sábado, 28 de fevereiro de 2009

Agora sim a campanha é negra

Um espinho no Congresso; os poderes ocultos são imparáveis (link).

Vital Moreira

A escolha do ex-comunista por José Sócrates para encabeçar a lista do PS às eleições europeias é surpreendente a diversos níveis.
Vital Moreira é muito mais do que um dos senadores vitalícios desta Terceira Republica.
O coimbrão, deputado à Assembleia Constituinte pelo PCP e antigo juiz do Tribunal Constitucional, é dos poucos “founding fathers” do regime vigente. Para quem estudou (ou ainda estuda) as ciências jurídicas, Vital Moreira, consubstancia um farol incontornável nomeadamente ao nível do seminal Direito Constitucional - em especial quanto à denominada Constituição Económica. Concordemos ou não com as suas teses, Vital Moreira tem de ser lido, estudado e referenciado. E é o com propriedade.
Sucede que desde há algum tempo a esta parte, Vital Moreira, tem se desligado da sua profícua actividade académica, assumindo-se como uma referência da opinião pública e publicada, nomeadamente no Público e “no seu blogue” (foi assim que se referiu no discurso hoje ao blogue colectivo Causa Nossa).

Ai, Vital Moreira tem assumindo uma verdadeira função de fiador das diferentes políticas de José Sócrates e do actual PS, ao ponto de lê-lo tornar-se uma actividade insuportável.

Com este tiro Sócrates mata vários coelhos. Pisca um olho a uma certa esquerda, pisca outro a algumas elites, eleva em muito a parada para com os adversários nas urnas e, acima de tudo, dá um claríssimo sinal de que com ele só chega ao poder quem lhe puxar muito o lustro, quem lhe lamber (muitoooo) as botas. Lá longe, em Estrasburgo, Vital Moreira terá a disponibilidade de sempre para continuar a caucionar as fantasias Socráticas ao mesmo temo, que dá um ar académico e doutrinal a um partido e um líder que cada vez mais sonha em se tornar uma referência muito mais que nacional.

Choque tecnológico

Mundo perfeito?

Há mesmo coisas fantásticas. Enquanto Pedro Adão e Silva (link) – politólogo e co-autor da moção de Sócrates – comenta o congresso de Espinho na SICN, no rodapé lê-se que Tiago Pires venceu ontem o seu primeiro heat no Quiksilver Pro, primeira prova do Mundial de Surf deste ano.

António “direita jamé” Costa

O Costa de Lisboa acabou de apresentar a moção de José Sócrates no congresso de Espinho. Para além do estilo “lavadeira de Caneças” ou “peixeira de Matosinhos” e de nada de novo ter acrescentado ao que já se conhece da dita moção, Costa voltou a exibir os tiques anti-democráticos e escatológicos que têm marcado os últimos tempos do cada vez mais arrogante Partido (outrora) Socialista, ao gritar a plenos pulmões, “direita não, direita nunca!”.
São assim os mentecaptos que nos governam.

2º Congresso de Investigação Criminal

Saber mais aqui (link)

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O admirável mundo novo do twitter

Para quem deseja compreender o fenómeno twitter no seio das tecnologias de informação e comunicação e da dita sociedade da comunicação é absolutamente indispensável a audição da versão integral da entrevista de Paulo Querido à RTPN; consubstanciando ela própria uma forma diferente de fazer televisão nestes tempos dos fluxos comunicacionais digitais.

...

João Gonçalves no seu melhor (humor) – link. A não perder.

N MÚSICAS LXIII

Descobri Patrizia Laquidara (mais vale tarde que nunca)...Até os não-românticos se transformam...





Factos são factos

O indicador de clima económico em Portugal e a confiança dos consumidores, em Fevereiro de 2009, pioraram para novos mínimos históricos, anunciou o Instituto Nacional de Estatística.

