começou por tocar bateria numa banda, mais tarde guitarra, entre outros instrumentos, como podem ver pelo som da harmónica).
Recentemente, na internet, lançou onze álbuns, repito, onze álbuns, na sua Cardinal Radio, sob o pseudónimo DJ Reggie, The Shit e WereWolph.
Não percam a sua página electrónica bem demolidora, aqui.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Motociclista!

Mesmo pessoas cultas e educadas continuam a utilizar esse vocábulo horroroso e depreciativo (motoqueiro) no lugar de uma das palavras mais bonitas que existem na língua portuguesa: motociclista. Porque será?
Tudo a propósito da viagem do corajoso Gonçalo (link) que merece ser divulgada e me enche de invejinha da ponta da unha do pé até ao cocuruto. Ainda por cima de moto…
Vim desse Sul há pouco; mas com um sonho bem mais modesto que o projecto do Gil: ligar a ruta 40 do Norte ao Sul da Argentina, cerca de cinco mil quilómetros, com extensão a Ushuaia. De moto.

PSL

ESPUMAS XXXIV

Fiquei de saber se há mais alguém para salvar e não encontro ninguém. Foram-se todos embora?! Ou será que ainda não me viram... está frio aqui, não admira que não se veja vivalma aqui. O caminho era este, guardei todas as directrizes na minha cabeça, que costuma ser infalível. Mesmo a dormir, prefiro guardar tudo na minha mente. Assim posso racionalizar, esta grande liberdade iluminista fora de moda. Pensar pela nossa cabeça é uma ingenuidade. Só os loucos acreditam na força do indivíduo, réstia da emancipação da existência humana. Não sei em rigor porquê, mas o inimigo é invisível, omnipresente. Todo o cuidado é pouco. Ficarei aqui sentado mais um pouco, alguém há-de aparecer. Não haverei de ficar aqui sozinho. Tanta gente a querer ser salva e depois ninguém aparece para a absolvição?! Pareceria estranho outrora, senão mesmo absurdo. A primeira luz da madrugada tarda em chegar. Daqui a pouco acordo e ainda julgo que estava a sonhar... Na verdade, está um silêncio de sono... Este lugar é deveras estranho. Ou perdi-me ou fui o único a conseguir chegar? É apenas uma dúvida, de quem atinge algo com sucesso ou chega a algum lugar ermo desconhecido em estado consciente… estou?

Campo Contra Campo (LXXI)

O que é que The Prestige - O Terceiro Passo - e Scoop têm em comum?
Mágicos e magias, Scarlett Johansson a entrar e sair de caixas de tamanhos diversos e a beijar nos lábios Hugh Jackman (os french kiss ficam para mais tarde).
Em tudo o resto são filmes muito diferentes. Confusos?
Eu fiquei roído de inveja da moda dos finais do século XIX.
Mas, vamos ao que interessa

Scoop, ***

Woody Allen deve ter uma costela portuguesa, pois sabendo fazer muito melhor, as mais das vezes não está para isso…

Não há muito a dizer sobre o sucessor do fantástico Match Point. Scoop é uma clássica comedia do norte-americano, assaz pouco feliz. Scarlett faz de Woody. Este faz de parvo. Jackman de parvinho. E Londres de cidade desinteressante. O espectador ri muito se perceber o humor fino e inteligente. E rir, com gosto, é um bem escasso. A menina linda lá vai crescendo - que pena; E tudo o resto é paisagem. Não vão na "cantiga" do NCR. Eu se fosse a vocês ia ver o filme!

The Prestige - O Terceiro Passo, ****

De olhos bem abertos. Atentos. A tudo o que mexe. Mas especialmente ao que não mexe. Porque com Christofher Nolan (Memento, Insomnia, Batman: O inicio) é outra magia. E aprecem-se antes que ele fuja. Abracadabra…
The Prestige é um filme fantástico. E como quase todos os filmes fantásticos passa despercebido.

Uma história épica sobre a rivalidade entre dois mágicos de classes sociais diversas, conduz-nos a uma viagem pela grandeza e pobreza do que fica nos sórdidos bastidores do espectáculo.
E como se de um mago da magia se trata-se, Nolan, mostrando-nos tudo mas nada nos revela, mantendo-nos presos até ao ultimo fôlego pela sede da total dimensão da verdade. E tal como num espectáculo de magia, apenas poderemos conhece-la parcialmente.

Bem realizado, "flashbacks" e "flash-forwards" com dignidade e sentido; bem produzido, reparem na riqueza do décor ou no insuportável gosto dos detalhes; bem interpretado, divirtam-se com Bowie - David Bowie - na figura de um cientista-maluco. Um conjunto delicioso, uma surpresa mais do que agradável. Bom demais para Oscares e festarólas do género.
Só para grandes apreciadores.

