A crónica de opinião de Mário Crespo que deveria ter sido publicada hoje no JN saiu apenas no sítio do Instituto Sá Carneiro. Mário Crespo podia ter divulgado a sua crónica em qualquer plataforma gratuita na internet, mas escolheu um Instituto ligado ao PSD para fazê-lo.
Aí reside o primeiro pecado da crónica. Mas este pecado releva-se, afinal, nem toda a gente é obrigada a conhecer o Blogger, o Wordpress ou os Blogs do Sapo.
Fica porém a ideia de, caso a crónica batesse tanto em Sócrates como em Ferreira Leite, não sairia nem no JN nem ISC...
O segundo pecado é mais grave. Mário Crespo fala de um almoço em que foi difamado, sendo que havia quatro comensais: José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e um Executivo de Televisão. Mário Crespo identifica apenas 75% dos conjurados, o que reduz a honestidade da sua crónica em 25%.
É pena, porque se não há corrupção sem corruptor e corrompido, também não há pressão sem pressionante e pressionado.
E se a história fica incompleta, a crónica perde a relevância política que se lhe quer dar: tudo não terá passado de um almoço em que Sócrates devolve a Crespo os mimos com que este o tem presenteado?
1 comentário:
A triste história do nosso país cada vez mais se parece com a velha história de "O triunfo dos porcos".
E alguns, quais cachorros transformados em ferozes mastins, acautelam (ou tentam) que ninguém contradiga o patrão.
A verdade é que sempre que me falam em dividir, em justiça social, etc, lembro-me da história das ex-colónias aonde os revolucionários se transformaram em milionários pornograficamente ricos.
Se querem dividir, se querem justiça social e se querem democracia, comecem por praticar naquilo que está ao vosso alcance.
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