Em Fevreiro de 2009, o indicador de clima económico desceu para -2,9 contra -2,5 em Janeiro de 2009, registando a nona queda mensal consecutiva o tocando, pelo quarto mês seguido, o valor mais baixo de sempre desde o início da série em 1989.

O INE refere que, em Fevereiro deste ano, o indicador de confiança dos consumidores derrapou também para o mínimo histórico da série iniciada em 1986 nos -53,9 contra os -50 em Janeiro de 2009.


Obrigado a todos que elegeram este governo, o continuam a apoiar e se preparam para o voltar a eleger. Muito obrigado!

Fonte: reuters

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

5 à Sec

Hoje correu por ai uma piadinha que dizia ser em Portugal o maior carnaval do mundo. Porquê? Consta que durante o dia de ontem desfilaram por ai cerca de seis milhões de cabeçudos. É um Facto.

Facto é, que afinal em Portugal não só mora o maior como o mais longo carnaval do mundo, pois aquele não tem três, mas sim seis dias de folia, já que os tais seis milhões vão continuar a marchar por essas ruas fora, agora com uma placa na frente e verso: 5 à Sec.

Chupem que é cana doce!

Brutal

Assim é o vídeo do novíssimo single dos eternos Depeche Mode realizado por Patrick Daughters

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Very Light - Homicídio na forma tentada em Alvalade no passado sábado

No passado sábado, durante a subida das equipas ao relvado do alvalixo, a claque legalizada do Sporting Directivo Ultras XXI lançou um very light (coisa bem diferente de uma simples e inofensiva tocha) em direcção ao sector ocupado pelos adeptos benfiquistas. As imagens são claras e não deixam margem para dúvidas. Por mera sorte, o engenho embate contra a cobertura do estádio caindo num sector lagarto aparentemente num local onde não estava nenhum anormal. Informações que não consegui confirmar, sustentam que com esta á já a terceira vez esta época que elementos da citada claque utilizam esta estranha forma de apoiar o seu (diferente!) clube. Sublinho, as imagens são claras (vejam-nas em modo full screen):

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Os adeptos do clube que se diz diferente visto pelo Pedro Ribeiro

Via o sítio do costume chego a este (link) post de Pedro Ribeiro.
Vocês são uma vergonha.

Elisa na Frutaria

Elisa Ferreira chama FCP à luta pelo Porto. E pronto, acabou a política na cidade do Porto.
Agora vamos só ouvir urros de "Lisboa a arder", "o norte tem de se afirmar" e outras patetices do género. As antigas clientelas já esfregam as mãos de contentes aguardando o regresso dos trauliteiros.
E a cidade?...
O Porto ficará de novo em segundo plano...

Eu também quero brincar aos Especiais Noite dos Óscares 2009 (VII)

O momento da noite até agora: o medley coreografado pelo aussie Baz Luhrmann. Dificilmente veremos melhor. Emissão especial encerrada, as contas fazem-se mais tarde.

Eu também quero brincar aos Especiais Noite dos Óscares 2009 (VI)

Um começo vagamente idiota, alguma surpresa nas primeiras estatuetas, as lágrimas de sempre, a perfeição do espectáculo. São os Óscares e estão em forma.

Eu também quero brincar aos Especiais Noite dos Óscares 2009 (V)

Fotos da red carpet aqui (link).

Eu também quero brincar aos Especiais Noite dos Óscares 2009 (IV)

É incrível a quantidade de meios que “transmitem” os Óscares: televisão por cabo, webTV, jornais, foruns, blogues, twitter…, a dificuldade não é aceder à informação mas sim escolher e filtrar a informação.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Eu também quero brincar aos Especiais Noite dos Óscares 2009 (III)

O momento alto na red carpet: os miudos de Slumdog; ainda há quem diga mal da globalização!

Eu também quero brincar aos Especiais Noite dos Óscares 2009 (II)

Para ouvir aqui (link) os nomeados para melhor BSO.

