domingo, 31 de julho de 2011

Moralidades...

Não faz sentido pretender "flexibilizar" apenas parte do "mercado" laboral.
Se se reduzem ou eliminam as indemnizações pelo despedimento de trabalhadores sem justa causa, também se deverão eliminar os prazos de pré-aviso (ou seu pagamento em dinheiro) devidos pelos trabalhadores às empresas quando se despedem sem justa causa.
Mas não só.
Devem ser declarados caducos e eliminados todos os pactos de não-concorrência, de exclusividade, de transmissão de propriedade intelectual e direitos de autor, ou quaisquer outros contratos de limitação da liberdade individual dos trabalhadores.
Ou há moralidade, ou comem todos.

sábado, 30 de julho de 2011

n músicas cxv

Que excelente música exótica de Verão.

The Tree of Life

Um dos meus próximos filmes... realizado por uma das personalidades mais fascinantes do cinema, Terrence Malick.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Vikings contemporâneos, ou nem tanto - indíviduos e grupos

O ser humano continua a ser um animal assustado...

Os homicídios da modernidade continuam a ter os mesmos padrões das mortes involuntárias da antiguidade. Para além das características literárias do poder, ambição, vingança ou simples loucura, continua a surgir, de quando em quando, um "marginal", diabólico ou genial, consoante a perspectiva, que se arroga no direito de determinar o tempo da morte de muitos da sua espécie, em nome de uma ficção humana, seja de ordem divina seja concernente ao unilateral aperfeiçoamento da existência humana ou fatalidade do destino humano, mormente encarnados, por definição, em personalidades ou grupos/sociedades religiosos ou ideológicos, cujas características principais são a hierarquia, obscuridade, desigualdade e o autoritarismo.

Sabe-se que a principal causa invocada de morte humana de toda a História está na religião, sucedendo-lhe de imediato a ideologia (política). Em rigor, os sobreditos loucos ou génios arrogam-se a impor - através de instrumentos bélicos do poder para a subjugação cultural e humana -, algo que não conseguem fazê-lo pelo meio mais legítimo, inócuo e sustentável, como é o democrático. Mas a democracia tem custos, exige tempo, esforço, escrutínio, diálogo, concertação e capacidades de liderança colectiva que não são fáceis de encontrar, mesmo em quem, paradoxalmente, consegue atingir o poder político.

Não é assim de estranhar que o que resta da ideologia e vida de Andres Breivik, para além do duplo atentado, seja o facto de ser nazi inscrito, católico acólito e maçon graduado, tudo ideologias, religiões ou grupos/sociedades que primam precisamente pela falta de transparência, democraticidade, igualdade e escrutínio público. Mais, "manifestou" que queria este tipo de existência e de organização para toda uma sociedade e espécie humana.

Naturalmente que as instituições, criadas pelo Homem, não podem ser culpabilizadas ou responsabilizadas por estes actos sociopatas, mas pelo menos deveria ser suficiente para suscitar uma reflexão ampla, partilhada e profunda (contemporânea) sobre a razão do porquê continuar-se a matar em nome das mesmas causas da antiguidade e do porquê o ser humano querer organizar-se em grupos/sociedades funcionalmente secretas (ou semi-abertas), publicamente irresponsáveis, com regras desigualitárias, ritos de vassalagem típicos da Idade Média e ninhos de tráficos de influências e de pequenos poderes com alcance "governamental", senão mesmo para toda uma sociedade ou espécie?

Não há meio do "medo" desaparecer das nossas vidas (apesar de não assistir ao Hélio)...

4 arrepios

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Muro das lamentações

Do nosso passatempo descubra as diferenças: Jerusalém Vs. uma qualquer cidade, vila ou aldeia algures em Portugal



terça-feira, 26 de julho de 2011

O Louco

Nuno Rogeiro acaba de dizer, na SIC Notícias que Anders Behring Breivik tem uma predilecção pelo número 22 (dia em que o massacre foi levado a cabo).
Breivik o Louco, portanto...

Em defesa das Terras da Costa e da Mata dos Medos

A Quercus interpôs uma providência cautelar para travar a construção da estrada ER377-2, que visa ligar a Costa de Caparica à Fonte da Telha (link).

