De 1580 a 1640 Portugal viveu sob o domínio do Rei de Castela. A monarquia dualista dos Filipes, iniciada após as Cortes de Tomar, com a proclamação de Filipe II de Espanha como Rei de Portugal, fez acumular descontentamentos e da freima patriótica dos portugueses resultou a restauração da independência em 1 de Dezembro de 1640.
O tumulto do «Manuelinho» de Évora, em 1637, foi o verdadeiro prenúncio do movimento restaurador. A causa imediata dessas alterações em Évora fora o lançamento de novos impostos. A conspiração de 1640 foi planeada pelos fidalgos D. Antão de Almada, Dom Miguel de Almeida e pelo Dr. João Pinto Ribeiro, não obstante de outros nomes associados que, nesse sábado de 1640 acorreram ao Terreiro do Paço e mataram o secretário de Estado Miguel de Vasconcelos e aprisionaram a duquesa de Mântua, que governava então Portugal em nome de seu primo, Filipe IV de Espanha. O momento fora bem escolhido, porque a Espanha defrontava os problemas advindos da Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) e procurava vencer a revolta da Catalunha.
A 2 de Dezembro de 1640 D. João IV já se dirigia como soberano por carta régia datada de Vila Viçosa, à Câmara de Évora. O caminho a seguir era o da reorganização de todas as forças para o embate que se previa. Assim, resolve criar em 11 de Dezembro o Conselho de Guerra para promover em todos os assuntos relativos ao exército. Vem a seguir a Junta das Fronteiras que haveria de cuidar das fortalezas fronteiriças, da defesa de Lisboa, das guarnições e portos de mar. Dá-se, ainda em Dezembro de 1941, a criação da Tenência para assegurar o artilhamento das fortalezas com o produto das Terças dos concelhos.
Fonte: Wikipédia
PSL
quarta-feira, 30 de novembro de 2005
Hiper-mega-stoked
Ontem vi as previsões e não resisti!
Hoje sai de manhã cedo convicto que finalmente ia ser um bom dia de ondas.
Não foi bom. Foi qualquer coisa para a qual não há outra palavra a não ser esta: perfeito.
O swell certo, as ondas com o tamanho certo, o vento a soprar do quadrante certo. As pranchas na agua na quantidade certa. O céu com a cor certa e a maré com o sentido e valor certos.
Agora..., de volta à "prisão" onde ganho para o pão e para a educação aquela esquerda, aquela direita e a outra também; aquela até ao inside e mais a outra a seguir..., ainda partem no beach break da minha memória e enchem o écran da vida de espuma e felicidade.
É tão bom...
PSL
Hoje sai de manhã cedo convicto que finalmente ia ser um bom dia de ondas.
Não foi bom. Foi qualquer coisa para a qual não há outra palavra a não ser esta: perfeito.
O swell certo, as ondas com o tamanho certo, o vento a soprar do quadrante certo. As pranchas na agua na quantidade certa. O céu com a cor certa e a maré com o sentido e valor certos.
Agora..., de volta à "prisão" onde ganho para o pão e para a educação aquela esquerda, aquela direita e a outra também; aquela até ao inside e mais a outra a seguir..., ainda partem no beach break da minha memória e enchem o écran da vida de espuma e felicidade.
É tão bom...
PSL
ESPUMAS XX
Irrita-me que os ditados populares sejam tão certeiros, dizia James abrindo os seus longos braços esguios ao mesmo tempo que enchia o copo de uísque a Michael. Como é que o povo, tão supostamente estúpido e analfabeto, consegue acertar tanto com os seus centenários ditos?! O segredo está na união que faz a força, ou seja, é através de um conjunto de pessoas unidas por gerações de hábitos e culturas sedimentadas que se forma um provérbio popular, respondia Michael. Talvez, uma espécie de ciência popular, dizes tu. Há, na verdade, ditados certeiros, defendia Michael, e o meu preferido é pela boca morre o peixe. Como as pessoas também. Só que estas, ao contrário dos peixes, não morrem, continuam a viver, e bem vivas; umas, fantasiadamente bem, outras verdadeiramente mal, outras ainda, ou as duas, ou nenhuma. Quanto mais moral é uma pessoa, continuava Michael, menor a necessidade de ditar regras, impor condutas, restringir atitudes, falar sobre isso e o seu comportamento. Agora, o moralista, a pessoa moralista possui um desvio negativo de carácter acentuado, muitoas vezes coberta por uma paranóia destrutiva do seu ambiente social e, inclusive, da sua própria saúde mental. Sem o saber claro, não é Michael? Sim, sem o saber, recordo-me de uma ex-namorada sua a quem se aplicava esta patologia na perfeição, sem o saber claro. Um dia vai saber, Michael. O meu ditado preferido, ao contrário do teu, é mais prosaico; é um ditado que já era o preferido da minha avó e julgo, não tenho a certeza, que já o era por sua vez da mãe da minha avó. E reza o seguinte: «cada um deita-se na cama que faz». Tão verdadeiro, quanto fatalista! Só que não sossega nada, nem ninguém. E pode ser bom e mau! É através do acreditar e do desacreditar, do alinhar e desalinhar, do agir e reagir que fazemos a nossa cama, não é, caro Michael? Cavamos o nosso inferno ou o nosso paraíso! A nossa sepultura ou a nossa felicidade! Vais comer o resto da torrada? Não, James, podes tirar. Então, que malefício vamos nós atribur hoje, desta vez, a este país pequenino e interesseiro, neste pequeno-almoço com vista sobre a cidade ribeirinha? Agora disseste uma boa verdade, James, interesseiro. Portugal é um país com povo, mas nada do povo, pois ninguém quer pertencer a ele. Todos pensam em ter uma 'quint'a, depois proteger a sua 'quinta' e, de preferência, com o mínimo de 'quintas' à sua volta. Achas que este povo é original, Michael? Não, não é, excepto numa coisa: na cultura temerária. É difícil de explicar, mas, apesar de tradicionalmente aventureiro, este povo parece-me que passa a vida com medo. Medo de viver, de amar, de se expressar, de morrer. Medo, medo, medo! Chama-lhe medo ou receio ou temor, também acho que é um pouco de tudo isso! Têm medo de se deitarem na cama que fazem! Ah, ah, boa...Pois, James, é uma mistura explosiva de facto, quando é o interesse pessoal e o medo de algo e dos outros que comandam as pessoas. Diria mais, Michael, o mal de portugal, país lindo e rico, é estar cheio de portugueses!
