segunda-feira, 28 de março de 2005

On tour... (IV)

Eu a querer fugir da modernidade e com um pc ligado à net, à porta do quarto...
Foram tres (teclado em italiano...) dias verdadeiramente surpreendentes e totalmente deslumbrantes em Florença.
Muito haveria a escrever, mas a visita de hoje à Cappella Brancacci excedeu todas as expectativas!
A ma noticia: Vamos embora amanha. A boa noticia: Vamos para Siena e Arezzo (dois dias) e depois..., Veneza.

PSL

On tour... (III)

Cappella Brancacci


Adao e Eva Expulsos do Paraiso por Masaccio.



Sao Pedro Ressuscita o Filho do Imperador por Masaccio e Lippi, pormenor.

PSL

sábado, 26 de março de 2005

Férias



O Pedro foi para Oriente, eu vou para Ocidente de Portugal. Durante uma semana não vou poder escrever aqui no Arcadia. Ficam também os leitores de férias, dos meus posts melhor dito. Até ao meu regresso.

NCR

Sobre o comentário

Não sou contra o comentário feito por jornalistas, todavia, é essa a razão que me leva a escrever este post, pois começa a ser um caso sério de não pluralismo dos líderes de opinião pública e de falta de opinião habilitada o facto de a maioria dos comentadores provier da carreira jornalística. Não tem tanto que ver com as habilitações académicas ou a experiência do labor, o problema principal é que supostamente os jornalistas são aqueles que dão as notícias e não aqueles que, cumulativamente, as fazem e as comentam, ex officio, baseados em pressupostos subjectivos e pessoais sob pena de colisão com a liberdade de expressão e de separação de funções/competências nos meios de comunicação social.

Os jornalistas não devem ser comentadores no artigo da notícia que escrevem. Acho uma perversão da informação. Os jornalistas podem comentar notícias sim, mas não quando são os próprios que as escrevem. Doutra forma, chega-se ao cúmulo de não poder distinguir-se a notícia do comentário. Como poderá ser permitido ou legítimo, a um juiz, numa sentença, alterar os factos alegados pelas partes num processo judicial?! É curioso como chega a comentar-se os factos, antes de a notícia passar. Não roçarão estes casos, situações de manipulação ou influência (directa) na percepção e compreensão do espectador? Mutatis mutandis, imaginem um juiz a dar uma opinião sobre um caso concreto antes de outro juiz o julgar?

Os comentadores devem ser produtores de ideias analíticas, precursores nas análises reflexivas, confirmadores da memória histórica dos factos, renovadores na fórmula comunicativa de descrição dos assuntos objecto de comentário e análise. Mas poucos, raríssimos, o são.

Como acréscimo, os comentadores devem também ser cultos, independentes, heterodoxos, analíticos, intelectualmente honestos e, de preferência, claros na comunicação. Não se trata de possuírem ou criarem ideias novas, antes tentarem recriar, comprovar ou deconstruir ideias ou factos que visam comentar, depois de eles serem dados a conhecer ao público e desde que não sejam os próprios a tratarem jornalisticamente a notícia. Mais do que narradores, os comentadores devem ser explicadores e lembrar também as pré-compreensões da matéria comentada. Como pudessem fazer o cubo de Rubik de uma outra forma, ou mesmo terminá-lo, mas sem deixar de dizer que o cubo é um cubo e que é de Rubik!

Julgo que um dos maiores problemas que levanta esta temática é saber distinguir os limites e a diferença entre a figura do comentador (na quase totalidade são jornalistas) e a de articulista (maioritariamente jornalistas ou ex-jornalistas). Como as fronteiras estão nubladas, é natural que surjam problemas de pluralismo e de liberdade na transmissão da opinião.

A protagonização crescente dos comentadores nos meios de comunicação social não deixa de ter os seus perigos e inconvenientes, porquanto levada à (quase) exclusividade convida à preguiça do raciocínio, à limitação dos enquadramentos, à fixação de compreensões típicas de um olhar ‘jornalístico’ que, por natureza, não é criativo, inovador ou, mesmo, analítico, e muito menos com responsabilidades maiores na transmissão de saberes e de aprendizagens. Esta, pelo menos, não é a sua vocação. A vocação do jornalismo é, segundo a primeira norma do código deontológico do jornalista consagrado na 2.ª edição do “Livro de Estilo” do Jornal Público:

«1. O jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público

A protagonização dos comentadores-jornalistas acresce a ex officio limitação da deontologia profissional e do vínculo laboral, para além de não promover a opinião especializada ou académica. Sem esquecer que um comentário é uma opinião, todavia deve ser uma opinião habilitada, responsável, individualmente independente, imparcial e eticamente irrepreensível (sobretudo quando se trata de um jornalista!).

Outra finalidade do comentador no que respeita ao público, para além das narrativas opinativas e explicativas, é interrogar. Interrogar sobre aquilo que pensamos que sabemos e sobre aquilo que não pensamos, nem sabemos. É pouco, mas já seria excelente. Sócrates dizia que o saber provinha da pergunta, mas só depois dela ficaríamos a saber, ou seja, não há respostas sem perguntas e o conhecimento está na resposta, mesmo que seja negativa sobre o saber. Este entendimento tem toda a actualidade no mundo em que vivemos, pois cada vez mais conhecem-se as respostas sem ter havido qualquer esforço interrogativo de reflexão, isto é, não conhecemos a causa e o pincípio do que julgamos saber. O desnorte do nosso sentido de viver talvez resida aqui. Como dizia Pessoa, Pensar incomoda como andar à chuva. E aquele que pensa, ainda se arrisca a ser acusado de ter a mania que pensa. Eis o nosso admirável mundo novo.

NCR

sexta-feira, 25 de março de 2005

quinta-feira, 24 de março de 2005

A minha mota

Durante alguns anos colaborei com a revista MOTOCILISMO, publicação mensal especializada. Numa primeira fase fiz reportagem sobre eventos mototuristicos. Depois corri o pais de “Lés a Lés” escrevendo alguns roteiros de fim de semana, apresentados na revista como sugestões de viagem. Esse tempo passou, pelo menos por ora.
O curioso de tudo isto, é que a blogar, muito raramente tenho escrito sobre uma das minhas maiores paixões: As duas rodas motorizadas.
Tudo isto porque ligam me esses velhos amigos, à guisa de um trabalho que realizam para a revista do mês de Abril.

Os jornalistas têm algumas ideias estranhas. Pedem me um texto para “ontem” com quinhentos caracteres.
Para os que pensam que blogar é inútil, hoje tive uma das mais eficazes respostas. O texto infra surgiu assim..., em cinco minutos..., mas, sem os quinhentos caracteres que me foram pedidos.
A síntese é que ainda precisa (e muito) de ser desenvolvida.