PSL

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

CRONOS II

"Sanvean" - Lisa Gerrard (Dead Can Dance)

Campo Contra Campo (LXX)

Babel, **

Para alem de outras coisas mais este fim de semana foi tempo de retomar o ambiente cinéfilo. E como faz falta o cinema às nossas vidas...
Tinha vos prometido falar sobre Scoop, o mais recente filme de de Woody Allen; mas como já devem ter percebido pelo subtítulo deste post, ainda não é hoje que cumpro a promessa.
Alertado por alguns bons amigos e um pouco incrédulo pela forma como foi recebido por alguma critica não resisti a me apresar no mergulho em Babel. Andei intrigado! Afinal o filme seria “brilhante” e a “não perder” como me diziam os primeiros ou dispensavel como escreviam os segundos.
Perdi “Amor Cão” e “20 gramas”, as anteriores peliculas de um tal Alejandro Gonzáles Iñárritu. Mas a avaliar por este Babel, verdadeiramente não terei perdido nada.
Babel é uma improvável historia da carochinha passada em três locais diferentes, o que é coisa muito distinta de uma historia passada em três locais diferentes ao mesmo tempo.
De facto, e este parece ser um erro basico de quem vê o filme, a historia dessenrrola-se em momentos temporais diferentes primeiro em Marrocos, depois no México (com uma ou outra sequência no Sul da Califórnia) e, enfim, no Japão. Mas, com uma tentativa claramente falhada de fazer uma montagem fresca e espertalhona “à lá Tarantino”, Iñárritu “baralha tudo e dá de novo” para ver se estamos atentos. E estamos!
Quanto ao argumento Babel é um filme com dois temas: Nada e coisa nenhuma. Um mosaico inverosimel onde o expoente maximo do ridiculo se encontra no episodio da desiquilibrada tennager Japonesa - alma penada que nunca se chega a preceber o que anda para ali a fazer despida no filme. A lentidão com que corre a narrativa é tal que algumas sequências levam ao bocejo, v.g. as cenas do casório mexicano e da saida nocturna da já citada ninfomaníaca e outras são porfundamente lamentaveis como a dos turistas abestalhados no meio da aldeia dos “bonzinhos” berbéres.

Se o objectivo fosse fazer um manifesto surrealista o filme não existiria sequer. Como o objectivo é fazer um filme sério que nos ofereça uma lição de moral sobre os maleficios da globalização o resultado é patetico.
Mas o pior de tudo é que a coisa venceu o prémio de melhor realização em Cannes e derrotou grandes obras de arte, como The Departed – Entre inimigos - nos últimos Globos de Ouro, preparando-se ainda para uma chuva de nomeações, já hoje, para a edição anual dos Oscares.
O que fica de Babel? Os meus bons amigos que me perdoem, mas do filme de Iñárritu apenas fica uma banda sonora muito interessante (Sakamoto, por exemplo), alguns lampejos de câmara à mão e uma montagem, por vezes engraçada. Muito pouco.

PSL

domingo, 21 de janeiro de 2007

Porque não?

CAA, Daniel Oliveira, Ricardo Araujo Pereira, Vasco Rato, Pedro Adão e Silva e, entre outras (os) Joana Amaral Dias, juntos no mesmo blogue?
Sim!

O nada que é tudo

Terá dito Pessoa sobre o mito.
Outra pessoa, Pacheco Pereira - com a sua habitual destreza intelectual - vem esta semana na Sábado tentar induzir-nos que na blogosfera se fala sobre nada; o que é coisa diferente d'o nada. Por certo estará a referir-se ao seus aborrecidos jardins de inverno...

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Campo Contra Campo (LXIX)

Vou ali passar o princípio da noite com ela…



…os dois no escuro, iluminados apenas por um projector; com alguns estranhos, e outros não, por perto. Prometo depois contar como foi.
PS: Ainda bem que a numeração do post vai em romano…

PSL

novamente a criança

É impressionante a leviandade, a parcialidade e a irresponsabilidade que têm caracterizado a atitude da comunicação social portuguesa no caso da criança que nos anima as conversas.
Veja-se só o chorrilho de asneiras que povoa este (excerto do) artigo do Diário de Notícias:
Uma criança. Dois nomes, duas famílias e, provavelmente, dois destinos. Um passado que apenas coincide na idade, quatro anos, onze meses e doze dias, e na data de aniversário: 12 de Fevereiro. A sua história tornou-se notícia e tem corrido o País. O pai biológico, que inicialmente a terá rejeitado(onde é que o jornalista vai buscar essa ideia? Nunca o pai da criança o disse!), reclama agora(Agora? Ou desde que soube que era pai da criança?) a tutela. O pai (Pai? Pai? Nem biológico, nem adoptivo...) que a acolheu desde os três meses(este dado é importante, vamos retê-lo) silencia o paradeiro e aceita uma condenação de seis anos no presídio militar de Tomar. Um e outro disputam a partilha da sua vida e acreditam que será feita justiça. De Cernache do Bonjardim, na Sertã, terra de Baltazar Nunes, o pai que a concebeu, a Frei João, a freguesia de Envendos, no concelho de Mação, que viu nascer o pai adoptivo(Já vimos que isto é mentira, não há processo de adopção), Luís Gomes, são muitos os que lhe sentenciam o destino e reclamam os seus direitos. Mas o futuro está por traçar. A menina continua em parte incerta com a mãe adoptiva(idem, não há mãe adoptiva!), Maria Adelina. Quem a conhece só espera que "continue com quem vive". Quem não a conhece também acredita que "está num ambiente melhor. O pai não é má pessoa, mas vai trazer a menina para o meio dele? Ele não tem condições. Nem a família. Se os senhores doutores soubessem da realidade não a entregavam". O comentário é repetido vezes sem conta(lá está a tentativa de descredibilizar o rapaz...), por gente diferente, no Tojal, freguesia do Cabeçudo, onde mora a família de Baltazar, e em Cernache, onde reside o jovem com a actual mulher. Há mesmo quem diga: "O homem que está preso tem de saber que Cernache está com ele."
(...)
Do minimercado aos cafés na rua principal, até mesmo no frequentado por Baltazar, que iniciou o processo de tutela da filha em Outubro de 2003(Ou seja, tinha a criança 19 meses, o que contraria aquilo que o jornalista acima refere como "reclama agora"), depois de ter sido obrigado(Cá está a utilização de um verbo para nos condicionar... onde é que o jornalista se baseia para dizer que o rapaz foi "obrigado"? Quando muito terá sido notificado, para saber que existia um processo de averiguação oficiosa da paternidade...) pelo tribunal a fazer teste de paternidade, não há quem cale as opiniões. "Eu tenho um neto de cinco anos, se não fosse meu e quisessem tirar-mo, não deixava", sublinha uma das clientes, Maria de Lurdes Farinha, nascida em Cernache, embora moradora há anos em Lisboa. "Não acredito que o jovem seja oportunista e esteja a actuar por dinheiro, mas acho que devia pensar na criança. E ninguém está a fazê-lo."
O resto do artigo é uma tentativa miserável de demonstração que o pai da criança, pese embora seja trabalhador, não tem condições para lhe dar uma vida ao nível que o casal que a tem junto de si lhe poderá proporcionar... Enfim, como disse acima: um chorrilho de imbecilidades...
A verdade é que o pai da criança tenta recuperá-la desde (pelo menos, e por via judicial) desde os 19 meses de idade, e a verdade é que o militar da GNR tem obstruído a justiça (pelo menos) desde Outubro de 2003.
Se a criança está com o tal casal desde os 3 meses de idade, e se ela tinha 19 meses de idade quando o processo de regulação de poder paternal entrou em tribunal, isso significará (sem certezas, admito), que já antes teria havido contacto entre o pai da criança e o casal. Tinha a criança um ano de idade.
Afinal, quem é que prejudicou os interesses da criança?...

Cinema para fim-de-semana

Chama-se "Iconoclastas", ou seja, Eddie Vedder e Laird Hamilton, e dura pouco mais de meia-hora. É demasiado extenso para um blogue, é certo, mas para quem faz surf ou bodyboard, este filme de Joe Berlinger (produzido por Robert Redford) é imperdível. Ondas perfeitas, cenários idílicos, surfista perfeito e até sentirão um arco-íris perfeito. Basta verem o filme até ao fim. Encostem-se, levantem o som e acreditem que o tempo "dropa". Desta vez, até nem me importo que comam pipocas.











A vida o amor e as vacas

A Direita é contra o aborto porque a vida humana é inviolável (v.g. campanha para o referendo em Portugal).
A Direita não é contra a guerra, especialmente se forem todos morrer longe (v.g. posições sobre a invasão no Iraque).
A Esquerda não é contra o aborto porque um feto ainda não é humano (v.g. campanha para o referendo em Portugal).
A Esquerda é contra a Tourada, porque o touro, não sendo humano, goza dos mesmos direitos. (v.g. campanhas anti-touradas).

Lá está, em matéria de fé nunca se pode esperar coerência...

A paternidade não se adquire por usucapião

  1. Uma mulher dá à luz uma criança;
  2. Esconde o facto do pai e, no registo Civil, declara-a filha de pai incógnito;
  3. O Ministério Público inicia um processo de averiguação oficiosa de paternidade;
  4. Ao mesmo tempo, a mãe entrega a criança a um casal que não pode ter filhos, com um documento (com assinatura notarialmente reconhecida) a atestar a sua vontade de iniciar um processo de adopção;
  5. No âmbito do processo de averiguação oficiosa de paternidade, o pai biológico descobre a sua condição;
  6. Desde o momento da descoberta, o pai biológico tenta exercer o poder paternal da criança;
  7. Desde o momento da descoberta, o pai biológico tenta encontrar-se com a criança;
  8. Desde o momento da descoberta, o pai biológico usa os meios legais para que a criança lhe seja entregue;
  9. Desde o momento em que foi contactado pelo pai biológico, o casal tem obstado a um encontro entre aquele e a criança;
  10. O casal recebeu uma ordem do Tribunal para proceder à entrega da criança;
  11. O casal não cumpriu a ordem do Tribunal;
  12. O pai biológico avança para uma queixa-crime, por sequestro da criança;
  13. Um dos membros do casal é condenado por sequestro;
  14. A criança continua em parte incerta, na companhia do outro membro do casal.

