sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Portugal dos pequeninos

[…sobre os comentários a este post]

Rica Izzolda (bons olhos a leiam…) e caro . Os meus amigos que me desculpem mas não posso concordar convosco.
A pequenez é ontológica a Portugal e endémica aos portugueses. Da geografia à política, da economia às relações externas, das artes ao desporto, salvo honrosas excepções – que não passam disso mesmo, excepções - somos (sempre fomos e sempre seremos) muito pequenos. Não reconhece-lo é fazer como a avestruz, metendo a cabeça na areia. Não falar sobre o problema é fazer como aqueles esquizofrénicos que se recusam a aceitar que estão doentes.
De facto, Izzolda, dizer (apenas) todos os dias que somos pequeninos não nos fará crescer nem um milímetro que seja. Mas o primeiro passo para a cura (ou pelo menos para uma tentativa de) poderá estar na aceitação da doença. E o que me preocupa (sinceramente) é que diariamente vejo cada vez mais portugueses e portuguesas com a mania das grandezas e a acreditarem em “amanhas que cantam”. Este país e este povo não têm solução. E o que não tem solução, solucionado está!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Merda pelos ares...



Aconteceu na Suiça, no jardim de um Museu de Berna, onde estava exposta a obra "Complex S(expletive..)", do artista norte-americano Paul McCarthy, tendo provocado algum caos, visto que partes da Merda terem chegado a partir vidros de uma escola de infância a 200 metros de distância.




Por falar na Arte da Merda, não pensem que é original. Leiam e vejam só o sucesso:


«Artist's Shit 1961
Merda d'artista



Piero Manzoni 1933-1963

In May 1961, while he was living in Milan, Piero Manzoni produced ninety cans of Artist's Shit. Each was numbered on the lid 001 to 090. Tate's work is number 004. A label on each can, printed in Italian, English, French and German, identified the contents as '"Artist's Shit", contents 30gr net freshly preserved, produced and tinned in May 1961.' In December 1961 Manzoni wrote in a letter to the artist Ben Vautier: 'I should like all artists to sell their fingerprints, or else stage competitions to see who can draw the longest line or sell their shit in tins. The fingerprint is the only sign of the personality that can be accepted: if collectors want something intimate, really personal to the artist, there's the artist's own shit, that is really his.' (Letter reprinted in Battino and Palazzoli p.144.)

It is not known exactly how many cans of Artist's Shit were sold within Manzoni's lifetime, but a receipt dated 23 August 1962 certifies that Manzoni sold one to Alberto Lùcia for 30 grams of 18-carat gold (reproduced in Battino and Palazzoli p.154). Manzoni's decision to value his excrement on a par with the price of gold made clear reference to the tradition of the artist as alchemist already forged by Marcel Duchamp and Yves Klein among others. As the artist and critic Jon Thompson has written:

Manzoni's critical and metaphorical reification of the artist's body, its processes and products, pointed the way towards an understanding of the persona of the artist and the product of the artist's body as a consumable object. The Merda d'artista, the artist's shit, dried naturally and canned 'with no added preservatives', was the perfect metaphor for the bodied and disembodied nature of artistic labour: the work of art as fully incorporated raw material, and its violent expulsion as commodity. Manzoni understood the creative act as part of the cycle of consumption: as a constant reprocessing, packaging, marketing, consuming, reprocessing, packaging, ad infinitum. (Piero Manzoni, 1998, p.45)

Artist's Shit was made at a time when Manzoni was producing a variety of works involving the fetishisation and commodification of his own body substances. These included marking eggs with his thumbprints before eating them, and selling balloons filled with his own breath (see Tate T07589). Of these works, the cans of Artist's Shit have become the most notorious, in part because of a lingering uncertainty about whether they do indeed contain Manzoni's faeces. At times when Manzoni's reputation has seen the market value of these works increase, such uncertainties have imbued them with an additional level of irony.»