A estupidez tuga não encontra limites…, a construção daquela (perfeitamente desnecessária) via “em plena Área Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica”, “destruiria uma importante zona da Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos, arrasando ainda as Terras da Costa, 200 hectares de área agrícola com alguns dos solos mais férteis de toda a Europa”, como aliás já tínhamos alertado aqui (link).

Portugal hoje é isto. Um país alcatroado..., que bebe o vinho e canta o fado.

n músicas cxiv

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Há Liberdade (CL)


Dave Wassel and Kelly Slater share a wave on the outside, while stacked lines continue to grind through the inside. Photo: Glaser


[...ver mais e melhor aqui (link)]

n músicas cxiii

sábado, 23 de julho de 2011

n músicas cxi

Do álbum "Penny Sparkle", dos Blonde Redhead, música integrante do filme "L'année dernière à Marienbad" realizado por Alain Resnais.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O lixo mata

...aqui.

n músicas cx

Este video(zinho de duração) faz parte da raríssima media que se pode encontrar de Stacy Wilde, um nome a registar, como toda/os a/os singersongwriters merecem.



A descobrir mais aqui.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Cutback Monopoly

Portugal, a Europa, os Media, nós, portugueses, vivemos a vida sobre o asfalto financista quente e movediço que tem sido estes últimos anos. Um frenesim paranóico. Nas TV das casas, nos rádios dos carros, nos podcasts dos ipods, nos jornais dos cafés, nas bicas dos quiosques, nas escolhas do almoço, do jantar, dos passeios, das férias, é um corrupio avassalador que nos acossa em cada acto diário tacteado. Uma espécie de trailer sem fim sobre a ascensão e queda da vida ocidental, outrora selva inteligente e superior da acção pública civilizada. Nada nem ninguém escapa, nem mesmo o cão vadio da estrada que sem culpa é objecto dos nervos miudinhos de cada sozinho que passa e fala.

Os cortes anunciados vão cair em cascata sobre a pasmaceira veranil da sociedade portuguesa, que procura respirar por entre as bolsas solares e evitar queimar-se dramaticamente. Nas próximas semanas, e meses, os mais atentos vão ficar especialistas em percentagens e pode ser até jogado uma espécie de Monopólio dos Cortes. Como se sabe, o objectivo do jogo original é comprar, vender, trocar ou alugar as propriedades de forma lucrativa, de modo a que um dos jogadores se venha a tornar o mais rico e consiga atingir o monopólio. A lógica do “Monopólio dos Cortes” é diferente. O objectivo atinge-se quando um jogador consegue falir todas as organizações, ou seja, nenhuma dar lucro! Em vez de ruas e praças e avenidas e estações, temos serviços, organismos e empresas públicas, muito para além da Companhia da Água e da Electricidade que já existem na versão actual do jogo. Em vez de casas e hotéis, temos títulos de crédito, hipotecas, taxas de juro, avais, etc.; os conteúdos da “cartas da sorte” podem ir desde a isenção de cortes às aterradoras cartas “estás falido!”...
Joguemos portugueses e continuem a ver jogar.

n músicas cix

Awesome!

Avózinha sem nome

Ilegal mas saudavelmente cool; hooligan em part-time mas, ainda assim, com algum tempo para ser neo-nazi nas horas vagas do croché e da costura.


Ou, nas já celebres palavras dessa pobre de Cristo que responde pelo nome de Maria José Morgado (link), uma bela imagem a ilustrar o que pode ser um “viveiro de criminalidade”.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Menos dinheiro para viver melhor

Esta é para mim uma lei social e humana em que acredito, apesar de refutável e poder levar à discussão de muitos argumentos, mitos e sensibilidades, por vezes para além da racionalidade. Apesar disso, vislumbremos alguns, ficando desde já aberta a discussão!

Desde já, menos dinheiro não significa necessariamente pouco dinheiro. Há gente a receber 10.000 ou 5.000 euros por mês, contudo se se retirar 1000 ou 500 acham uma desgraça. Julgam emotivamente que não sabem viver com isso (e assim se massacram porque têm de trabalhar mais ou arranjar mais dinheiro). Outros, de todo não. Outros ainda não fazem ideia do quão bom pode ser ganhar precisamente "menos dinheiro" ou "muito menos dinheiro", e pode ser a melhor fase das suas vidas.

