quarta-feira, 30 de abril de 2008

...até já



All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very unnecessary
They can only do harm

As bodas alquímicas de Aleister Crowley

Em tempo de Indie trago-vos uma boa notícia para o Verão, que está já a um mês e meio: Chemical Wedding (ainda sem título em português nem data de lançamento prevista, mas parece que será mesmo lá para o Verão), é uma produção de Bruce Dickinson, vocalista dos Iron Maiden, e debruça-se sobre uma das figuras centrais do século XX: Aleister Crowley, o bruxo inglês do "lado negro da força" que, conta a lenda, enfrentou Fernando Pessoa na Boca do Inferno, e que, conta a História, andou embrulhado entre nazis e aliados, entre homens e mulheres e entre a sanidade e a loucura. Let's look at the trailer...

Pedro Passos Coelho...

...já tem um blogue de apoio à sua candidatura a lider do PSD.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Camarada Santos Silva: um dia ainda te vou ver nu

"Fim da roupa barata pode estar para breve"

E eu até sei de quem é a culpa. É desses malandros dos liberais e desses facínoras dos capitalistas selvagens. E sei porque conheço alguns e eles logo me disseram: "Ai os pobres já andam vestidos? Então vamos especular sobre o preço do algodão para que andem todos esfarrapados…."
Por estas e por outras é que estou a pensar mudar-me para a Bielorussia, ou para a Coreia do Norte, ou para a Venezuela, ou para Cuba. Sim, Cuba é fixe, está mais quentinho, não é preciso usar tanta roupa, pois ao preço que está o malvado algodão…
Queres vir comigo camarada?

Campo Contra Campo (CXVI) - IndieLisboa 2008

Import Export, *****

Imagine o retracto ficcionado (de forma documental) de uma jovem enfermeira Ucraniana - como tantas outras que "viajam" por cá - que na impossibilidade de sustentar a sua família se vê na necessidade de abandonar o seu país na busca uma vida melhor. Imagine agora que paralelamente a esta realidade, corre um outro retracto ficcionado (e muito menos documental) de um jovem ocidental inabilitado e inadaptado que nem no conforto social do Ocidente consegue encontra o seu lugar. Imagine também, que este mosaico é atravessado de forma fulgurante por um olhar documental (e nada ficcionado) sobre a vida no leito de morte que é um lar de idosos acamados do rico Ocidente (nos créditos finais ficamos a saber que a maioria daquelas pobres almas já não está entre nós). Imagine, enfim, que todo este xadrez mórbido é cruzado por outros retratos ficcionados (mas bem reais) que retractam a vida nos cubículos onde se realiza a "pornografia" live via webcam; ou um cruel bar de alterne e prostituição da Ucrânia profunda; ou ainda um sórdido e imundo condomínio clássico do socialismo autogestionário ocupado por ciganos foragidos.
Imagine pois que tudo isto é filmado de forma coerente com uma proximidade distante. Brutal. Perfeita. Sempre, sempre, sempre na procura dos limites da natureza humana.
Import Expot, realizado pelo austríaco Ulrich Seidl, é tão só o melhor dos muitos filmes deste IndieLisboa 2008 que se cruzaram com os meus sentido. Repete na próxima sexta-feira pelas 21h45 no São Jorge 1, e só posso acrescentar que tenho muita pena de não estar em Lisboa nesse dia par o poder ver de novo. Por favor, vejam-no.

Por favor, não batam mais no ceguinho

O PSD está cada vez mais parecido com o Benfica. Todos, sem excepção, querem mandar a sua pedrinha à caravana que passa. E mesmo quando não há uma pedra por perto, larga-se uma laracha qualquer; pode ser que pegue.
Numa curta visita à blogosfera, vejo que até José Medeiros Ferreira (um homem respeitador e respeitável), não recusa o convite da onda da moda, e vai de dar mais uma paulada no cada vez mais partido Partido Social Democrata
Deixem jogar o Mantorras!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Campo Contra Campo (CXV) - IndieLisboa 2008

Ontem foi mais um dia de excelente cinema nesta aventura urbana em que o IndieLisboa torna os nossos dias. Do muito que haveria para contar, destaco apenas Wonderful Town (****) do realizador tailandês Aditya Assarat, justamente considerado pela comunicação social como um dos grandes candidatos ao prémio máximo do festival (repete quarta feira às 16h15 no São Jorge 3).
Assarat conta-nos a historia de um jovem arquitecto em "fuga" da plena Bangkok na tentativa de viver uma vida nova. Ao chegar a uma pequena cidade costeira do Sul que convive mal com os fantasmas do catastrófico Tsunami, perde-se (literalmente…) de amores por uma jovem recepcionista de um velho hotel. Como se nota é uma historia pequena. Todavia é esticada ao máximo pela arte do realizador. De facto, Assarat, sabe tudo sobre cinema e não se coíbe de nos mostrar isso mesmo. São varias as sequências marcantes, mas por certo uma impressionou o júri. É um corriqueiro dialogo, típico de enamorados, no terraço superior de um edifico, onde a câmara vai e vem ao sabor da conversa e do bailado de quem apanha a roupa de estendal. O cinema (também) é isto mesmo: quando da banalidade se faz luz e luxo. E Wonderful Town são noventa minutos assim; compulsivamente belos. Beleza apenas decaída numa tentativa de final redentor que não consegue escapar às amarras do impossível.

Algumas notas sobre a 'crise do PSD'

A análise hoje do PSD feita por Marcelo Rebelo de Sousa quanto aos candidatos é certeira, excepto porventura nalgumas referências a Manuela Ferreira Leite. Acrescento apenas algumas considerações que, apesar de parecerem óbvias, têm a marca da sua imprevisível inscrição na realidade.

- A aproximação de Pedro Santana Lopes e de Alberto João Jardim não é de admirar ninguém. Dois vultos da verborreia política, do populismo democrático, da demagogia gestionária e do planetário ego que parece só sobreviver em contacto com os media, que qualquer desunião entre eles será, de acordo com o sobredito perfil de ambos, pura estratégia pessoal e partidária. Pelo que, o destino eleitoral de ambos no PSD em nada mudará a natureza de cada um. O que pode mudar sim é a sobrevivência do PSD, tal como o conhecemos ainda, e possivelmente a distribuição dos votos nas previsíveis eleições legislativas de 2013. A dúvida é saber se um daqueles candidatos ganhar o PSD se este sobreviverá à cisão. Tal profecia condicional não se limita à natureza dos ditos senhores da política, mas antes à incredibilidade do partido, à contínua guerrilha de opinião pelos seus adversários pelos diversos meios de comunicação e à balcanização (que, como prenúncio da sua cisão, será temporária) das facções pessoal-partidárias que cairia com a aventada eleição. O que não deixa de ser curioso, e quiça a salvação do PSD - repito, na hipótese de PSL e/ou AJJ ganharem as eleições - é que se existem facções que têm o mínimo de conteúdo ideológico para criarem um novo partido são precisamente as do PSL e do AJJ. Ora, aqui residiria um terrível paradoxo: o PSD seria liderado pelo candidato com capacidades únicas de tomar o raro espaço político-ideológico que pode fazer concorrência ao próprio partido. Ou seja, como reagirão os Wallys do PSD que, acossados pela multidão, sendo o centro do jogo político-mediático, só existirão legitimamente nos meios de comunicação social. Aqui cair-se-ia noutro paradoxo com um decisivo ponto de interrogação.