O que me impressiona no caso que meio Portugal discute, é a leviandade com que se diz que, se a criança está há mais de 4 anos com o casal "adoptivo" (a criança completará 5 anos no próximo mês), é porque o pai biológico apenas quis saber dela depois da confirmação pelo Instituto de Medicina Legal, acrescentando-se que a única família que a criança conheceu foi a do casal que a adquiriu a uma mulher que escondeu o nascimento do pai biológico.

O que essa gente se esquece, é que o poder paternal não se adquire por usucapião.

Adenda:

11-a. O militar usou a sua condição para obter conivência das autoridades policiais, o que fez com que estas não cumprissem os mandados de entrega da criança.

O Director Nacional da PJ e os blogues

Curiosa nota de reportagem na Sábado desta quinta-feira: Alípio Ribeiro já pertenceu a este mundo blogosférico no extinto e apagado, mas saudoso, Os Cordoeiros. Eu ainda sou desse tempo - adoro estas tiradas à ansião - e lembro-me bem da guerra que levou à sua morte e posterior nascimento do Incursões. Podem avivar a memoria, por exemplo, aqui.

PSL

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Quer esta gente ser levada a sério

A rapaziada do CDS-PP continua a brincar aos partidos políticos enquanto o país passa lá fora, parecendo a cada dia que passa querer dar razão a todos aqueles que dizem já não existir o partido do Caldas. Lamentável.

PSL

A vossa atenção…

…para o significado da letra G no Novo Dicionário Político, segundo a Geração Rasca.

Como foi o Rui Ramos que escreveu....

...pode ser que acreditem:
"Este governo está cansado de anunciar que nada quer mudar em Portugal, a não ser o absolutamente necessario para ficar tudo na mesma”.
Ler Rui Ramos nem sempre é agradavel. Pontua muito. Assim. Como eu estou a fazer agora. Quase que perdemos o fio à meada. As duas por três já nem sabemos o que ele quer dizer. Exige atenção.
A propósito: A Atlântico continua muito boa. Para alem de Rui Ramos ler – como sempre – o Henrique Raposo, e o ensaio O novo Atlântico por André Abrantes Amaral.
A não perder, também - em especial para os que desejam conhecer o que está para lá do lulismo populista - a entrevista ao colunista brasileiro Diogo Mainardi. Que diz uma frase tão genial quanto polémica: A única atitude decente que um intelectual pode tomar é odiar a própria pátria.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Aborto de dia 11

Abortar significa "dar à luz antes do fim da gestação", portanto, segundos os mais básicos princípios humanistas, ninguém deverá ser a favor de um aborto, excepto se valores tão igualmente importantes estiverem em causa. E mesmo assim, a excepção só será humanamente viável, enquanto o feto não se completar ser humano, ou seja, diz a ciência, às dez semanas.

Não obstante a pergunta manhosa do nosso futuro referendo e apesar de, idealmente, desejar votar não em qualquer referendo sobre o aborto - e como seria bom assim acontecer, sinal de que as pessoas eram responsáveis, instruídas e psicologicamente fortes -, salvaguardadas as actuais/habituais três excepções previstas no Código Penal, vou votar Sim. O Sim é um voto de pesar. É, bem sei, um voto a favor da morte, ainda que de um embrião humano. É o voto do reconhecimento que somos falíveis, frágeis, fracos, falíveis, incompletos, numa palavra, humanos. Há muitas desvantagens no voto Sim. Tantas quantas as fraquezas de qualquer esperança.
Todavia, no dia 11 de Fevereiro vou reduzir-me ao mundo real das massas humanas e reconhecer, como usualmente acontece nos velórios de familiares e amigos, que a existência humana é mais do que uma cinza de pó, pois é susceptível de se extinguir com um mero sopro da vida que encerra. Sobretudo numa mulher.

Revisão do PDM de Lisboa III

Como prometido, cá vai a primeira ideia:
A estação (mesmo na versão minimalista de "apeadeiro" quase à superfície) que aqui propômos está a azul. Essa estação serviria a zona habitacional do Parque dos Príncipes, onde vivem milhares de pessoas e, com a construção de uma passagem pedonal para o outro lado da Segunda Circular, serviria a zona terciária das Torres de Lisboa e habitacional envolvente.
Manter-se-ia uma distância aceitável entre estações (sob pena de a distância entre Telheiras e S. Francisco de Assis ser de 1.500 m...) e servir-se-ia duas margens da Segunda Circular.

