sábado, 31 de janeiro de 2009

"There will be time for them to make profits, and there will be time for them to get bonuses,now’s not that time"

Ainda sobre a honestidade dos banqueiros, cá vai um extracto do NY Times:

«In the meantime, public outrage is already forcing some companies to rein in their lavish spending. John A. Thain, the former Merrill Lynch executive who was forced out of Bank of America, said this week he would reimburse Bank of America for an expensive renovation of his office that included an $87,000 area rug and $35,000 commode.

But it took the urging of the Obama administration to force Citigroup, which received an infusion of taxpayer funds last year, to abandon plans to buy a $50 million corporate jet. On Thursday, Mr. Obama made reference to the jet, without singling out Citigroup by name; his remarks came one day after the president met at the White House with business leaders, including Richard D. Parsons, the new chairman of Citigroup.

Mr. Biden said that he, like the president, was outraged by reports of large bonuses going to Wall Street executives. “I’d like to throw these guys in the brig,” he said. “They’re thinking the same old thing that got us here, greed. They’re thinking, ‘Take care of me.’»

O fim do mito...

Vital Moreira diz não compreender «porque é que os banqueiros portugueses, enquanto corporação, não se demarcam das vigarices praticadas no BCP, no BPN e no BPP -- que afectam gravemente o crédito dos banqueiros em geral -- e não aproveitam para se comprometerem formalmente com um código de ética bancária e com um mecanismo de autodisciplina deontológica. A auto-regulação deveria começar pela ética profissional. Mal das profissões que não cuidam do seu crédito e do seu prestígio profissional...».
Só que um dos mitos que foi desfeito pela realidade enfim revelada pela crise que o mundo vive era o da honestidade dos banqueiros.

Na dúvida... (2)

É melhor cumular...
Vicky Cristina Barcelona... a não perder!

Na dúvida...

...sempre preferi as morenas.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Então porque é que o promulgou?

O Presidente da República manifestou hoje a sua “perplexidade” pela forma como se legisla em Portugal em matérias tão relevantes como divórcio e disse temer que o novo diploma sobre esta matéria leve ao aumento do número de novos “novos pobres”.

Pelo menos no curto prazo...

...já se arranjou alternativa ao caso Freeport (link).

Já a campanha deste ministro é clara e vem de um poder visível

Freeport: Santos Silva indignado contra "continuação de campanha política"

Duas notas

I - A entrevista de Mário Crespo a Pedro Silva Pereira (ou será vice-versa?), Ministro do actual Governo, fez deste muito daquilo que não costuma ser na televisão: vivo, despertante e de resposta surpreendente. Na verdade, Pedro Silva Pereira assombrou, pela positiva, porque transformou a incompetência de Mário Crespo numa força rara das posturas ministeriais, dado que elas normalmente descambam (quase) todas na habitual retórica política anódina e opaca.

A parte final da entevista foi o golpe de "misericórdia" do Ministro que a uma frase final de Crespo dizendo que «...foi um prazer tê-lo nesta entrevista...», Pedro Silva Pereira respondeu de rajada...«Foi uma obrigação!»

Hèlas!


II - Mário Crespo prestou um mau serviço ao jornalismo e aos portugueses. Estes casos mediáticos de justiça que 'apanham' figuras políticas de grande relevo, designadamente um primeiro-ministro, devem ser casos prioritários na investigação judicial. Não me venham com o princípio da igualdade e que todos os cidadãos são iguais perante a lei porque a validade do princípio é para ordens de múltiplas esferas de cidadania. Eu não quero ser tratado igual ao primeiro-ministro! Nem quero que um primeiro-ministro do meu país seja tratado de igual forma. O que eu quero é investigação seja prioritária, urgente, e classificada como secreta na fase de investigação,sobretudo se há indícios de prática de crimes por um chefe de governo, que seja pronunciado por todos os crimes de que é eventualmente indiciado, e que seja condenado se se provar em tribunal que cometeu os crimes de que é acusado. Se estivessem a investigar-me, poderiam demorar meses, e até anos (há que ser realista), no caso de um PM, tem que demorar dias, semanas, no máximo.