O BLOG ARCADIA, orgulha se assim, de dar à estampa a sua primeira pré publicação. Um humilde texto sobre a minha mota, que será dentro de alguns dias publicado na revista MOTOCICLISMO.



Haverá algo que ainda não tenha sido escrito ou dito sobre a ST1100?
Devo dizer que a minha experiência com a clássica da casa da asa dourada, se materializa em cerca de uma centena de milhar de quilómetros percorridos desde 1998 com a versão sem ABS. A moto tem se revelado uma fidelíssima companheira, quer o terreno sejam espaços abertos, quer as acanhadas ruas de Lisboa.
Não me lembro de ter queixas assinaláveis. De Viena a Edimburgo de Marraquexe a Lisboa, do Pulo do Lobo a Praga. Do deserto às Higlands Escocesas. De casa para o trabalho.
A ST1100 tem se revelado “pau para toda a obra” sem nunca ter traído o seu dono!
Pontos fracos? Sim, a travagem podia ser melhor. Sim, o comportamento a solo podia ser melhor. Pontos fortes? Economia, eficácia, conforto, estilo, classe, dinâmica, mesmo numa mota com mais de trezentos quilos.
Haverá algo que ainda não tenha sido escrito ou dito sobre a ST1100?
Claro que sim. Cada proprietário, terá as suas historias para contar..., que não devem ser poucas. Mas de certo sempre muito agradáveis.



PSL

Indo eu, indo eu...







PSL

quarta-feira, 23 de março de 2005

Porque é que a blogosfera tem de ser assim?

O país relativo, o blogue, acabou.

PSL

Campo Contra Campo (VIII)

MILLION DOLLAR BABY *****

Podia estar um dia inteiro a escrever sobre o filme de Eastwood.
O que foi para si Million Dollar Baby?
Ainda não viu?
Não perca mais tempo a ler este post. Vá ver.
Para mim?
Bom, para mim, Million Dollar Baby é um filme sobre nós: os humanos.
De que somos feitos? Porque somos assim? Qual a nossa verdadeira natureza?
Aborrecemo-nos, zangamo-nos com coisinhas. Com o vento que sopra de sudeste e nos invade a cidade com o fedor que vem das chaminés do Barreiro. Com o Professor porque fala muito depressa. Com o chefe, que é um chato, com a vizinha porque o cão ladra, com o vizinho que nos acorda com o berbequim. Porque o mar não se enquadrou comigo. Com a vida, com os outros, connosco. Porque sim!
Porque sim!
Tenham juízo.
A vida é bela, basta saber vive-la.
Porque de um momento para o outro estamos ali, presos, imóveis, onde já não resta nada. Nada…!
Talvez por o meu meio de transporte ser um veiculo com duas rodas - há tantos anos que ando de mota… - talvez porque já perdi amigos que não se souberam defender. Tal como Mary M. não se soube defender.
Talvez, porque, sei lá, tenho medo, muito medo, de um dia ficar assim. Ali, como a rapariga do milhão de dólares…
Onde está a dignidade humana numa vida que nunca mais poderá ser vida?
De resto. Eastwood é enorme. Pelo que filma, mas essencialmente pelo que não filma. Não é a luz que pauta a realidade, mas sim a sua ausência.
Eastwood está na galeria dos mágicos, e assim entendo, porque tenho uma cassete de VHS religiosamente guardada com "Imperdoável", que ando há mais de três anos para arranjar tempo de ver.

PSL

Soup - Surf Culture Magazine



A SOUP surf culture magazine é uma revista interessante para quem tem uma ligação marítima com a vida. Uma revista de bom gosto, de toque refinado e com excelência e criteriosa escolha de conteúdos. Uma metro-revista arriscava-me a chamá-la.
Em baixo podem ler o editorial da revista e clicar nas capas para ver os filmes promocionais dos números da revista já´publicados. In (joy):

«Soup é...
... as cores de um fim de tarde, a sensação de andar descalço na areia molhada, o prazer de conhecer novos sítios, as aventuras e desventuras, as imagens que não se esquecem... as caras que marcam... as vidas daqueles que sentem, vivem e sonham... as ondas.

A Soup também é...
... uma fogueira na praia, uma noite de verão, uma viagem à montanha, uma guitarra... um copo de vinho, uma boa piada, uma longa viagem de carro... uma praia deserta... uma praia de inverno... o calor do verão, o sal no corpo... um bom filme, a boa música, uma boa conversa... uma forma de expressão... a mulher, o homem... o corpo, a cara... a alma... o bom que é viver...a natureza, o mar... o surf



>

NCR

terça-feira, 22 de março de 2005

Links liberais

A propósito de um arrumação nos links, gostava de destacar estes três:
Levantai hoje de novo
Liberal Libertário Libertino
Speakers Corner Liberal Social
Este ultimo, o blog do neófito Movimento Liberal Social (link).
Já agora muitas felicidades e longa vida são os meus votos para este movimento que agora nasce...

PSL

Voyeurismo cínico

Nunca tal me tinha acontecido!
Esta noite decidi ir ao Alvalaxia espreitar aquele jogo de futebol a que chamam clássico.
Eu, Benfiquista ferrenho, na casa do maior rival cinicamente a assistir à queda dos do Norte.
Porquê? Como dizia um dos muitos comentadores da SPORT TV antes do jogo, era uma partida em que "o Benfica só tinha a ganhar, muito a ganhar". Portanto, se o Benfica ganharia sempre, eu fui lá. Obvio.

O lado negro da força, desceu em mim, e qual Darth Vader, invadi os terrenos do adversário. A miséria deste instigou os sentidos e uma palavra define o que vi e vivi: Mediocridade.
É a segunda vez que vou ao Alvalaxia para ver bola, desta feita para o piso superior. Ainda é pior que o piso térreo. Aquele campo de bola está para a nova Luz como a pensão estrelinha para o Hotel da Lapa.

O ambiente: Ridículo. Casa meio cheia, muita cadeira sem rabo.
As claques: Para mim o futebol vive tanto do jogo com dos adeptos. Adoro o fenómeno Ultra, no seu aspecto positivo. Gritar, incentivar, cantar e apoiar…A Norte o Directivo apresenta uma "coreo" ridícula, onde pontificava um emblema do clube enorme mas às tiras. A Sul confirmei a minha ideia, a Juve vive moribunda. A um canto menos de mil do Colectivo e dos Super. O apoio vocal destes não existiu, dos da casa pouco se ouviu.
O jogo: Paupérrimo. Os das riscas verticais parecem m grupo de excursionistas que se juntaram meio hora antes do jogo para dar uns pontapés numa bola antes do "piquenic". Os das riscas horizontais fizeram o que puderam, a jogar em superioridade numérica quase uma hora e contra nove, quase meia hora. De certo que há jogos da terceira divisão mais emotivos

O novo mito urbano diz que o Benfica joga pouco para tão grande vantagem. Uma mentira do tamanho do mundo. O Benfica joga mais que eles, por isso leva vantagem de seis pontos de todos os adversários ao titulo.
Temos tudo, tudo, tudo para ganhar o Campeonato.
Não, ainda não ganhámos!
Sim, estamos eufóricos. E merecemos!