Revisão do PDM de Lisboa II

Não sou um tipo muito viajado, mas já andei de metro noutras cidades além de Lisboa. E há duas coisas que sempre me impressionaram nos metros estrangeiros, e dou como exemplo Roma e Barcelona:
1- As estações de metro são feias, simples despidas de arte e decoradas somente de painéis informativos;
2- Há estações de metro que são quase como que "apeadeiros".
1- Durante alguns anos derreteu-se muito dinheiro nas estações de metro de Lisboa, por se entender que elas próprias deveriam ser obras de arte, e recheadas também de obras de arte. E há estações lindíssimas, como a do Parque, a minha preferida. Ora, não seria preferível deixar de gastar dinheiro em obras voluptuárias, e construir mais estações?
2- Ao princípio fez-me confusão: em Roma e em Barcelona, havia várias estações de metro que estavam quase à superfície, ou melhor, não estavam tão enterradas como costumo ver em Lisboa, fazendo com que se alguém se quisesse deslocar de um cais para o outro, teria de sair para o exterior, atravessar a rua e voltar a descer... São estações decerto muito mais baratas que as de Lisboa, sem esquecer - obviamente - as situações (designadamente nas colinas) em que as estações têm de estar enterradas bem fundo. Para concluir, lembro que nos canais por onde passarão as linhas de metro, não se pode - na superfície - edificar, pelo que os túneis seguem (em regra longitudinalmente), ruas, avenidas, alamedas e jardins.
Assim, será que continuaremos a derreter dinheiro em estações caras, ou será que optaremos por soluções baratas, funcionais e que sirvam as pessoas?

Revisão do PDM de Lisboa I

O Plano Director Municipal de Lisboa está em processo de revisão, sendo possível analisar as propostas aqui.
Numa primeira aproximação, analisei os mapas referentes à rede de transportes, e dediquei alguma atenção aos planos de expansão do metropolitano. Sabendo que a distância média entre estações de metro em Lisboa é de cerca de 700 metros, somos levados a concluir que se entende que as estações de metro têm uma influência directa num raio de cerca de 350/450 metros. E faz sentido que seja assim: acima dos 500 metros, já é possível ponderar a utilização de automóvel para a deslocação.
Com base nestes argumentos, reflecti sobre as distâncias entre estações propostas na revisão do PDM de Lisboa, e (como já antes o fizémos aqui no Arcádia) nos próximos tempos apresentarei aqui algumas ideias que - julgo eu - poderão servir para melhorar a vida das pessoas que vivem ou trabalham em Lisboa.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

gnôthi seautón



O ARCÁDIA é um argumento. É o meu argumento. Desde 2003 que escrevo na blogosfera — de 2003-2005 no AD LIBITUM (perfidamente apagado da blogosfera) e de 2005 a 2007 no ARCÁDIA — e é com grande satisfação que o faço, apesar de recentemente não escrever tanto como desejo. Todavia, mesmo quando não escrevo os posts devidos, por vezes alinho-os na minha cabeça, em diversos momentos como antes de me deitar, no banho, nas rotineiras viagens diárias, na cama antes do adormecer, entre outras ocasiões. Mais do que um origami de escrita, para mim, um blogue é sempre um pretexto de reflexão e uma motivação para escrever, mesmo quando não publico. Destino, aliás, da maior parte do que escrevo. O blogue é também um escape e uma ferramenta de disciplina e sistematização da nossa condição e expressão. Seja sobre actualidade, música, cinema ou bodyboard, um post é um espaço público, logo, implica uma mínima ordem e uma máxima responsabilização por aquilo que se escreve. E isso é bom. Contribui para testar a personalidade, o carácter, o saber, a qualidade e os valores de quem escreve. Por isso refutaria sempre escrever num blogue anónimo, ou sob anonimato. Por isso, também, sempre foi política do ARCADIA recusar autorias anónimas.
Aquilo que lêem neste blogue é o que nós somos. Com todos os erros, defeitos e estados de espírito dos seus autores, com todas as limitações e sacrifícios dos seus autores, o ARCADIA não é um blogue para as múltiplas capelas de bloggers, nem pode dedicar-se intensa e intensivamente ao mundo da blogosfera. Mas uma luz julgo, e estou convencido, que guia este blogue. E nela está escrito que devemos ser aquilo que somos. É dos maiores desafios contemporâneos, bem sei, e uma busca antiga, pois desde o tempo dos oráculos da Antiga Grécia que a descoberta de si é a maior das sabedorias. Mas os oráculos também eram humanos. Tal como aqui.

Estamos velhos

Faz hoje dois anos que o Nuno inaugurou assim (link) este blogue. Sabe bem ler esse post, por isso convido-vos a passar por lá. Obrigado a todos os que nos têm acompanhado. E um grande abraço aos Nunos que comigo compartilham esta aventura.

PSL

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Há Liberdade (LII)

movimento_por_tiago_silva

Movimento por Tiago Silva

De bestial a besta

Nunca gramei o Carlos Sousa. Cagança e pedantismo nunca lhe faltaram ao contrário de lentidão e coragem para arriscar quando devia.
Hoje a notícia do dia em todo o mundo será a sua rebeldia idiota ao ter abandonado seu navegador em pleno deserto devido a um putativo erro de navegação daquele. Atitude inédita em quase trinta anos de gloriosoas etapas Dakarianas.
Sousa não foi homem para suportar a pressão da luta pela vitória na grande prova do deserto e portou-se como um menino mimado a quem os paizinhos dão pópós para estragar em estradas de mau piso. Nitidamente não sabe o que um patrocínio custa a ganhar.
Sousa só merece um destino imediato: a desqualificação!
Mas mediatamente merece mais: ser ignorado.

