Ana Lourenço, que costuma ser uma boa moderadora de debates, não conseguiu disfarçar a sua preferência por Assis o que condicionou a sua condução do debate, amparando Assis e fazendo o contrário a Seguro, como por exemplo o momento em que pede a Seguro para indicar o que o separa de Assis e a Assis o que o separa de Passos Coelho. Francisco Assis procurou demarcar-se do facto de ter sido indigitado por José Sócrates como o seu sucessor, procurando sublinhar a sua proposta de abertura a não militantes do processo de escolha dos candidatos socialistas às eleições autárquicas. Tentou além do mais – de uma forma até inusitada – hostilizar António José Seguro.
António José Seguro adoptou uma postura de candidato a Primeiro-Ministro, falando para todos os portugueses e sublinhando as suas ideias de Europa. Para os militantes do Partido Socialista, António José Seguro conseguiu vincar o facto de que conta com todos no debate e selecção de propostas, voltando de novo a envergar a bandeira do Laboratório de Ideias.
Em minha opinião a candidatura de António José Seguro saiu mais reforçada deste debate, tanto por ter conseguido apresentar, desde já, alternativas à governação de Passos Coelho, como por ter conseguido cativar os militantes ao reforçar a sua confiança nas suas propostas e no seu trabalho.
2 comentários:
Espero que quando te espalhares ao comprido não te aleijes muito. Estuda, lê umas coisas. Abre as janelas e deixa entrar a modernidade. Se não percebes a diferença abissal entre os candidatos, entre um arejado, culto e corajoso discurso e um falso moralismo velho e revelho, com pequenos truques de sacristia que já nos cansa, como te posso ajudar?
ML
Cidadão Republicano, Socialista e laico.
Exagerados ambos os apodos do comentário anterior sobre os candidatos, mas para já e só para mim, Assis leva vantagem.
Enviar um comentário