Não se iludam os que ora comentam, escrevem e falam no café de que "todos deveriam ser presos e condenados", nem aqueles, tipo Mário Crespo, que, mesmo pela via da insistência insana, querem ver e ouvir dizer que há corrupção, há crimes, há governantes a meterem dinheiro ao bolso, e demais blá, blá, do género... e que tudo isso é bom para o país! Eu digo que não! Digo isto, porque penso que mais vale um político corrupto eleito investigado (e eventualmente absolvido) pelo poder judicial, do que um político inocente (que não é o mesmo que ser honesto) julgado judicialmente e na praça pública. Pense-se cinco minutos nos efeitos de ambas.

Na verdade, não se deve menosprezar os danos das campanhas mediáticas e "justiceiras", porque sabe-se que as suas consequências são, muitas vezes, piores do que aquelas onde supostamente se fizesse justiça. Julgo não ser necessário aludir aqui à posição de irresponsabilidade de punição de que padecem os media. Ou seja, os media informam, investigam, comunicam os 'factos', as 'opiniões', etc, mas nunca, pelo menos num estado de direito, possuem a formação jurídica necessária, o direito/dever de julgar, de absolver, de punir, de aprisionar, a autoridade de imparcialidade, de poder público, etc. No limite, e em abstracto, na democracia não podem predominar os media, antes o estado de direito, porque a nossa verdadeira realidade, aquela que, na linguagem giliana, nos inscreve, é a que é regida pelo Direito, e não pela Opinião ou lei do mercado, pela qual se pautam os media, ainda que com desvios funcionais para a deontologia e o interesse público.

Por muito que isto doa aos cidadãos 'puros' - sobretudo aos que não querem saber da política para nada, têm nojo dela e de quem lá anda - a política não é feita de justiça, mas de emozão (emoção+razão), não admira pois que esteja separada dos tribunais, por isso nas eleições (que método falível!) não ganham sempre os candidatos mais inteligentes ou com mais currículo ou de maior mérito, por isso, também, é impossível, repito impossível, cumprir-se integralmente a justiça na implementação da política, ou seja, no domínio das políticas públicas, porque fica sempre alguém de fora, algo não abrangido, matérias não estudadas, não avaliadas, não previstas, etc. A política é a arte da imperfeição, porque precisamente se pretende um mundo melhor. E apenas isso: melhor. Melhor segundo determinadas leis e valores. Portanto, o máximo que a política, e ahumanidade, pode atingir é o aperfeiçoamento da sua imperfeição. Nada mais do que isso. A lei e a política, nas sociedades modernas, vieram substituir o músculo e a selva, e não a justiça e o paraíso. Se alguém chegar lá, será sempre efémera a passagem. (Na minha existência, lembro-me da selecção sub-21 de Portugal, em 1991, sagrar-se campeã do mundo no antigo Estádio da Luz, com um penálti de Rui Costa!...mas é apenas um momento).

Portanto, que um PM seja tratado de maneira diferente pela lei, que seja investigado caso seja suspeito, que seja punido e preso se cometeu os crimes pelos quais eventualmente seja acusado ou que deixe de ser perseguido por justiceiros encartados, pelo menos, antes da fase de julgamento, deveriam ser algumas das bases de avaliação de casos como o do Freeport e pautas de uma actuação crítica de todos os actores sociais, para não começarmos a tropeçar todos, tipo queda de dominó, numa petição geral de princípio opinativa, com consequências desnecessárias e irracionais que a ninguém, verdadeiramente, aproveita.

O PPM está de volta...

...com um ABC (link) que não é só dele. Ora leiam lá O Livro da Pátria (link) por Paulo Tunhas.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A tese da cabala já não pega

Sócrates deixa o país suspenso durante cerca de trinta minutos para vir defender pela enésima vez a tese da cabala. Que se debate (e vai resistir) contra as “campanhas negras” e os “poderes ocultos”. Parece aqueles pategos do mundo do futebol que só clamam contra o sistema.
Independentemente de ser ou não “culpado” no caso Freeport, Sócrates está fraco e fragilizado como nunca esteve. No seio de uma nebulosa de “acusações” de que não mais se conseguirá libertar.
To be continued.

Eu é que sou o Nostradamus

Um governo seu [de José Sócrates] será mais uma oportunidade perdida. Um governo seu com maioria absoluta, será mais uma oportunidade absolutamente perdida.

Escrito neste blogue (link) a 16 de Fevereiro de 2005.