Eu também quero brincar aos Especiais Noite dos Óscares 2009 (I)

A malta do Público aplaude unanimemente Milk (link) e acha que devia ser esse o grande triunfador da madrugada de hoje. Porquê? Os argumentos estão lá e provam que os seus autores nada sabem de cinema (mas de filmes entendem um pouco). São ignorantes, mas são sinceros.

Eu também quero brincar aos Especiais Noite dos Óscares 2009 (0)

E para número zero desta rubrica que não se sabe onde acabará nem sequer se chegará a começar, fiquem com as melhores primeiras páginas do dia segundo Sena Santos (link).

Campo Contra Campo (CXXIX)

Ouvi na sexta-feira passada, Rui Portulez na manhã da Oxigénio e durante a hora Ípsilon, sair-se com esta para Vasco Câmara, jornalista e critico de cinema do Público: “mas agora toda a gente decidiu dizer mal dos críticos?”. Câmara calou-se, nada disse. Porquê tal questão? Porquê tal silêncio?
Também tenho andado de candeias as avessas com os críticos, em especial com os do Público, mas tem-me faltado tempo para construir textos minimamente sustentados sobre os muitos filmes que tenho visto. De uma forma geral, a critica de cinema em Portugal, em especial durante esta denominada "temporada de Óscares", tem andado pelas ruas da amargura. Será má vontade, incompetência, estupidez, ignorância, sacanice ou pura má fé? Ou será tudo isto e mais alguma coisa mais?
O que descubro agora é que este não é apenas um dilema meu, mas sim de muitos outros que como eu amam a sétima arte e detestam-na vê-la mal tratada por pessoas sem coração, sem alma, sem nada.

Sem prejuízo de voltar ao tema deixo no entanto aqui as palavras do Jorge Assunção (link) – mais um excelente reforço para o já de si extraordinário Delito de Opinião – com as quais me identifico totalmente: Ficando pelo meu caso pessoal, de que me serve a existência de quatro críticos no Público se raramente estou em acordo com qualquer um deles? Numa das suas principais funções, que é a de recomendação de filmes, são inúteis. E, digo-o absolutamente convicto de ter razão, são tão inúteis para mim como o são para a maior parte dos leitores do jornal que frequentam o cinema. Dito isto, longe de mim querer mudar a opinião dos actuais críticos, mas gostava muito de influenciar a escolha do jornal na próxima vez que decidir contratar um.

Uma última nota: O Ípsilon (link) vai seguir de perto a madrugada de hoje. O Delito de Opinião (link) também. Eu já sei qual vou escolher.

Campo Contra Campo (CXXVIII)

E pronto, estamos a chegar a mais uma edição dos prémios mais desejados do cinema. Não adianta dizer que os detestamos ou que os amamos. Eles estão lá, são os Óscares; incontornáveis. Num ano em que me esforcei por acompanhar os filmes nomeados bem de perto, num ano em que vi quase todos os grandes candidatos – e os que (ainda) não vi já li suficientemente sobre eles – deixo aqui um mero exercício de wishful thinking, coisa muito diferente de fazer uma antevisão ou aposta quanto aos vencedores/derrotados. Assim, se fosse eu a escolher – apenas quanto a algumas categorias:

Melhor filme: The Reader;
Melhor Realizador: Danny Boyle - Slumdog Millionaire;
Melhro Actor: Mickey Rourke - The Wrestler;
Melhor Actriz: Angelina Jolie - Changeling;
Melhor Filme de Animação: Wall-E;
Melhor Filme Estrangeiro: Entre Les Murs – The Class;
Melhor Argumento Original: Andrew Stanton, Jim Reardon, Pete Docter - Wall-E;
Melhor Argumento Adaptado: David Hare - The Reader;
Melhor BSO: Slumdog Millionaire;
Melhor Montagem: Chris Dickens, Slumdog Millionaire;
Melhor Cinematografia: Tom Stern - Changeling;
Melhor Guarda-roupa: Catherine Martin - Australia (porque Changeling nem sequer nomeado está!);
Melhor Caracterização: Greg Cannom - The Curious Case of Benjamin Button;
Melhor Direcção de Arte: James J. Murakami, Gary Fettis - Changeling.