Doutro ponto, mais dinheiro não significa que as pessoas disponham de dinheiro, pois podem tê-lo investido em casas, carros, barcos, poupanças, etc., mas não dispõem de cash-flow, de disponibilidade financeira imediata e preferem assim. Normalmente, são pessoas muito poupadas, que não têm dinheiro "parado" nos bancos, não são pessoas ricas nesse sentido, é uma riqueza estática, imóvel, muitas vezes utilizável, mas não disponível, por pertencer ainda aos ascendentes familiares, condicionada à lei da sucessão.

Acresce ainda que, viver melhor não significa possuir mais dinheiro. E esta é a variante da máxima do título deste post que deverá, ou deveria, pautar crescentemente a rotina da grande maioria dos portugueses. Da perspectiva positiva, na visão do copo meio-cheio, esta máxima, voluntaria ou involuntariamente, pode ser um acontecimento extraordinário, porque normalmente damos mais valor às coisas e às pessoas que nos adoram (e por esta via ficamos também a saber quem são). Constitui igualmente a possibilidade de ajustarmos os velhos hábitos aos novos, por vontade ou imposição, que podem ir desde a maior presença física aos mais caseiros, ou pedonais ou mesmo de revisita ao que já “temos”, sem nos ficarmos pelo que já “acumulamos”: imagens, papéis, consertos, usufrutos, de certos objectos, antigos ou novos, alguns até por estrear.

Na actual nova ordem financeirista mundial, dinheiro é sinónimo de crise, stress, ansiedade, problemas de gestão, de débitos, de remuneração, de desconfiança, de falta de tempo para os familiares e amigos e também pode provocar falta de saúde, saúde que nenhum dinheiro pode comprar. Mais dinheiro, chama mais dinheiro; nesta fase, difícil é parar. O cínico pode sempre ver o meio-vazio do copo, argumentando que mais dinheiro dá para comprar, alugar, reservar e usufruir de muitos bens e prazeres, mas, para essas pessoas, tenho sempre um feeling de que algures durante a vida a consciência vai ter pelo menos quinze minutos de verdade e algo de novo pode acontecer, se a vida não acabar primeiro.

O paradigma do "mais dinheiro para viver melhor", que nos levou a esta ganância dos prazeres etéreos e dos consumos, que por sua vez nos levou, e nos deixámos levar, à actual crise financeira, pode ser uma oportunidade para recentrarmos a nossa vida naquilo que é mais importante, ou seja, em tudo aquilo cujo valor não depende do preço e é insubstituível. O quê? Os nossos amores, amizades e as nossas decisões, no fundo, nós e os nossos, porque se há lugar onde podemos encontrar a irrepetibilidade acredito que seja na humanidade.

Concluindo, há muitas formas e modos de olharmos para esta máxima, mas respeitado um valor mínimo de cumprimento de todas as responsabilidades primárias e até secundárias, sobretudo de ordem financeira, pode ser-se tanto mais feliz, quanto menos dinheiro se dispuser. Normalmente, não é socialmente bem aceite esta pretensa "lei tendencial", mas as crises (que no grego significa mudança/reforma/renovação) são excelentes oportunidades de crescimento pessoal, familiar, cívico e, inclusive, económico. Podem ser janelas abertas ao enriquecimento interior e relacional, das quais pode enriquecer toda uma comunidade nacional, sobretudo as que fazem resultar a sua avaliação e valor de factores quantitativos, como o PIB, e o dinheiro.

Menos dinheiro significa viver melhor, tal como riqueza não é a mesma coisa que dinheiro. Difícil é perceber hoje, como e, depois disso, agir, continuamente, em conformidade. Quando os cidadãos e empresas levarem este paradigma a sério, as correspondentes Políticas Públicas nascerão.

n músicas cviii

Assim se faz uma campeã mundial com apenas 18 anos

terça-feira, 19 de julho de 2011

Google+ o novo xodó das redes sociais

Primeira estranha-se – como (quase) sempre nestas ocasiões. Resta saber se se entranha, ou se estamos perante um Buzz 2.0 absolutamente irrelevante.
Deixo-vos ainda este (link) The Complete Guide.