Twittada

Fascinado: com a velocidade da nova maquina comprada hoje por tuta e meia na staples.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Portagens em Lisboa

Perigosa, porque qualquer dia achar-se-á normal - com a desculpa do trânsito e bem estar dos residentes - vedar o acesso de mais partes da cidade e do território a trânsito e pessoas "forasteiras".
Discriminatória, porque apenas permite o livre acesso a parte do território nacional a uma "casta" escolhida. Que diriam as alminhas bem pensantes que se lembraram desta genialidade caso se vedasse uma zona "rica" tipo Quinta da Marinha ou Lapa com portagens exorbitantes para afastar os pobres horrorosos?
p.s. - Estas portagens significam que vou ter redução no Imposto Único de Circulação que pago?

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O estranho caso de Benjamin Button

Filme sobre a vida. Sobre a morte. Sobre as mortes que enchem a vida. Sobre as vidas que se completam na morte.. .


Pensamento do Dia

De João Tordo (link) no Corta-fitas.
[…e já agora o de ontem também; por José Simões (link) no Der Terrorist]

This I Love - Guns N' Roses

domingo, 25 de janeiro de 2009

Mikos Fehér: 5 anos depois


Descansa em paz

Tempos modernos

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CUIDADO - ao que isto chegou: burlas no Continente

Cuidado, não te aconteça como a mim. Aviso-te de uma burla que estão a fazer por estes dias e na qual está a cair bastante gente. Fazem-na no parque de estacionamento do Continente.

O truque funciona assim: duas miúdas muito giras, entre os 18 e os 20 anos, aproximam-se do carro enquanto guardas as tuas compras no porta-bagagens. Começam então a limpar-te o pára-brisas com esponjas deixado sair dissimuladamente um peito das suas camisas apertadas.

Quando, no final, para agradecer, tentas dar-lhes uma gorjeta, elas recusam e pedem em troca que as leves ao Aki. Se aceitas, entram-te no carro e sentam-se nos bancos traseiros. Enquanto conduzes, começam entre elas a fazer jogos lésbicos. Quando chegas ao parque do Aki uma delas, fazendo-se de agradecida, entra para o banco da frente e faz-te um brutal sexo oral, enquanto a outra, sem que te dês conta, rouba-te o pão e os iogurtes.

Com este esquema engenhoso, já me roubaram as compras na sexta-feira passada, no sábado, no domingo, 2 vezes na segunda-feira, esta manhã e
muito provavelmente também amanhã à tarde...

Elisa Ferreira e o Porto (2)

Elisa Ferreira continua em grande: pese embora o seu órgão oficial de campanha o silencie, a política "independente" será candidata à Câmara Municipal do Porto e ao Parlamento Europeu.
Significa isto que o seu interesse não é a cidade do Porto, mas apenas um lugar de relevo, ou político ou financeiro: se não conseguir ser Presidente da Câmara Municipal do  (ou seja se apenas for eleita vereadora) deixar-se-á ficar onde ganha mais uns euros, no Parlamento Europeu.
O Porto merecia mais.

sábado, 24 de janeiro de 2009

A quem aproveita o "caso" Freeport? (2)

Concordo com o Jorge, quando ele diz que «ninguém fez por demonstrar a veracidade, ou falta dela, das noticías» de 2005 relativas ao Freeport. Esse é o problema da Justiça actual: é muito rápida a constituir arguidos e a lançar lama para cima das pessoas e raramente leva uma investigação sobre "gente importante" até ao fim, ou pelo menos em tempo útil.
O cidadão José Sócrates merecia uma investigação cuidada sobre este caso, que limpasse (ou não, consoante o caso) o seu bom nome, não permitindo que - desde 2005 - pairasse a suspeita sobre si.
Mas digo-o sobre Sócrates como o disse, condenando o "sentido de oportunidade" da Justiça na sua relação com Pedro Santana Lopes, aqui e aqui
Como cada vez mais a luta política se faz também na arena da Justiça (v.g. José Sá Fernandes), tendo a olhar para estes "lumes brandos" como partes de uma estratégia.
Por isso mantenho a pergunta: a quem aproveita o caso Freeport? A quem aproveita um cenário de eleições antecipadas com um dos contendores decapitados? A quem aproveita um Parlamento atomizado, sem uma maioria absoluta de um só partido?

À escuta...

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Nem sempre me tenho lembrado de o indicar aqui, mas hoje não me esqueci. Às 16:30 estarei no Rádio Clube Português a comentar alguns temas relacionados com o Direito que foram relevantes esta semana, como por exemplo o parecer da Direcção-Geral do Consumidor que determina a possibilidade da ASAE poder fiscalizar os escritórios dos advogados para verificar se têm afixadas tabelas de honorários e livros de reclamações.