Nem mais: para mim o grande vencedor deveria ser The Reader e o grande derrotado Milk. Se o tempo deixar talvez ainda vos explique porquê.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Pequenas mas perfeitas

Nos dias assim sinto-me a fazer amor com o mar.

Ainda bem que não fui eu que escrevi

Portugal é um manicómio e começa a dar má reputação, Vasco Pulido Valente ontem (domingo) no Público.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

À escuta...

-
Às 16:30 estarei no Rádio Clube Português comentando o novo Código do Trabalho, publicado anteontem.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

World Press Photo 2009

Aqui (link) a winners gallery.

Com papas e bolos se enganam os tolos (II)

Corre por ai hoje uma confusão (?!) engraçada. Noticiam o Público e algumas televisões:

Judiciária com três novas unidades – Combate ao terrorismo, corrupção e tráfico de droga são novas prioridades da PJ

Será isto inteiramente verdade? De todo!
1. A nova Unidade Nacional Contra-Terrorismo (bonito e pomposo nome que até inventa uma palavra nova) mais não é do que a antiga Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB), reparem aliás que o endereço de correio electrónico ainda não foi alterado (link);
2. A nova Unidade Nacional de Combate à Corrupção mais não é do que a ex-Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF), reparem de novo no endereço de correio electrónico (link);
3. A nova Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes mais não é do que a anterior Direcção Central de Investigação ao Trafico de Estupefacientes (DCITE), idem idem, aspas aspas (link).

É assim.

Com papas e bolos se enganam os tolos (I)

...continuem pois a falar do Freeport, dos cartazes da JSD, do casamento paneleiro, da regionalização até da eutanásia.

Boa sexta-feira 13..., com segurança :)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Campo Contra Campo (CXXVII)

Australia (****)

É raro encontramos um filme que divida tão dramaticamente as opiniões de critica e espectadores. Para alguns destes Austrália é luxo. Para outros tantos é lixo. No meio estará a virtude?
E escrevo-o consciente; de uma certa forma a Austrália de "Austrália" está nos antípodas (trocadilho giro, ehh!) da Austrália que em Dezembro último visitei e me apaixonou loucamente. Mas – e isto só pode medir quem a conhece minimamente – os traumas, as dores de consciência dos australianos, estão todas lá e pulsam como sangue quente que enche as veias. Tal como as fobias e desejos e prazeres. Por exemplo: o fogo, o fogo que agora espanta o mundo pelo seu poder de devastação (nos últimos dias no Sul da Austrália ardeu o correspondente a duas vezes a área de Londres – mal comparado é como se tivesse ardido tudo de Lisboa a Coimbra) o fogo, dizia eu, também lá está, devastador, terrível.
Por vezes o filme é tendencialmente patético, ridículo? Sem duvida. Mas quem conhece a obra de Baz Luhrmann sabe que ele é assim. Grandioso, louco, desmesurado e despropositado. Genial – e quem diz que ele quis fazer um "E Tudo o Vento Levou" do Sul não percebe rigorosamente nada de nada, muito menos de cinema.
"Austrália" não é para todos. Por isso está fora dos Óscares, tendo sido o fiasco do ano por esse mundo fora. Menos na Austrália. Que se reconheceu de fio a pavio naqueles enormes 70mm.

Vamos ajudar o Xico, a Rute e a Renata...

...no Mar Salgado (link).

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Quique arse!