PSL

segunda-feira, 21 de março de 2005

PALETA DE PALAVRAS V

«Mais importante, a própria Europa divide os europeus, pois a "questão nacional" surge em cada um dos países europeus. É um caso de valores, inspirado pelo receio. As pessoas querem saber aonde é que pertencem e nesse processo viram-se contra os EUA e para a Europa ou contra a Europa e para o seu país. De qualquer das formas, deixamos a política e entramos do domício dos símbolos e dos mitos.
Este é, de qualquer forma, o principal risco que os países democráticos enfrentam, pois a política dos valores é um desenvolvimento perigoso. Reintroduz divisões fundamentais em sociedades cuja maior conquista democrática foi precisamente banir o fundamentalismo da política. O debate público esclarecido deve ser uma disputa sobre política contida por uma comunidade de valores. Insistir nisto é portanto um objectivo primário da política da liberdade.»

Ralph Dahrendorf no Público de hoje.

“Não se importam, mas eu agora preciso de ir almoçar”

As palavras são de Socrates, à pouquinho nos passos perdidos.
Uma das coisas boas neste Governo é a pouca conversa que dá àqueles rapazes e raparigas que esperam os político de micro em punho, em tudo o que é esquina. Dos passos perdidos à porta de suas casas.
A vida não corre bem para um certo tipo de jornalismo....
A ideia que fica, é que o executivo que saiu parece que era composto por pessoas que tinham nascido com um megafone na boca.
Não perdiam um oportunidade para não estarem calados...

PSL

Bem vinda

O Ciberjus (link) está muito melhor ;)
Seja Bem vinda à Blogosfera!!

PSL

Dia Internacional da Poesia

Em 1999, a UNESCO decidiu proclamar o Dia 21 de Março como o Dia Internacional da Poesia. Presumo que a data tenha sido escolhida por ser o primeiro dia da Primavera (no hemisfério norte - não obstante alguns considerarem o dia 20, como o primeiro dia 'primaveril'), estação que desde os séculos XI e XII provençais se encontra ligada à poesia.



Hoje, sugiro que escrevam um poema da vossa autoria. Pode ser mau ou excelente, isso não interessa. O importante é criar e não julgar. Hoje sugiro-vos, portanto, que acreditem nos vossos sentidos. Escrevam um poema e revelem-no:

"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens."


Boa poesia!

NCR

sábado, 19 de março de 2005

Campo Contra Campo (VII)

O Segredo dos Punhais Voadores ***

Na valsa dos Detectives, épico disco dos GNR, existe uma musica onde algures se canta:

”Ao abrir a porta ao escolher a sorte
Sai ou dama ou tigre sai amor ou morte”

Vem isto a propósito do Segredo dos Punhais Voadores, superiormente dirigido por Zhang Yimou.
Este filme tem muito de surpreendente.
A começar na produção. Sem capitais ocidentais, apenas chineses e chineses, de Hong Kong.
Em segundo lugar temos a confirmação de que para filmar efeitos especiais de superior qualidade não será necessário trabalhar nos Estados Unidos. O mito de que apenas nos “states” se fazem bons efeitos especiais, é isso mesmo, um mito.
Depois temos uma historia de amor, crime, guerra, ciúme, ódio, luta, passada há mil e duzentos anos.
E o melhor de tudo. Uma fotografia longe de qualquer paralelo. Lembrei me do Mestre Benard da Costa e das suas resistências ao digital. Em Segredo dos Punhais Voadores, podemos ver um filme filmado em película com uma fotografia que dificilmente podia ser melhor. Com exemplos deste quem precisa do digital?
Mas o filme não é só uma mar de rosas.., e os espinhos (punhais) voam com fartura, as vezes até demais. Há erros infelizes e desnecessários, e agora nem de inverosimilhanças estou a escrever. Erros inadmissíveis em telas tão bem pintadas.
Inspirado de forma plurifacetada, O Segredo dos Punhais Voadores merece ser visto.
E como na letra de Reininho, em cada fotograma de Segredo dos Punhais Voadores “Sai ou dama ou tigre sai amor ou morte”.
Pensar eu que o culpado é o King Kard...

PSL

Também eu!!



Foto retirada desta noticia (link)previsível.

PSL

quinta-feira, 17 de março de 2005

Os post´s que ficam por escrever

Quantas vezes já vos aconteceu?
Quantos post’s imaginaram, quantas ideias surgem, quantos imagens se apropriam dos nossos cérberos e nunca deixam de ser pó?
Por semana, são dezenas, os post’s que ficam por escrever.
As vezes é uma noticia que se lê, outras, a noticia dada por aquela pivot de telejornal... Um livro, um grito, um disco, um filme...Assim de repente, e só esta semana, posso recordar pelo menos mais de uma dezena de post’s que nunca foram mais nada do que energia na massa cinzenta...
Porque é que tem de ser assim?
Há quem diga que podíamos viver na blogosfera. Quase! É um privilegio dos tempos modernos, podermos escrever, ser lidos, comentados, insultados. Dar ao mundo, aquilo que o mundo quer receber. E o que podemos dar!
Claro que não poderia viver na blogosfera, mas tanto, tanto, fica por escrever; porque há que trabalhar e estudar e dormir e viver...
Alias, sem vida não há blog, sem blog não há blogosfera, resta a conformação e equilibrar as ideias.., o tempo.
Este é o grande desafio: Equilíbrio!

PSL

N DIAGONAIS II

Descobri um site onde se pode ver e ouvir, on line, televisões e rádios de todo o mundo. É de facto uma viagem de descoberta e aventura aonde as centenas de case sensitives e a galopante curiosidade nos transportam para o mundo fascinante do audiovisual e da multimédia. Também podem conhecer melhor os diversos países sobretudo para quem quer viajar para eles.
Bom clicanço!

Televisões de todo o mundo

Rádios de todo o mundo

É a seca!



Portugal visto do espaço é bem pior que visto da Terra. Parece um país careca das melhores paisagens mundiais. Pobres coitados aqueles que vivem, ainda, na Lua!
- Sejam realistas, porque o país que temos é melhor que o país que vemos.