ACTUALIZAÇÃO: Entretanto Sousa arrependeu-se, e muito tempo depois recuperou o seu co-piloto. Aconteça o que acontecer a prova - e talvez não só – acabou para ele. Até tenho vergonha de ver as imagens logo à noite.

ACTUALIZAÇÃO 2: Corre uma nova versão apadrinhada pelos jornalistas da RTP e TSF que acompanham a prova: Tudo não terá passado de um mal entendido, Sousa nunca abandonou o navegador este é que se desorientou. O site oficial mantem a sua versão e o epíteto “novela”. Enfim.

ACTUALIZAÇÃO 3: O teatro chegou hoje ao maior rali do mundo. Actores de Luxo: Carlos Sousa e organização da prova; Palco magnifico: o esplendor das dunas Mauritanas. Efeitos especiais bem reais: vento e areia por todo o lado, servidores informáticos congestionados. Argumento: uma história em que nunca se vão os verdadeiros contornos. Já ouvi as palavras de Sousa quando chegou a Atar na TSF. Está tudo por explicar. Factos: Sousa, uma vez mais e desta feita com condições de top, perde a possibilidade de fazer uma boa classificação no mítico Dakar.

PSL

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Viva Portugal!!!


O rapaz da foto que suponho ser actor faz parte de uma short list de uma centena de personalidades portuguesas candidatas a serem eleitas como o melhor, ou maior, português de sempre. Junto com ele podemos encontrar outras grandes personalidades tais como Baia, Figo, Ronaldo, Ricardo Araújo Pereira, Mariza, António Variações, Alberto João Jardim, Mourinho e até mesmo o ladrão do Pinto da Costa.
Zé do Telhado e Carolina Salgado não constam.
Para os mais cépticos, aqui chegados, penso ter ficado claro o interesse da iniciativa. É bom recordar que a mesma tem sido levada a cabo não por interesses privados, mas sim com o dinheiro dos meus, e dos seus, impostos.

PSL

Dr. House



Hoje à noite, na TVI, vai recomeçar uma nova temporada da minha actual série de TV preferida (na verdade, só vejo uma, mas assim escrito dá mais néon à coisa). Portanto, hoje vai ser uma noite feliz.
E esta música vem a propósito de quê? Sim, porque este Roger Daltrey faz-me recuar 20 anos e às aventuras do William Tell (quem for da geração dos 70’s perceberá porquê). E nesta idade o passado começa a vestir-se de velho.
Vem a propósito de uma das mais bonitas cenas daquela série que terminou em Dezembro na TVI. Sinceramente, e se talvez exceptuarmos a 24, desde a Band of Brothers que nada me fazia esquecer os espisódios e o horário de transmissão.
Dr. House é absolutamente fantástica e mostra-nos como os mundos crus, duros e cínicos podem ser mundos verdadeiros, maravilhosos e emocionais.

N DIAGONAIS VII

No dia 5 de Janeiro, deste ano, a American Dialect Society (já com 117 anos de existência) escolheu a palavra “plutoed” como a palavra do ano 2006:

«To “pluto” is “to demote or devalue someone or something,” much like what happened to the former planet last year when the General Assembly of the International Astronomical Union decided Pluto didn’t meet its definition of a planet.»

O Presidente da Associação referiu que "We may no longer believe in the Roman god Pluto, but we still have a sense of personal connection with the former planet."

A maior concorrente desta palavra planetária foi "climate canary", ou seja, «an organism or species whose poor health or declining numbers hint at a larger environmental catastrophe on the horizon».

Outras palavras consideradas foram: murse (mala para homem), flog (blogue falso que promove produtos) e macaca (cidadão americano tratado como extra-terrestre).

Confesso que a última foi uma surpresa. É tentador concordámos com ela. E se nos deixarmos acossar pelo entusiasmo a imaginação pode fluir. Mas fiquemos por aqui... antes que macacas nos mordam!...

Façam-me o favor de ler...

...A maravilha de Portugal por PAS no DE.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Abstenção para manter a prisão?

Juro que ia escrever um post sobre o assunto, mas em boa hora o CDS-PP retirou-me o protagonismo: O CDS-PP desafiou hoje o PS a retirar um cartaz que considera «fraudulento» no apelo à despenalização do aborto e exigiu ao ministro da Justiça que esclareça se existem em Portugal mulheres presas pela prática de aborto.
Ora, mais uma razão para escrever o post, e já!
O cartaz é vergonhoso, sim senhor. E mentiroso, também. Mas é a face mais visível deste PS que cada vez que tenta brilhar, se ofusca um pouco mais no vulto escuro de um grande partido da democracia portuguesa que já foi.
Por estas e muitas outras pela primeira vez considero uma abstenção. Porque não estamos perante uma eleição, mas sim perante um referendo que já foi feito há meia dúzia de anos. Porque eu já me pronuncie, e nessa altura respondi SIM à pergunta que me fizeram. Porque entretanto estudei, e bem, o crime de aborto e pareceu-me um tipo penal extremamente bem construído. Porque em Portugal não se vive em democracia directa, mas sim representativa. Porque se existir um governo que julgue que a lei está mal deve ter a coragem de o dizer em campanha eleitoral e caso ganhe a eleição a altere, ficando co-responsabilizados todos aqueles que nesse partido votarem.
Cada vez há menos pachorra para estas originalidades da politicazinha à portuguesa.