Pessoalmente, simpatizo com Quique, mas o homem tem o condão de me irritar no final da semana de véspera antes de cada jogo do Benfica. E quase que o passo a detestar. Depois a coisa passa, há outras coisas na vida, nem todas assim tão mais importantes, é verdade, mas fúria, fúria, só mesmo com a derrota, naturalmente. Não, naturalmente não, pois a fúria maior só vem mesmo com a conferência de imprensa.
Este momento repugnante tem sido ultimamente muito frequente. O que me repugna no Quique, sim, quase me faz pele de galinha, de irritação claro, é o facto de ele se contentar, antes do jogo, com um empate, chegando a dizer mesmo que a derrota não é o fim de nada, e após o jogo, afirmar que o resultado (seja empate ou derrota) foi satisfatório e que ficou agradado com o jogo!!! O jogo com o Porto é um case study deste facto quiqueano-normativo.
Alguém explica àquele homem as regras básicas de liderança seja em que instituição for, sobretudo nas desportivas?
Alguém explica àquele homem o bom senso liderante de uma equipa?
Alguém consegue explicar-lhe que nunca, repito, nunca antes de se perseguir qualquer objectivo, numa equipa, se deve dizer que em caso de derrota não há problema algum, que não é o fim do mundo!! Até porque é tão óbvia que dizê-la só prejudica o ânimo e o estado de espírito da equipa. Na verdade, o mundo não acaba. Ora, se é assim tão estupidamente flagrante, para quê transmitir esse espírito conformista, pessimista e de falta de confiança no colectivo, na equipa?!
Faz-me imensa confusão, confesso, este tipo de atitude de Quique de pré-conformado, quase pré-derrotado. Ainda mais fico irritado quando vejo os discursos do Jesualdo e do Paulo Bento! É ir do Inferno para o Paraíso!
Alguém, por favor, faça um favor à nação, e dê a cassete de video das declarações do Jesualdo após o jogo, e as habituais de Paulo Bento, antes dos jogos e depois, a Flores?
Não percebo porque o Benfica é tão fértil, nos últimos anos, neste tipo de treinadores, que não são capazes de dizer em todos os jogos, pelo menos antes dos jogos, que todos os jogos, todos os jogos, são para ganhar e só há UM resultado admissível para o Benfica, UM: a vitória!
Depois do jogo, a derrota do Benfica até pode ser justa, mas, previamente ao jogo, ficar satisfeito com um empate e conformado com uma derrota e, depois do jogo, satisfeito com os mesmos resultados é de ir aos píncaros da momentânea insanidade e o mesmo que acreditar que um dia Deus virá à Terra para dizer que não existe!
Só mesmo o Benfica para me fazer produzir um post destes.

Se não és por mim és contra mim

Na TSF podemos ler que “a Conferência Episcopal Portuguesa considera que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma ameaça à sociedade, embora não faça um apelo aos católicos para que se mobilizem contra a proposta” (link). Lendo o Público ficamos ainda a saber que tal posição “não é um apelo à mobilização dos fiéis contra a legalização do casamento entre homossexuais, mas é uma advertência clara da Igreja Católica, com endereço para o secretário-geral do PS, José Sócrates" (link).

Perante isto o que fez o PS?
Juntou todos os seus cães de fila e atacou ao seu patético estilo: para além da reacção (sempre desproporcional) de Vitalino Canas, o secretário-geral da Juventude Socialista, Duarte Cordeiro veio dizer que "(…) as expressões que foram utilizadas, incentivam alguma homofobia no nosso país. Esse é o aspecto que me preocupa e me desagradou, a forma como a Igreja transmite as suas posições, um bocadinho alarmista, procurando criar confusão desnecessária" (link).
Já Santos Mohamed Said Al-Sahaf Silva veio dizer que "gostaria que este debate que está em curso fosse um debate entre argumentos, entre ideias, e não um debate feito de ameaças mais ou menos veladas (...)"(link).

Para o PS de Sócrates emitir uma opinião contrária, dar uma ideia avessa será sempre ameaçar, atacar, destruir, por em causa, chingar, ofender.
Tirem vocês as vossas próprias conclusões.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Assim não

Quique Flores tem de rever a sua táctica!!!
 O Benfica jogou hoje com 12 jogadores e mesmo assim não conseguiu ganhar.
O 12.º jogador?
O Homem Invisível...
Ainda por cima foi quem fez o penalty...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

PALETA DE PALAVRAS LXXI

«Se os homens fossem anjos, não seria necessário qualquer governo. Se os anjos governassem os homens, não seriam necessários controlos externos nem internos sobre o governo.»
James Madison, The Federalist Papers

É madisoniano ou rousseauniano?