NCR

quarta-feira, 16 de março de 2005

Regresso de Santana à CML

Assisti amorfo a todo este pântano noticioso sobre o regresso de Santanás, perdão, Santana, mas a última gota de água do meu amorfismo não resistiu às declarações do tsunami político português Mário Soares, quando disse que o sobredito Santana Lopes (SL) não tinha legitimidade política e moral para voltar à Câmara Municipal de Lisboa (CML).
Lembrei-me de Ortega y Gasset que escreveu que as massas e as correntes demagógicas que se formam no seu seio, e a elas são permeáveis, condicionam e corroem a lucidez e a serenidade de qualquer saber. O homem é lobo do homem, já diz o provérbio antigo popular romano tão acarinhado por Platão, no seu Asinaria, e por Hobbes, na obra De Cive.
Na verdade, pergunto, onde está a falta de legitimidade política e moral?

Na parte política, verificamos que o SL ganhou as eleições autárquicas, aquelas que interessam e elegem para o exercício do cargo de presidente; reconhecemos que o ex-primeiro-ministro era presidente da CML antes de ir para a chefia do Governo; e facilmente discernirmos que votar para primeiro-ministro (salvo seja) não é o mesmo que votar para presidente da câmara, ou será que quem perde eleições nunca mais pode concorrer a outras ou voltar ao seu lugar de origem?
Ademais, quem não tem legitimidade política para ser presidente da Câmara é Carmona Rodrigues que, como todos sabemos, não foi eleito. É curioso, e daí talvez não, verificar que aqueles que hoje defendem a sua permanência são aqueles que puseram em causa a legalidade do processo do seu 'retorno' à Câmara, depois de ter sido nomeado Ministro das Obras Públicas por Santana Lopes!

Quanto à ordem moral de argumentos, podemos dividi-los em duas áreas: tradição e obrigação, pois são normalmente os dois conceitos que compõem a moral.
Em termos de tradição, existem antecedentes históricos de retomas de cargos públicos e políticos depois de exercerem esse tipo de funções e terem sido derrotados eleitoralmente. Veja-se o caso dos ex-ministros e ex-presidentes de câmara que retornam ao parlamento, depois de perderem as eleições. Confira-se o antecedente de Jorge Sampaio em 1991 que depois de perder as eleições com resultado aproximado do conseguido por SL regressa à autarquia.
No que respeita à obrigação, julgo que é suficientemente esclarecedora as perguntas seguintes: é moralmente legítimo a um político abandonar o cargo para o qual foi eleito antes de haver novas eleições? Servirá outras eleições de legitimação da continuação de um cargo que é inelegível por elas? Haja coerência na vox populi da orbe, se é que ela predomina, , pois se se critica os políticos de abandonarem a Política, ao menos que os cidadãos sejam responsáveis pelo seu voto, que foi maioritário em SL. Parafraseando um dito popular brasileiro, Votou [Santana], vai ter que rezar!

Aqui fica um pequeno e breve cardápio das razões pelas quais defendo a legitimidade do regresso de Santana Lopes, que não teve o meu voto, à presidência da minha câmara municipal.
NCR

PALETA DE PALAVRAS IV



«Respiramos o mar
e sopramos em terra,
não saímos do mar
e voltamos a ele,
saudamos as ondas
e fugimos dela, da sua queda,
para a esquerda e para a direita,
a vê-las pelas costas,
antes da quebra
espuma manobrada.

Oh meu Mar respirado e distante,
vives pelo fio de uma corrente
e tão descontente é o teu tardar.

Porque flutuas no meu corpo dormente
sem que te veja navegar?

Oh meu Mar acordado e iluminado,
porque cegas de prazer o teu rebanho guerreiro
quando a noite é inimiga do teu deleite pranchado?»

© Miguel Pessoa Campomaior, "Poesias Urbanas", Lisboa, 2005.

terça-feira, 15 de março de 2005

Um outlook do Futuro

O filme tem oito minutos e chama-se "The Museum of Media History: The Year 2014", escrito por Robin Sloan e Matt Johnson, em Novembro de 2004.

Previsão ou profecia? Até onde poderá ir a hegemonia do Google? E da Amazon? E dos Blogs?

Vislumbra aqui.

NCR

Gosto de te ver assim, leãozinho



PSL

Sejamos positivos

Depois de ver João Soares hoje na TV a falar de Lisboa, fiquei mais descansado por Santana reocupar o lugar na autarquia.
Afinal poderia haver coisas piores. Por exemplo, ter Soares como Alcaide…

PSL

segunda-feira, 14 de março de 2005

PALETA DE PALAVRAS III



«Um espelho em frente de um espelho: imagem
que arranca da imagem, oh
maravilha do profundo de si, fonte fechada
na sua obra, luz que se faz
para se ver a luz.»

© Herberto Hélder, Poesia Toda, 1996
Assírio & Alvim

N PUBLICIDADE II

Para ver este post, no maior clicanço!, arranjem 5 minutos, estatelem-se na cadeira e arranjem algo para petiscar!

Estação Brasil (em construção)

Imedeen (produto conhecido como a "pílula da beleza")

Fundação SOS Mata Atlântica I

Fundação SOS Mata Atlântica II

Fundação SOS Mata Atlântica III

Fundação SOS Mata Atlântica IV

Ecoponto pequeno

Adidas (simplesmente fantástico!)

TMN I (Juanitoooooo – adoro este anúncio)

TMN II

Até à próxima, e não percam anúncios, pois, muitas vezes, eles são as melhores razões para vermos, ouvirmos ou lermos, televisões, rádios, jornais ou revistas!

NCR

domingo, 13 de março de 2005

Anjos e Demónios

“-Conseguiram localizar a chamada? – tartamudeou Olivettii.
Não tivemos sorte. Telemóvel muito codificado. As linhas SAT estão misturadas, o que impossibilitou a triangulação. A assinatura IF sugere que está algures em Roma, mas não é verdadeiramente uma localização”.

Brown, Dan; Anjos e Demónios, pag. 172. Bertrand.