PSL

Uma taça é uma taça é uma taça é uma taça e é…

…uma pipa de massa. Até porque o Bayern e a Lazio não jogam em Alcântara.

Não fujam...

...prometo voltar à forma antiga rapidamente. Ando a treinar.

A pergunta que não se faz aos médicos

Ontem de manhã a Antena 1 transmitia um programa sobre o despacho do ministro da Saúde que proíbe a cumulação de cargos de direcção em serviços de saúde públicos e privados.
Vai daí uma médica começa a falar da questão do relógio de ponto que vão passar a ter, assumindo-se como paladina da classe contra os horariozinhos e contra as burocraciazinhas (as palavras são dela).

Lembrei-me então das sucessivas greves dos médicos às horas extraordinárias: como é que é possível um profissional que não quer que a sua assiduidade seja controlada ter a lata, a cara de pau de exigir o pagamento de trabalho extraordinário?

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Os melhores de 2006

O que é bom, não tarda. A escolha é transmissível e pessoal, ou seja, subjectiva. Logo, ela não tem que ver inteiramente com a qualidade ou técnica musicais, mas sim com a arte de me propiciar momentos de felicidade. Afinal de contas, é essa a razão do leigo para não conseguir viver sem música.
É sabido que qualquer top list reflecte gosto e saber da temática que a suporta. E uma de música não é excepção. Aliás, nela julgo que acresce o facto de espelhar um pouco a própria personalidade do decisor. E ainda bem que assim é.
Assim, com todos estes riscos menores, aqui vai a minha lista dos dez álbuns e canções preferidos de 2006 (e ainda um top five de covers e remixes). A lista não vai numerada para não indiciar qualquer hierarquia, caso contrário poderia levar horas a criar este post. Espero que se comprazam nalgum momento de felicidade.

Top de Álbuns:
- “Fur & Gold” – Bat for Lashes
- “9” – Damien Rice
- “The Greatest” – Cat Power
- “The Life Pursuit” – Belle and Sebastian
- “Let’s Get Out of This Country” - Camera Obscura
- “Having” – Trespassers William
- “Begin to Hope” – Regina Spektor
- “Waiter: "You Vultures!” – Portugal The Man
- “Return To Cookie Mountain" - TV On The Radio
- “She Wants Revenge” – She Wants Revenge

Top de Canções:
- “Horse and I” – Bat for Lashes
- “Me, Yoke and I” – Damien Rice
- “The Funeral” – Band of Horses
- “Samson” – Regina Spektor
- “Waiting To Know You” – The Fiery Furnaces
- “Map of the Problematique” – Muse
- “Wolf Like Me” - TV on the Radio
- “Je Ne Te Connais Pas” – Prototypes
- “The Freedom” – Swan Lake
- “God Knows” – El Perro Del Mar

Top de Covers e Remixes:
- “Califonia” – (Phantom Planet) Mates of State
- “The Ends Not Near” – (The New Year) Band of Horses
- “Oh My God” – (Kaiser Chiefs) Lilly Allen & Mark Ronson
- “Mushaboom” – (Feist) The Postal Service
- “Chasing Cars” (Snow Patrol) The Hey Team Remix

Para 2007, merecem expectativas os novos álbums dos Arcade Fire, Bloc Party, Carla Bruni, Clap Your Hands Say Yeah, LCD Soundsystem e Modest Mouse.

Escondam-se e fiquem simplesmente quietos

Governo incentiva utilização de automóvel individual

Já agora... se a electricidade que consumimos provém maioritariamente de fontes não renováveis e fósseis, por que não estabelecer uma medida idêntica para os metropolitanos?
Já agora... e se os táxis forem movidos a bio-diesel? Também páram?

domingo, 7 de janeiro de 2007

Tributos

O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos defende a continuação de Paulo Macedo à frente da Direcção-Geral dos Impostos e afirma que a remuneração mensal do director, vinte e tal mil euros brutos, se justifica pelos resultados que tem demonstrado.
A posição deste sindicato, neste contexto, é inédita e, julgo, algo insólita. Todavia, parece-me que, pelo modo como os meios de comunicação social difundiram a notícia, e a forma e conteúdo como foram apresentadas, algo está a escapar na compreensão do alcance da verdadeira importância e do profundo significado das mesmas - ou então, confesso desde já, o erro é meu.
Não deixa de ser inédita, por um lado, porque não me lembro de um sindicato vir publicamente em socorro de um alto dirigente da função pública, que não é funcionário público, para defesa da continuação do exercício do cargo que ocupa.
É ainda insólita, porque tal posição sindical implica uma aceitação de uma remuneração mensal bastante desigual, e mesmo assim soa-me a eufemismo, face a outros dirigentes (e/ou trabalhadores) e numa entidade pública (DGI). Não querendo entrar na análise da ‘desideologização’ dos sindicatos ou na ‘desvalorização’ do factor capital como objectivo de luta sindical, as ditosas justiça social, igualdade (de tratamento, de condições e aquela fundada no princípio da diferença com tratamento privilegiado às categorias mais desfavorecidas) e solidariedade têm de ser revistas do dicionário sindical. Mérito, eficiência e liderança são conceitos em trasladação.
(não sei a qual das confederações este sindicato pertence, mas estou curioso e expectante em saber qual será, se é que será, a reacção delas face a este ‘aggiornamento’ capitalista)
Mas a bem ver, estou algo pessimista quanto a este 'novo' caminho - talvez seja dos demasiados relatórios do Tribunal de Contas que ando a ler. Apesar de tudo, em vez duma 'modernização' das entidades sectárias de defesa laboral, ou mesmo um sinal dos tempos, creio não estar enganado se disser que esta posição do sindicato dos trabalhadores dos impostos não é mais do que (mais) uma versão do princípio NIMBY na sociedade portuguesa (ou deverei escrever humana?). Como disse George Bernard Shaw “Nothing makes a man so selfish as work”.