Novo ditado popular

Quem não sabe dançar desculpa-se sempre com o "árbitro" (link).

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Campo Contra Campo (CXXV)

A Turma (****)

Já lá vão longos meses desde que estreou entre nós o vencedor da Palma de Ouro de Cannes do ano passado – e um dos candidatos ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro deste ano. Mas vi-o há pouco tempo. Ainda estará em exibição?
"A Turma" filma uma espécie de luta de classes na escola dos nossos dias. E, na minha nada modesta opinião, não deixa pedra sobre pedra sobre o sistema escolar, ou se quisermos numa perspectiva luhmanniana das comunicações que se estabelecem entre os diferentes actores escolares. Ninguém sai ileso desse choque (frontal) cultural. Alunos, professores, directores, todos lutam por se manter à tona de água no verdadeiro naufrágio que é hoje o ensino. "A escola" hoje surge como um problema. Um gigantesco problema que já não se explica (apenas) pelo "generation gap", um gigantesco problema sem aparente solução.
Filmado de forma "diferente", com duas câmaras em continua acção, encostando o sujeito (o espectador) a uma das paredes do objecto (a "arena" de aula) "A Turma" – Entre Les Murs no original – deixa-nos estarrecidos, apavorados. Se não viram, façam o favor de ver.

Comentadores de todo o mundo usem-na

Ao longo da existência deste vosso blogue, “varias famílias” se têm queixado das dificuldades que encontram em comentar os nossos posts.
Após uma profunda reflexão que envolveu estudos de varia ordem, consultas de especialistas da sociedade de informação (e outros que tais), seminários de investigação e até um congresso, estamos como o outro (link) que não sabe o que haverá de fazer mais: a caixa de comentários do Arcádia passa a admitir todo o tipo de comentários, mesmo os anónimos.
Usem-na!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Um "Plano" à portuguesa



Desculpem a imagem. Podem consultar a informação aqui.

Campo Contra Campo (CXXIV)

Changeling - A Troca (****)

Já o disse noutros canais: De Eastwood esperamos sempre uma obra-prima. Não é possível. Nem o melhor realizador a trabalhar em Hollywood, e Clint Eastwood é muito provavelmente esse homem, consegue tal façanha. A Troca não é uma obra-prima. É simplesmente soberbo. Mas isso parece não bastar para a eterna avidez dos críticos. Pecará Eastwood "pelo relógio", quer pelos ritmos com que fragmenta a narrativa, quer pelos diversos epílogos com que estende o final do filme. Mas tudo o resto é magnífico, em especial Angelina Jolie (perfeita!) que arranca aqui, de longe, o seu melhor papel de sempre; mas também o cuidado colocado em toda a cinematografia (esta fotografia não foi escolhida sem cuidado – reparem nas maquinas, na maquilhagem, nas roupas, e se virem o filme, nas ruas, nas gentes, nas casas, nos carros, em todos os detalhes).
E o que dizer das sequências no hospital psiquiátrico que citam dois grande momentos da criação humana: Voando Sobre um Ninho de Cucos de Milos Forman e Mil Novecentos e Oitenta e Quatro (a "sala 101" é aqui apelidada de "sala 18") de Orwell?