A quem aproveita o "caso" Freeport?

Sócrates tem razão quando estranha a oportunidade da divulgação a conta-gotas de elementos sobre o licenciamento do Freeport em Alcochete. Da primeira vez, em 2005, demonstrou-se que as notícias tinham origem na estrutura de campanha do PSD. E agora? A quem aproveita a tentativa de afectar o primeiro-ministro? A quem aproveita mais uma quebra do segredo de justiça?

Vampire Weekend

Há uma teoria que diz que não somos nós que vamos ter com os discos, mas sim os discos que vêem ter connosco. Bom, não sei de facto se tal teoria existe. Mas se não existe passa a existir. Provas?
Vampire Weekend, o aclamado disco de estreia de uns rapazes de Brooklin, já devia ter vindo cá parar a casa há pelo menos uns bons seis meses. Mas não veio. Chegou agora e chegou na hora certa. Da pop esfuziante, colorida, harmoniosa e bela destes simpáticos vampiros já tudo se disse. O que ainda não se disse, até porque este é o primeiro inverno dos Vampire Weekend, é que esta dezena de musicas que todas juntas dão pouco mais de meia hora, são o antídoto eficaz para este inverno do nosso descontentamento, para as derrotas do dia a dia e para esquecer jogos de bola estúpidos como o de ontem à noite em Belém. Volume ao alto, o nosso coração esta em Deus, e Ele sabe como bem sabe pular ao redor da mesa da sala ou em cima do sofá com as explosões de cor deste disco.

Vampire Weekend - "Oxford Comma"

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Destes, gosto mesmo

A Sofia Loureiro dos Santos (link), no Defender o Quadrado, lançou o repto para uma corrente catita que está a inundar a blogosfera. No neófito Delito de Opinião (link), o Coutinho Ribeiro teve a simpatia de nos nomear com um dos quinze blogues que mais gosta. Seguindo a tradicio e sem nenhuma ordem em especial, aqui fica algo parecido com o meu top 15 da blogosfera nacional.

Corta-fitas
Dias Assim
Combustões
Encarnado e branco
31 da Armada
Portugal dos Pequeninos
Ondas
Conversas do Mar
Tomar Partido
Nocturno
Hoje Há Conquilhas
Despertar da Mente
O Jumento
Mar Salgado
Arrastão

No mais, a Sofia que me desculpe, mas eu vou “saltar” o desafio que está associado ao prémio, ok?

Grande Zapatero!

Zapatero em Zamora:
«A causa da crise não é o mercado laboral, o Estado Social, nem as políticas sociais. Por isso, as consequências da crise não se podem fazer sentir no mercado laboral, no Estado Social, nem nas políticas sociais».

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O segundo milagre d'O Salvador




Corajoso e sábio: Obama é o primeiro Chefe de Estado a fazer um hang loose numa cerimónia oficial.

O primeiro milagre d'O Salvador

Baralhado Obama

Esperemos que o engasgo de Obama no solene momento do juramento não seja premonitório. No mais, um discurso vagamente banal. Parirá a montanha um rato?

Ondas para tipos de barba rija

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Metáfora

Até agora, o momento da the inauguration: Dick Cheney, o vice de Bush, entra em (e sai de) cena numa cadeira de rodas.

Esta vida de marinheiro está a dar cabo de nós

Não sou muito de me emocionar com o desaparecimento de figuras (mais ou menos) públicas. Mas o morte precoce do João Aguardela mexeu comigo. O Aguardela foi um dos melhores autores musicais da sua geração – a nossa geração. Cantámos, dançámos, pulámos, ouvimos apenas, as suas músicas.
Desaparece de repente, amargurado e sozinho. E lembrando-nos que existe uma condição essencial para morrer: estar vivo.
E lembrando-nos ainda que é preciso viver tendo bem presente que um dia vamos morrer; para que não morramos como se nunca tivéssemos vivido.