Ciência, religião, CERN e Vaticano. Temas e palcos de "Anjos e Demónios" de Dan Brown, Na senda de "O Código de Da Vinci" é agora publicado em Portugal o anterior livro do escritor. Ficamos à espera da tradução de "Digital Fortress", mas provavelmente esse será demasiado interessante para “os gostos” literários Portugueses.
Mas vamos à “Cowboyada” de Anjos e Demónios.
O dialogo que se reproduz é tipicamente “Hollyodesco” e espelha bem o espirito com que o livro é escrito. Inverosímil, e em ritmo de guião ai vamos nós a uma velocidade de TGV (ou de X-33??) nas asas da antimatéria.
Ehhh! Uma “Cowboyada” pegada que se lê como...A Bola. É para entreter.
Em boa verdade, divido-me muito quanto à escrita de Dan Brown. No que a “Anjos e Demónios” diz respeito gosto do ritmo Mach 15, da forma subtil como se discutem assuntos sérios, e do fino humor. O problema é que Brown pretende conferir um cunho de seriedade ao que escreve, incompatível com as situações que cria. Brown vive no dilema “ou escrevo a serio e inventa dentro “do possível” ou parto para o género “Cowboyada” onde os maus morrem sempre e os bons contam história”.
Brown não consegue sair desta camisa de forças, e o livro lá vai, la vai, como a falua, umas vezes muitíssimo interessante e bem escrito outras como se lê lá em cima!
Recomenda-se a quem não tem mais nada para ler.

PS: Um post pseudo literário às nove da madrugada de domingo?
De facto isto não anda nada bem!!

Campo Contra Campo (VI)

“Almodôvar não passa dum Spielberg hispânico, que sabe menos de computadores e é obcecado por paneleiros, putas e cores garridas.”
E mais: “Ao pé de mim, na minha cara, muito pouca gente me diz as coisas que acha que devia dizer.”.
Quem fala assim não é gago, é besugo.
Grande post no Blogame Mucho (link).

PSL

sábado, 12 de março de 2005

NÃO PAREM



E sábado, todos a Setúbal!

PSL

Alôôô...

"PCP, BE e CDS contra referendo no mesmo dia das autárquicas"

..está alguém na São Caetano à Lapa???

PSL

Das fatalidades e das oportunidades

Oh Zé, discursas bem, pá!
Agora governa!

PSL

A noite dos punhais voadores

Quatro secos.
Gozados.
Como os membros da “Casa dos Punhais Voadores”, a rapaziada da Madeira, onde o Benfica foi ganhar a semana passada, não se deixou surpreender, trazia consigo quatro punhais prontos a desferir golpes mortais no adversário.
Se bem pensaram, melhor agiram. Bem hajam.
Ontem PC não se comportou desta forma “boçaloide”, como a foto infra documenta.



A foto foi tirada a semana passada em Penafiel, no fim de um jogo do campeonato Nacional, e quem viu as imagens televisivas ficou sem duvidas quanto à parolice do homem.

Mas o que mais gozo me dá nas derrotas do Porto é ler o CAA.
O Homem é um pandego.
Ainda pensei que ter ficado atras do MRPP nas ultimas eleições legislativas lhe tinha tirado a graça, mas não, CAA está em grande forma.
Lembrem esta tirada (link) e agora leiam esta (link) - ver comentários.
"Ah e tal, a culpa foi do arbitro". Ah e tal, não!
Grande Mata-Mouros!
É tão feio ter mau perder!

PSL

sexta-feira, 11 de março de 2005

Coelho, O Grande!

Segundo JPP (link), Jorge Coelho substituirá José Magalhães na Quadratura do Circulo da SIC Noticias.
É mau para o programa, mas bom para o PS.
Sejamos claros: Sem estar no governo Coelho será “médio box-to-box” do PS,. Ou seja, será uma espécie de “faz tudo”, pau para toda a obra. Carregador de piano. Um político à Petit, sim o jogador do Benfica.
Coelho defenderá atacando. Será o primeiro homem a ir às pernas do adversário. Mas será também aquele que assistirá o ataque e organizará as tropas no assalto ao adversário.
Por fim Coelho ainda marcará uns livres, pois tem um pontapé forte. Alias rematar de fora da área é uma das suas especialidades. Por vezes veremos os jornais a dar-lhe setas para cima, outros setas para baixo.
Ah grande Coelho, tu percebes do assunto.

PSL

quarta-feira, 9 de março de 2005

Tréplica



Se fosse o José Mourinho respondia assim aos seus críticos jornalistas ingleses:

«O sucesso tem feito muitos falhados!»

NCR

Receita para os males necessários do curto-prazo português

Metáfora da governação portuguesa

ESPUMAS II



- Mano, porque o papá desapareceu? Está frio, mas ele podia estar aqui para brincar, não podia?
- Não, mana, o papá já não pode brincar mais connosco. Já falámos sobre isso, não te recordas?
- Sim, mano, mas porque o papá desapareceu? Porque os papás vão embora quando os filhos são ainda crianças?! Não devia ser proibido isso, mano?
- A morte vem para todos, e o nosso pai recebeu-a mais cedo que o normal. Temos que brincar só nós, mana. Mas vê o lado positivo das coisas, provavelmente a ausência do pai vai tornar-nos mais fortes, porque ele está sempre a ver-nos. Se estivesse vivo, só estava connosco, quando o víamos. Na morte, as pessoas estão connosco sem as vermos.
- Como, mano?! Gostava tanto de ver o papá!
- Ele está aqui connosco, mana, só tens que acreditar que ele está aqui connosco, é essa a sua presença. Se pensares que ele está sempre contigo, ele estará contigo mesmo quando não pensas nele. Olha, é como o céu, estás a vê-lo?
- Não!
- Claro, está todo nublado. Mas ele está por cima de nós, mana, mesmo quando não o vemos.
- Que bom, mano. Brrr...está mesmo frio, queres brincar, mano?

NCR

Finalmente!!!

Obviamente, organizado pelos Espanhois do "Festival Erótico de Barcelona", finalmente teremos um Salão Internacional Erótico em Lisboa.
Post vergonhosamente surripado do Random Precision (link).

O choque e o espanto irão invadir o pais.

PSL

|| (II)



PSL

Campo Contra Campo (V)

O QUINTO IMPÉRIO - ONTEM COMO HOJE, ****

Foi no domingo, dia de Oscares, que fui ver o ultimo Oliveira.
Manoel é um realizador que provoca sentimentos extremos e por vezes contraditórios. Não havia, assim, melhor dia para ver "O Quinto Império, ontem como hoje".
Em tempos sonhei, que um dia ia ver Manoel de Oliveira irromper pelo Kodak Thether, aplaudido de pé, a receber a estatueta pela sua carreira. Hoje duvido. Talvez se chegar ao centenário a filmar, talvez. Mas se existe Português que podia e devia ser galardoado com o prémio máximo da industria da sétima arte, esse só podia ser Oliveira.
Vamos ao que interessa.
Baseado na peça de teatro "El-Rei Sebastião" de José Régio, o filme foca um dos momentos mais decisivos da História de Portugal - aquele em que um rei travou a sua mais temerária batalha e deixou o país na miséria.
Mas o filme é muito mais que isso. É uma reflexão sobre a História de Portugal e sobre uma das suas mais fundas mitologias, o sebastianismo, sendo ainda um ensaio abstracto sobre o poder e o lugar do poder. Ontem, como hoje.
Oliveira igual a si mesmo. Rígido, teatral, quase obsoleto, mas muitas vezes genial. Veja se a forma como trata a luz e a manipula para sublinhar o que deve ser sublinhado. Os corpos que se tornam espectros, sombras, como naquela cena onde D. Catarina é acompanhada aos seus aposentos pelo neto. Ou a noite e o dia, a escuridão que por vezes, irradia luminosidade para nos encandear. Complexo, contraditório. Sublime. Veja-se ainda como os espaços vão sendo revelados, com tempo, com magia.
Depois existe um texto fantástico que eu desconhecia por completo, e ainda…, nasce uma estrela. Ricardo Trepa, que "Desejado". A direcção de actores, como sempre em Oliveira é magistral. Ame-se ou odeia-se, mas é obrigatório.

