sexta-feira, 18 de abril de 2008

A fantochada ainda agora começou

Parece patético e é mesmo.
A rábula da saída de Menezes e sua respectiva sucessão vai animar as hostes durante as próximas semanas. Apenas por uma razão: tudo isto é mesmo muito divertido (basta espreitar, por exemplo aqui).
A mim, que tenho acompanhado os dias do PSD de muito longe, varias coisas me parecem, ainda assim, evidentes.
Parece me evidente que Menezes como líder da oposição simplesmente não existiu.
Parece me evidente que caso o PSD queira perpetuar esta não existência, então deve insistir em Menezes. O PS agradece e Sócrates terá nova maioria asseguradíssima.
Parece-me ainda evidente que os muitos críticos (alguns grosseiros, outros arrogantes, outros ainda profissionais) limitaram a sua acção à crítica. Não há plano, não há estratégia, falam por falar, unicamente para não permanecerem calados.
Parece-me, enfim, evidente (e este é porventura o aspecto mais melodramático) o vazio de alternativa credível, fiel, profissional, séria, eficaz ao grupo de bandoleiros que Menezes comanda.
Numa palavra, tenho de concordar com os defensores daquela ideia estranha que aponta o fim do PSD como o conhecemos até há pouco tempo. Seriamente, não há tempo a perder com a sucessão de Menezes na liderança do PSD, mas sim com a sucessão do próprio PSD.

Adenda: Curioso. De facto esta coisa das “labels” serve para muito mais do que se possa pensar. Reparo agora, clicando aqui que até hoje escrevi apenas dois textos que mereceram ser cotados com a expressão “menezes”. Um quando o individuo foi eleito e outro quando diz que se vai embora. Elucidativo.

Sem comentários: