segunda-feira, 30 de abril de 2012

Se gostas de ganhar a qualquer custo, muda de clube, pá

Odeio falar “nestas” coisas (link) – em especial quando perco. Mas não é por odiar mais ou menos determinada realidade que ela não esteja ai, presente e latente.

Contudo, a grande vitória dos corruptos e do seu líder este ano está longe de ser o título nacional; a grande vitória daqueles é esta desunião toda que conseguiram plantar entre as hostes benfiquistas.

Vai ser um defeso penoso. Um filme antigo mas revisto e aumentado, uma espécie director's cut. A probabilidade de acabar mal, com um arranque de temporada infeliz, é grande. Haja pachorra para aguentar o que ai vem…

Já agora, o titulo deste post não é meu, foi retirado deste excelente post (link) publicado pelo boloposte e que vos convido a ler e reler – apesar de não concordar com tudo o que lá vai dito.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

n músicas cxxvi

An Iranian electronic band. A ouvir...

Tem o Governo legitimidade para ir além do prometido?

Na ressaca do 25 de Abril e de toda a governação PSD/CDS-PP, há uma questão de fundo resultante da “política” governamental: há legitimidade para um Governo ir mais longe (leia-se, ser mais austero) do que aquilo que prometeu nas eleições pelas quais foi eleito?

A questão não é nova e já está assente nos sistemas anglo-saxónicos, onde a regra, há já largas décadas, é a consagração de sistemas de governos maioritários. Em nenhum lado, todavia, a questão é de resposta fácil, mas para ser curto, não pode deixar de ser SIM, mas com limites.

Quanto ao sim, defendo que, fora as tácticas partidárias e as opções pessoais das “personalidades” políticas, prefiro, como cidadão, que a linha de orientação política governamental seja definida e diferenciada, e que leve a(s) sua(s) política(s) até ao fim, custe o que custar, excepto, e aqui vem os limites, no que respeita aos valores e princípio estruturantes constitucionais. Ora, aqui chega-se a vexata questio. Em concreto, quais são esses limites? Aqui e agora, impele-me dizer que o critério mais adequado parece ser o da insuportabilidade dos efeitos continuamente prejudiciais de “reformas”, acrescidos de desvalor inconstitucional. Tudo de leitura e aplicação cumulativas. Ora, neste critério não cabe a mera discordância, nem a opinião de “destruição do 25 de Abril”, ou seja, não é uma questão de combate político.

Sou defensor do integral cumprimento dos mandatos dos governos eleitos, porque, prefiro a eficácia governativa à instabilidade da governação, e considero que os eleitores devem ser responsabilizados pelos seus votos. Até ao fim, custe o que custar, nos limites da suportabilidade, como disse, e sem prejuízo do combate político constante (mas este não deve colocar em causa o regime democrático). Mas, podem perguntar alguns, e se o Governo prometeu uma coisa e faz outra? E se anda a fazer políticas estruturantes sem as ter prometido?
Então, o cidadão que considerar tal facto inaceitável resta a atitude responsável de participar na política e na sociedade civil de forma mais activa e/ou votar noutro partido no acto eleitoral respectivo seguinte. Democracia é também isso: poder testar-se novas (ou velhas) políticas, incluindo as ideológicas, e cada um poder não se conformar com elas, com liberdade de mudá-las e de criar novas mas em contexto democrático e eleitoral. Por isso é a democracia churchilliamente o pior sistema político, para que as pessoas não se desresponsabilizem, nem potenciem a anomia social e institucional.

A resposta à pergunta do título é portanto sim, dentro dos fundamentos e pelos motivos expostos, e sem prejuízo do combate político da oposição, naturalmente. Cada partido e variante ideológica deve poder praticar a sua “política”, mesmo que nefasta para alguns, pois caso contrário, como responsabilizar os partidos dos governos? Caso contrário, que tipo de cidadãos se sentem motivados para fazer política, se “tudo” e “todos” são lineares? Caso contrário, que tipo de exemplo de responsabilidade política estamos a semear para as gerações actuais e vindouras, porque os governos em rigor não podem “governar”? Que caso de uma nação sem audácia ou determinação legaremos se “tudo” muda em nome da cultura do nivelamento consensual, que só fortalece ainda mais as elites partidárias e corporativas? E quando for a nossa vez?