6 arrepios

Numa escala de 0 a 5. Damien Rice, ao vivo, com Lisa Hannigan, outra arrepiadora. Oiçam até ao fim. Até para quem não gosta vale a pena.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

5 arrepios

Por influência do Pedro Adão e Silva, por sua vez influenciado por Nuno Costa Santos, que lançou a ideia da escala de arrepios na avaliação das músicas, atribuo a nota de cinco nesta escala à interpretação de Eminem da letra e música que se seguem. Experimentem acompanhá-lo... É literalmente de cortar a respiração. Não há, de facto, melhor intérprete de rap. Não sou fã deste tipo de música, mas gostar de Eminem é gostar de grandes intérpretes musicais.

Take Action; Inspire Change; Make Every Day a Mandela Day

“O Mandela Day deveria ser de enorme sucesso em Portugal, porque, pela minha experiência, grande parte dos portugueses fazem o contrário o ano inteiro. Fazem tudo em grande e se possível por preço algum. Por exemplo, ofereça-se um canudo autenticado de doutoramento a alguém e conte-se o número de pessoas que o recusavam, ou informe-se o povo de como fugir a impostos e veja-se quantos denunciavam a tramóia ao estado. Uma vida, portanto, em promoção do “parecer”, em saldos do “ser” e a pronto-descontinho no afazer. Há já tratados sobre esta psicopatia nacional, basta ler José Gil, Eduardo Lourenço, Miguel Reale ou até mesmo o pós-modernista Boaventura Sousa Santos. Posso estar enganado, mas não conheço ainda empiria que me obrigue a mudar de ideias.

O Mandela Day também deveria ser um caso de sucesso português pela maioritária desvantagem que levam aqueles que, em Portugal, querem agir, proagir, mudar, melhorar, servir, inovar, empreender, e fazê-los em nome do colectivo, da sociedade, da organização, da equipa, enfim, do bem comum de todos, desinteressadamente, com determinação, vocação, rigor e seriedade profissional… Os activos e proactivos deste país (que não é exclusivo deste) sofrem como ninguém, mas não tanto como aqueles que diariamente têm de discursar sobre o que não acreditam, fazem o que não gostam, submetem-se ao que não querem, e se curvam perante aqueles a quem devem o cargo ou o trabalho, num contínuo amén cínico, mas convincente.
Pelo que conheço já da sociedade e da humanidade portuguesas, e não só, depressões, cardiopatias, intimidades destroçadas e apatias sociais constituem normalmente as consequências deste mal que se vislumbra por toda a ordem de elites profissionais e sociais. São o preço de estar lá em cima e alinhado mais com o sistema do que com aquilo em que se acredita.

Apesar de tudo, estes dias são muito positivos: tal como nos funerais, fazem-nos lembrar o nível infinitesimal dos nossos desejos e valores que praticamos e quanto fazemos por acreditar no valor insignificante da vida e do desejo de cada um, como indivíduos. Nestes funerais, temos consciência da importância dos Mandelas deste mundo… nada de especial, na verdade... o dia passa… os “outros” continuam… e pronto. Resta ao grande povo não se “matricular” o ano inteiro para não ser prejudicado, profissional e pessoalmente, pelas elites ou pelos pares, e ao pequeno povo continuar a praticar o que deve ser feito, de forma convicta… como Mandela.

Em defesa das Terras da Costa

João Gomes de Almeida chama a atenção no Albergue Espanhol (link) para este (link) texto de Eugénio Sequeira no sítio do Instituto de Democracia Portuguesa. Leitura importante para quem e frequenta assiduamente a Caparica e a sua envolvente.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Novo ciclo no financiamento da segurança social

Aqui fica o link para o meu artigo hoje publicado no jornal i, em que defendo a necessidade de um novo ciclo no financiamento da segurança social. É um resumo de um artigo mais aprofundado que será também publicado em breve.

Perceberam? …seus calhaus com olhos!