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Crise: realismo ou paranóia

Oiço falar de crise desde que lembro que existo. Vou citar alguns exemplos apenas de memória, sem querer ser exaustivo. Recordo-me vagamente dos tempos do designado PREC - período revolucionário em curso -, depois recordo-me da crise do petróleo de finais dos anos 70, da crise financeira portuguesa dos anos 80, da crise da PGA - prova geral de acesso ao ensino superior -, da crise do bloco socialista-soviético culminada em 1989, terminando com a «guerra [nuclearmente] fria» do mundo bipolar, da crise asiática de 1997, da crise da bolha tecnológica dos anos 90, da crise da História com o seu apocalipse fukuyamico, da Guerra huntingtoniana das Civilizações, incluindo a sua versão «cartoonista» do século XXI, da crise de segurança de 2001, da crise partido-governamental de 2004, da crise financeira de 2008, da crise económica de 2009, para não falar de todas as crises que me acompanham desde a infância: a crise do Estado-Providência, a crise da representação política, a crise dos partidos, a crise da política, Acresce a crise de valores, da família, das empresas, da sociedade, etc, etc. Mesmo para além do passado e presente, ainda diz a futurologia bem-pensante que uma crise social espera por nós no curto-prazo. Tudo está em crise! Mas sempre?!

Parece que a conclusão a retirar desta troika sucessiva de décadas é uma de duas: ou vim a um mundo mais do que miserável e regular da História da humanidade, e não se trata de má hora ou de azar ter nascido neste período, porquanto o mundo não é mais do que isto mesmo: "crises"; ou surgi num momento da história da humanidade tão infeliz e anormal que, fomentado pela massificação da análise e do comentário comunicacional, de tal ordem gerou, e gera, uma espécie de psicose paranóico-compulsiva crisológica de largo espectro biológico, que a civilização humana não sabe exprimir-se e dialogar, ou reflectir, de forma adequada, sem apelidar a ordem dos acontecimento com a palavra "crise". Como que só soubesse exprimir a sua compreensão do mundo moderno transformando o substantivo crise num conclusivo adjectivo inerente à comunicação dos actores da sociedade moderna actual.

Não pretendo menosprezar o difícil período que se atravessa, nem tampouco afastar o conceito de crise do período actual. A minha posição é mais interrogativa que analítica. Daí que o que eu gostava mesmo de saber, sobre os meus conhecimentos razoavelmente mínimos de História universal, era se as outras gerações também sentiram esta eventual paranóia de que tudo está prestes a desmoranar-se à sua volta, ou a transformar-se ou em revolução, e se sentiram que, numa vida, ninguém escapa ao sobe e desce da escala material-social, qual rochedo de Sísifo.

Assim sendo, se a aplicação do conceito de "crise" caracteriza a normalidade da rotina humana, porque constitui a regra das nosas vidas e não a excepção, então reinvente-se o conceito de crise e façamos da crise o momento alto da nossa vida. Caso contrário, arriscamo-nos a não saber viver doutro modo, com outra postura de diálogo, outro comportamento social, ou mesmo noutra realidade, seja qual for a sua verdade.

Leitura recomendada

Broadcast do Eu: Twitter e as Redes Sociais

...o fim da lua de mel

Obama admite "erros" nas escolhas da nova Administração

Obama pop star

Escuta twitter; mensagem interceptada entre este e este senhor. Ou vice-versa, já não me lembro bem. Não vejam, não...

O que faz falta é agitar a malta

Sofia Vieira (link): Está demasiado bem-educada, a blogoesfera, muito certinha e mainstream; respeita-se sempre a opinião dos outros, por mais cretina que seja; replica-se, treplica-se e dissecam-se imbecilidades. Há até quem ouse criar regras de etiqueta e normas de comportamento, e que pretenda a criação de entidades que cuidem da sua aplicação. Que se fodam.