Ganhar é também valorizar a legitimidade, pela sua postura face aos adversários, e merecer ganhar é cumprir antes de prometer…essa é a diferença da nova geração de políticos e da nova geração dos partidos… Ganhar, em democracia, é cada um poder defender e praticar o seu caso!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Vim de outro planeta mas felizmente acompanhado

Durante dois dias o país discutiu a ausência da Associação 25 de Abril e de Soares e Alegre das comemorações da Revolução. Como se não tivéssemos coisas mais importantes para pensar escreve aqui (link) Camilo Lourenço - que uma vez mais sou “obrigado a citar – que aproveita e dá exemplos do que efetivamente devíamos estar a discutir.

Fico contente com o texto do Camilo, sinto-me acompanhado (link); viajámos de outro planeta mas afinal não estamos sozinhos…

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Cristas

Tenham medo da Cristas!
Não só as suas rezas trouxeram a tão desejada chuva, como a água caiu todinha em cima da cabeça dos malvados comunistas.

Play it again, Falâncio


terça-feira, 24 de abril de 2012

Dura verdade

Uma vez mais, tenho de concordar com Camilo Lourenço (link). “Precisamos de manter a Troika. Para lá de 2014”. Custa.., mas é verdade.

De regresso ao nosso passatempo...

..., descubra as diferenças.


segunda-feira, 23 de abril de 2012

Insiste..., insiste..., insiste...

A serio.
Adorava compreender por que raio isto (link) é noticia. Mais, por que raio isto é notícia que abre telejornais e motiva comentários ao mais alto nível dos “senadores” da República.

 […mas isto só eu, que vim de outro planeta, a falar com “os meus botões”]

quinta-feira, 19 de abril de 2012

E agora em directo do caixote do lixo da história

Escreve o Público (link): Soares diz que Passos está a fazer um “péssimo trabalho”.

Escreve o Público como escreveria outro pasquim qualquer e como logo à noite as televisões confirmarão com imagens.

A culpa de Soares passar o tempo a dizer parvoíces não é dele, obviamente. Mas sim de quem lhe mete o microfone na boca.

O que é que o pobre velhote, bem instalado no caixote do lixo da história recheado com os dez por cento de votos que recolheu da última vez que foi às urnas, podia vir dizer?

Haja pachorra...

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Enorme dignidade

Quantas vezes vimos um Chefe de Estado reconhecer que errou e pedir desculpa por tal?

Gestos destes (link) sublinham a grandeza e dignidade dos Homens. “Sinto muito. Errei e não voltará a acontecer”, simples e eficaz. Não é para todos!


sábado, 14 de abril de 2012

Há Liberdade (CLIII)

Estas imagens fazem e farão parte da historia dos desportos de ondas em Portugal.

Ora…, caso eu ainda saiba fazer contas, passam exatamente vinte e nove anos desde o dia em que estas imagens foram gravadas. Um dia de ondas perfeitas nos Coxos, que faz adivinhar muitos outros spots de perfeição por essa costa portuguesa fora. Ondas que na sua esmagadora maioria partiram virgens, sem que ninguém delas se apoderasse. Hoje, num dia assim, tudo seria diferente. Vinte e nove anos. Cliché mode on: onde estavam vocês há vinte e nove anos?

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Angry Corvus (III)



Num canto escuro, algures entre Telheiras e a casa de banho mais conhecida da cidade, mora um dos melhores grafiti de Lisboa.

Provavelmente não terá sido essa a intenção do seu autor, mas eu prefiro pensar que aquela parede tem varias leituras possíveis.

De qualquer das formas…, para quem acha estarmos perante Arte Urbana, esta imagem é sem dúvida uma pequena obra-prima.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Marcelo Bielsa

Infelizmente, a sucessão de Jorge Jesus entrou na “ordem de serviço”. Penso não ser necessário justificar o advérbio. Só encontro um nome à altura do desafio: Marcelo Bielsa.