Gosto de Vítor Gaspar. O Ministro das Finanças, ou melhor… do que restam delas, fala connosco como se tivéssemos numa sala de aula. Um luxo…, sempre adorei bons professores. E uma sala de aula é sempre um lugar excelente para se estar. Para além disso Vítor Gaspar tem um ar de cansaço profundo. Olhem só para aquelas olheiras…, e os olhos vidrados…, de certeza que não são ganzas. Farta-se de trabalhar…

Avante…, por estes dias surgiu por ai uma espécie de polémica em torno da expressão “desvio colossal” que terá sido empregue, não sei bem onde, por Passos Coelho. Riooooosss de tinta foram gastos nos jornais desta parvónia sobre o tema; escritos, obviamente, por quem tem mais que escrever mas, simplesmente, não sabe escrever sobre nada mais do que faits divers.



Agora, Vítor Gaspar explica. Seus calhaus com olhos!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Do desvio colossal ao trabalho colossal

Ha aqui uma lógica que me escapa...

Pessoas que só vão ao PS para votar e pagam quotas: mau.
Pessoas que só vão ao PS para votar e não pagam quotas: bom.

LOL de Segurança Pública

Como dizem os outros.., “a luta é alegria, pá”.
Perante uma decisão de um Órgão de Soberania o que é que os PasPalhoS (link) fazem? “Metem baixa colectiva”. Só a expressão assusta…, meter, baixa e colectiva.
Eu sei que é verão, pá…, mas não abusem da parvoíce, ok?

[já agora…., apenas uma pequena nota lateral: os arautos da unificação entre as especializadas PJ e SEF com a tralha da PSP deviam, rever a sua posição sempre que um arraial destes é produzido e realizado]

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O preconceito anti-Seguro

O debate de ontem veio demonstrar de novo o preconceito anti-Seguro que existe na comunicação social portuguesa, e que reúne comentadores políticos e jornalistas que são também comentadores.A agressividade de Ana Lourenço (que até é uma das melhores entevistadoras da actualidade) para com António José Seguro foi indisfarçável, como aliás lhe têm sido visivelmente hostis as declarações, comentários e opiniões da opinião publicada.Como de costume nas auto-intituladas elites do nosso país, há um ou outro fariseu que dá o mote e aponta o caminho, e logo todos os outros seguem acriticamente a direcção escolhida:




  1. Dizem que "Seguro tem o aparelho consigo", ignorando que durante anos percorreu o país, falando com os militantes, explicando as suas posições divergentes do partido e do grupo parlamentar. E sempre falou com todos os militantes, mesmo com os que não estão nas agendas dos telemóveis dos "opinion makers".


  2. Dizem que "Seguro é um vazio político", ignorando que a política séria não se faz com "soundbytes" excitados, mas com serenidade, prudência e respeito pela opinião contrária. Foi assim no passado, a título de exemplo, com a reforma da Assembleia da República, e é assim no presente, também a título exemplificativo, com o Laboratório de Ideias, com a resposta concertada dos partidos socialistas europeus à crise que ameaça destruir a paz europeia, com a defesa intransigente da igualdade de oportunidades de acesso aos bens essenciais de Saúde, Educação e Justiça.


  3. Dizem que "Seguro não é corajoso e andou a manobrar na sombra durante 6 anos", ignorando a sua corajosa e solitária posição relativa ao financiamento partidário, ignorando que muitos daqueles que publicamente assumiram a sua simpatia por ele, foram afastados das listas de deputados e dos órgãos do partido.

António José Seguro a todos diz "venham!". A todos pede uma ideia, uma proposta, uma solução. E lê-as. E reflecte sobre elas. Porque ao contrário de outros, Seguro não acredita em homens providenciais, em caudilhos iluminados, nem em “marketings” sebastianistas.É por isso que os “opinion makers” o temem e alimentam o preconceito:Porque Seguro quer que todos nós nos envolvamos no dever de trabalhar e lutar por Portugal. Porque Seguro sabe que não é com retórica ou eloquência que se pagam dívidas. Enfim, porque Seguro acredita que todos somos necessários para fazer cumprir Portugal.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Seguro e Assis, o debate