O bloco Party não pára

A nova música dos Bloc Party é no mínimo desconcertante. Não tanto a música em si, mas sim o binómio que ela perfaz com o seu videoclip. Num registo vagamente surrealista, a banda britânica revisita as teorias da conspiração da moda e parece desejar dominar o mundo. Primeiro estranha-se, depois entranha-se, aquele que será de certeza um dos videoclips do ano.

Bloc Party - "Mercury"

N MÚSICAS LIV

yeah! yeah! yeahs!... Uma das minhas bandas, vocalistas, vozes, sons, rock performers, preferidas ultimamente... Passagem imperdível.



E também



E ainda

Todas as gerações...



...têm os seus fedelhos a rirem-se dos tempos paternos!

The Beijing Olympics Photo Gallery



O João Lopes no Sound + Vision chama-nos à atenção para este (link) “conjunto de imagens dos fotógrafos da revista Sports Illustrated coligidas pela Time” que, de facto, vale a pena descobrir.

A festa e os bombos

1. Perder tempo é um luxo. Mas o luxo é sublime. Percamos pois tempo a escrever este post.
2. Na Suíça o Vitória de Gaymarães foi corrido para a taça das barracas. Temos pena pois em caso de vitória, o Vitória, seria um belo bombo para varias festas. Dizem as lusas crónicas que a equipa lusa foi "gamada". Temos mesmo muita pena. O insuportável Cajuda que não desespere. Com sorte ainda poderá fazer companhia ao Glorioso na fase de grupos da "barracada".
3. Esta noite também houve festa na capital espanhola. O Sporting de Lisboa foi lidado pelo Real do Mundo. Um bombo perfeito para a festa madrilena.
4. Pequeninos, muito pequeninos. Mas sempre em festa. E há festa em Agosto sem bombos?
5. Assim somos nós na Europa (também) do futebol.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Campo Contra Campo (CXX)

“Aquele Querido Mês de Agosto”, ****

Devo dizer, desde já, que sou suspeito para falar do novo filme de Miguel Gomes. Por uma simples razão: apesar de não ter nem casa nem "sangue" na região onde se passa a “acção”, é na Beira de “Aquele Querido Mês de Agosto” que tenho memórias fantásticas do fim da adolescência/início da idade adulta. Alguém esquece a(s) primeira(s) viagem(ns) com os amigos em permanente e incessante regabofe de descoberta? Foi por lá, Monte Redondo, Cavaleiros, Nogueira do Cravo - aldeias que podiam ser o epicentro do filme de Miguel Gomes - mas também por Ponte das Três Entradas, Coja, Góis, Arganil que passou parte de uma vida que já não volta mas que me deixou memorias e lições eternas.
É fácil de ver que também eu tive (e quem não teve – tem) “Aquele Querido Mês de Agosto”. O que não tenho (e duvido que alguém mais terá) é a arte de pegar num belo mosaico, estilhaça-lo em mil pedaços e oferece-lo em forma de cinema a quem o quiser apanhar.



Não é fácil descrever (muito menos qualificar) “Aquele Querido Mês de Agosto” enquanto objecto cinematográfico. Miguel Gomes parece partir da ficção para o documental e deste para casa de partida deixando, pelo meio, se envolver pelo cúpido do “filme sobre um filme”, ao deixar a tela ser invadida pela equipa de filmagem.
Não estão a perceber nada? É natural; “Aquele Querido Mês de Agosto” não é apenas um documentário, uma ficção, uma pantomina, um musical, um melodrama. “Aquele Querido Mês de Agosto” é um documento sociológico e antropológico sobre um pedaço do Portugal profundo do início do século XXI. E é divertido e belo.
Fernando Lopes, dizia numa das dez páginas que o Ípsilon do Público da passada sexta feira dedicava a “Aquele Querido Mês de Agosto” que Miguel Gomes "não é cego aos sons nem surdo às imagens". Não sei dizer tanto nem sei apelidar “Aquele Querido Mês de Agosto” de milagre como parece ter feito o Cahiers du Cinema aquando da passagem de “Aquele Querido Mês de Agosto” pela quinzena dos realizadores na última edição de Cannes. Sei apenas que quem filma assim a beleza da Fraga da Pena, como se de um altar natural se tratasse (a luz que vem lá do além e alumia - o apalermado, não apenas no caso do filme – o clássico passeio familiar da região), é cineasta a acompanhar de muito perto.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Abanar a anca cinco minutos por dia nem sabe o bem que lhe fazia (IX)