Subjetivamente nutro uma simpatia relativamente antiga por El Loco: remonta ao Mundial de 2002 disputado na Coreia do Sul e no Japão. O seu olhar obstinado, as correrias junto ao banco, um futebol lindo…, mas fatalmente ineficaz. Depois disso Bielsa esteve no Chile e do nada levou a equipa à Africa do Sul tendo apenas caído perante Espanha e Brasil. Presentemente está aqui ao lado, no mítico Athletic.

Objectivamente é um dos melhores treinadores do mundo; tal é público e notório.
El Loco é um técnico de princípios, mais…, de valores. É um técnico de desafios, de paixões; muito mais, de causas.

Nunca ganhou nada, dizem-me. Ainda bem, digo, apesar de não ser bem assim. Se nunca ganhou nada tem tudo para ganhar.

Já que Vieira “nunca” sairá, se é para mandar embora Jesus, venha um “Loco”.

Absolutamente de acordo

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Monumental



Este ano consegui acompanhar a icónica etapa de Bells Beach, Victória, Austrália, do mundial de surf. Mas isso não releva nada para este post.

Este aéreo de um extraterrestre que responde pelo nome de Kelly Slater, não é um aéreo qualquer. É “O” aéreo. Figurará nas melhores imagens do ano e, quem sabe, nas melhores imagens de sempre do surf de competição.

Obviamente, Slater arrecadou dez pontos por esta obra-prima do surf contemporâneo; desenhada na final daquela prova. Ainda assim não deu para vencer a competição. O que demonstra uma de duas coisas…, a fabulosa final que pudemos presenciar ou o quão manipuláveis são os resultados deste desporto nos dias que correm. Provavelmente demonstrará as duas.

Na verdade, no futuro, quando se falar da vitória de Mick Fanning em Bells quase todos dirão: “Qual…? Aquela em que o Slater sacou “aquele” aéreo…?”.

Project Glass

Isto é (link)..., vá…, o fim do mundo em cuecas…, ou de óculos, pronto. Estaremos prontos para viver num mundo de “caixa de óculos”?

E este vídeo é genial…, brutalmente simples mas, ainda assim, genial.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Profissão: proxeneta

Em primeiro lugar, alguém me explique, por favor, qual a ratio leggis de uma norma jurídica que habilita um indivíduo a dispor de automóvel pago pelo contribuinte e de motorista para o conduzir, apenas por ter tido a sorte de ter sido Presidente da República?

Depois..., é necessário ter uma lata do tamanho do mundo para ser parado por uma autoridade a quase 200 km/hora e responder com um singelo “o Estado é que vai pagar a multa” (link).

O que aqui está em causa não é o excesso de velocidade. Todos aqueles que conduzem, sem excepção, violam as normas estradais diariamente – algumas são tão patéticas que quem não o faz é um verdadeiro babaca.

O que aqui está em causa é o desplante de um indivíduo que, em bom rigor, nunca nada fez na vida, vivendo (ele e toda a sua família) uma existência inteira à “conta do Orçamento”, às custas do pobre contribuinte. Aliás, o singelo episódio é bem revelador da mentalidade desta gentinha que diz ter dado à luz o regime onde vivemos: eu pagar? Nem pensar…, o Estado tem de assumir isto!

Se assim agem os pais do regime…, está bem à vista como actuarão os seus filhos. Uma vergonha!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Quem é a sobrinha mais linda do tio (VII)?




Há muito tempo que “não vinha” a esta rubrica.

O tempo, tal como a maré, não espera por ninguém e elas não param de crescer.

Esta…, está esperta e viva como um alho – nada chocho – acabado de colher. Perdeu um dente…, diz que foi na Catedral, no passado sábado, a festejar o segundo do Benfica – um golo que ao que parece terá provocado um sem número de contusões em muitos dos adeptos encarnados…, tal a alegria.

No domingo foi passear a Sintra. Não gostou lá muito do Museu do Brinquedo…, e com razão, digo eu. Fraquinho…, vagamente interessante e com uma temporária “Star Wars” verdadeiramente paupérrima. Do Cabo da Roca sim, gostou…, ouviu historietas e fartou-se de subir e descer e subir e descer ravinas e pedregulhos. É mais out do que indoor…, sai ao Tio.