Ana Lourenço, que costuma ser uma boa moderadora de debates, não conseguiu disfarçar a sua preferência por Assis o que condicionou a sua condução do debate, amparando Assis e fazendo o contrário a Seguro, como por exemplo o momento em que pede a Seguro para indicar o que o separa de Assis e a Assis o que o separa de Passos Coelho. Francisco Assis procurou demarcar-se do facto de ter sido indigitado por José Sócrates como o seu sucessor, procurando sublinhar a sua proposta de abertura a não militantes do processo de escolha dos candidatos socialistas às eleições autárquicas. Tentou além do mais – de uma forma até inusitada – hostilizar António José Seguro.

António José Seguro adoptou uma postura de candidato a Primeiro-Ministro, falando para todos os portugueses e sublinhando as suas ideias de Europa. Para os militantes do Partido Socialista, António José Seguro conseguiu vincar o facto de que conta com todos no debate e selecção de propostas, voltando de novo a envergar a bandeira do Laboratório de Ideias.

Em minha opinião a candidatura de António José Seguro saiu mais reforçada deste debate, tanto por ter conseguido apresentar, desde já, alternativas à governação de Passos Coelho, como por ter conseguido cativar os militantes ao reforçar a sua confiança nas suas propostas e no seu trabalho.

O Google aquece o planeta?

Pode parecer estúpido mas se pensarmos um bocadinho faz todo o sentido. O uso e abuso de motores de busca e do mail faz disparar a pegada ecológica. São necessários cada vez mais servidores instalados em salas maiores e muito bem refrigeradas.

Dez conselhos para uma utilização ecológica da Rede e do mail (link) é um pequeno mas perspicaz artigo da francesa “Sciences et Avenir” que vos convido a espreitar.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Não dizer nada hoje

Uma das vantagens da falência ocidental dos estados governados sob o paradigma do capital financeiro e fiscal, como pilares hegemónicos das políticas públicas, consiste no facto de permitir atalhar convulsivamente para uma nova ordem de responsabilização (escrutínio) e valorização (rigor) dos negócios “públicos” pela opinião pública e, consequentemente, pelos políticos. Esta mudança ou evolução substantiva dos processos de governação está patente na inabilitação dos líderes europeus em enfrentarem o “risco” da interdependência da vida e política das pessoas, sobretudo no Ocidente, bem como em lidar com grandes crises, face à predominância dos aparelhistas acomodados nas actuais lideranças, as quais alguma vez a História nos encantou. Os actuais tempos de míngua de recursos nacionais e de exigência na distribuição dos mesmos, não são tempos exigidos a temerários polidos e apáticos, apanágios destes indecisores europeus.

Os Estados estão a falir, os políticos começam a definhar, entram os gestores e os voluntaristas no poder, sobressaem os interlocutores associativos e civis, a sociedade civil e o mercado submetem-se à admiração discursiva mediática e começa a ser valorizada pelos governantes. Dos cidadãos espera-se, portanto, mais acção e responsabilidade, pessoal e cívica, intervindo no controlo dos custos, dos “seus” custos, e no risco da liberdade, associativa ou empresarial.

Um desafio em relação ao qual os portugueses transporão, sem estarem preparados ou terem cultura para tal é certo. Mas a falta de "inscrição" e de "mãos-à-obra" - típicas da nossa cultura - talvez sejam superadas, uma vez mais, infelizmente, pela falta de coragem generalizada de dizer não. Bendito Medo!

Fruta da época (III)

...olha..., apeteceu-me, assim de repente.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Cecidit, cecidit Babylon magna*

Na SIC Notícias, Teresa Caeiro proclamou a iniquidade do sistema financeiro internacional.

*Apocalipse 18, 2

Não era esse: era o outro! O outro!

Benfica vende Moreira ao Swansea

Ainda vou a tempo de shortar a Moody's?

