Cada vez trabalhamos mais; estudamos, temos de fazer desporto. Depois há a vida social, os amigos, os jantares a conversa. O cinema. Hoje, ter uma hora para a leitura do jornal em papel, aberto nas mãos, é um luxo. Caríssimo.
A vida não está fácil para os jornais em papel. Os estudos há anos que apontam o caminho. É mudar ou perecer. O on-line é o caminho. O paradigma alterou-se radicalmente em meia dúzia de anos. Primeiro o on-line não existia sequer, depois passou a ser um complemento ao papel, nos dias que correm é este que é um simples detalhe.
Hoje faz vinte anos aquele que já foi “o meu” jornal. Somos urbanos. Não nos chateamos, simplesmente separei-me dele. Quando nos encontramos falamos e damo-nos bem. Mas…nunca mais será a mesma coisa. Ando a sair - estamos ainda longe da maturidade que tive com o Público - com uma jovem letra. Modernissima, fresca, cosmopolita, sabedora daquilo que me dá prazer.
Duvido que algum dia volte para ti Público, mas tenho saudades. Muitos parabéns.
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