Todos à tapadinha

Ainda não parei de rir. Não é por nada de especial, apenas porque gosto quase tanto do Atlético como do meu querido clube.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Atascados

Pois é!
A menos de quarenta e oito horas da partida do Lisboa-Dakar 2007 está confirmadíssimo que a prova sai de Portugal! Surpresos com a afirmação?
Eu tento explicar: as preocupações por mim deixadas de forma mais ou menos evidente aqui e aqui afinal sempre tinham razão de ser.
A organização atascou-se numa ratoeira chamada península de Tróia, ao decidir concentrar a primeira etapa num raio muito pequeno com parcos acessos, o que não tinha acontecido no ano passado, pois ai as Zonas Espectáculo estavam espalhadas por varias dezenas de quilómetros sendo servidas por óptimas estradas.
Este ano ninguém se entende quanto às Zonas Espectáculo, sua localização e acessos. Vejam por exemplo o que se vai escrevendo neste fórum (link). Até os horários fornecidos pela organização são colocados em causa. A desilusão é total!
Face a isto decido tocar num assunto que já tinha tentado esquecer, mas que demonstra bem o ridículo de toda a situação: Ontem, no matutino comentário à imprensa da SIC Noticias vi Carlos Barbosa, presidente do ACP – que patrocina alguns pilotos - e pai de um dos pilotos deste Dakar (adivinhem quem?) dizer alto e bom som: “As etapas portuguesas do Lisboa-Dakar 2007 são pobres, muito pobres”. Barbosa não se ficou pela afirmação e provou-a, dizendo já ter feito as duas especiais na sua totalidade, à revelia da organização, pois o “percurso é secreto!!!”.
Não há vergonha??!!!
Em suma: uma etapa que corre de norte para sul com uma especial que se disputa de sul para norte; informação ridícula e imprecisa para quem quer ver a prova; estradas cortadas que não deviam de estar e vice-versa; pais de pilotos com outras responsabilidades que já “treinaram” a especial…
A barraca está montada e é bem mais linda do que as tendas em Belém.
O Lisboa-Dakar foi durante muito tempo um sonho. Hoje é uma realidade. Que começou no ano passado e deverá acabar este ano!
Uma última nota Não me admira que a maioria dos pilotos portugueses (quem sabe também alguns estrangeiros) tenham treinado as especiais portuguesas. Obviamente que ai não se decide a prova, mas decide-se à revelia da verdade desportiva (em especial para os amadores portugueses) a manutenção de um bom patrocínio para o ano que vem. Lamentável!

PSL

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Dedicatória Inuit

Esta é, provavelmente, a melhor música que conheço que evoca a amizade. Aqui, perde parte do seu sentido (ou sentimento), mas não deixa de ser invulgar a simplicidade artística desta música, assim como da dupla Damien Rice e Lisa Hannigan. Basta ouvir os seus dois álbuns. A intensidade da interpretação de Damien, característica do mesmo, e a voz divinal de Lisa, apesar da posição sentada em que se encontra, são inequivocamente sinais do seu potencial.
Dedico esta música a todos os meus amigos, sem a luso-esquizofrenia das mensagens de boas festas.

"Eskimo" Damien Rice


NCR

Há Liberdade (LI)

sombras_de_prazer_por_tiago_silva

Sombras de prazer por Tiago Silva

Um desafio para quem parte, um sonho para quem fica

O Dakar para mim será para sempre a alegria de ver a mitica prova zarpar da minha aldeia. Será tambem a recordação das noites que já dormi embalado pela brisa do deserto no Erg Chebi. E pouco mais.
Julgo que ficarei para sempre preso ao sonho...
...mas pelo menos sonho alto.

PSL

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Pedimos desculpa por esta interrupção…

...a emissão segue dentro de momentos.
Entretanto fiquem com este divertido interludio publicitário que me faz chorar o verão recentemente perdido e a vós, suspirar pelo próximo que ainda vem longe.
Já agora, um grande 2007 para todos os amigos e leitores deste blogue, cheio de saúde e de tudo o que mais desejarem.



PSL