quarta-feira, 27 de abril de 2005

O estranho triângulo (III)

Ficou a pergunta: Que Europa se deseja?
A Europa precisa muito rapidamente de encontrar um rumo.
Mais do que um desejo, é um imperativo.
A Europa precisa de acordar, de primeiro reagir e depois agir. A Europa precisa de verdadeira estratégia e não um conjunto de boas intenções como a “Estratégia de Lisboa” – que não é mais do que um “espirito bondoso em corpo manhoso” como diz o outro. De políticas, de ideias, de gente de doutrina de ciência.
O tempo urge e perante aquela bipolarização (EUA Vs China), a Europa tem de ter um papel real, activo, presente e eficaz.
Aqui chegados surge o verdadeiro problema. Quais as políticas a seguir. Qual o caminho a percorrer?
Sozinhos ou aliados aos EUA?
Alargando os seus limites ou ficando como está?
E se alargar, deve faze-lo apenas aos Balcãs, Roménia e Bulgaria? À Turquia? Ou teremos uma UE de Cabo Verde à Arménia, Geórgia e Azerbaijão? Com ou sem Marrocos?
E que políticas económicas? Até quando uma PAC absurda que enriquece os ricos e empobrece os vizinhos pobres?
Qual a estratégia para o conhecimento? Para quando um ensino verdadeiramente unificado?
Para quando políticas fiscais unas e políticas sociais centralizadas?
A Europa Unida, mais do que a União Europeia, é um sonho lindo, mas ainda muitíssimo jovem.
A China é uma civilização milenar.
Os EUA são o admirável milagre do mundo novo. Mundo novo com 250 anos?
A Europa é velha?
Sim e não! Como parte da civilização Ocidental sim. Como centro político coeso ainda está em gestação.
Enganam se aqueles que dizem que somos velhos...
Sim, somos velhos como conjunto díspar de Estados. Somos velhos na mentalidade, somos velhos nas políticas.
Mas ainda não nascemos como verdadeira Europa Unida.
Tanto que há para fazer....

PSL

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