PSL

terça-feira, 8 de março de 2005

Agora a serio

Que tal este rapaz para liderar o PP?



Nota: A foto desaparecida era de Nuno Melo.

PSL

A não perder, no National Gallery...

...por quem puder.



Este é o nome da exibição de 16 obras de Caravaggio (Michelangelo Merisi), um dos maiores pintores de sempre, dada a originalidade, o criticismo e o naturalismo crítico da sua pintura. Como todos os grandes autores, a sua influência é intemporal. Leio no The Economist que Scorsese o considera uma das principais referências na realização dos seus filmes, devido à luz dos seus quadros e porque pintava temas religiosos através das pessoas que ele conhecia das ruas, “He had prostitutes playing saints”, “There's something in Caravaggio that shows a real street knowledge of the sinner; his sacred paintings are profane.”



Só para quem quiser e estiver em Londres até 22 de Maio.

NCR

segunda-feira, 7 de março de 2005

Campo Contra Campo (IV)

SARABAND, *****

Finalmente o post…
O que escrever sobre Saraband? O que dizer sobre Saraband?
Será um filme sobre o amor ou sobre o ódio?
Haverá amor mais forte do que aquele que sente por quem já não está? E ódio maior do que aquele que se sente por quem se "devia" amar, ou já se amou?
Dizer que Saraband é um enorme fresco será um lugar comum. Dizer que Saraband é catártico é uma banalidade.
Falar da beleza de Karin? Do erotismo, perturbante, como Bergman filma? Da musica?
Saraband é belo e incomodo. Carregado de surpresas a cada cena, e felizmente não são muitas. Cinema do antigo, clássico, infinitamente belo. Tragicamente doentio.
Sinceramente não sei dizer mais sobre Saraband. Filmado digitalmente e divinalmente, coloca o cinéfilo no eterno dilema. Para onde o futuro leva o cinema "analógico"?
Não sei. Sei, sim, que o azul daqueles olhos nos entra pela alma, como os nossos olhos entram por aquelas almas.
Aqueles contrastes, impossíveis em película, carregam ainda mais os traços do cinema de Ingmar Bergman.
Mas somos uns sortudos. Porque aqui ao lado (link) podemos ler o Mestre João Benard da Costa. E ele vê sempre muito mais do que nós. E explica-nos. E aprendemos.
Ao lê-lo ficamos, por vezes, com a sensação que vimos filmes diferentes….
Não foi o caso. Porque também eu não vi apenas corpos em Saraband, vi almas.

PSL

sábado, 5 de março de 2005

sexta-feira, 4 de março de 2005

Demagogia feita à maneira

"Queremos a revogação do Código Laboral, não queremos que se volte ao passado, com portarias de 1940, mas que seja introduzida uma legislação única e simples".

Caro Anacleto: Uma legislação única e simples já existe no neófito Código. Louçã é capaz de melhor! Ou não?

PSL

Santana e Lisboa

Espero, sinceramente, que nem lhe passe pela cabeça reocupar o lugar de Presidente da Câmara de Lisboa.”, escrevi eu neste blogue ainda a noite eleitoral “ia no adro”.
Como se pode ler aqui (link), “Santana não vai para São Bento e pode regressar à Câmara de Lisboa dia 14”.
Os meus receios não eram infundados.
Para Santana, o poder, ou a falta dele, é uma chatice.
Pobreza...

PSL

quinta-feira, 3 de março de 2005

N PUBLICIDADE I

Esta minha nova rubrica vai tentar ser uma comprovação do meu gosto pela publicidade, que já vem desde os tempos de miúdo. Resultará provavelmente da minha insatisfação pelo fracasso da tentativa (porque na verdade nunca tentei) de seguir publicidade. De qualquer modo, psicanálise à parte, nesta rubrica encontrão filmes, outdoors ou outro tipo de publicidade em suporte multimédia. Mais uma idiossincrasia, pois claro.

American Express (é o Scorsese é)

Apple

Channel

Hansaplast

MINI

The One

NCR

"Surf", da Pepsi



O novo anúncio da Pepsi chamado de "Surf", feito pela AlmapBBDO do Brasil, arrisca-se a constar na lista dos melhores anúncios de sempre para a comunidade surfista. Ademais, segundo o seu director criativo, Marcello Serpa, trata-se «do comercial mais caro já criado pela propaganda brasileira».



O spot publicitário, com versões de 30", 60" e 90" segundos e casting australiano, tem a presença dos jogadores Ronaldinho Gaúcho (do Barcelona), Roberto Carlos, David Beckham, Raul Gonzalez (todos do Real Madrid), Fernando Torres (do Atlético de Madrid), Thierry Henry (do Arsenal) e o holandês Rafael Van der Vaart (do Ajax).



As gravações aconteceram no ano passado na ilha Tavarua, em Fiji, na Espanha e na Inglaterra, sob a direcção de Tarsem Singh, sem que todos os jogadores se tivessem encontrado nas sessões das filmagens e sem 'surfarem' uma única onda! Aliás, as ondas que se vêem são produzidas numa piscina através de uma máquina de ondas.



Dado que os jogadores não estavam no mar, a produção criou uns efeitos especiais para dar entender que estavam a surfar, demorando três semanas para construir uma parede de água, com três metros de altura, instalada atrás da plataforma móvel onde ficavam as 'surfistas', utilizando três canhões para lançar água em diferentes direcções e 206 toneladas de areia de sílica que foram levadas até ao aeroporto onde os jogadores simularam estar numa praia e a surfar.



A banda sonora do spot é a (clássica) música "Misirlou", dos Dick Del e seus Del-Tones, que fez parte de "Pulp Fiction".



Aqui está o Spot, em formato swf (zipado) ou em html.

Fonte: Brainstorm e portal de propaganda

NCR

Está solucionado o problema de liderança no CDS/PP

“Múmia em óptimo estado de conservação e com jóias descoberta no Egipto” na capa do Publico de hoje.

