terça-feira, 19 de abril de 2005

Benedito XVI, a Igreja bem precisa de benção!

Que ele é Pedro, isso não há dúvida, mas em rigor deve ser Bento ou Benedito? Aqui está uma boa razão para estudar alguma etimologia-filologia clássicas.

Quanto à razão do post, o que se pode dizer deste Papa é que é isso mesmo, um Papão!

Com a 'eleição' de Ratzinger, a mão direita de João Paulo II, a Igreja Católica regride, como nunca deixou de o fazer desde o arrependido S. Pedro.

Se Ratzinger era conhecido por ser o Cardeal do Não (não ao sacerdócio de 'casados', não à ordenação de mulheres, não ao marxismo/comunismo, não ao casamento entre homosexuais, não ao aborto, não ao uso de anticoncepcionais, não ao liberalismo, não à música rock - considerou-a «veículo de anti-religião»), esta parece ter sido também uma Eleição do Não. O Mundo perde com esta eleição, todos os mundos, religioso e areligioso, e a Igreja perde uma excelente oportunidade para dar um sinal de abertura e compreensão para esse Mundo.

Será este o primeiro Papa com preferências ocultas pela ideologia nazi (acusam-no de simpatizante da juventude hitleriana, no iníco dos anos 40), pelo uso da censura e da expulsão de acólitos (contribuiu para isso diversas vezes enquanto chefe da Congregação para a Doutrina da Fé, desde 1981) e por práticas de pedofilia (foi acusado num processo a correr num tribunal do Texas, EUA, de abusar sexualmente de crianças e, no escândalo recente norte-americano, mandou calar os bispos e a sonegar documentos comprometedores)? Espero que nesta matéria, não haja um regresso à idade Média.

NCR

5 comentários:

ana disse...

Estava para escrever sobre este tema, mas já está aqui tudo. Concordo plenamente com o que dizes.

Carvalho Negro disse...

Em 1940 o Ratzinger tinha 13 anos. Durante a Segunda Guerra, chegou a ser convocado para combater nos esquadrões antiaéreos alemães. Dispensado, acabou sendo recrutado primeiro pela legião austríaca e depois pela infantaria alemã, da qual desertou em menos de dois meses. Não esquecer que Ratzinger foi o conselheiro de João Paulo 2.

Carvalho Negro disse...

Parece-me forçada essa afirmação.

Pedro Soares Lourenço disse...

O novo papa era o cardeal que liderava o “ministério” do Vaticano que em tempos idos substituiu a santa inquisição. Está quase tudo dito!

Chris Kimsey disse...

Muitas acusações podem impender sobre o passado do Papa Bento XVI. Todavia, uma delas não lhe pode ser assacada. Vejo, irreflectidamente, alguns críticos a destacarem a sua pertença à "Juventude Hitleriana" enquanto criança/jovem. A eles digo: Tenham juízo! Considerem a natureza da época histórica. onde as crianças eram desde cedo fortemente ideologizadas [possuo cartilhas de leitura nazistas que o atestam] e obrigadas a ingressar nessa organização sem direito a contestação. E mesmo que o tivessem não teriam maturidade para tal. A estes críticos (eventualmente alguns perfilaram a organização da "Mocidade Portuguesa" e confessam-no saudosisticamente), a inclusão involuntária de uma criança numa organização cuja dimensão não estava ao alcance da sua compreensão parece ser um pecado de lesa-pátria... Tenham juízo!