Por princípio assinaria toda e qualquer petição intitulada "todos pela liberdade". Porém, seguindo o link que o Pedro fez para o respectivo texto, concluo que se misturou liberdade de expressão com a mera luta político partidária.
O texto começa por enunciar que «O primeiro-ministro de Portugal tem sérias dificuldades em lidar com a diferença de opinião», o que é um mau começo para a petição porque formula um juízo de opinião, subjectivo, e que até assenta como uma luva noutros primeiros-ministros portugueses, como Aníbal Cavaco Silva que agora é o Presidente da República e que disse (não me recordo das palavras exactas) "duas pessoas na posse dos mesmos factos, se estiverem de boa fé chegarão à mesma conclusão".
O texto prossegue com considerações e processos de intenções, dizendo que «É para nós claro que o primeiro-ministro não pode continuar a recusar-se a explicar a sua concreta intervenção em cada um dos sucessivos casos que o envolvem», mas - pese embora esteja a pedir explicações - o redactor do texto já formulou uma conclusão: Sócrates é culpado como nunca outro primeiro-ministro o foi.
Se José Sócrates deve clarificar a motivação da sua intervenção no negócio Ongoing/Media Capital? Parece-me evidente que sim.
Se essa situação se encadeia numa "sucessão de episódios" em que se pode colocar o almoço-que-tinha-pessoas-à-escuta-e-a-"twittar"-o-que-ouviam? Parece-me demais.
Por isso não assino.
Até porque, no que respeita à Liberdade de Imprensa, alguns dos promotores desta petição são os mesmos que aplaudiram Cavaco quando vetou o diploma que impedia a excessiva concentração dos meios de comunicação social...
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