- O bom senso manda que os eleitores não escolham o seu eleito antes de se lhe conhecer o respectivo programa eleitoral. Bom, mas em Política, também sabemos que o bom senso não é o mesmo que aquele que existe fora dela. De certo modo, ainda bem, porque a previsibilidade humana é indissociada do histórico do político na política moderna e porque também se deve distinguir o bom senso individual e o bom senso colectivo ou institucional. Todavia, não deixa de ser surpreendente a reunião da distrital do Porto com o objectivo de escolher um candidato antes de se conhecer o programa dos mesmos. Para mim, parece-me ser típico das democracias partidariamente frágeis, acríticas e excessivamente dependentes do cacique e da personalização.

- Por último, uma nota tipo "quem me dera ser mosca": é que apetecia-me dizer que não seria supresa se, no caso de um destes senhores ganhar, o voto de Cavaco Silva, a votar em alguém, fosse para Sócrates nas próximas eleições legislativas. Deste e de outros. Todavia, também chegará o dia D para o PS, que, previsilvelmente, ainda não será em 2009.

António Pedro Vasconcelos - passado, presente e futuro do Sport Lisboa e Benfica

Dois artigos insuportável e insolentemente lúcidos no Público deste fim de semana. Para ler e reflectir por todos aqueles que amam o nosso querido clube.
[Com a devida vénia ao nosso António, tomo a liberdade de guardar tais escritos na caixa de comentários deste post, para memória futura]

domingo, 27 de abril de 2008

Os resultados do liberalismo: os fins de eras...

No editorial de hoje no Público, José Manuel Fernandes anuncia urib et orbi: acabou a era da alimentação barata. Tal como há dois anos nos anunciaram o fim da era dos combustíveis baratos. E tal como há um ano nos anunciaram o fim da era do crédito barato.
São estes os resultados do liberalismo selvagem que desde os fins dos anos 80 tem assolado o planeta:
Ai os pobres já têm carro? Vamos especular sobre o preço do petróleo que estamos a extrair e que extrairemos daqui a uns meses e lucraremos ainda mais com isso. Ai os pobre já têm casa? Vamos especular sobre os preços das casas e sobre os juros e lucraremos ainda mais com isso. Ai os pobre já comem mais? Vamos especular sobre os preços das colheitas e lucraremos ainda mais com isso...
Gostava por fim de conhecer a verdadeira relação entre a aquisição de cereais para biodiesel e a carestia dos cereais. É que (para além de, até agora, ser comum anunciar-se que todos os anos havia excedentes de comida) parece-me que, dado o nível residual da utilização de biocombustíveis, a imputação a estes da fome que grassa pelo mundo parece-me, pelo menos, muito conveniente...

melocádias actualizado

Com uma música já de 2005, do álbum "The Weight is a Gift", que relembra o espírito surfista e prepara o Verão que se aproxima. Ouve-se muito bem, haja boa vontade e espírito livre, não obstante a qualidade da letra que poderia ser melhor.
Os M83, ou melhor, Anthony Gonzales, é uma descoberta recente. Com o meu eterno desgosto de não me dedicar mais ao estudo/descoberta da música, no limite gostava de ter nascido para crítico de música, mas ainda bem para eles, descobri recentemente o M83 que já cá anda desde 2001. A música que coloquei no Melocádias é do recente álbum lançado este ano "Saturdays = Youth". Soa a Psychedelic Furs (lembram-se de "Pretty in Pink"?), e não admira, dada a influência notória de Brian Eno e da música dos anos 80. A música de Anthony tem algo de indie dance music e outro tanto de experimental, daí talvez passar algo despercebida, quer nas rádios, quer nas discotecas mais vanguardistas. Na verdade, a Rádio Radar deveria passar alguma das suas músicas (penso que não o faz), ou descobri-lo, pois vale a pena pela sua sonoridade heterodoxa. Ora vejam, e oiçam, outro exemplo:

N MÚSICAS LI

"The Blankest Year" (cortado) - Nada Surf

Campo Contra Campo (CXIV) - IndieLisboa 2008

The Mission, ****
Primeira incursão no fantástico universo de Johnnie To, cineasta de Hong Kong, baptizado como Herói Independente do IndieLisboa 2008. The Mission é uma vulgar historia de gangsters filmada com mestria formal superior, pleno de momentos de puro génio. Aqui a questão é simples: porque é que filmes assim, dignos de serem mostrados nas escolas de cinema, passam ao largo deste pobrezinho jardim à beira mar plantado?

Competição Nacional Curtas 2
Até agora, o momento menos feliz que presenciei no festival. Das sete curtas apresentadas só uma é digna de nota. Twenty Questions (****) de Nuno Costa são sete curtos minutos de animação surrealista que roça a perfeição.

Mister Lonely, *****
Ontem, pelas vinte e duas horas, aterrou um OVNI na Avenida da Liberdade, tendo o fenómeno sido presenciado por cerca de meio milhar de pessoas que enchiam a velhinha Sala 1 do São Jorge.
Dificilmente encontraram no IndieLisboa filme que faça mais justiça à campanha publicitaria do festival. "Estavam à espera de quê?"
O filme de Harmony Korine é uma explosão de sonhos desfeitos, cujos estilhaços ficam cravados na nossa memória - o racord de abertura, os traveling no Bosque de Bolonha. Pelo meio da historia principal que explora os limites da natureza humana, encontramos um terrível "pesadelo" onde freiras "voadoras" caem dos céus do Panamá, sem para quedas, pedalando pequenas bicicletas. Puro e perfeito "nonsense", obra prima absoluta. Estavam à espera de quê?
[Repete na próxima sexta-feira na sala 3 do São Jorge às 23h45.]

sábado, 26 de abril de 2008

Campo Contra Campo (CXIII) - IndieLisboa 2008

A minha primeira investida no IndieLisboa deste ano não foi decepcionante mas esteve longe de me encher as medidas.

El Asaltante, ***
Na Competição Internacional surge esta primeira longa do argentino Pablo Fendrick que narra a estranha manhã de um improvável ladrão. Para além do soberbo plano-sequência que praticamente abre o filme e da excelente interpretação de Arturo Goetz pouco fica deste olhar semi-documental perdido em inverosimilhanças. Repete dia 1 de Maio no Londres 1 às 18h30.

O Novo Cinema Romeno é este ano elevado a Herói Independente. Breve olhar sobre o Programa 4 que também repete dia 1 na mesma sala às 15h45.

Paulista´s Hand, ****
Esta curta de 1999 de Cristian Mungiu (sim, o mesmo da Palma de Ouro por "Quatro Meses, Três Semanas e Dois Dias") foi a pérola do dia. Onde se prova, com muito humor - a fazer lembrar os melhores quadros dos Gato Fedorento, como o telelixo, para alem de nocivo, pode conduzir-nos para "fora" do mundo. Uma delicia em dezoito curtos minutos.

17 Minutes Late, **
Catalin Mitulescu mostra-nos como a vida pode tornar-se diferente só porque nos apetece dormitar um pouco enquanto esperamos por um café retemperador. Bem filmado, nada mais.