Factos são factos

Crescimento médio anual da economia portuguesa:

Democracia moderna (1974-09): +2.7%
Estado Novo (1926-73): +4.7%
República (1911-25): -0.4%
Monarquia (1852-1910): +2.0%
Média no período (1852-2009): +2.8%

[daqui]

As saudades que o mundo terá de ti, pá

Dia de Obama à americana

sábado, 17 de janeiro de 2009

Gaza em nós

Para evitar conflitos, o chefe máximo da polícia, Francisco Oliveira Pereira, pediu aos comandantes das esquadras que cobrem as áreas dos bairros de risco para não exporem os seus homens desnecessariamente. No funeral de Kuku já não se viu um único polícia fardado.
Depois de fonte do processo ter soprado para a comunicação social que o tiro que vitimou um sujeito referenciado pela prática de crimes violentos que fugia à polícia numa viatura furtada foi disparado à queima-roupa, parece que há movimentos extremistas e racistas a "recolher donativos" (seria interessante obter as estatísticas dos assaltos na zona por estes dias...) e a preparar ataques a espaços públicos. O que faz a polícia? Desfarda-se... Não tardará vermos blindados a patrulhar a Amadora... Como se fosse a Faixa de Gaza.

Quatro anos depois ainda cá andamos (V)

"A gente vai continuar
Enquanto houver estrada pra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar"


Ao Arcádia - o meu filho que mais trato mal, esperando que os outros não se queixem tanto e que a angústia, como todo o pai (que se sente) sabe, seja sempre controlável e superável -, que continue sempre, ainda que arduamente, a ser o que sempre quis e que não seja mais do que aquilo que pode. Só assim se escreve livre e criticamente.
Aos outros pais do Arcádia, o pai biológico PSL e o pai adoptivo NSS o meu agradecimento, pois a eles se deve o essencial do êxito do Árcádia.

"A Gente Vai Continuar" - Jorge Palma

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Quatro anos depois ainda cá andamos (III)

Esta é a Sofia (link). Também ela já teve outros blogues; também ela já nos acompanhava noutro blogue, num tempo em que podia ser descrito com um “era uma vez…”.
A Sofia vai ficar muito zangada por termos roubado mais uma foto lá do seu sítio, mas eu quero dizer-lhe para não ficar assim, isso passa; pois suspeito que ao longo desta vida ainda vai ter muito com que se zangar connosco.

Quatro anos depois ainda cá andamos (II)



Este é o Bruno (link), algures num quintal ao lado “do meu”. Como se nota, este sonhador gosta de deslizar na superfície húmida da cor do céu. E tal como nós já tem idade para ter juízo e largar esta coisa dos blogues...

Quatro anos depois ainda cá andamos (I)

Para mal dos pecados dos seus animadores, pois estão consideravelmente mais velhos, mais aborrecidos e muito mais preguiçosos, o ARCÁDIA cumpre hoje o seu quarto aniversário.
“Quatro anos depois ainda cá andamos”, será uma pequeníssima série de três posts onde ao mesmo tempo que comemoramos de forma diferente o tempo que passa, agradecemos a alguns dos primeiros bloggers/leitores que nos acompanham. É o caso do António Balbino Caldeira d(D)o Portugal Profundo (link), hoje - infelizmente, digo eu - bem mais conhecido do que era há quatro anos atrás.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A verdade doi e é uma chatice do caraças

Cardeal patriarca alerta portuguesas para riscos de casamentos com muçulmanos

Se eu tivesse escrito um post…

...sobre o justo reconhecimento da FIFA quanto a Cristiano Ronaldo, gostaria de ter sido este (link) de Bruno Sena Martins no Avatares de um Deseja (um blogue tão velho que ainda usa o haloscan e tem linkado o saudoso Terceiro Anel).

Na vida há sempre uma primeira vez para tudo




E tudo é tudo.
Há jornais que nem para ajudar a acender a lareira servem; são feitos de um papel tão manhoso, tão manhoso, que apresentam alguma dificuldade em arder e produzem muito fumo porque têm tinta a mais.
Quem diria pois que um dia eu era capaz de comprar o Record em dois dias seguidos.

O crime compensa

Delito de Opinião (link) é um novo blogue que nasce neste início de ano novo (nado sob o signo de Capricórnio – deve ser bom sinal, pois esta vossa Arcádia também com ele nasceu) e junta alguns dos melhores escribas blogosféricos da nossa praça.
Bem feito!

Paz na Terra ao indie pop-rock?

Colombo, FNAC, há cerca de quinze dias atrás:
-Tem o disco dos MGMT?
-Vendi o ultimo há minutos.
-E dos Vampire Weekend?
-Está esgotado já há algum tempo.
-…e dos The Last Shadow Puppets?
-Está esgotadíssimo.