Um exemplo de Paixão e Humildade

[Como não consigo "embutir" aqui o video fica apenas o link - não percam]

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Campo Contra Campo (CXXIII)

Vicky Cristina Barcelona (***)

...recomecemos então por um filme que muito tem dado que falar.
Paradoxalmente não há muito a dizer sobre a fantasia (erótica) espanhola de Woody Allen. A "ciência" do nova-iorquino está toda lá, mas parece ter sido afectada pela indolência do verão mediterrânico e pela própria luxúria do sonho. Os paradoxos começam logo no próprio título do filme. Vicky está lá, Cristina também, mas da Barcelona pouco se sabe. A cidade condal fica muito longe de se assumir enquanto personagem; quando muito teremos a afirmação (discutível!) de um certo viver catalão: da arte, do comer, do beber, do estio, do prazer, numa palavra, do sentir que estamos vivos. No demais, Match Point há só um. Registo, contudo, por essa blogosfera fora, que o filme tem agitado algumas consciências, fazendo despertar, fazendo sonhar. É estranho que tenha de vir um "velho babão" do outro lado do atlântico mostrar-nos o que pode ser a vida bem vivida. Que, pelo menos, não se fiquem pelo desejo, pelo sonho. Vá, vivam…
[Ao invés de Scarlett Johansson, que tarda em impor a sua beleza impar como actriz, nota altíssima para Rebecca Hall, totalmente comprometida com a personagem; sigamo-la com atenção]

Rain, rain, rain por David Fonseca

...sim esse(link).

PALETA DE PALAVRAS LXX

"Esse controlo [do financiamento dos partidos] e essa transparência terão um impacto positivo na qualidade da nossa democracia, afastarão suspeitas indesejadas, promoverão a discussão política e contribuirão para a separação do trigo do joio.

Hoje, como ontem, a questão central do financiamento da actividade dos partidos e dos políticos é a de saber se o sistema político controla o dinheiro ou se é o dinheiro que controla o sistema político."

António José Seguro, Expresso, 1 de Março de 2008

Tem mais que fazer?

Então este post não é para si.
Este post é para quem – como se diz lá na minha terra – tem vagar. Se está cheio de trabalho ou tem de ir mudar a fralda à criança, esqueça. Isto é para “meninos(as) do rio” que gostam de se divertir e têm uma boa e rápida ligação à Rede.
Ou de como o “descubra as diferenças” revisto e ampliado para a era digital pode ser FA-BU-LO-SO!
[obrigado Cláudia (link)]

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Onde é a saida de emergência?

Extrema-esquerda com mais de vinte e cinco por cento das intenções de voto (link).

Campo Contra Campo (CXXII)

É um facto: perdi o habito de escrever sobre cinema.
Não pode ser, há que combater a inércia. Por variadas razões, mas, essencialmente, porque o "Campo Contra Campo" ao obrigar-me a pôr no papel as conversa que tenho cá com os meus botões, auxilia-me a cristalizar o que ao vi. Só pensando (e escrevendo) sobre o que ficou visto é possível aprender mais sobre cinema.
Voltemos pois a ligar o projector começando, todavia, pelo fim. É com enorme expectativa que espero por "Grand Torino" de Clint Eastwood. Neste momento estão grandes filmes em exibição, contudo, provavelmente nenhum será uma obra prima. "Grand Torino" promete sê-lo.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

N MÚSICAS LXII

"Song for a blue guitar" - Red House Painters

O curioso caso de Pedro Mantorras

Saí de casa com a gabardine bem fechada e o chapéu bem enterrado na cabeça. Sob a gabardine, o manto sagrado e o cachecol do costume. Chovia muito e insistentemente. O vento ameaçava arrancar-me o chapéu. 
Mas que diabo: o Benfica é o Benfica! 
Quinze minutos de caminhada depois estava no estádio, já depois da Axe Dancers e da Águia Vitória terem dado o seu espectáculo costumeiro. Vinte e uma mil pessoas, pouca gente para um jogo do Glorioso, portanto.
Durante o jogo percebia-se que havia raça dos nossos, havia querer, havia ambição. Mas faltava a mística, a estrelinha, o golpe de asa. Eis que o católico Quique decidiu socorrer-se do voodoo e lançou Mantorras para o terreiro. Na primeira vez que a sua bota tocou na bola Mantorras fez golo. E o Benfica ganhou.

...

Esta rapariga (link) tem cada ideia (link)...