Podia apontar uns belos pares de razões para arrastar o pezinho ao som desta música e do divertido vídeo que a anima. Fico-me por duas:
Primeira, porque sim; segunda, porque sim, sim, confirmo (link) que nós os gajos de trinta e tal anos o que queríamos era voltar a ter a energia dos vinte que já lá vão e correr de dia de onda em onda e de noite de bar em bar e pelo meio deixar correr a mão pelo corpo que a apanhar e o beijo pela boca que o quiser – mas, porque somos “gajos de trinta e tal anos”, para além de queremos tudo o que já foi dito queremos muito mais a começar por aquilo que sempre tivemos: uma "mãezinha" que nos faça a papinha e nos encha de mimos.
Como vêem, meninas, afinal é tão simples...

Benassi Bros feat. Dhany - "Hit my heart"

Pink Lady photoblog

A “nossa” Sofia tem um blogue novo. Um blogue não. Um Photoblog, como ela lhe chama: Pink Lady photoblog.
Embora ela diga que fica muito zangada se lhe roubarmos alguma foto (cada vez percebo menos esta nova esquerda que afinal parece ser tão ciosa da sua propriedade...) eu não resisti a surripiar-lhe este belo momento que ela foi recentemente buscar à mesquita de Kerkouane que dizem (embora tal não seja verdade) os manhosos guias tunisinos ser um dos cinco lugares mais sagrados do Islão.

Olá bom dia tristeza

Não sou só eu, felizmente.
Depois de uma rápida incursão matutina pelos blogues da nação benfiquista confirmo o pior. Estamos tristes. Tristes a valer com o resultado e a exibição de ontem no Norte.Mas tristes é tristes mesmo. Não é apenas chateados ou aborrecidos ou amargurados. É tristes.
Tristes.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Sport Olímpico e Benfica

Factos são factos: como os mais atentos já notaram, o Benfica vai trazer mais medalhas de Pequim do que Portugal.

ohVirão!

Em todos os Verões, tal como no Pontal, uma música é eleita para além da parafernália obsessiva dos meus autores e cantautores preferidos. Este ano, consegui recentemente tirar a Bartoli do auto-rádio e do computador profissional (todavia, uma ida à FNAC ontem obrigou-me à habitual e anónima recaída), pelo que o leque de candidatas a música de Verão nunca foi tão curto. Bom, mas nem todos os Verões são estações, daí que a minha música de Verão de 2008 é de uma australiana talentosa bonita e jeitosa, necessariamente por esta ordem, chamada Gabriella Cilmi que, eu diria, em termos de voz, ser a Amy Winehouse da Oceânia. A música chama-se "Sweet about me" e é de uma alegria de ritmo, de uma gravidade de voz e de uma invocação de despretensiosimo contrastante com a nossa selva urbana surpreendentes.

E se mais razões não houvesse quanto a ela, sintam a maresia:

«Blue, Blue, Blue Waves They Crash
As Time Goes By, So Hard To Catch
And Too, Too Smooth, Ain’t All That
Why Don’t You Ride My Side Of The Tracks»

Aqui estão elas:

