quinta-feira, 28 de abril de 2005

Detesto dormir

Ou melhor detesto ser “obrigado” a dormir!
Nunca consegui compreender aquelas pessoas que dizem adorar dormir. Qual é a graça de dormir? Alguém me explica?
Dormir só é bom, depois de uma bela assada, bem regada, numa cálida tarde de verão, algures num pedaço de paraíso a sul de Lisboa.
Um privilegio do Deuses, aquela horita, em que apenas a audição fica ligada, a auscultar a passarada ou as ténues ondas que morrem na areia.
Quanto a dormir devo sentir o mesmo que aqueles que não gostam de comer. Para alguns comer é uma chatice uma perca de tempo e apenas um bom motivo para por vezes juntar os amigos ou a família.

A dormir, estamos para ali deitados, essa é a parte boa, umas vezes a sonhar, outras nem por isso..., que desperdício de tempo! Já imaginaram as coisas boas da vida que deixamos de fazer para dormir? Podíamos ver mais cinema, ler, ler, ler muito mais, sair à noite, estar com quem gostamos.
Imaginem a alegria da noite, se não fosse necessário dormir. Claro, entenda-se que se não fosse necessário dormir, não seria também necessário trabalhar mais tempo.
Bom, onde me estou a meter?

Reparo agora, que se não fosse necessário dormir, já alguém tinha inventado mais horas para trabalhar..., e lá ia o lazer, as leituras, o cinema, os amigos. Hipotéticas surfadas nocturnas à luz de um luar de Agosto...
Bom é melhor deixar tudo como está...

Mas uma coisa é certa, todo o santo dia quando ponho o rabo na cama a primeira ideia que me assalta é: “Cá estou eu outra vez preparado para dormir, que chatice!”.
Todos os dias sinto o mesmo. Durmo o estritamente necessário, mas a vida corre a um ritmo que quando chego à cama, parece que acabei de sair de lá..., e o pensamento é sempre o mesmo. Tanto sono e tanto que ainda teria de fazer hoje....
Detesto dormir!

PSL

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