Standard&Poor's mantém análise feita sobre Portugal
Comissão trabalha há meio ano na criação de agência de rating na Europa

Opróbrio e condescendência

Em Inglaterra, o dono de um jornal que se dedicava à realização de escutas para obter (ou construir) notícias mais sumarentas, incapaz de ultrapassar o opróbrio causado pela divulgação dessa prática, resolveu fechá-lo. Em Portugal, todos os jornais podem realizar escutas, ou publicar o conteúdo de escutas feitas por outrem (v.g. Polícia Judiciária), sem que nenhum director se sinta minimamente incomodado. Poder-se-ia dizer: se uma figura pública é arguida em processo-crime o público “need to know”. O problema é que o conteúdo de escutas é divulgado mesmo que o escutado não seja arguido e a conversação não constitua crime. Mesmo que a escuta não tenha sido validada. Mesmo que devesse ter sido destruída. Para muitos portugueses o único segredo sagrado é o das fontes, daí o escândalo da divulgação da conspiração do, até então acoitado na penumbra, Lima de Belém. Brandos costumes? Pois…

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Qual a melhor cor para receber os rapazes?

Moody's vem a Portugal na próxima semana para encontros "reservados" com banqueiros portugueses

Alterações de mood…

Cavaco Silva disse, em reacção a uma descida de rating da República, que ninguém contasse com ele para prejudicar o país numa retórica desnecessária, a retórica de ataque aos mercados internacionais que não cria um único emprego, que pode dar títulos de jornais, notícias na televisão ou na rádio, mas não resolve um único problema do nosso país.
Cavaco Silva disse, em reacção a uma descida de rating da República, que considera não haver a mínima justificação para que o rating de longo prazo de Portugal tenha sofrido tal corte, e congratulou-se com a condenação da atitude da agência de notação financeira Moody’s por parte da União Europeia, de instituições europeias e internacionais e de vários governos europeus.
A diferença é que uma declaração foi feita em Novembro de 2010, o PS estava no poder, a crise financeira mundial não passava de um abalozito e o problema, sendo português, apenas podia ser resolvido por nós.

A outra declaração foi feita ontem, Julho de 2011, o PPD está no poder, a crise financeira mundial afinal existe, e o problema afinal merece uma resposta europeia.

Bem vindo Sr. Presidente!

O despertar da Direita

Parte da Direita já despertou para o verdadeiro problema da crise das dívidas soberanas. Se, até agora, a crise era essencialmente interna e com um único culpado, José Sócrates, a Direita começa já a distinguir as formas do actual ecossistema financista e os vultos dos seus verdadeiros predadores.
Ninguém o pode negar: parte do problema é da responsabilidade dos políticos que nos governam desde 1985. Mas também é profundamente sofismático afirmar que é a existência de um Estado Social que dá à crise a sua dimensão actual.
A crise, sabemo-lo há muito, e sabe-o agora também a Direita, não passa de um movimento estratégico concertado, numas partes mais noutras menos, entre oligopólios financeiros, agentes políticos que odeiam a Europa social e os talibãs da Economia: os neoliberais, para quem o Estado é apenas uma forma de garantir o direito de propriedade (quando não uma forma de garantir negócios rentistas).
A Direita já despertou para uma dura realidade: a guerra económica sempre existiu, existe, e com a globalização passou a utilizar países inteiros como mera carne para canhão.
O Partido Socialista não alterou o seu comportamento. Como diz Ferreira Fernandes no Diário de Notícias, o PS não está a pagar na mesma moeda, está ao lado do Governo PPD/PP na indignação perante mais um bombardeio financeiro. Tendo sido sempre essa a postura do PS, é de lamentar que tenha sido preciso o PPD e o PP chegarem ao Governo para (em conjunto com o Presidente da República) passarem para este lado da barricada.O que podemos dizer? Bem vindos à guerra por Portugal e pela Europa. Derrotámos nazis, fascistas e estalinistas: juntos venceremos de novo.

A fadinha da Justiça

Eu escrevi fadinha; não escrevi fuinha, fodinha ou outras coisas menos agradáveis também terminadas em “inha” como merdinha.

Maria José Morgado, sim a mesma que lutou nas fileiras - já lá vão umas décadas é certo – do terrorista MRPP voltou a enganar-se. Por certo que estaria a referir-se a partidos políticos ou, quem sabe, ao Parlamento quando empregou entre outras imbecilidades (link) a expressão “viveiros de criminalidade”.