Dois olhos no burro e no cigano

A confiança é um sentimento difícil de sentir em Portugal, sobretudo face às instituições e ao Estado em geral e particularmente ao vizinho do lado. Desde a forma inicial de cumprimento à despedida do fortuito encontro vizinhal existe uma diferença paradoxal, se não mesmo patológica no sentido bipolar. O ano passado, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) realizou um estudo - “World Values Survey” - sobre a confiança nas instituições sociais e políticas e o civismo dos povos e imaginem o lugar de Portugal: quando não ficava em último, nos diversos indicadores desagregados, ficava em penúltimo ou em antepenúltimo.
Podem ser dadas algumas explicações históricas (a fundação da nacionalidade, o domínio filipino, a promiscuidade e inconstância típicas da monarquia portuguesa, a duração do Estado Novo) e, consequentemente políticas, a falta de liberalismo cívico e político, conotado com a responsabilidade efectiva e a liberdade garantida, ou mesmo com o estatismo, a providência, ou, quem sabe, Fátima ou qualquer outra senhora aparecida. O impacto na História e na Economia, sobretudo na produtividade e na competitividade, ou, por outro lado, a influência do passado no presente futuro português, desta falta de confiança nos próprios e nos outros ainda, julgo eu, está por estudar e comprovar.
Todavia, sendo eu um leigo da sociologia (ciência aliás pela qual não morro de amores, sobretudo na retórica) e mediano cidadão, por vezes, a ler o jornal, a ver umas notícias ou a ouvir um noticiário, penso como alguns casos são quase uma prova irrefutável de um impacto negativo de algo que aconteceu outrora neste quarto ibérico.
O problema não é português, como se viu na recente crise das hipotecas sobrevalorizadas sobre bens com valor não correspondente. A principal causa desta crise está na falta de confiança dos que definiam Quem era de Confiança, ou seja, no mundo das finanças designam-se por empresas de 'rating', que avaliam qual o risco de determinada operação financeira. A promiscuidade também aqui vingou, e piorou, quando aquelas faziam o papel duplo e simultâneo de consultoras e avaliadoras de risco da mesma empresa.
A confiança é mais do que um sentimento, é um valor primordial de qualquer relação, seja social ou individual. Por isso a regulação jurídica e a governância são tão aclamadas e declamadas, vivendo o seu momentum paradigmático. Quanto aquela falta, estas soçobram, em abundância.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Cândida vitória

Portugal nada (IV)

Existe pelo menos um desporto em que somos uns valentes imbatíveis: espancar quem está por baixo.
Caso houvesse Jogos Olímpicos desse desporto não ganharíamos nem uma, nem duas, nem três, mas sim a totalidade de medalhas de ouro em disputa.
Deixem lá a rapaziada olímpica em paz. Ignorem-nos.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Têm olhado o céu nestas ultimas noites!

Cão a ladrar à Lua, Joan Miró, 1926

Torre encantada

À esmagadora maioria dos mortais (e dos amantes do mar também), causa uma enorme impressão que o “lago” na imagem seja capaz de produzir momentos de gozo verdadeiramente únicos. Bem, em bom rigor não é o lago em si que os produz mas sim o seu irregular fundo de areia auxiliando por aquelas pedras lá longe (onde paira uma espuma brilhante) potenciado por ventos longínquos dos quais nunca conheceremos o sabor.
Como disse, por vezes, este cocktail natural oferece a quem dele saiba apreciar momentos de absoluto prazer. Foi o estranho caso da manhã de hoje. Estranho apenas porque swell surfável na Torre em Agosto é caso único, pelo menos para mim. A Torre encantada mostra-se aos seus, cheia de personalidade, em gélidos dias de Inverno. As mais das vezes rebelde, açoitada por ventos padrastos. Agora em Agosto, com água tépida e brisa favorável…
Confesso: tenho um passional caso com esta pequena baia de frequente mau humor; em especial com a direita perfeita que quebra bem lá fora e que de forma abençoada nos traz algures até ao meio da praia junto à areia. Como se de um feitiço se tratasse, a “princesinha” apareceu a meio da manhã, brilhou durante um par de horas e desapareceu, para voltar, quando assim o desejar...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Portugal nada (III)

Vanessa diz que a prata vale como se fosse ouro. Mas como um enorme filósofo popular me ensinou este fim-de-semana, “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. Tem pois razão a Vanessa, pois lá ser, ser não é.
Mas está de parabéns a Vanessa. Com a sua ajuda Portugal já igualou Singapura e Tinidad e Tobago, tendo mesmo ultrapassado a Lituânia. Ainda assim Portugal continua atrás de potências como a Mongólia e os Camarões.

Adenda: Ainda sobre as Olimpíadas ler este e este posts de Carlos Nunes Lopes no 31; e O calo do jogador de futebol e os jogos olímpicos de Coutinho Ribeiro n'O Anónimo.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O êxodo

O último a sair de Lisboa, por favor, feche a porta.

A choraminguiçe vai começar cedo

Queiroz apresentou a primeira convocatória. E ela traz uma pequena revolução.
Até aqui nada de novo. O “problema” é que o Benfica (com três convocados) se destaca ao lado do Chelsea (quarto) como o principal fornecedor da Selecção Nacional. Tripeiros com dois e Lagartos apenas com um convocado vão começar a carpir. Temo que as criticas a Queirós comecem ainda antes da primeira equipa por si treinada entrar em campo.

Portugal nada (II)

Lá nome cheio de cagança tem o bicho. É com certeza uma égua portuguesa.

Número Palíndromo*


*Que é como quem diz, capicua. Dizem que dá sorte.

Abanar a anca cinco minutos por dia nem sabe o bem que lhe fazia (VIII)


Perguntam vocês muito bem, porquê semelhante coisa aqui hoje?
Podia simplesmente dizer que são os efeitos nefastos deste gélido e glacial vento em pleno Agosto. Mas não chegaria.
Reparem bem na dança freak do nigga do corno (ou lá o que é) ao pescoço. É digno de ver em modo “full screen”. E já agora ponham o som bem alto, para ouvir a sister a simular o orgasmo ao microfone. Lindo…, estávamos em 1976…, e este é um dos grandes clássico do “Disco Sound”.



Boney M - "Daddy Cool"

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Só faltava morarem na Quinta da Fonte

1- Um cigano sai de uma penitenciária socorrendo-se um meio ardiloso: falsifica a sua identificação e engana o juiz de execução de penas.
2- Depois, resolve continuar a actividade que o levou à prisão, e leva consigo uma criança (para a iniciar nas artes?...).
3- Surpreendido pelas autoridades, atropela um polícia com o furgão que conduz, tentando neutralizá-lo.
4- O polícia dispara sobre a carrinha e a criança morre.
O ponto "4" não existiria se o evadido não tivesse causado "1", "2" e "3".

Abanar a anca cinco minutos por dia nem sabe o bem que lhe fazia (VII)

A voz desta rapariga inspira-me.
Poucos os conhecem por cá, mas esta já é a segunda vez que os The Ting Tings rodam nesta vossa casa (agora) meio adormecida. Vá, toca a dar uns pulinhos.

The Ting Tings - "That's Not My Name"

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Portugal nada

Togo e Quirguistão já têm cada qual uma de bronze. O Vietname uma de prata. O Zimbabwe duas. E até a exótica Tailândia já tem uma medalhita de ouro. [Aqui o quadro completo e actualizado]

Adenda (ou nem de propósito): O Anti-clímax por Eduardo Pitta.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O maior espectáculo do mundo



Tive oportunidade de ver a espaços a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpico de Pequim. Faltam-me as palavras para descrever tamanha demonstração de grandiosidade. Repete já a seguir na RTP 1. Vale a pena parar para ver. E embasbacar…

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O auge

Já cá faltava o assalto com sequestro da praxe. Tudo muito mediático para o veraneante ver. “O momento é bastante consternador”, acaba de dizer a jornalista da SIC no local.
Ahhhh, viva o verão!

Entretanto, tudo acaba. Em directo. “Foi uma operação extraordinária”, dizem os comentadores do jogo da bola, perdão, os jornalistas.

