terça-feira, 8 de agosto de 2006

Lx em Agosto (dia oito)

Tanto calor, apesar do ar marítimo que adoçou a noite de ontem e a nossa manhã.
Têm sido noites quase tão quentes como os dias. E sabe bem ficar junto do rio na casa dos seus meninos (também hei-de escrever um postal sobre o meu bar predilecto de verão): Meninos do Rio. Ali ao pé do Rio e dos barcos que vão parar à outra margem.
Sabe também muito bem: Estar com os velhos amigos; conhecer nova gente. Dedos dos pés enterrados num fresco relvado, enquanto se petisca. E se rega bem a comida, o espírito e a conversa. E ficar para ali adormecido pelo espírito estival lançando para o ar umas patetices que a vida nestes dias é feita de coisas pouco serias. E muitas gargalhadas.
E depois percorrer o Rio que banha a nossa terra…, em sentido avesso ao seu curso natural. E deliciarmo-nos com o doce sabor desse ar marítimo que arrefece as nossas noites e dá sentido aos nossos dias.
Já agora. Porquê Lx para designar Lisboa? Alguém sabe?
O Ciberduvdas responde:

Lisboa já se grafou «Lixbõa», e é essa a razão da abreviatura Lx, que foi ficando.
Depois o x, pouco natural na língua antes de b, passou para s, e o til caiu. Ora o s antes de consoante sonora (neste caso o b) tem o som ¦j¦ atenuado, e daí hoje Lisboa se pronunciar: ¦lijboa¦ (como em mesmo ¦mejmo¦; consoante sonora m; em desde ¦dejde¦, consoante sonora d; em fisga ¦fijga¦, consoante sonora g, etc.).


PSL

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