Stuff and Dough, ***
Esta é a tal primeira longa de Cristi Puiu (que conhecemos do desconcertante "A Morte do Senhor Lazarescu") que segundo a critica dá inicio à "nouvelle vague" romena. Puiu coloca-nos (literalmente!) à boleia de uma velha carrinha que percorre as decrépitas estradas romenas de Constanta a Bucareste, conduzida por três adolescentes que transportam uma estranha encomenda. Entre o genial e o patético, ali vamos nós durante hora e meia para no final ficarmos a saber tanto quanto eles, os jovens. Puiu revisita meia dúzia de lugares comuns do cinema americano (o segredo da mala, o road-movie, a perseguição estrada fora…) mas sem nunca encontrar um rumo certo para o suspense que cria de forma brilhante.

Manuela Ferreira Leite, o mito

Manuela Ferreira Leite apresenta-se com uma imagem austera, competente e séria.
Deve pensar que ninguém se lembra do "caso Preto".
Deve pensar que ninguém se lembra do desastre que foi como Ministra das Finanças de Fujão Barroso, do défice a caminho dos 6% e aumento do desemprego.
Deve pensar que ninguém se lembra do desastre que foi como Ministra das Educação de Cavaco, o tal que foi Primeiro Ministro durante dez anos, e que agora se espanta com a juventude que nasceu sob o seu consulado...

Será Manuela Ferreira Leite o homem certo para o PSD? Claro que sim, afinal, é talvez a única maneira de Sócrates conseguir renovar a maioria absoluta...

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Entrada de leoa... Como sairá?...

Na mesma altura em que algumas ministras de Zapatero posavam para a Vogue vestindo roupas luxuosas, a ministra da Defesa impedia os seus funcionários de acederem a sítios da internet de natureza desportiva e ociosa (onde se incluem os blogues, claro...).
Sendo uma medida claramente anti-masculina (para não levantar suspeitas bastaria restringir o acesso a sítios não relacionados com a actividade profissional), resta saber a ministra inclui no "ócio" os sítios de culinária, estética, decoração, ou vestuário, como por exemplo o utilizado pelas suas colegas de Governo...

Las Zapateronettes

O momento da noite informativa

Não, não foi a lagrima no canto do olho de Menezes. Muito melhor:
"Há instantes, Pedro Santana Lopes saiu da sala para ir à casa de banho"; Pedro Mourinho dixit, sic noticias.

Entretanto…, parece que o (PPD/)PSD vai escolher o mais famoso cadáver político deste velho Oeste para candidato a líder. Sócrates pode continuar a dormir descansado.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Alberto João Jardim, agora ou nunca

Na passada segunda-feira Alberto João Jardim posicionou-se e foi claro. Se a Direita quer vencer Sócrates em 2009 terá de se entender e unir. Há projecto. Falta líder.
Por muito que custe às elites de Lisboa e arredores, só existe um homem com possibilidades reais de levar essa empresa avante. Só o criador poderá animar a criatura.
Alberto João Jardim é o único (para já putativo) candidato a líder do PSD com reais possibilidades de devolver o poder ao centro-direita.
Vejamos: Passos Coelho apenas se posiciona, não tem reais hipóteses. Manuela Ferreira Leite é mais odiada por parte significativa do eleitorado do que o próprio Sócrates. Os outros dois candidatos estão lá apenas para a fotografia. Falta a ala populista do PPD/PSD. Menezes parece definitivamente moribundo (actualização: a saída emocionada a meio do conclave social democrata não deixa margem para qualquer duvida), Santana Lopes é um cadáver político. Quem mais se não Alberto João Jardim para unir a direita e assaltar São Bento? Aliás, as famosas bases (coisas estranha que parece só existir no PSD) já compreenderam isso mesmo.
Gostava de ser mosca e voar até à sala onde decorre o Conselho Nacional. A noite de hoje deverá ser clarificadora.

Apenas mais uma nota: esta poderá ser a ultima hipótese para Alberto João Jardim abandonar de vez a sombra de pequeno líder regional e jogar a sua sorte numa eleição nacional. E como todos sabemos, a sorte protege os audazes.

O Primeiro-ministro que Portugal merece

Este, este e este não é o Primeiro-ministro que Portugal precisa, Sofia. Mas sim o Primeiro-ministro que Portugal merece.

Porque é Abril IV (ou também: "Há Liberdade")

O que têm em comum os surfistas Pedro Soares Lourenço e Nuno Cunha Rolo por um lado, e a "marcha do MFA" por outro?
Pois é, aquilo que a malta conhece por "marcha do MFA" chama-se na verdade "A Life on the Ocean Wave"... uma vida nas ondas do mar! Um tema adequadíssimo aos outros dois arcadianos...
Aqui fica a música:




Porque é Abril III

O anúncio, ontem, das propostas do Governo para a alteração do Código do Trabalho, vêm na melhor altura: Abril.
Isto porque configuram uma resposta firme à precarização do trabalho, respondem à altura ao mito da "rigidez" do nosso mercado laboral, e - mais importante ainda - dão um sinal às empresas que se comportam como gafanhotos sociais...

Porque é Abril II

Os comunistas (que nunca quiseram um regime democrático para Portugal, como todos sabemos), condenaram a data da ratificação parlamentar do novo tratado europeu por ser muito próxima "do" 25 de Abril. Julgaram-na pelo "crime" de provocação.
A lógica comunista é esta:
É provocação ratificar um tratado no Parlamento e não por referendo popular, por alturas em que se assinala mais um aniversário de um golpe militar.

Porque é Abril

A comemoração do 25 de Abril começa a assemelhar-se com o Natal e com a Páscoa. Começa-se a falar nisso umas semanas antes e, chegados à data propriamente dita, parece que já passou.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Campo Contra Campo (CXII)

Anda "no ar" muito e bom cinema. Antes da overdose IndieLisboa 2008, duas curtas notas sobre dois filmes muito bons.

Michael Clayton - Uma Questão de Consciência, ****

Ainda bem que ao fim de quase dois meses, contrariando uma tendência recente para escorraçar rapidamente e em força os filmes das salas, Michael Clayton ainda está em exibição. Seria redutor escrever que este filme vale pelos derradeiros dez minutos. Desde logo porque esses dez minutos sem os demais cento e dez nem sequer faziam qualquer sentido. Mas, são aquelas duas cambalhotas (para a frente e para a frente) que modificam a face da obra do estreante Tony Gilroy. Dez em cento e vinte que nos conduzem do aborrecimento à excitação, da previsibilidade ao espanto. Isto é cinema.

Corações, ***

É Resnais é quase obra prima, parece induzir a critica do costume. Pois, mas não é. Resnais é Resnais, um formalista obcecado. E isso em cinema, como noutras artes da vida, é mais do que uma virtude; pode ser um dom. Todavia, formalismo não basta para dourar uma historia de gente aborrecida com problemas por resolver (gente normal, portanto) que por acaso se cruza nas esquinas da vida (onde é que já vimos isto em cinema….?).

Dorme descansado, "Orelhas", que um dia se descermos de divisão também ninguém morrerá por isso

Ninguém morre se não formos à Liga dos Campeões

domingo, 20 de abril de 2008

sábado, 19 de abril de 2008

Parada e resposta

Perguntaram-me hoje:
«- Então, os teus amigos sportinguistas têm gozado muito contigo?»
E eu respondi:
«- Não... é que eles são também do PSD...»

sexta-feira, 18 de abril de 2008

A fantochada ainda agora começou

Parece patético e é mesmo.
A rábula da saída de Menezes e sua respectiva sucessão vai animar as hostes durante as próximas semanas. Apenas por uma razão: tudo isto é mesmo muito divertido (basta espreitar, por exemplo aqui).
A mim, que tenho acompanhado os dias do PSD de muito longe, varias coisas me parecem, ainda assim, evidentes.
Parece me evidente que Menezes como líder da oposição simplesmente não existiu.
Parece me evidente que caso o PSD queira perpetuar esta não existência, então deve insistir em Menezes. O PS agradece e Sócrates terá nova maioria asseguradíssima.
Parece-me ainda evidente que os muitos críticos (alguns grosseiros, outros arrogantes, outros ainda profissionais) limitaram a sua acção à crítica. Não há plano, não há estratégia, falam por falar, unicamente para não permanecerem calados.
Parece-me, enfim, evidente (e este é porventura o aspecto mais melodramático) o vazio de alternativa credível, fiel, profissional, séria, eficaz ao grupo de bandoleiros que Menezes comanda.
Numa palavra, tenho de concordar com os defensores daquela ideia estranha que aponta o fim do PSD como o conhecemos até há pouco tempo. Seriamente, não há tempo a perder com a sucessão de Menezes na liderança do PSD, mas sim com a sucessão do próprio PSD.

Adenda: Curioso. De facto esta coisa das “labels” serve para muito mais do que se possa pensar. Reparo agora, clicando aqui que até hoje escrevi apenas dois textos que mereceram ser cotados com a expressão “menezes”. Um quando o individuo foi eleito e outro quando diz que se vai embora. Elucidativo.

Não era esse, era o outro

Já há uns tempos que deixei de comentar política aqui no blogue. Porquê? Simples, para quê?
Essa gente a que chamam "políticos" insiste em tratar o povinho (que deixou de ser Zé com o Cavaquismo) como uma turba de mentecaptos. Sublinhe-se que grande parte do rebanho esforça-se em comportar-se como tal e parte grande da outra que resta gosta de se fazer passar como tal. Assim, estão bem uns para os outros. Ninguém se aborrece. Muito.
Luís Filipe, o Menezes, diz que se vai embora mas toda a gente sabe que é mentira. Foi só ali e já volta. Não tem problema. Um país tem a oposição que merece.
Mas o que pelo menos seis milhões de portugueses queriam que tivesse acontecido hoje, não era o pedido de demissão de Luís Filipe, o Menezes, mas sim o pedido de demissão de Luís Filipe, o Vieira. O Vieira, tal como o mexilhão, está agarrado à rocha; como o Luís, o Menezes, à possibilidade de um dia o poder lhe cair (de podre) nas mandíbulas.
O Luís Filipe, o Menezes e o Vieira, têm muito mais em comum do que possa parecer: Menezes, sabe mais do que aparenta; Vieira, esconde mais do que parece.
Sucede que o PSD é um mero - cada vez mais insignificante - partido político; Enquanto o Benfica é um estado de alma.
Já viram uma manif na Lapa a pedir a cabeça de algum líder do PSD?
Na Luz, no próximo sábado, poderão ver uma manif a pedir a cabeça do líder do Benfica!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

O Serviço Público da meia-noite e quarenta de domingo que já é segunda-feira

Por mim, o serviço público de rádio e televisão já tinha encerrado há muitos anos, com a devida e justa indemnização paga a quem lá trabalha. Aliás, se fosse eu que mandasse encerrava toda aquela tralha hoje mesmo.

É obvio que quando quero sei ser um grande mentiroso. Eu também li Maquiavel e sei muito bem que se mandasse a única coisa que faria era tentar, com jeitinho, reforçar esse bonito serviço e pô-lo ao dispor não do público mas sim da minha eternização no poder. Afinal, é o que todos os governos têm tentado fazer desde que existe serviço público de rádio e televisão. Por isso é que o dito serviço é o que é.

Vem esta lenga-lenga toda a propósito da nova rubrica cinematográfica da RTP 1, aos domingos, pela meia-noite e quarenta. Chama-se “Cinema Europa” e promete bom e recente cinema do Velho Continente. Curiosamente, nas duas primeira sessões ofereceram-nos dois filmes dos muitos que me vão escapando no grande ecrã. Na semana passada passou Lady Chatterley (****), um soberbo filme de Pascale Ferran baseado na novela de D. W. Lawrence, que conta a improvável paixão da patroa pelo Couteiro da sua propriedade. Esta semana passou o medíocre Klimt (*) realizado por Raoul Ruiz e produzido por Paulo Branco.

Este não é um post sobre os filmes em si ou sequer sobre a sua escolha. A questão aqui é muito simples: quem é que tem tempo e/ou pachorra para assistir a cinema que obriga a mais do que um simples “ver e escutar” na madrugada de um domingo para uma segunda-feira?

Lá que o serviço público de rádio e televisão seja usado (e abusado) para reforçar o poder eu até compreendo. Agora que gozem desta forma com o pobrezito do contribuinte, oferecendo o que devia ser oferecido em horário nobre a horas irresponsáveis, só para sublinhar “vejam, aqui está o serviço público” é que não posso de todo aceitar.

Mas a malta quer lá saber destas coisas para alguma coisa...

terça-feira, 15 de abril de 2008

Ainda sobre Californication

Adorei a sádica crueza do episódio piloto exibido ontem na RTP 2 e começo a compreender o hype que vai por essa Rede fora quanto ao “enlatado” norte-americano. De facto, este não parece ser um “enlatado” qualquer. Em Californication não há ficção que se faz passar por realidade, não há criancinhas a brincar aos médicos nem aos ajudantes de polícia e muito menos há gente crescida a brincar aos namorados. Em Californication há ficção, ponto. Como diz João Lopes, "Californication é (…) por certo um dos objectos mais brilhantes recentemente gerado pela ficção televisiva norte-americana (…). Como se prova, a televisão não tem que ser estúpida nem pueril. De vez em quando, é bom que alguém trate os espectadores adultos como... adultos (…)".

Dizem que estes vão ser grandes em 2008 (XIII)

É inegável. A música portuguesa vive neste ano de 2008 uma revitalização algo inesperada. Ontem foram os Dead Combo (Tó Trips e Pedo Gonçalves) que lançaram o seu novo disco, “Lusitânia Playboys”. O soberbo vídeo do primeiro single é assinado por Alexandre Azinheira. Silêncio, que se vão tocar cordas...

Putos A Roubar Maçãs

segunda-feira, 14 de abril de 2008

O Serviço Público das onze e dez da noite à segunda feira

EXTRA, EXTRA!!!

"Californication" estreia já daqui a pouco na 2:; oppps enganei-me, na RTP 2.
Depois não digam que não foram avisados, sim!

