Colombo, FNAC, há cerca de quinze dias atrás:
-Tem o disco dos MGMT?
-Vendi o ultimo há minutos.
-E dos Vampire Weekend?
-Está esgotado já há algum tempo.
-…e dos The Last Shadow Puppets?
-Está esgotadíssimo.
Hoje, FNAC, Vasco da Gama:
-Tem o disco dos MGMT?
-Está esgotado já há alguns dias e só deve chegar lá pró mês que vem.
-E dos Vampire Weekend?
-Também não.
-The Last Shadow Puppets???
-Esgotadíssimo.
…entretanto decidi juntar mais um à lista.
-E Beach House…, esse tem de certeza.
-Vendi o ultimo à hora de almoço.
Pelo meio troquei mais algumas palavras com os simpáticos e (sempre) prestáveis vendedores da FNAC - como deveriam de ser todos os vendedores. Dizem que sim, que é verdade, o indie morreu, tornou-se mainstream, "agora, é a musica que mais se vende".
Não sei bem se acredito nesta versão. Nunca "precisei" de discos esgotados ou de "importação directa".
Mordo a língua, reviro os olho, tenho náuseas mas admito: os meus apetites melómanos, mudaram muito nos últimos dois anos. Mas…, terão mudado assim tanto os gostos dos outros ou será que as lojas de discos passaram a gerir stocks como as lojas de pneus, peças de motas e outras coisas das quais raramente precisamos?
Ou será que…, estarei velho, assim tão velho que serei o único ser vivo na terra que ainda gosta de ter na mão um disco e todo o que o rodeia: uma capa, uma embalagem, um encarte, letras, créditos, fotos.
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