E é esta a gente que administra a Justiça em Portugal…, depois queixem-se.

Ah..., de recordar ainda que este foi o mesmo seminário internacional, onde um qualquer graduado da PSP disse na cara do PGR que o Ministério Público não cumpre a lei, obrigando Pinto Monteiro a fazer aquele ar cómico para as câmaras de televisão e a jurar a pés juntos: “sim, sim” o MP cumpre a lei.
Ficámos esclarecidos…, eu sei que é verão na aldeia mas…, poupem-nos a tal circo deprimente.

terça-feira, 5 de julho de 2011

É reforço

Dizem-me que em breve vamos ter de regresso e a todo o vapor aqui ao ARCÁDIA o nosso camarada Nuno Cunha Rolo. Será verdade? A confirmar-se…, é reforço!

25 de Abril (com portagem) sempre!

Todos os anos em Agosto os lisboetas sentem-se um pouco portuenses ou coimbrões: não pagam portagem para passar numa das pontes.
Este ano isso terminará.
A borla apenas se manterá para todas as outras pontes em todas as outras cidades portuguesas: é a crise, dizem.

domingo, 3 de julho de 2011

Mudam-se os tempos...

1- Até há poucas semanas, a violação do segredo de justiça em processos envolvendo governantes era visto como um bem, perfeitamente adequado ao Estado de Direito, mesmo que apenas indirectamente implicasse esses mesmos governantes, mesmo que não fossem arguidos, e ainda assim dependesse de uma interpretação voluntariosa: v.g. o caso Face Oculta e o "atentado ao Estado de Direito".
2- Agora, o património de Francisco José Viegas foi penhorado em resultado de um processo de execução fiscal, um processo em que - teoricamente - o membro do Governo PPD/PP foi notificado, exerceu a sua defesa, foi notificado da decisão final e para pagar. E não pagou.
3- Até há poucas semanas, o envolvimento de um governante numa situação como a descrita em "1" serviria de pretexto para exigir a sua demissão em nome da "Verdade".
4- Agora, a situação descrita em "2" é denunciada como uma indiscrição de um "fdp" (sic).
5- Até há poucas semanas, qualquer situação semelhante àquela em que Manuela Moura Guedes ordenou a Pedro Passos Coelho a substituição de um Secretário de Estado seria vista como um sinal inelutável de fraqueza e decadência.
6- Agora, a situação descrita em "5" permanece como um embaraço menor e oficialmente inexplicado. E silenciado.

Fruta da época (II)

Tomem lá o novo, fortíssimo, som dos Buraka…, mais que não seja para animar este domingo de verão triste, triste, como o cinzento do céu – ou de como se pode fazer um clip genial com meia dúzia de tostões.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Mau

Começamos mal…, muito mal mesmo.

O “profundamente chocado” de Tó-Zé Seguro (link) não anda muito longe do “absolutamente extraordinário” do defunto Sócrates.

Mais preocupado ainda fico quando leio, por exemplo, o meu querido amigo NSS com ladainhas destas (link) que praticamente em nada se afastam do discurso vago que o Bloco de Esquerda tem produzido nos últimos anos.

Mau…, quererá o PS de Seguro ocupar o espaço vago deixado pelo cadáver do Bloco?
Se tal suceder lamento…, lamento muito mesmo. Portugal precisa de uma alternativa responsável à esquerda. Não precisa de mais demagogia barata e de banha da cobra em saldo. Disso já tivemos demasiado tempo com as consequências que todos vamos sentido diariamente.

Os adultos são como os miúdos; são miúdos grandes: não gostam de ouvir as verdades. Mas elas têm de ser ditas. Ainda estamos no inicio de um longo e doloroso processo de recuperação económico-financeira que todos – será que será mesmo todos? – desejamos que termine em sucesso. E recuperamos de quê? Da tragédia – a propósito ouvir aqui (link) o Nicolau Santos – grega em que aqueles palermas que acreditaram (duas vezes?!?) no PS de Sócrates nos enfiaram.

Aguentem e não chorem…, e pelo caminho tentem ser responsáveis.

Ainda o Governo vai na primeira semana...