Paris Hilton: a presidente que a América merece

See more Paris Hilton videos at Funny or Die

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Tiago Pires é Estrela do Mar

É Agosto.
Não me lembro da última vez que tinha parado para ver um programa de televisão exibido na RTP 1. É Agosto. Hoje liguei a televisão às nove da noite na RTP 1.
É Agosto. Em prime time a televisão que é paga por todos nós decidiu exibir Em Reportagem o documentário Estrela do Mar sobre a “vida e obra” de Tiago Pires, surfista profissional português, que anda lá fora a lutar pela vida.

Sandra Vindeirinho assina um documentário razoável, às vezes piegas, outras tantas delicioso. Mas há qualquer estranho karma que afecta a imagem do Tiago sempre que lhe dão o destaque mais do que devido na comunicação social generalista. Desta vez a boa da Sandra saiu-se com esta bojarda: "[Tiago] só deixou de temer o mar no dia em que largou a prancha de bodyboard".
Eu sei que é Agosto; o surf pela primeira vez teve honras de priem time na televisão portuguesa. Bastava isso para haver notícia. Não era necessário o jornalista ser "a" noticia. Nem o Tiago merece “mais um caso”. Ou merece?

[Estrela do Mar repete no próximo Domingo, 10 de Agosto, na RTPN, pela 1:30]

Até Já, Público

Foi esta a página 9 do Público de hoje.


Assim, com um balde de água salgada (e gelada), a operadora de comunicações moveis dá uma estalada valente num jornal que é propriedade da mesma empresa que detém uma operadora concorrente; jornal esse que parece sofrer de um complexo de Lolita mal resolvido, tal é o destaque que dá a uma criança chamada Micaela Brito, da qual dizem poder vir a ser uma das mais conceituadas arremessadoras de bolas com um pau e umas cordas do planeta.
[Nota: Apesar dos quinze anos da moçoila, eu, tal como os gajos que fazem o Público, também prefiro a Micaela toda vestida do que o Tiago todo nú]

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Prisão preventiva a tempo parcial

Sem conhecer os pormenores da ideia do Governo de permitir que, condenados a prisão efectiva, os Arguidos que hajam interposto recurso possam gozar de prisão preventiva a tempo parcial (recolhendo aos calabouços apenas para pernoitar), permito-me - ainda assim - tecer o seguinte comentário:
não havendo penitenciárias em todos os concelhos do país, como é que se conseguirá que um arguido que viva longe de uma possa sair todas a manhãs e regressar todas as tardes?

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Abanar a anca devagarinho

Agora é que ninguém pára o Benfica

Contam-me que o Sr. David (enorme benfiquista dos sete costados), dono do Talho Bom Gosto - o melhor da região onde a equipa do Benfica está a estagiar – estava hoje todo contente. Tem sido a ele que o hotel tem recorrido para alimentar boquinhas tão especiais.
Descansai pois, companheiros benfiquistas. É que para além de ser do Talho Bom Gosto a melhor carne que se come lá em casa, o dito açougue está localizado numa Travessa chamada Remédios.
Não restam duvidas; é desta que ninguém pára o Benfica.

StarTracking...

... que forma tão lusófona de exaltar Portugal e os portugueses...

A ameaça fantasma

Aquilo do "seria mais fácil dissolver a Assembleia da República do que a Assembleia Legislativa Regional" era uma constatação de um facto ou uma ameaça?

Abanar a anca cinco minutos por dia nem sabe o bem que lhe fazia (VI)

Por momentos somos livres. Livres, tão livres que só nos apetece gritar. Não só pelo momento em si, mas também por mais e mais e muito mais momentos assim. Pois a felicidade deve ser uma coisinha assim parecida. Não há muito a acrescentar ao que já foi dito anteriormente. Porque Deus não é DJ. Definitivamente, Deus é bodyboarder.

Faithless - "God Is A DJ"