Hoje, FNAC, Vasco da Gama:
-Tem o disco dos MGMT?
-Está esgotado já há alguns dias e só deve chegar lá pró mês que vem.
-E dos Vampire Weekend?
-Também não.
-The Last Shadow Puppets???
-Esgotadíssimo.
…entretanto decidi juntar mais um à lista.
-E Beach House…, esse tem de certeza.
-Vendi o ultimo à hora de almoço.

Pelo meio troquei mais algumas palavras com os simpáticos e (sempre) prestáveis vendedores da FNAC - como deveriam de ser todos os vendedores. Dizem que sim, que é verdade, o indie morreu, tornou-se mainstream, "agora, é a musica que mais se vende".

Não sei bem se acredito nesta versão. Nunca "precisei" de discos esgotados ou de "importação directa".
Mordo a língua, reviro os olho, tenho náuseas mas admito: os meus apetites melómanos, mudaram muito nos últimos dois anos. Mas…, terão mudado assim tanto os gostos dos outros ou será que as lojas de discos passaram a gerir stocks como as lojas de pneus, peças de motas e outras coisas das quais raramente precisamos?
Ou será que…, estarei velho, assim tão velho que serei o único ser vivo na terra que ainda gosta de ter na mão um disco e todo o que o rodeia: uma capa, uma embalagem, um encarte, letras, créditos, fotos.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

N MÚSICAS LXI

"Warwick Avenue" (2008) - Duffy

E o “Calabote” sou eu?

É um facto. O futebol português vai de mal a pior.
Apenas em Portugal seria possível ver uma equipa que joga tão mal na frente da tabela do campeonato. Como é que o Sporting, ainda que em desvantagem nos critérios de desempate, conseguiu chegar à liderança da Liga Sagres? Ah…, Sagres. Devem estar todos bêbados…

Mas há pior que o aspecto desportivo; o aspecto "disciplinar".
Viram o que se passou ontem nas Antas? O que dizer desta barbara agressão de Bruno Alves – a enésima da temporada. O que dizer dos sete – leram bem, sete – minutos de desconto concedidos pelo árbitro?

domingo, 11 de janeiro de 2009

Este não é mais um post sobre o frio...

...mas o que é certo é que a “siberiana” parece ter congelado as ideias “arcadianas”, bloqueando os dedinhos cibernéticos.
Pedimos desculpa por esta interrupção, a emissão segue dentro de momentos.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Onde estavam?

Família e amigos do jovem que morreu na sequência da resistência à perseguição policial na Amadora reclama justiça. Mas segundo a Polícia de Segurança Pública o jovem que faleceu:
  1. Estava numa viatura furtada;
  2. Estava referenciado pela prática de crimes violentos; e,
  3. Pelo menos um dos ocupantes da viatura sacou de uma arma de fogo para evitar a detenção.
Repito, a família e amigos do jovem que morreu reclamam justiça. Mas onde estavam quando o rapaz de 14 anos enveredava pelo crime violento? Que fizeram para torná-lo num cidadão honesto?

domingo, 4 de janeiro de 2009

Quem vai à guerra dá e leva (2)

Cito Amos Oz, através do Ferreira Fernandes, no Diário de Notícias de hoje:
«Israel é um país; o Hamas é um gangue. Os cálculos do Hamas são simples, cínicos e pérfidos: se morrerem israelitas inocentes, isso é bom; se morrerem palestinianos inocentes, é ainda melhor.»


Ainda o federalismo

Já ontem fiz referência à "questão federal" levantada por aqueles que querem "aprofundar as autonomias regionais". Um dos politólogos que mais admiro, José Adelino Maltez, acabou de dizer na SIC Notícias que não há pecado no federalismo até porque a maior parte da Europa é federal, i.e. composta por Estados que são federações, e relembrou que a solução federal foi defendida no fim do Estado Novo por Marcello Caetano para reorganização da Metrópole (que incluía a Madeira e os Açores), e as províncias ultramarinas (a.k.a. "colónias"...).
Pois bem, não é o facto de na Europa haver muitos Estados federais que nos coloca na posição de naturalmente aceitar uma solução idêntica para Portugal. Aliás, o que sempre nos diferenciou desde 1143 foi o facto de sermos um Estado unitário. Somos portugueses, ponto final. Enquanto os Alemães são prussianos, bávaros, etc., enquanto o Espanhóis são castelhanos, catalães, etc., enquanto os Italianos são lombardos, romanos, etc., enquanto os Belgas são valões e flamengos...
É por isto que a regionalização perdeu: os portugueses perceberam que a criação de regiões administrativas caminharia rapidamente para regiões políticas autónomas, depois para uma federação e por fim culminaria na desagregação de Portugal.
Claro que haverá quem o queira (sempre existirão bandidos e traidores), e porque somos todos livres, temos o dever de aceitar que essa gente se possa expressar livremente. 
Agora o que não podemos aceitar é que a unidade nacional possa ser posta em causa por pessoas que se  sentem "ofendidas na sua portugalidade" por não aceitarmos a existência de uma federação...

sábado, 3 de janeiro de 2009

Racismos & Idiotices

Sabemos que, em regra, a comunicação social não divulga nem raça nem nacionalidade de bandidos. Sabemos também que, sempre que o faz (e sempre que a raça não é branca nem a nacionalidade é portuguesa), não faltam os polícias de costumes e suas histéricas acções.
Por isso, para que conste, no Jornal da Noite de hoje, da SIC, ao fazer-se o relato de um furto a um supermercado, captado por câmaras de vigilância, a jornalista dizia qualquer coisa como: "os ladrões eram jovens e de raça branca".
Tendo em conta que num outro crime (também filmado por um sistema de videovigilância), um assalto com violência a um restaurante na Ericeira, não se disse qual a raça (nem nacionalidade) dos bandidos, podemos cartesianamente concluir que não seriam brancos. Certo?...

Estado Unitário vs. Federalismo

Segundo o Expresso, há pessoas na Madeira e Açores que defendem o "aprofundamento" da autonomia para que se chegue a uma solução federal. Sim, leram bem: Portugal deixaria de ser um Estado unitário passando a ser um dos três estados componentes de uma federação.
Aliás, segundo o Expresso, todos os aprofundamentos das autonomias regionais têm visado, numa perspectiva teleológica, a solução federal, mas os políticos responsáveis por isso têm-nos "poupado" a esses detalhados, optando por nos mentir ou omitir a verdade.
Por mim, como os Açores e a Madeira são tão Portugal como Monção, Castelo Branco ou Portimão, a solução federal é um absurdo que deve ser combatido a qualquer preço e os seus defensores deverão ser tratados como traidores à Pátria. Mais, se é esse o principal objectivo do "aprofundamento" das autonomias regionais, as mesmas deverão ser reconsideradas. 
Afinal, com o crescimento das atribuições das autarquias, para que precisamos de regiões autónomas?... 

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Algumas das melhores imagens do ano…

...para o Telegraph (link) e para o Sydney Morning Herald (link).

Até do outro lado do atlântico…

PALETA DE PALAVRAS LXIX

«O mundo inteiro a fugir,
O mundo inteiro a pedir.
Que se oiça alto o teu Não.»

"A Cada Não Que Dizes", Pedro Abrunhosa, no álbum Luz (2007)

N MÚSICAS LX

"Where the wild roses grow" - Nick Cave & Kylie Minogue



Não sabemos como nascem as rosas selvagens, mas são com certeza as rosas mais bonitas que a natureza produz,
Não sabemos distinguir as rosas selvagens de qualquer campo,
poucos reconhecem rosas selvagens no seu jardim,
são tão coloridas e brancas e cheirosas,
como só a pureza nos oferece sem sentido,
são da cor da liberdade e da vida que nos resta,
são de tom crítico e revoltado sobre o que não fazemos e que nos arrasta... e nos agasta... e nos gasta... e as palavras...
ameaçadas e sem luz de sol ao fundo do céu,
vai-se cumprindo, assim, depois de todas as guerras e batalhas, socialistas ou não, com ou sem esperança,
elevar a rosa da cidadania a um exercício diário e consequente para o seu imenso jardim, seu pequeno quarto de natureza ibérica.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Jornal de Notícias em campanha

O Jornal de Notícias, que se envolveu numa luta disparatada com Rui Rio (lembram-se do caso "energúmeno"?...), já assumiu o seu lado na campanha eleitoral autárquica: o de Elisa Ferreira.
Nada tenho contra os jornais que tomam partido. Mas gostava que tomassem efectivamente partido. Para que todos soubéssemos com o que contamos.

Há Liberdade (CXIV)

Nazaré, por Miguel Tiago Nunes

...Feliz Ano Novo.