PSL

quarta-feira, 2 de março de 2005

Matar é Matar! (III) – As Razões

Nesta terceira e última parte passemos aos argumentos. A minha posição nesta questão, como se calcula, é a de ser contra a pena de morte, sem excepções!
A pena de morte é o crime dos crimes. Porquê? Porque trata-se de um homicídio premeditado a sangue frio pelo guardião-mor da vida dos cidadãos, ou seja, pelo Estado, a quem compete zelar pelos direitos e liberdades das pessoas.
Para além disso, a pena de morte é discriminatória, desproporcionada e desumana.
É discriminatória sobretudo, porque favorece os cidadãos com maior poder económico e as maiorias étnicas, religiosas e políticas. Em muitos países esta asserção está desnecessariamente comprovada, pois como todos sabemos, em muitos países a pena de morte é utilizada como instrumento de repressão e supressão dos opositores raciais ou étnicos, políticos e religiosos. Nos E.U.A., por exemplo, 95% dos condenados à morte não podem pagar a um advogado privado e mais de 80% das condenações são executadas em pessoas de raça negra. Coincidência? Julgo que nem os mais racistas acreditariam nela.
Os estado-unidenses são pródigos nesta estatística de valores racialmente discriminatórios, tão antiga que remonta aos tempos da velha Confederação (estados do sul), arreigada ao «Bible belt», regra profundamente protestante por sinal. A sociologia moderna dominante, ao que sei, afirma mesmo que ela reflecte mais o racismo histórico da sociedade sulista norte-americana: um branco que mate um negro tem 4 vezes mais de risco de vir a ser condenado a morte que um negro que mate um branco. Os números demonstram-no: entre 1973 e 1995, um estudo provou que 40% dos processos analisados tinham erros jurídico-processuais, e outros 47% evidenciavam erros que judiciais que suscitavam dúvidas na justiça do veredicto. Só sobravam 13% de casos incólumes de violação à lei!
É desproporcionada, essencialmente, porque desadequada e manifestamente inexigível, quer nos inocentes, quer nos próprios criminosos. Nos inocentes, a probabilidade de erro judiciário é enorme, e aumenta a fabricação e manipulação das «provas» acarretando excessivo poder às polícias e forças de segurança. Nos criminosos, porque nada justifica que o Estado mate uma pessoa premeditadamente, a sangue-frio, com o intuito de prevenir mais crimes! E muitas vezes, crimes como o roubo, o adultério ou o sacrilégio e a blasfémia religiosa!
Consequentemente, é uma pena desumana, porque se traduz, precisamente, numa pena homicida, a cold blood, final e fatal, expurgatória de uma vida que em nada promove ou impõe uma sociedade sem crimes. É desumana também pelos seus métodos de consumação: injecção letal, mutilação corporal, por hemorragia em caso de decapitação, electrocussão, enforcamento, envenenamento, intoxicação por gás letal, entre outros, são algumas das práticas existentes nos 83 países que actualmente aplicam a pena de morte. Todavia, tem havido algumas evoluções (não me atrevo a chamar ‘progressos’) neste campo, por exemplo, em 2002, o Supremo tribunal Federal dos EUA proibiu a pena de morte a «retardados mentais», e em 2005, ontem aliás, declarando inconstitucional a lei que consagra a pena de morte a menores de 18 anos.

Historicamente, é raro verificar-se num país um retorno à pena de morte depois de a ter abolido. Direi mesmo que não conheço nenhum caso. Sendo assim, muito se questiona a validade e o sentido da consagração desta pena. Mas apesar de a Ciência, o Direito e a Realidade (estatística) provarem que tal acontece porque a abolição da pena de morte reduz a criminalidade violenta e é facto apaziguador da sociedade, no sentido de a tornar mais pacífica e de proporcionar uma consciência da dignidade da pessoa humana, porquê, então, ela subsistir?
Na resposta a esta questão podíamos falar de muitas razões e não-razões, como de demagogia, de lobbies, de intolerância, de fragilidade humana, de desconhecimento popular da realidade e das informações (muitas vezes manipuladas), de distinção de conceitos caros á filosofia (como justiça individual ou concreta vs. justiça colectiva ou geral, interesse privado vs. Interesse público, personalização vs. Objectividade), ou até de sentimentos de vingança ou de insegurança individualizados e generalizados. Como se vê por estes exemplos, podemos de falar ainda de muita coisa, porque esta é daquelas matérias que dividirá uma sociedade, infelizmente, até à nossa morte, como também o são o aborto, a eutanásia e as questões suscitadas pela bioética e a biotecnologia.
Por tudo aquilo que escrevi, não vou dizer que não quero influenciar ninguém, porque quero. E até o faço de forma desinteressada, pois como sabemos felizmente não existe pena de morte em Portugal. Mas preocupa-me o grau e as manifestações de intolerância que demonstram os meus alunos, amigos e demais interlocutores na discussão desta temática. Preocupam-me os «regressos medievais» e demais mundos demagógicos e populistas. Porque o humano acredita no que não vê e em muita coisa que é negada pela realidade e pela ciência, simultaneamente! Pode mesmo dizer-se como é isso possível acontecer no século XXI em países ditos civilizados?!
Se a pena de morte é ilegítima, falível, iníqua e ineficaz, como é possível defendê-la nesta era contemporânea, ou melhor, como é permissível a sua aplicação? Será a pena de morte um instinto animal? Será uma cedência emocional perante o nosso julgamento supostamente racional? Pode um sistema social e político baseado no primado do direito e da dignidade da pessoa humana aceitar a previsão legal da pena de morte? Será que não há uma alternativa de melhor remédio criminal e social, mais humana, justa e isónoma? Em Inglaterra, por exemplo, somente 1% dos condenados a prisão perpétua (life with parole) depois de libertados, cometeram uma segunda infracção criminal! Se a realidade não convence, nada convencerá «os penalistas da morte», porque na realidade o que os move é o argumento moralista da alegada justa vingança: aqueles que matam, roubam ou se opõem ao regime e religião dominantes merecem morrer, às mãos de toda a sociedade, como exemplo, como instrumento de política, como sinal do poder. Seja criança ou adulto, doente ou consciente.
A cólera é o sétimo pecado mortal. E não é por acaso que é o sétimo e o último.

Que a razão e o humanismo acompanhem sempre este debate.

NCR

Morreu Peter Benenson (1921-2005)

Passo a tradução, numa síntese da síntese, feita por quem sabe, da vida de Peter Benenson, fundador da Amnistia Internacional.



«El pasado viernes 25 de febrero falleció Peter Benenson, fundador de la organización internacional de derechos humanos Amnistía Internacional. Peter Benenson tenía 83 años de edad.
Peter Benenson fundó y fue el impulsor de Amnistía Internacional en 1961. Empezó como una campaña de un año de duración que tenía como objetivo lograr la excarcelación de seis presos de conciencia, campaña que luego se convertiría en un movimiento de defensa de los derechos humanos de ámbito mundial y, en medio de todo, en una organización internacional –Amnistía Internacional– que se ha ocupado de varios miles de casos de víctimas de violaciones de derechos humanos y ha servido de estímulo a millones de personas en todo el mundo para defender los derechos humanos.
Durante toda su vida, Peter Benenson mostró con valentía su compromiso visionario con la lucha contra la injusticia en todo el mundo”, dice Irene Khan, secretaria general de Amnistía Internacional.
Llevó un rayo de esperanza a la oscuridad de las prisiones, al horror de las cámaras de tortura y a la tragedia de los campos de muerte del mundo. Fue un hombre cuya conciencia brilló en un mundo cruel y espantoso; creía en la capacidad del ciudadano de a pie para generar un cambio extraordinario y con la fundación de Amnistía Internacional nos dio a cada uno de nosotros la oportunidad de hacer que las cosas cambien.
En 1961, gracias a la visión de Peter Benenson, nace el activismo en defensa de los derechos humanos. En 2005, nos deja como herencia un movimiento de derechos humanos de alcance mundial que no se extinguirá nunca.
El “Llamamiento en favor de la amnistía”, una campaña de un año de duración, se lanzó el 28 de mayo de 1961 en un artículo titulado The forgotten prisoners (Los presos olvidados), publicado en el periódico británico The Observer. Ese llamamiento atrajo millares de simpatizantes y dio origen a un movimiento mundial de derechos humanos.
El catalizador de la campaña fue la indignación que embargó a Benenson al leer un artículo sobre el encarcelamiento de dos estudiantes por haber brindado en favor de la libertad en un café de Lisboa.
La idea de Benenson era tan simple, que quizás por eso el abogado rehuyó la publicidad en torno a su persona durante toda su vida. Calificada por uno de sus críticos de “una de las mayores locuras de nuestro tiempo”, se creó una red de escritores de cartas destinada a bombardear a los gobiernos con llamamientos individuales en favor de presos encarcelados y maltratados en violación de la Declaración Universal de Derechos Humanos.
En los primeros años de existencia de Amnistía Internacional, Peter Benenson aportó buena parte de la financiación del movimiento, participó en visitas de investigación e intervino en todos los asuntos de la organización.
Otras actividades llevadas a cabo por Benenson a lo largo de su vida fueron: adoptar a huérfanos de la guerra civil española, llevar al Reino Unido a judíos que habían huido de la Alemania nazi, llevar a cabo labores de observación en procesos judiciales como miembro de la Sociedad de Abogados Laboristas, ayudar a fundar la organización Justice y fundar una sociedad para personas aquejadas de enfermedad celiaca.
En la ceremonia conmemorativa del vigésimo quinto aniversario de Amnistía Internacional, Benenson encendió lo que se ha convertido en el símbolo de la organización, una vela rodeada de alambre de espino, y pronunció estas palabras:
La vela no arde por nosotros, sino por todos aquellos que no conseguimos sacar de prisión, que fueron abatidos camino de la prisión, que fueron torturados, que fueron secuestrados o víctimas de ‘desaparición’. Para eso es la vela.
Hoy en día, Amnistía Internacional tiene 44 años de vida y se ha convertido en la organización independiente de derechos humanos más grande del mundo, con más de 1,8 millón de miembros y simpatizantes activos en todas partes del planeta.»

Para ler a biografia em inglês, clique aqui.

O pais onde há "expedientezinho e diligenciazinhas"

Diz do burgo (link), um dos candidatos à “quarta” cadeira do poder.

A propósito, pergunta ingénua: Se os poderes são separados Constitucionalmente, porque é que são hierarquizáveis ou hierarquizados desta forma?
Primeira figura da Nação, segunda figura da...

PSL

Desculpe, Portugal segue dentro de momentos

Mas alguém viu por ai o governo da Republica Portuguesa?
Cadê?
Sim, eu sei, não é o que está de partida, mas sim o que está para entrar.
Houve eleições à quase uma semana e nada!
Prazos Constitucionais?
Dava para esquecer o formal, e pensar um pouco no substancial?
Já agora, se a Constituição aqui não serve, que tal pensar em altera-la. Pelo menos aqui era pacifico. Ou não?
Ora, governem, não tenham medo! Avancem.
Nem que seja para animar a malta, e termos de que dizer mal...

PSL

PALETA DE PALAVRAS II

«E se restarem apenas aqueles que estão conformados com a mediocridade e estão empenhados no “projecto de empobrecimento em segurança”, não percebo como irá sobreviver o Estado. Os paladinos estatizantes diabolizam aqueles que pretendem ganhar dinheiro, ter lucro, ter êxito financeiro. São émulos dos escolásticos da Alta Idade Média no que respeita ao horror pelo pecado do lucro. Mas lançam-lhes olhares cobiçosos para lhes tentarem extrair os lucros para se subsidiarem a si próprios e às suas actividades ineficientes ou mesmo estéreis. Todavia apenas conseguem matar a galinha dos ovos de ouro. É isso que os distingue do pensamento liberal, que prefere tratar a galinha o melhor possível, alimentá-la e robustecê-la, para lhe melhorar a postura, e não matá-la por um misto de ódio pelo êxito da postura e para sacar de uma vez todos os ovos.»

Joana, do blog Semiramis

terça-feira, 1 de março de 2005

Parabéns

A todos os que passaram o ultimo ano a blasfemar.
É continuar, é continuar...

PSL

"spoil system"

Vital Moreira, regressa hoje nas paginas do publico a algo que já tinha escrito a 9 de Abril de 2002 (!?).
Vale a pena ler o artigo completo, mas aqui fica, no meu entender, o cerne da questão: "Como se sabe, em diversos países (por exemplo os Estados Unidos) vigora um regime de "spoil system", segundo o qual a mudança de governo implica a cessação automática dos mandatos dos agentes da administração de confiança política, sem necessidade de uma exoneração expressa, para permitir a sua substituição por pessoal em consonância com o novo poder. Quem ganha o poder tem o direito de ocupar os lugares de comando da administração. Não se trata somente de dar um "prémio" ao partido vencedor mas também de garantir a prossecução e execução fiel do programa do novo poder."

PSL

Mais Craig Armstrong



Para quem ainda não se apercebeu, a banda sonora do filme Ray é composta por Craig Armstrong. Para um cheirinho, clicar aqui e aqui.

NCR