A verdadeira face do comunismo

O Almirante Rosa Coutinho disse um dia:
"Após a última reunião secreta que tivemos com os camaradas do PCP, resolvemos aconselhar-vos a dar execução imediata à segunda fase do plano. Não dizia Fanon que o complexo de inferioridade só se vence matando o colonizador? Camarada Agostinho Neto, dá, por isso, instruções secretas aos militantes do MPLA para aterrorizarem por todos os meios os brancos, matando, pilhando e incendiando, a fim de provocar a sua debandada de Angola. Sede cruéis sobretudo com as crianças, as mulheres e os velhos para desanimar os mais corajosos. Tão arreigados estão à terra esses cães exploradores brancos que só o terror os fará fugir. A FNLA e a UNITA deixarão assim de contar com o apoio dos brancos, de seus capitais e da sua experiência militar. Desenraízem-nos de tal maneira que com a queda dos brancos se arruíne toda a estrutura capitalista e se possa instaurar a nova sociedade socialista ou pelo menos se dificulte a reconstrução daquela".
"Holocausto em Angola", citado por António Barreto no Público de ontem, 13 de Abril de 2008

Campo Contra Campo (CXI)

Stellet Licht, Luz Silenciosa, ****

Até hoje, o nome do cineasta mexicano Carlos Reygadas era-me totalmente desconhecido. Agora, duvido que algum dia o esqueça. Não vi "Japon", nem "Batalla en el cielo" (anteriores obras de Reygadas) que dizem os escribas ter dividido o coração do público. Consta que uns amam, outros odeiam, o realizador mexicano. Ora que novidade…
Em duas linhas, "Luz Silenciosa" segue na sombra de um agricultor da região de Chihuahua no Norte do México, profundamente crente, inserido numa comunidade Menonita (protestantismo ortodoxo - se é que a expressão faz algum sentido), pai de família com seis filhos a seu cargo que se apaixona por uma outra mulher. Das tensões e contradições desta historia (aparentemente) simples faz-se um filme notável que fica a "centímetros" de ser uma obra-prima.
Mas não é fácil entrar em "Luz Silenciosa". Habituado a trabalhar depressa demais, o nosso cérebro tem dificuldade em dar espaço aos sentidos. Na primeira metade do filme, não é a câmara que vai ao encontro da acção. A câmara fica e a caravana passa; sublime. Depois, o espectador fica preso ao silêncio da luz quente. E recorda-se das obras maiores de mestres como Terence Mallick, Lars Von Trier, Abbas Kiarostami, mas, sobretudo, desse gigante que por cá poucos conhecem: Carl Theodor Dreyer. Reygadas não esconde que os ama. Nem tem de esconder. Alias é do sumptuoso "Ordet" de Dryer (provavelmente o filme mais maravilhoso que já vi) que a Luz de Reygadas emana.
Apenas mais uma nota só: quebrado uma "regra" desta minha serie, escolho como imagem para ilustrar este post o cartaz oficial do filme. Por uma simples razão: na simplicidade daquela imagem tão bem iluminada, estará, provavelmente, a síntese de todo o filme de Reygadas.

[Só mais uma coisa. Não sei se o Pedro Correia já viu este filme. Se não, ouso sugerir que não o perca (não vá o diabo leva-lo rapidamente). Se sim, "exijo-lhe" algumas "fitas cortadas" sobre o mesmo.]

sábado, 12 de abril de 2008

O delírio sofismático

Não percam a crónica do João Miranda no Diário de Notícias: é um exemplo do delírio sofismático dos anarco-liberais.
Defende o João Miranda que a precariedade produz salários mais altos, o que é desmentido pela prática portuguesa... Aliás, a vida demonstra que os liberais são uma espécie de comunistas, e socorrem-se de um discurso cheio de "cientificidade" para tentar convencer os não crentes do paraíso a que só a sua religião conduz...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

A dupla face dos The Gift

Porque é que as expectativas existem? E a perfeição poderá existir? São desde logo questões a mais para um post só, que ainda para mais se pretendia curto.
Ontem foi noite de gala no Coliseu lisboeta: The Gift acompanhados pela Orquestra Metropolitana de Lisboa. Mas não era por aqui que gostava de começar...

Faz hoje quinze dias que os The Gift tocaram na festa do quadragésimo aniversário do Casino do Estoril (foto de rustizinho). A ultima vez que os tinha visto ao vivo, tinha sido no Super Bock Super Rock do ano passado e não me tinham enchido as medidas – ok, do you want something simple?, dessa vez a noite acabou com Arcade Fire. As expectativas eram baixas. Mas o concerto acabou por ser quente e esfuziante de “joie de vivre”. Porque os The Gift adoram o que fazem, mas também porque o seu lado solar electrónico convive cada vez melhor com espaços acanhados e públicos fiéis. E o mestre, como lhe chamou Sónia Tavares, Mário Barreiros (sim, esse, aquele que “fez” o maravilhoso primeiro álbum de Pedro Abrunhosa e os Bandemónio) faz toda a diferença na bateria.

Ontem, tudo foi diferente. Não eram só os The Gift que sonhavam tocar com uma orquestra “à seria”. Os seus fieis adeptos há muito que sonhavam em vê-los dessa forma. Longa se tornou a espera, e é aqui que entroncam as malditas “das”expectativas. Julgo que o segredo dos The Gift é o casamento entre tecnologia e notas acústicas que saem de verdadeiros instrumentos musicais. A música dos The Gift vive da simbiose desse dois elementos: tradição e modernidade, velho e novo, electrões e notas. A música dos The Gift só o é quando presentes os seus yin e yang. O concerto de ontem no Coliseu de Lisboa foi magnífico e grandioso. Os arranjos, fundamentalmente a cargo do genial Nuno Gonçalves, foram do surpreendente (“645”) ao arrepiante (“butterfly”), passando pelo minimal (“music”) e até pelo desconcertante (“ok, do you want something simple?”). Ok, ninguém queira uma noite simples, mas aquilo não são os The Gift porque a electricidade foi reduzida ao menor denominador comum possível.

A perfeição não existe, mas quem quer ser perfeito? Tal como Janus no Olimpo não pode viver sem as suas duas faces, os The Gift não existem sem as suas duas almas. Continuaremos a segui-los de muito perto, pois os The Gift animados pelo pequeno génio do Nuno, o maravilhoso rapaz das sapatilhas prateadas; iluminados pela voz assombrosa da Sónia e guiados pela batida do Mário, são unicamente o melhor projecto musical português em muitos, muitos anos.

[Não posso terminar este post que tanto trabalho e tanto prazer me deu a escrever sem uma nota azeda. Caríssimos de Alcobaça: da próxima vez que queiram oferecer um concerto ao vosso fiel público, por favor não o façam desta forma. Numa sala cheia de bilhetes oferecidos pela CGD, em vez de fans tiveram um banho de multidão protagonizado pela habitual “turma do croquete”. Desde o gerente de conta bimbalhão a Faria de Oliveira passando por ministros com ar de enfado (Teixeira dos Santos não se livrou de umas valentes bocas à saída da festa), ninguém faltou à chamada. E muitos nem sequer evitaram o desagradável bocejo. Que não gostem dos The Gift até compreendo. Mas uma sala cheia de gente apalermada, cuja esmagadora maioria não sabe rigorosamente nada de musica – nem gosta, provavelmente – é coisa que os The Gift não mereciam para o seu sonho.]

Gosto de te ver assim, leãozinho

O Arcádia tem imagens exclusivas do que se passou ontem à noite no campo de bola das traseiras do supermercado Lidl de Alvalade. Ora vejam lá.



…agora a brincar. Este video, premiado pelo You Tube, é provavelmente o melhor momento de "televisão" amadora de todos os tempos. Percam lá sete ou oito minutos das vossas vidas a apreciar o reino animal em toda a sua beleza cruel.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Já agora, trabalhar de borla é que era mesmo bom!

Trichet apela aos sindicatos moderação salarial face a “período prolongado” de “forte inflação”. Isto significa que para o Torquemada das famílias europeias, numa altura em que o petróleo sobe por causa da especulação financeira, numa altura em que os juros sobem por causa da especulação financeira, numa altura em que a inflação sobe por causa da especulação financeira sobre bens essenciais, devem ser as famílias europeias a suportar integralmente os custos, e resignar-se a manter nominalmente os salários no mesmo valor, perdendo estes valor real...
Dêem ao Trichet uma tocha olímpica e mandem-no para Paris!

Que fazer ao futebol?

No mesmo ano em que a Inglaterra consegue - ao mesmo tempo - não estar presente no Campeonato Europeu de Nações e ter três equipas nas meias-finais da Liga dos Campeões, parece que já se está a reflectir sobre o estado do futebol europeu.
É hoje inegável que o futebol produz muito mais receitas que antes do Acórdão Bosman, que permitiu a livre circulação de jogadores no espaço europeu.
Porém, é também inegável que cada vez mais o patamar dos quartos-de-final da Liga dos Campões é reservado a uma dúzia de equipas.
É também inegável que mesmo nesse grupo, apenas uma mão cheia de equipas garante para si própria cada vez maior percentagem dos rendimentos.
O resultado: o definhamento dos campeonatos nacionais extra Inglaterra, Espanha e Itália.
Que fazer?
Impôr tectos salariais? Estes podem ser contornados com "contratos publicitários"...
Limites mínimos de jogadores susceptíveis de jogar nas selecções nacionais? Lá voltariam os casamentos à pressa...
O que fazer?

Apanhar mais depressa um coxo do que um mentiroso

Quem lê blogues sabe que o Pedro Sales do Zero de Conduta é um tipo vivaço, esperto e inteligente. Mas uma coisa sempre me intrigou nos tipos vivaços, espertos e inteligentes, especialmente naqueles que escrevem na blogosfera. Este tipo de tipos, frequentemente embebedados pelas doutrinas que perfilham, metem-se por atalhos. E metem-se em trabalhos.
O Pedro Sales sabe tanto de bolsa como eu de caspa nas unhas. Mas isso não o impediu de apelidar o normal comportamento positivo dos últimos dias da Mota-Engil como “subida em flecha”. Para o “especialista em generalidades” Pedro Sales, aquele movimento não se trata de uma simples recuperação dos mínimos que o papel fez em Janeiro – praticamente todas as cotadas fizeram essa recuperação. Trata-se sim, de terrível manipulação potenciada pela contratação de Jorge Coelho pela construtora.
E a provar que nestas coisas se apanha mais depressa um coxo que um mentiroso, gostava que o “especialista” Sales nos comentasse (com a ajuda do gráfico infra) a escalada da Mota entre meados de Maio e Junho do ano passado quando escalou desde os seis até aos oito euros e meio.

Nota1: No momento em que escrevo este post, a Mota-Engil perde cerca de um por cento para os 5,2 €.
Nota 2: O gráfico supra, embora sirva muito bem para o que quis demonstrar não está actualizado pois data de Janeiro último, sendo da responsabilidade de Ulisses Pereira, moderador do excelente Forum Caldeirão de Bolsa – leitura que se recomenda não apenas a Pedro Sales mas a todos os vivaços vermelhos e coxos desta vida.

Laicidade

Continua a haver muita confusão sobre a laicidade. Neste particular, a Igreja portuguesa continua (não sei se de propósito, se por inabilidade comunicativa) a lançar alertas contra a laicidade do Estado. Convém esclarecer: laicidade significa - pura e simplesmente - a separação e independência entre Estado e Religiões. Sejam elas quais forem.
O Estado não tem de ser hospedeiro de qualquer religião, por mais dominante que seja na sociedade, porque a religião é sempre uma escolha individual.

A flexibilidade real do mercado laboral português

Já antes o tínhamos referido aqui no Arcádia: o trabalho precário em Portugal é muito elevado. Aqui conta-se os contratos a prazo, os falsos recibos verdes e o trabalho temporário, expedientes utilizados pelos empregadores para roubar aos portugueses as contribuições devidas à Segurança Social e para conseguir -artificialmente- melhores resultados da sua gestão.
Claro que há sempre quem diga que a precariedade é a única saída que os empresários têm para combater a rigidez legal. Só que, atingindo a precariedade quase dois milhões de trabalhadores portugueses, a rigidez transmuta-se em mito, e além do mais, é difícil aceitar essa justificação do crime social: não se trata propriamente de um Jean Valjean colectivo a roubar pão para a família faminta...
Por tudo isto, é uma boa notícia que o Governo se prepare para combater essas novas formas de servidão, e que a Assembleia da República discuta o assunto.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

ExpoSub Portugal 2008

Mergulhar, para mim, só por debaixo das ondas. Mas há quem goste de ir mais fundo. Tenho alguns amigos que adoram o deporto e não perdem tempo a encher-me de invejinha com as suas belas fotos subaquáticas. De um deles recebo um mail que me pede a divulgação da ExpoSub Portugal 2008. Porque os blogues também servem para estas coisas, aqui fica o convite…

Contando a história desde o seu inicio: …em 2001, um grupo de amigos praticantes de mergulho recreativo resolveu criar um fórum de discussão sobre a sua modalidade na Rede. Nuno Gil, o seu criador, despoletou assim um dos maiores fenómenos nacionais de fóruns virtuais no nosso país, actualmente com mais de 6500 utilizadores activos e 4 milhões de “cliques” mensais. Tanta actividade já serviu de base para a criação de uma associação sem fins lucrativos para a dinamização do mergulho “APDM”, e a organização de inúmeros eventos entre os quais contam-se quatro concursos internacionais de fotografia subaquática e a realização da Exposub, o 1º salão internacional de actividades subaquáticas em 2006. Dado o grande sucesso deste certame, está a ser organizado para os próximos dias 18 a 20 de Abril, no Montijo, a 2ª edição da Exposub que de entre diversas actividades contará como o 1º Festival de Vídeo Subaquático Nacional.

Dizem que estes vão ser grandes em 2008 (XII)

...porque não me canso de ouvir a Rita.

Hey Tom

terça-feira, 8 de abril de 2008

Só se a sentença já estiver escrita...

Trinta e seis "skinheads" começaram hoje a ser julgados no Tribunal de Monsanto, em Lisboa, naquele que promete ser o mais rápido julgamento em Portugal. Concluir o processo em duas semanas será o objectivo do Tribunal.

Seis vezes seis são trinta e seis, não é?

Um destes dias, lia por ai algures na blogosfera, uma história idêntica à que irei contar hoje. Queixava-se esse escriba que o que lhe tinha acontecido seria um bom retrato do estado a que chegou a educação em Portugal. Na altura achei o escrito algo inflacionado e inflamado, mas nada como as coisas nos acontecerem a nós mesmos.

