À esmagadora maioria dos mortais (e dos amantes do mar também), causa uma enorme impressão que o “lago” na imagem seja capaz de produzir momentos de gozo verdadeiramente únicos. Bem, em bom rigor não é o lago em si que os produz mas sim o seu irregular fundo de areia auxiliando por aquelas pedras lá longe (onde paira uma espuma brilhante) potenciado por ventos longínquos dos quais nunca conheceremos o sabor.
Como disse, por vezes, este cocktail natural oferece a quem dele saiba apreciar momentos de absoluto prazer. Foi o estranho caso da manhã de hoje. Estranho apenas porque swell surfável na Torre em Agosto é caso único, pelo menos para mim. A Torre encantada mostra-se aos seus, cheia de personalidade, em gélidos dias de Inverno. As mais das vezes rebelde, açoitada por ventos padrastos. Agora em Agosto, com água tépida e brisa favorável…
Confesso: tenho um passional caso com esta pequena baia de frequente mau humor; em especial com a direita perfeita que quebra bem lá fora e que de forma abençoada nos traz algures até ao meio da praia junto à areia. Como se de um feitiço se tratasse, a “princesinha” apareceu a meio da manhã, brilhou durante um par de horas e desapareceu, para voltar, quando assim o desejar...
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