Ontem, após o rally das prateleiras durante as compras do mês, no momento de pagar, a menina anafada da caixa pergunta-me com ar alienígena se seis vezes seis são trinta e seis. Meio embasbacado, respondi com um sorriso que não senhora, seis vezes seis serão pelo menos trezentos e setenta e quatro mil e noventa e três. Ao que recebi como resposta um ar de enfado e as palavras, “oh, é não é? é que esta minha máquina de calcular está meia-marada”; tal e qual.

Não sei se episódios como este são ilustrativos da qualidade da educação ou do grau de iliteracia de um povo. Mas quais as esperanças num futuro recheado de qualidade de vida que um jovem adulto pode ter se não sabe fazer a mais simples operação matemática? E sendo um país, entre outras coisas mais, o produto de um povo, qual o futuro para um Portugal assim tão…, ignorante, abrutalhado, embrutecido e adormecido?

Vá, encostem-no à parede!!!

Ao contrário da Reserva Federal norte-americana, que na sequência da crise no mercado hipotecário enveredou por uma política agressiva de cortes nos juros que fez baixar a principal taxa de referência de 5,25 para 2,25%, o BCE optou por manter as taxas em 4%, o valor máximo de seis anos, para não correr o risco de alimentar as pressões inflacionistas.
Não obstante confrontar-se com uma inflação elevada, o "forte" abrandamento das taxas de crescimento fazem com que "o BCE possa agora acomodar alguma flexibilização da sua política" monetária. O conselho é do Fundo Monetário Internacional que considera que o BCE, encurralado no dilema de alta inflação e baixo crescimento, deve pôr a política de fixação de taxas de juro primordialmente a serviço do crescimento económico, ponderando uma descida.

Cheira-me a sucesso móvel... aposte-se!

"I'm Not Gonna Teach Your Boyfriend How To Dance With You" (single estreia 2008) - Black Kids

melocádias actualizado

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Tocha Olímpica

Será que os militantes de extrema esquerda, que tentaram impedir o percurso da Tocha Olímpica em Londres e Paris, percebem que a Tocha é Olímpica e não Chinesa?
Será que os manifestantes ingleses fariam o mesmo se os Jogos Olímpicos fossem em Londres?
É que há questões em aberto no Reino Unido, como a da Irlanda do Norte ou a da Escócia...
Será que os manifestantes franceses fariam o mesmo se os Jogos Olímpicos fossem em França?
É que há questões em aberto em França, como a da Córsega ou a da Bretanha...
Enfim, tontices de gente que anda sempre à busca de uma causa chique para defender e esquecer quando a mesma sai das luzes da ribalta...

Dizem que estes vão ser grandes em 2008 (XI)





O Público num dos último Ípsilon diz que ela tem pinta de “rapariga de rua mas vaidosa e orgulhosa da imagem, que sabe os truques dos mitras, que dá chicotada no namorado mas depois sabe dar mimo”. Huuuuuumm, digo eu.
Meninas e meninos preparem-se para a explosão r’n’b-electro-minimal em português: Dama Bete, “Cala*Te”.

domingo, 6 de abril de 2008

Campo Contra Campo (CX) no country

No Country for Old Men - Este País não é para Velhos, ***

Então é isto que Hollywood considera o melhor filme do ano?!
Sem me alongar muito, vi "Este País não é para Velhos" como um filme quase apalermado, a espaços aborrecido, desequilibrado, onde uma meia dúzia de planos bem imaginados e melhor executados (a que se junta uma interpretação prefeita de Tommy Lee Jones e outra quase lá de Javier Bardem) não apaga a banalidade da violência e a saloiada da previsibilidade.
Os mais iludidos e imaginativos dizem ver ali Tarantino. Miopes: em Tarantino, seriamente, brinca-se a serio; os manos Coen limitam-se a seriamente tentar fazer uma coisa seria que resulta numa brincadeira que a espaços chega a roçar o patético.
O espantoso em tudo isto, é que a malta de hoje acha estas coisas muito giras e elevam filmes assim, que há um par de décadas não passariam de fitas de Serie B a passar em esconsos cinemas de bairro, a obras maiores do cinema.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

No me gusta Mickey

Mickey-Chávez indigna Venezuela Para alguns é só uma foto divertida, uma picardia ou um deslize. Para os "chavistas" é "um plano do Império norte-americano, da CIA e dos accionistas 'oligarcas' da Reuters"... (Público)
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N MÚSICAS L

Uma boa descoberta. Foi hoje. Com tantos deveres e afazeres, sucessivamente por cumprir, tornam-se pequenas maravilhas da arte do escape das manhãs de pouca dormida.

Jeremy Fisher


"Fall for anything"

quinta-feira, 3 de abril de 2008

terceira travessia do Tejo

Não é o facto de haver muitas pontes em Lisboa que a tornará feia.
Não é o facto de haver muitas pontes em Lisboa que tornará o Mar da Palha feio.
As pontes permitem viver o rio, tornam possível conhecê-lo, e tenho pena que o rio seja demasiado largo para que se atravesse as pontes a pé.
Por fim, o problema da cidade não as pontes e restantes vias radiais.
O problema é o facto de viverem 500.000 pessoas em Lisboa, quando há 30 anos viviam mais de 800.000...
Já imaginaram menos 300.000 a fazer movimentos pendulares, simplesmente por já estarem dentro da cidade?

Foi você que encontrou a nova Lei Orgânica da PJ? (II)

Esta é a história de uma verdadeira saga proporcionada por uma das principais características da Internet: a prevalência.

Por pouco ia perdendo a conta aos postais que já escrevi sobre o tema. Vejamos:
A 3 de Abril de 2006 – faz hoje precisamente dois anos – Alberto Costa, Ministro da Justiça, dizia “em Aveiro, que até Junho a Polícia Judiciária (PJ) teria uma nova lei orgânica (...)”. A notícia prevalece ainda hoje na Rede e pode ser lida aqui (link).
A 5 de Julho de 2006, aqui no Arcádia, eu chamaria pela primeira vez mentiroso ao Ministro Costa por não ter cumprido a sua promessa que fora, inclusive, televisionada (link).
A 23 de Novembro de 2006, de novo aqui no Arcádia, eu recuperava o assunto apelidando desta vez o Ministro Costa de muito mentiroso (link).
A 9 de Abril de 2007, voltaria de novo à carga aqui no Arcádia. Desta vez questionava porque raio a blogosfera (já que as outras esferas da comunicação parecem dormir sobre estes assuntos) nunca pegou no caso? Disse e repito: “Por muito menos que isto já vi a blogosfera fazer muito barulho!” (link).

Hoje, dia 3 de Abril de 2008, soube-se pela edição impressa do Público (há aqui uma noticia parecida na RTP) que a Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais adiou para a próxima quarta-feira a votação na especialidade da proposta de lei destinada a aprovar a Lei Orgânica da Polícia Judiciária, devido a problemas técnico-jurídicos.
E que problemas são esses? O PS defende que se deverá manter em vigor uma parte substancial da actual lei orgânica, que diz respeito às carreiras e ao estatuto dos agentes daquele órgão, enquanto o PSD propõe que se deve transportar para a nova lei toda essa parte da lei na qual o Governo não pretende mexer. Traduzindo em miúdos, o PS sustenta que pela primeira vez na ordem jurídico-constitucional portuguesa vigorem ao mesmo tempo duas Leis Orgânicas.

Terei sido bem claro?
Perdoem-me mas estou sem energia para mais comentários. Muito menos tenho pachorra para ofender que não é digno sequer de andar com a cabeça entre os ombros. Renovo no entanto o meu espanto: Porque será que a blogosfera que tanto barulho faz por trapalhadas bem menores nunca pegou neste verdadeiro caso de polícia?

Arredondamentos

Se a ANACOM entende que a lei que proíbe o arredondamento para cima nos preços das telecomunicações é complexa, não conseguindo por isso, num mês, compreendê-la para fazê-la cumprir, por que razão o Governo entende que os operadores são obrigados a cumpri-la nesse prazo?

quarta-feira, 2 de abril de 2008

VAMOS INVADIR O WC - Bilhetes para o derby já à venda

Desta vez nenhuma desculpa será aceite.
O Benfica tem direito a 35% da lotação do campo de bola que há dentro do centro comercial alvalixo para o próximo embate de dia 16 de Abril. São quinze mil bilhetes que já estão à venda nas bilheteiras da Luz. Isto significa que pelo menos todo o topo norte do wc será nosso, o que levará algumas claques da lagartada a serem reposicionadas – merda de campo da bola esse, que quando lá vai um grande jogar têm de remover os seus.
Repito e repetirei as vezes que forem necessárias: desta vez nenhuma desculpa será aceite.
Por uma vez na vida, provem os adeptos ditos normais do clube da águia se estão ou não ao nível da grandeza dos adeptos dos grupos organizados do nosso querido clube.
Se os Benfiquistas querem comemorar um título esta época, têm de vencer duas finais: a meia e a propriamente dita. Se os Benfiquistas querem comemorar um título esta época é agora que têm de acompanhar e apoiar incansavelmente o seu clube.
Desta vez nenhuma desculpa será aceite. Invasão ao WC, já!

Onde é que se compra uma corda?

Artigo 308.º (Código Penal)
Traição à Pátria
Aquele que, por meio de usurpação ou abuso de funções de soberania:
a) Tentar separar da Mãe-Pátria ou entregar a país estrangeiro ou submeter à soberania estrangeira todo o território português ou parte dele; ou
b) Ofender ou puser em perigo a independência do País;
é punido com pena de prisão de 10 a 20 anos.

Estas declarações foram proferidas por Rui Alves, presidente de um clube de futebol da região autónoma da Madeira.

Rui Alves, o merdas

Compromisso Borges

O episódio António Borges vs. Manuel Pinho revela, mais do que uma alegada birra, o verdadeiro liberalismo de Borges: o Estado deve ser mínimo excepto no que respeita aos contratos que tem com a nossa empresa...

Campo Contra Campo (CIX)

A Place in the Sun - Um Lugar ao Sol, 1951 - *****

Ultimamente, tenho tentado fugir do cinema contemporâneo de Hollywood como o diabo foge da cruz. Mas como o diabo muito bem deve saber, nem sempre é fácil fugir à tentação do "fruto proibido".
Este era para ser um comentário ao grande vencedor da edição dos Oscares deste ano, que como todos sabem foi o filme dos irmãos Coen "Este País não é para Velhos". A seu tempo, lá iremos.
Entre os quatro Oscares que "Um Lugar ao Sol" venceu em 1951 (um período que alguns na blogosfera consideram ser o melhor da historia do cinema), contava-se o de melhor realizador para George Stevens. Não sei se foi um prémio justo. Sei sim, que estamos perante uma obra superior. "A Place in the Sun" traz para o grande ecrã o romance de Theodor Dreiser, "An American Tragedy", e conta a dramática historia de um jovem, com uma estampa extraordinária (Montogomery Clift no papel de George Eastman), que ao chegar da província para trabalhar na fabrica do Tio se apaixona perdidamente (perdidamente é perdidamente) por uma menina de "boas famílias", a bela e jovem diva Elizabeht Taylor (Angela Vickers).
"Um Lugar ao Sol" é um melodrama grandioso que prende o espectador muito para lá do final da sessão. Nunca saberemos onde residirá a verdade do desfecho dramático, deixando o realizador à consciência (moral?) do espectador o verdadeiro papel de jurado no julgamento da morte que marca o enredo. Digo morte, pois não sei (não saberemos, nunca) se houve crime e como tal lugar a castigo - reparem (reparei ao reler) que atras sublinhei que George se apaixonou "perdidamente" por Angela; sem querer acabo ali por me ter sentado na bancada do júri que ditou o destino do pobre George.
Ver este clássico conduz ainda à seguinte curiosidade: Woody Allen sabia bem o que estava a filmar quando fez o recente "Match Point". As semelhanças com "A Place in the Sun" não são apenas no desenrolar da fita. O som da bola e a mesa de ping-pong, terreno do primeiro encontro dos futuros amantes no filme do mestre é "trocada" em "Um Lugar ao Sol" pelo som das tacadas e pelo pano, que sabemos verde, da mesa de bilhar.
No cinema, meus caros, até naquelas que consideramos as obras primas actuais, quase tudo já nos chega como glosa. E será esta ideia que nos levará, num próximo post, até "Este País não é para Velhos", aquele que arrebatou os Oscares para melhor filme e melhor realização do ano Hollywodesco.

terça-feira, 1 de abril de 2008

A professora, o telemóvel e a aluna (III)

Como as coisas não são a preto e branco:
«A professora tinha perdido o teste de uma colega nossa e nessa última aula ela estava a repeti-lo. A "stôra" disse que por causa disso, e excepcionalmente, podíamos usar os telemóveis», conta uma outra aluna. «A "stôra" disse que podíamos usar o telemóvel sem que perturbássemos muito a aula».

O liberal, o gato e a Câmara

Os liberais são assim: defendem uma intervenção estatal mínima e a tender para o zero. Porém, quando há um problema à porta, não ousam resolvê-lo: pedem ao Estado que o faça.
No blogue da revista Atlântico, o Henrique Raposo escreve:

Isto anda um trinta e um

Pergunta-se no 31 da Armada, como já se perguntou aqui várias vezes:
"Se em 2002 um barril de petróleo custava 70 dólares, que correspondiam grosso modo a 77 euros e hoje o barril custa 105 dólares que correspondem a 66 euros, como é que se pode dizer que o petróleo subiu de preço?"

Há Liberdade (XCVII)

Provavelmente, nunca como neste momento o título desta série fez tanto sentido.

Via Conversas do Mar, um blogue que suporta o bodyboard e que tal como muitos outros é credor de um maior número de visitas, chego até este soberbo trailer de “Sliding Libéria”.

Na passada edição do IndieLisboa, fiz tudo o que pude para que a organização deste ano acolhesse uma Secção dedicada ao cinema dos desportos de ondas. As minhas tentativas caíram em saco roto, mas recuso a dar-me por vencido. E a dar razão à minha teimosia aqui está o aclamado e multi premiado (como podem confirmar no sitio oficial do filme) “Sliding Libéria”.
“Sliding Libéria”, envia os espíritos espantados e curiosos para as ondas [de contradição] de um dos países mais pobres do mundo. Um país encantador, dizimado pela fúria dos senhores da guerra e pela brutalidade das armas. Mas também um país com pedaços de gente que ainda assim se recusa a esquecer a sua natureza humana. É o que faz o jovem Alfred Lomax. Ora vejam lá se fizerem o favor.



Se gostaram apreciem mais dois trailers do filme aqui e aqui.