NCR
NCR
terça-feira, 29 de novembro de 2005
Está a chegar o verdadeiro feriado...
Quadro de Veloso Salgado (1864-1945), representando a aclamação de D. João IV no Terreiro do Paço, tendo o Tejo como fundo, e os chefes da conspiração em frente do novo rei.
Óleo sobre tela, 325 x 285 cm
Museu Militar, Sala Restauração, Lisboa, Portugal
PSL
Há dias assim na blogosfera...
Tristes!
Há pouco menos de um ano, quando decidimos acabar como o ad libitum, vocês (link) protestaram até mais não. Quero retribuir esse protesto elevado à decima potência. Se há coisa estúpida na Blogosfera é um dia clicarmos num dos linkes do nosso blogue e...., darmos com as ventas numa mensagem de despedida. Já não é a primeira..., nem há de ser a ultima vez..., mas não me consigo habituar. É sempre uma sensação estranha e amarga. Habituamo-nos a “ler as pessoas”, a conhece-las através da escrita. Acompanhamos os seus passos. As suas vitorias, os dias aziagos e de repente as pessoas dizem que vão embora. Não é justo!
Um grande abraço a todos vocês! Muita saúde..., e que concretizem todos os sonhos. Todos mesmo.
Já agora. Viva o Benfica. O sol e as Ondas!!!
PSL
Há pouco menos de um ano, quando decidimos acabar como o ad libitum, vocês (link) protestaram até mais não. Quero retribuir esse protesto elevado à decima potência. Se há coisa estúpida na Blogosfera é um dia clicarmos num dos linkes do nosso blogue e...., darmos com as ventas numa mensagem de despedida. Já não é a primeira..., nem há de ser a ultima vez..., mas não me consigo habituar. É sempre uma sensação estranha e amarga. Habituamo-nos a “ler as pessoas”, a conhece-las através da escrita. Acompanhamos os seus passos. As suas vitorias, os dias aziagos e de repente as pessoas dizem que vão embora. Não é justo!
Um grande abraço a todos vocês! Muita saúde..., e que concretizem todos os sonhos. Todos mesmo.
Já agora. Viva o Benfica. O sol e as Ondas!!!
PSL
segunda-feira, 28 de novembro de 2005
Meio caminho andado...
Hoje, os Correios de Portugal, são de longe o pior serviço publico que temos por cá.
Sem querer ser “bota de elástico” a verdade é que dantes ir a uma estação dos correios era um acto quase solene. Havia funcionários bem preparados e profissionais que nos atendiam com prontidão e rigor. Eram tempos que os correios eram isso mesmo, local onde se expediam cartas, documentos e volumes. Um serviço publico no qual tínhamos a máxima confiança e nutríamos enorme respeito.
Hoje as estações de correios são uma verdadeira bandalheira, onde tudo se vende e nenhum serviço digno desse nome se presta. Qual “loja do chinês” de tudo “há” nos CTT: lápis de cor, canetas idiotas, t-shirt´s ranhosas, canecas para o leite, literatura de cordel e toda uma panóplia de objectos inúteis.
No meio de todo este caos organizado, como é evidente o essencial perde-se. Tal como se perdeu uma carta registada que hoje tentei resgatar das mão dos incompetentes.
O resultado é o incomodo que a situação causa, a perca desse precioso bem denominado tempo, uma “carga de chatices”, a paciência que é preciso gastar para aturar gente mentecapta e incompetente.
Hoje “metermo-nos com os correios” é meio caminho andado para o aborrecimento...
PSL
Sem querer ser “bota de elástico” a verdade é que dantes ir a uma estação dos correios era um acto quase solene. Havia funcionários bem preparados e profissionais que nos atendiam com prontidão e rigor. Eram tempos que os correios eram isso mesmo, local onde se expediam cartas, documentos e volumes. Um serviço publico no qual tínhamos a máxima confiança e nutríamos enorme respeito.
Hoje as estações de correios são uma verdadeira bandalheira, onde tudo se vende e nenhum serviço digno desse nome se presta. Qual “loja do chinês” de tudo “há” nos CTT: lápis de cor, canetas idiotas, t-shirt´s ranhosas, canecas para o leite, literatura de cordel e toda uma panóplia de objectos inúteis.
No meio de todo este caos organizado, como é evidente o essencial perde-se. Tal como se perdeu uma carta registada que hoje tentei resgatar das mão dos incompetentes.
O resultado é o incomodo que a situação causa, a perca desse precioso bem denominado tempo, uma “carga de chatices”, a paciência que é preciso gastar para aturar gente mentecapta e incompetente.
Hoje “metermo-nos com os correios” é meio caminho andado para o aborrecimento...
PSL
Viva a República!!!
Este sim é o candidato a candidato que Portugal merece.
PSL
PSL
Amar é não ter que pedir...
...a frase que mais ouvi hoje de manhã, decorrida da apresentação na Radar de um novo filme francês. Boa frase, mas má para se ouvir logo pela matina. Sobretudo porque faz pensar, e normalmente pensar à hora do cantar dos galos dá mau resultado. Todavia, de certa forma esta frase obrigou-me a pensar. A princípio gostei e até concordei com ela, pelo menos durante vários longos minutos. A final, como agora, tinha muitas dúvidas. E as perguntas, como já é patológico, vieram em catadupa. E se para quem ama, pelo menos para uma delas, o pedido é condição desse Amor? Será menos Amor? O amor não começa sempre com um pedido? Quando se ama e não se tem vontade de amar, por medo, sofrimento, insegurança, deverá haver um pedido para se amar? E quando se desconfia incessantemente desse amor, não é ususal ao desconfiado exigir esse pedido? E a verdade, essa maldita arma do desamor! Não começará a fazer alguns estragos, questionando o amor, o amar, o pedido? E será verdadeiro o amor de ambos os amantes? Terá que ser igual? Será que pede-se cada vez mais porque as pessoas enganam outras, por vezes durante meses e meses? Ou porque que há interesses superiores como o dinheiro, a influência familiar, a defesa contra os problemas emocionais e de desequilíbrio interior, a ilusória ultrapassagem de amor pelo amor, a defesa contra si própria?
Amar é, de facto, não ter que pedir, por muito que não custe pedir quando se ama profunda e verdadeiramente. Mas pedir é, também, amar. Sobretudo, pedir perdão. O pedido dos pedidos. Pedir perdão e saber perdoar são os dois pratos de uma balança a quem muitos chamam amor. Até na desilusão. Até na traição. Amar é, assim, mais do que não ter que pedir... como em tudo que dependa da imperfeição.
NCR
Amar é, de facto, não ter que pedir, por muito que não custe pedir quando se ama profunda e verdadeiramente. Mas pedir é, também, amar. Sobretudo, pedir perdão. O pedido dos pedidos. Pedir perdão e saber perdoar são os dois pratos de uma balança a quem muitos chamam amor. Até na desilusão. Até na traição. Amar é, assim, mais do que não ter que pedir... como em tudo que dependa da imperfeição.
NCR
sábado, 26 de novembro de 2005
Expresso da Meia Noite
Repete hoje às 16H. Tema: As "malvadas" das escutas telefónicas.
Painel: Mª. José Morgado, Paulo da Mata, Nuno Magalhães e Sofia Pinto Coelho.
É um painel giro, pois é. E um tema ainda melhor.
Vale a pena ver - eu já vi mas vou ver melhor. Pois varia entre o idiota, o patético e o circense.
É o que dá quando põem pessoas a falar do que não sabem (o único que dá uns "toques" é o Prof. da Faculdade de Direito de Lisboa).
Mas claro se as pessoas só falassem do que sabem…, ninguém diria nada a ninguém.
Agora a serio: Não percam a repetição do programa, hoje às 16h.
PSL
Painel: Mª. José Morgado, Paulo da Mata, Nuno Magalhães e Sofia Pinto Coelho.
É um painel giro, pois é. E um tema ainda melhor.
Vale a pena ver - eu já vi mas vou ver melhor. Pois varia entre o idiota, o patético e o circense.
É o que dá quando põem pessoas a falar do que não sabem (o único que dá uns "toques" é o Prof. da Faculdade de Direito de Lisboa).
Mas claro se as pessoas só falassem do que sabem…, ninguém diria nada a ninguém.
Agora a serio: Não percam a repetição do programa, hoje às 16h.
PSL
sexta-feira, 25 de novembro de 2005
Perfect Day
Como será um dia perfeito?
Será imagem ou será senso?
Será pequeno ou grande?
Será em terra ou no mar?
Será de dia ou de noite?
Será um dia de sol ou de chuva?
Far-se-á de brisa ou de vento?
Estarei presente num dia assim?
Estarei bem?
Estarei sozinho ou acompanhado?
Saberei reconhecer um dia perfeito?
Será luminoso ou invisível?
Há alguma terra dos dias perfeitos?
Será acessível a quem o procura?
Poderei levar alguém?
Precisarei de abrir os braços?
Falará português?
Simplesmente falará?!
Será quente ou frio?
Estará vestido ou nu?
Será fofo como a lã?
E será bébé ou criança?
Será menino da Mamã?
E Hoje, é um dia perfeito?
Se ele aparecesse, lá do mundo do além,
não seria em festa, nem em vão,
dir-lhe-ia, sem grande defeito, mal ou bem,
Bem-vindo, Dia Perfeito! Aparece sempre!
Mas aparece a toda a gente,
porque este é o mundo da imperfeição!
Aqui, a hora é diária, o dia é horário,
o corvo é negro, a mariposa temporária.
Bem-vindo, Dia Perfeito, hoje até está sol!.
NCR
Bom fim-de-semana.
Foi (apenas) há 30 anos...
Manhã de 25 de Novembro
Na sequência de uma decisão do General Morais da Silva, CEMFA, que dias antes tinha mandado passar à disponibilidade cerca de 1000 camaradas de armas de Tancos, paraquedistas da Base Escola de Tancos ocupam o Comando da Região Aérea de Monsanto e seis bases aéreas. Detêm o general Pinho Freire e exigem a demissão de Morais da Silva. Este acto é considerado pelos militares ligados ao Grupo dos Nove como o indício de que poderia estar em preparação um golpe de estado vindo de sectores mais radicais, da esquerda. Esses militares apoiados pelos partidos políticos moderados PS e PPD, depois do Presidente da República, General Francisco da Costa Gomes ter obtido por parte do PCP a confirmação de que não convocaria os seus militantes e apoiantes para qualquer acção de rua, decidem então intervir militarmente para controlar inequivocamente o destino político do país.
Tarde de 25 de Novembro
Elementos do Regimento de Comandos da Amadora cercam o Comando da Região Aérea de Monsanto.
Noite de 25 de Novembro
O Presidente da República decreta o Estado de Sítio na Região de Lisboa. Militares afectos ao governo, da linha do Grupo dos Nove, controlam a situação.
Prisão dos militares revoltosos que tinham ocupado a Base de Monsanto.
Fonte: Centro de Documentação 25 de Abril
PSL
Na sequência de uma decisão do General Morais da Silva, CEMFA, que dias antes tinha mandado passar à disponibilidade cerca de 1000 camaradas de armas de Tancos, paraquedistas da Base Escola de Tancos ocupam o Comando da Região Aérea de Monsanto e seis bases aéreas. Detêm o general Pinho Freire e exigem a demissão de Morais da Silva. Este acto é considerado pelos militares ligados ao Grupo dos Nove como o indício de que poderia estar em preparação um golpe de estado vindo de sectores mais radicais, da esquerda. Esses militares apoiados pelos partidos políticos moderados PS e PPD, depois do Presidente da República, General Francisco da Costa Gomes ter obtido por parte do PCP a confirmação de que não convocaria os seus militantes e apoiantes para qualquer acção de rua, decidem então intervir militarmente para controlar inequivocamente o destino político do país.
Tarde de 25 de Novembro
Elementos do Regimento de Comandos da Amadora cercam o Comando da Região Aérea de Monsanto.
Noite de 25 de Novembro
O Presidente da República decreta o Estado de Sítio na Região de Lisboa. Militares afectos ao governo, da linha do Grupo dos Nove, controlam a situação.
Prisão dos militares revoltosos que tinham ocupado a Base de Monsanto.
Fonte: Centro de Documentação 25 de Abril
PSL
quinta-feira, 24 de novembro de 2005
Confusos!?
Quem lê, ouve e vê os media hoje só pode ficar baralhado com os resultados das diferentes sondagens.
Pedro Magalhães desbaralha..., no Margens de Erro, sendo de leitura imprescindível o post Numeracia, precisa-se (link).
Fica aqui apenas mais uma curiosidade retirada do post Ponto da situação.
Mais de metade dos que se declaram eleitores de Manuel Alegre na 1ª volta acham que Soares é o candidato que pode obter melhores resultados perante Cavaco Silva. Leram bem? Repito: mais de metade dos que se declaram eleitores de Manuel Alegre na 1ª volta acham que Soares é o candidato que pode obter melhores resultados perante Cavaco Silva. Logo, o seu voto não decorre (se é que alguma vez decorreu) de uma decisão estratégica sobre "quem pode derrotar Cavaco Silva", mas sim da expressão de uma posição política independente do desfecho concreto da eleição.
PSL
Pedro Magalhães desbaralha..., no Margens de Erro, sendo de leitura imprescindível o post Numeracia, precisa-se (link).
Fica aqui apenas mais uma curiosidade retirada do post Ponto da situação.
Mais de metade dos que se declaram eleitores de Manuel Alegre na 1ª volta acham que Soares é o candidato que pode obter melhores resultados perante Cavaco Silva. Leram bem? Repito: mais de metade dos que se declaram eleitores de Manuel Alegre na 1ª volta acham que Soares é o candidato que pode obter melhores resultados perante Cavaco Silva. Logo, o seu voto não decorre (se é que alguma vez decorreu) de uma decisão estratégica sobre "quem pode derrotar Cavaco Silva", mas sim da expressão de uma posição política independente do desfecho concreto da eleição.
PSL
Rolo de 36 13/36
As "ferias grandes" de 2005
Bósnia – Na estrada para Dubrovnik; Agosto 2005. República das Ostras.
PSL
Bósnia – Na estrada para Dubrovnik; Agosto 2005. República das Ostras.
PSL
quarta-feira, 23 de novembro de 2005
Campo Contra Campo (XXVIII)
Elizabethtown, **
No fim de semana passado foi ver Elizabethtown. Pura. Perca. De tempo. Nem sei por onde começar o index de misérias...
Num argumento ridículo vamos viajando pelas tristezas alheias. Ao invés do que alguém disse “por ai” aquilo não está cheio de vida coisa nenhuma. Está cheio de artificialidade.
O que mais me incomodou no filme foi o amadorismo com que algumas cenas são filmadas, anotadas e depois montadas (vg as sequências entre os protagonista, primeiro no avião e depois no salão da festa de casamento daqueles patetas americanos). Sendo para mim cinema sinónimo de plasticidade, então na “arte do invisível” este filme é uma chaga.
Safa-se, nos últimos quinze/vinte minutos quando o disparate se transforma em “road-movie”, e a banda sonora dispara em direcção ao céu.
A parte gira disto tudo é que existe uma culpada. A Izzolda e o seu post (link) elogioso sobre o filme. Lamento!
A parte gira disto tudo (II), é que o filme tem sido muito referido na Blogosfera e como (quase) sempre não concordo como o homónimo Mexia (link) e vá lá..., desta vez estou com o Ivan (link). Há dias assim...
PSL
No fim de semana passado foi ver Elizabethtown. Pura. Perca. De tempo. Nem sei por onde começar o index de misérias...
Num argumento ridículo vamos viajando pelas tristezas alheias. Ao invés do que alguém disse “por ai” aquilo não está cheio de vida coisa nenhuma. Está cheio de artificialidade.
O que mais me incomodou no filme foi o amadorismo com que algumas cenas são filmadas, anotadas e depois montadas (vg as sequências entre os protagonista, primeiro no avião e depois no salão da festa de casamento daqueles patetas americanos). Sendo para mim cinema sinónimo de plasticidade, então na “arte do invisível” este filme é uma chaga.
Safa-se, nos últimos quinze/vinte minutos quando o disparate se transforma em “road-movie”, e a banda sonora dispara em direcção ao céu.
A parte gira disto tudo é que existe uma culpada. A Izzolda e o seu post (link) elogioso sobre o filme. Lamento!
A parte gira disto tudo (II), é que o filme tem sido muito referido na Blogosfera e como (quase) sempre não concordo como o homónimo Mexia (link) e vá lá..., desta vez estou com o Ivan (link). Há dias assim...
PSL
De que tem medo Soares?
“Preocupado com escutas. Numa fase de perguntas dos alunos, confrontado com a questão dos direitos dos cidadãos, Soares mostrou-se preocupado com "algumas coisas estranhas" que se passam na justiça, dando o exemplo das escutas telefónicas. "Não se sabe quem as autoriza e como essas escutas vão parar à imprensa", afirmou o candidato, num momento em que têm sido notícia várias escutas a responsáveis socialistas.”
E o desespero continua! Qual animal ferido, qual touro enraivecido, sempre que vê um vulto investe!
É assim a micro-pré-campanha de Soares. Ontem foram as escutas..., as putativas vitimas do “animal político”.
“Não se sabe quem as autoriza”?
Ouvi dizer que Soares é jurista. Mas como já tirou o curso há muito tempo ou não deve conhecer o novo Código de Processo Penal ou não deve praticar muito. Sim é que estas coisas esquecem-se...
Se vão parar à imprensa, então tal é um caso de policia. O MP que investigue!
Soares sabe muito, mas é ridículo, triste e apalermado.
A Republica devia sentir vergonha de um candidato a seu Presidente, que não sabe a quantas anda, e perdeu totalmente a noção da decência.
PSL
E o desespero continua! Qual animal ferido, qual touro enraivecido, sempre que vê um vulto investe!
É assim a micro-pré-campanha de Soares. Ontem foram as escutas..., as putativas vitimas do “animal político”.
“Não se sabe quem as autoriza”?
Ouvi dizer que Soares é jurista. Mas como já tirou o curso há muito tempo ou não deve conhecer o novo Código de Processo Penal ou não deve praticar muito. Sim é que estas coisas esquecem-se...
Se vão parar à imprensa, então tal é um caso de policia. O MP que investigue!
Soares sabe muito, mas é ridículo, triste e apalermado.
A Republica devia sentir vergonha de um candidato a seu Presidente, que não sabe a quantas anda, e perdeu totalmente a noção da decência.
PSL
terça-feira, 22 de novembro de 2005
A luta por Belém tambem passa pela Blogosfera
Dava um estudo interessante a explosão de blogues que têm como móbil as próximas Presidenciais.
Como sempre há de tudo por essa Blogosfera fora... Desde o registo serio à prestação irónica, a parafernália é enorme.
Para alem do blogue da senhora pré candidata (linkado aqui em baixo), aqui fica uma listagem...(uffff que trabalheira!) do que por ai vai surgindo.
Portugal de Todos
Cavaco Fora de Belém
Alegrar a Cidadania
Cadaval com Jeronimo
Dar voz aos Cidadãos
Hiper Cavaco
Cantigas de Maio
The great portuguese disaster 1985-1995
Lobo com Pele de Cordeiro
O Voto é a Arma do Povo
Stop Cavaco
Por um Portugal com Futuro
Mega Cavaco
O Quadrado
Super Alegre
Super Cavaco
Super Mário
Pulo do Lobo
E já agora, se quiserem apoiar o candidato que só desiste se vencer aqui têm o sitio do Lello Marmelo aka Manuel João Vieira. O Presidente que Portugal merece! Assina já!!!
Ultima Hora – Actualização:
Então e não é que...., enquanto teclava este post lá “tropeçava” com outro blogue oficial.
Blogue oficial de não apoio a nenhuma das candidaturas anunciadas.
Venha o diabo é aqui (link).
PSL
Como sempre há de tudo por essa Blogosfera fora... Desde o registo serio à prestação irónica, a parafernália é enorme.
Para alem do blogue da senhora pré candidata (linkado aqui em baixo), aqui fica uma listagem...(uffff que trabalheira!) do que por ai vai surgindo.
Portugal de Todos
Cavaco Fora de Belém
Alegrar a Cidadania
Cadaval com Jeronimo
Dar voz aos Cidadãos
Hiper Cavaco
Cantigas de Maio
The great portuguese disaster 1985-1995
Lobo com Pele de Cordeiro
O Voto é a Arma do Povo
Stop Cavaco
Por um Portugal com Futuro
Mega Cavaco
O Quadrado
Super Alegre
Super Cavaco
Super Mário
Pulo do Lobo
E já agora, se quiserem apoiar o candidato que só desiste se vencer aqui têm o sitio do Lello Marmelo aka Manuel João Vieira. O Presidente que Portugal merece! Assina já!!!
Ultima Hora – Actualização:
Então e não é que...., enquanto teclava este post lá “tropeçava” com outro blogue oficial.
Blogue oficial de não apoio a nenhuma das candidaturas anunciadas.
Venha o diabo é aqui (link).
PSL
A Republica é uma cena divertida à brava
Adivinhem quem faz hoje 21 aninhos?
Algumas pistas: já fez mais filmes que a idade que tem, nasceu em Nova Iorque e foi actriz principal, com a personagem Charlotte, num filme que considero genial e cuja história se passa em Tóquio.
Já adivinharam?
NCR
PALETA DE PALAVRAS XXXV
"The Crime"
All I have is the moment of my life. You,
You took a more-than-a-moment away.
Delighted laughing,
You and I lonely by the Supreme Court
Wondered what hell was.
Hell to me was a girl whose lonely body
Needed me, some place, to be lonely
With her.
Hell to you was the difficult, problems
Of getting there.
How in hell that we live in can we write it?
Long scripts, was the phrase that I suggested.
No, you said, the scripts of our lives are longer.
What is our life, then?
We African-Americans, loneliness of heart and body,
Black, sick at the beauty of the body,
Men and women and children we leave each
Other, lonely,
Darryl, you said lonely.
What is life? say the drunk in Mount Vernon.
What is everlasting?
Where are you, Darryl, I asked, and what the
Hell good does
It do me the breaking?
The trees shrunk under the swelling sky.
We grow smaller as the sky opens.
The young men fall down on their faces.
The pain falls down on their faces.
The girls rise.
It still looks like the winter and summer never
Changes.
I pull my hat down, I say the hell with it, mainly
Because I know
That this is spring, winter, are fall.
The wall’s coils all over what I can see of
New York City or New Jersey,
And somebody is crying in darkness that I
Cannot see though I want
--Listen you didn’t give me time enough to live
The true life that I love to live. Even the
Air that I breathe is a crime?»
Darryl Phelps
All I have is the moment of my life. You,
You took a more-than-a-moment away.
Delighted laughing,
You and I lonely by the Supreme Court
Wondered what hell was.
Hell to me was a girl whose lonely body
Needed me, some place, to be lonely
With her.
Hell to you was the difficult, problems
Of getting there.
How in hell that we live in can we write it?
Long scripts, was the phrase that I suggested.
No, you said, the scripts of our lives are longer.
What is our life, then?
We African-Americans, loneliness of heart and body,
Black, sick at the beauty of the body,
Men and women and children we leave each
Other, lonely,
Darryl, you said lonely.
What is life? say the drunk in Mount Vernon.
What is everlasting?
Where are you, Darryl, I asked, and what the
Hell good does
It do me the breaking?
The trees shrunk under the swelling sky.
We grow smaller as the sky opens.
The young men fall down on their faces.
The pain falls down on their faces.
The girls rise.
It still looks like the winter and summer never
Changes.
I pull my hat down, I say the hell with it, mainly
Because I know
That this is spring, winter, are fall.
The wall’s coils all over what I can see of
New York City or New Jersey,
And somebody is crying in darkness that I
Cannot see though I want
--Listen you didn’t give me time enough to live
The true life that I love to live. Even the
Air that I breathe is a crime?»
Darryl Phelps
segunda-feira, 21 de novembro de 2005
Concerto dos Sigur Rós
Que mais posso dizer de verdadeiro e profundo sobre os Sigur Rós, para além de tudo o que já disse sobre eles, neste blogue e no meu anterior, o Ad Libitum? É o eterno problema da sinceridade continuada: depois da primeira, ou da segunda, deixa de ter piada e, consequentemente, ninguém nos leva a sério!
Ontem, no concerto, só fui incapaz de compreender o facto de se «charrar» ao som daquela genial música que nos faz temer o início infernal do fim da vida, tal será as saudades desta poção sonora. Na verdade, quanto aos «charrados», das duas uma: ou não conhecem a música ou são extremamente viciados na ilusória cannabis. Quem não fica mocado com este som islandês?! Confesso que foi o que mais me intrigou no concerto, juntamente com o mistério da queda do manto branco sobre o palco, já a final, que só conseguiu parar até meio!
Duma coisa, contudo, não duvido. Este grupo vai acompanhar-me até ao resto dos meus dias. Não encontro melhor expressão para definir a minha admiração. Fanático não sou, não tenho jeito nem feitio para radicalismos. A haver, passa apenas por comprar todos os discos onde eles participem (de autoria e participados). Em rigor, sou mais um escuteiro, onde quer que eles estejam ao meu alcance, terão sempre o meu estado de alerta, seja na rua, no carro ou nos media, seja em conversa de família, amigos ou colegas. Penso que é este, em essência, o significado do companheirismo que falei. Tal como me acompanharão Lisa Gerrard, Nina Simone, Craig Armstrong, Ludovico Eunaidi, Abrunhosa (a costela portuguesa desta lista), Bliss, Wim Mertens, Damien Rice, entre outros poucos.
Será que, para além da minha dedicação, têm algo em comum?
A resposta leva-nos ao grande mistério da capacidade humana de atingir a felicidade por um momento...de música.
NCR
Ontem, no concerto, só fui incapaz de compreender o facto de se «charrar» ao som daquela genial música que nos faz temer o início infernal do fim da vida, tal será as saudades desta poção sonora. Na verdade, quanto aos «charrados», das duas uma: ou não conhecem a música ou são extremamente viciados na ilusória cannabis. Quem não fica mocado com este som islandês?! Confesso que foi o que mais me intrigou no concerto, juntamente com o mistério da queda do manto branco sobre o palco, já a final, que só conseguiu parar até meio!
Duma coisa, contudo, não duvido. Este grupo vai acompanhar-me até ao resto dos meus dias. Não encontro melhor expressão para definir a minha admiração. Fanático não sou, não tenho jeito nem feitio para radicalismos. A haver, passa apenas por comprar todos os discos onde eles participem (de autoria e participados). Em rigor, sou mais um escuteiro, onde quer que eles estejam ao meu alcance, terão sempre o meu estado de alerta, seja na rua, no carro ou nos media, seja em conversa de família, amigos ou colegas. Penso que é este, em essência, o significado do companheirismo que falei. Tal como me acompanharão Lisa Gerrard, Nina Simone, Craig Armstrong, Ludovico Eunaidi, Abrunhosa (a costela portuguesa desta lista), Bliss, Wim Mertens, Damien Rice, entre outros poucos.
Será que, para além da minha dedicação, têm algo em comum?
A resposta leva-nos ao grande mistério da capacidade humana de atingir a felicidade por um momento...de música.
NCR
AminA e Sigur Ros, ontem, no Coliseu de Lisboa
Comecemos pelo principio, que é sempre um local bom para começar.
Estas raparigas vieram do Frio...
…para ajudar a aquecer o nosso coração no meio da tempestade que se abateu sobre o Sul.
Ok deixando os lirismos para mais tarde, as AminA forão uma excelente surpresa. Musica que baila entre o minimalismo, e uma electronica soft, havendo espaços lúcidos de cordas profundas e sons recuperados a um passado circense como um serrote gigante e aqueles copos de cristal a inundar uma sala atenta mas contente com a surpresa. De movimentos graciosos e uma timidez incomum as AminA acabaram o seu espectáculo “em festa muito anos 80”, com sons electro-pop. Lindas meninas!
Dos meninos não vou dizer muito, porque simplesmente não sei!
Antes do concerto conhecia muito mal a musica dos Sigur Ros..., não era um fan em todo o sentido do termo.
A musica dos Islandeses, para mim, é inclassificável. Não a a sei definir. Só sei que o concerto de ontem mostrou uma banda que sabe hipnotizar a audiência, tocando de forma a que a ordem conduza ao caos e vice versa em poucos segundos..., tudo com uma simplicidade assustadora. Adorei!
PSL
Estas raparigas vieram do Frio...
…para ajudar a aquecer o nosso coração no meio da tempestade que se abateu sobre o Sul.
Ok deixando os lirismos para mais tarde, as AminA forão uma excelente surpresa. Musica que baila entre o minimalismo, e uma electronica soft, havendo espaços lúcidos de cordas profundas e sons recuperados a um passado circense como um serrote gigante e aqueles copos de cristal a inundar uma sala atenta mas contente com a surpresa. De movimentos graciosos e uma timidez incomum as AminA acabaram o seu espectáculo “em festa muito anos 80”, com sons electro-pop. Lindas meninas!
Dos meninos não vou dizer muito, porque simplesmente não sei!
Antes do concerto conhecia muito mal a musica dos Sigur Ros..., não era um fan em todo o sentido do termo.
A musica dos Islandeses, para mim, é inclassificável. Não a a sei definir. Só sei que o concerto de ontem mostrou uma banda que sabe hipnotizar a audiência, tocando de forma a que a ordem conduza ao caos e vice versa em poucos segundos..., tudo com uma simplicidade assustadora. Adorei!
PSL
Fim de fim de fim de semana
Houve um pouco de tudo...
Surpresas de ultima hora. Cinema medíocre (lá iremos...). Uma praia abrigada com ondinhas tortas mas divertidas algures numa baia “já ali alem”. Um jantar excelente, muito bem regado como “sangue do Dão” que acabou ao som de Radio Macau, Ban e Grupo do Baile. O Cozido à Portuguesa da Mama para “pequeno almoço de Domingo” e à noite um som que nos embala e nos leva do Céu ao Paraíso em poucos segundos (também lá iremos...). E hipnotiza ...
Houve um pouco de tudo este fim de semana.
Mas houve muito mais que ficou por fazer.
Deste vez “os prazeres” venceram “os deveres”. De goleada!
PSL
Surpresas de ultima hora. Cinema medíocre (lá iremos...). Uma praia abrigada com ondinhas tortas mas divertidas algures numa baia “já ali alem”. Um jantar excelente, muito bem regado como “sangue do Dão” que acabou ao som de Radio Macau, Ban e Grupo do Baile. O Cozido à Portuguesa da Mama para “pequeno almoço de Domingo” e à noite um som que nos embala e nos leva do Céu ao Paraíso em poucos segundos (também lá iremos...). E hipnotiza ...
Houve um pouco de tudo este fim de semana.
Mas houve muito mais que ficou por fazer.
Deste vez “os prazeres” venceram “os deveres”. De goleada!
PSL
Fim de fim de semana
Foto: Autor desconhecido.
PSL
sexta-feira, 18 de novembro de 2005
Para quando, a curto-prazo, em Portugal?
Damien Rice
Já escrevi no Arcadia um denso post sobre Damien Rice e reitero cada pixel de todas as suas letras. A música de Damien Rice acima de tudo obriga-nos a olhar para nós para baixo de qualquer palanque, tarefa tão difícil mentalmente, quanto a raridade com que o fazemos. É uma música que nos tira de qualquer brincadeira, que nos faz parar para não pensar, que leva-nos a olhar para a terra que pisamos, em vez de nos atirarmos para o céu a invocar estrelas e a sonhar com um futuro idílico. É mais ou menos assim que vejo a música de Damien. Provavelmente não é esse o seu objectivo, mas quem escreve uma letra como a de Cold Water ou Eskimo, tem o dom da polissemia sonora. Basta lerem de seguida, e ouvirem aqui:
cold water
cold cold water surrounds me now
and all i've got is your hand
lord can you hear me now?
or am i lost?
no one's daughter allow me that
and I can't let go of your hand
lord, can you hear me now?
or am i lost?
don’t you know i love you
and I always have
hallelujah
will you come with me?
cold cold water surrounds me now
and all i've got is your hand
lord.. can you hear me?
or am i lost?
eskimo
tiredness fuels empty thoughts
i find myself disposed
brightness fills empty space
in search of inspiration
harder now with higher speed
washing in on top of me so
i look to my eskimo friend when i’m down down down
rain it wets muddy roads
i find myself exposed
tapping does but irritate
in search of destination
harder now with higher speed
washing in on top of me so
i look to my eskimo friend when i’m down down down
E porque espero um fim-de-semana com ondas, aqui vai a propósito. Esqueçam o filme, 'oiçam' a maresia desta letra.
Bons livros, boas músicas e um fim-de-semana como querem que ele seja,
NCR
Já escrevi no Arcadia um denso post sobre Damien Rice e reitero cada pixel de todas as suas letras. A música de Damien Rice acima de tudo obriga-nos a olhar para nós para baixo de qualquer palanque, tarefa tão difícil mentalmente, quanto a raridade com que o fazemos. É uma música que nos tira de qualquer brincadeira, que nos faz parar para não pensar, que leva-nos a olhar para a terra que pisamos, em vez de nos atirarmos para o céu a invocar estrelas e a sonhar com um futuro idílico. É mais ou menos assim que vejo a música de Damien. Provavelmente não é esse o seu objectivo, mas quem escreve uma letra como a de Cold Water ou Eskimo, tem o dom da polissemia sonora. Basta lerem de seguida, e ouvirem aqui:
cold water
cold cold water surrounds me now
and all i've got is your hand
lord can you hear me now?
or am i lost?
no one's daughter allow me that
and I can't let go of your hand
lord, can you hear me now?
or am i lost?
don’t you know i love you
and I always have
hallelujah
will you come with me?
cold cold water surrounds me now
and all i've got is your hand
lord.. can you hear me?
or am i lost?
eskimo
tiredness fuels empty thoughts
i find myself disposed
brightness fills empty space
in search of inspiration
harder now with higher speed
washing in on top of me so
i look to my eskimo friend when i’m down down down
rain it wets muddy roads
i find myself exposed
tapping does but irritate
in search of destination
harder now with higher speed
washing in on top of me so
i look to my eskimo friend when i’m down down down
E porque espero um fim-de-semana com ondas, aqui vai a propósito. Esqueçam o filme, 'oiçam' a maresia desta letra.
Bons livros, boas músicas e um fim-de-semana como querem que ele seja,
NCR
PALETA DE PALAVRAS XXXIV
«Em situações de grandes distúrbios sociais, as populações viram-se para quem mostra firmeza. As ladainhas que tentam desculpabilizar os desordeiros invocando postulados sociológicos não colhem – as populações não querem melopeias estéreis, querem acção, querem firmeza. Sempre foi assim. A seguir ao Maio de 1968, quando os lunáticos do pensamento sociológico pensavam que a França estava ganha para a esquerda, as eleições saldaram-se numa vitória estrondosa da direita»
Joana, no blog Semiramis
...É precisamente o que falta à Esquerda (no sentido - quase - indeterminado actual do termo): a firmeza da adversidade social, na esquerda, só se encontra na concepção liberal.
NCR
Joana, no blog Semiramis
...É precisamente o que falta à Esquerda (no sentido - quase - indeterminado actual do termo): a firmeza da adversidade social, na esquerda, só se encontra na concepção liberal.
NCR
quinta-feira, 17 de novembro de 2005
Underdogging....
«Cavaco não responde a nenhuma pergunta difícl»
«Cavaco quer vingar derrota face a Sampaio»
«Cavaco existe mal consigo próprio»
«Cavaco furta-se ao diálogo»
«Cavaco não é comunicativo»
«Cavaco tem uma concepção de democracia muito pouco estruturadada»
«Cavaco só escreve sobre economia e finanças»
«Cavaco Silva tem medo de se assumir como político profissional»
«Cavaco tem três reformas, uma como político profissional»
«Cavaco é complexado»
«Cavaco é inflexível»
«Cavaco é hirto e distante»
Soares não está obcecado, nada disso, Soares está DESESPERADO!... é que o silêncio da réplica de Cavaco é como uma espada perfurante na campanha de Soares, que quanto mis fundo avança, mais sangue jorra.
No final, este é o resultado mais previsível: um será frito, o outro cantará de galo!
NCR
«Cavaco quer vingar derrota face a Sampaio»
«Cavaco existe mal consigo próprio»
«Cavaco furta-se ao diálogo»
«Cavaco não é comunicativo»
«Cavaco tem uma concepção de democracia muito pouco estruturadada»
«Cavaco só escreve sobre economia e finanças»
«Cavaco Silva tem medo de se assumir como político profissional»
«Cavaco tem três reformas, uma como político profissional»
«Cavaco é complexado»
«Cavaco é inflexível»
«Cavaco é hirto e distante»
Soares não está obcecado, nada disso, Soares está DESESPERADO!... é que o silêncio da réplica de Cavaco é como uma espada perfurante na campanha de Soares, que quanto mis fundo avança, mais sangue jorra.
No final, este é o resultado mais previsível: um será frito, o outro cantará de galo!
NCR
quarta-feira, 16 de novembro de 2005
O passado como presente!
“(...)cumpre assinalar, com a devida ênfase, que as infra-estruturas da Polícia Judiciária atingiram há muito o seu ponto critico, havendo que buscar resposta para o relativo prestigio que conserva na excepcional dedicação e brio de parcela apreciável dos seus elementos, que se multiplicam numa luta árdua contra a onda de criminalidade que se regista.
Funcionários (...) dignos, não só de uma palavra de congratulação, como ainda de condições mínimas de trabalho que lhes permitam pôr ao serviço da comunidade, com eficiência e prontidão, as suas potencialidades(...)”
Estas palavras não foram escritas hoje, nem ontem, nem há um ano atras, nem sequer há vinte. Estas palavras forma escritas há mais de vinte e oito anos.
Sim há mais de vinte e oito (28!!!) anos!
Estávamos a 2 de Setembro de 1977, Mário Soares (iiiirra que o homem é mesmo antigo) era Primeiro Ministro e Ramalho Eanes Presidente desta Republica.
O decreto-lei 364/77 restruturava a Polícia Judiciária.
Abstenho-me de fazer mais comentários...
PSL
Funcionários (...) dignos, não só de uma palavra de congratulação, como ainda de condições mínimas de trabalho que lhes permitam pôr ao serviço da comunidade, com eficiência e prontidão, as suas potencialidades(...)”
Estas palavras não foram escritas hoje, nem ontem, nem há um ano atras, nem sequer há vinte. Estas palavras forma escritas há mais de vinte e oito anos.
Sim há mais de vinte e oito (28!!!) anos!
Estávamos a 2 de Setembro de 1977, Mário Soares (iiiirra que o homem é mesmo antigo) era Primeiro Ministro e Ramalho Eanes Presidente desta Republica.
O decreto-lei 364/77 restruturava a Polícia Judiciária.
Abstenho-me de fazer mais comentários...
PSL
tásapecber
No Norte e Centro dizem que o pessoal de Lisboa não fala Português, mas sim um dialéctico macarrónico, onde as letras são “comidas”.
Se calhar têm razão!
Hoje, um pouco por todo o lado, em conversas de café ou corredor – mas nem só - a expressão “estás a perceber?”, surge cada vez mais dita como um “tásapecber”.
Num tom mais exclamativo do que interrogativo.
É a língua em movimento...
PSL
Se calhar têm razão!
Hoje, um pouco por todo o lado, em conversas de café ou corredor – mas nem só - a expressão “estás a perceber?”, surge cada vez mais dita como um “tásapecber”.
Num tom mais exclamativo do que interrogativo.
É a língua em movimento...
PSL
terça-feira, 15 de novembro de 2005
segunda-feira, 14 de novembro de 2005
N PERGUNTAS XIII
Quando é que irei "abanar o capacete" (expressão indubitavelmente portuguesa, pois com certeza)? Eu sei que isto não é pergunta que se faça a uma segunda-feira, ou então é-se masoquista! Mas vinha com esta ideia hoje de manhã no carro. E tudo por causa de me ter chateado com os meus CD e a minha rádio de eleição, a Radar. Arrufo de namorados. Hoje disse que seria diferente e pronto, cai na infidelidade e pus-me a ouvir rádios inaudíveis, tipo Capital FM, Radio Nova, Mix FM,... foi mesmo diferente! Daqui à presente interdita pergunta foi um passo de dança...mais do que mental!
Na verdade, as dicotecas é como aquelas salas escuras das feiras populares, onde nunca sabemos o que vamos encontrar, quem vamos encontrar, que música tocará e, a qualquer momento, uma mão ou um braço (ou um rosto à sorriso de palhaço rico) nos cai em cima como pedras de gelo nos benditos néctares. Portanto, as discotecas são uma espécie de (Novas) Descobertas dos caminhos insondáveis da urbanidade por via terrestre; é pôr a mochila às costas e partir para a aventura noctívaga dos ainda templos das vaidades. E um dos segredos, para mim, é precisamente por ser das poucas 'oportunidades' (e vontades, a bem dizer) que tenho de ouvir música que não é costume ouvir. E como qualquer ser humano aterroado, quem não gosta de regar o bofe (expressão indubitavelmente portuguesa, pois com certeza)?
E não é por ser segunda-feira, Give It Away!
Bom-dia!
NCR
Na verdade, as dicotecas é como aquelas salas escuras das feiras populares, onde nunca sabemos o que vamos encontrar, quem vamos encontrar, que música tocará e, a qualquer momento, uma mão ou um braço (ou um rosto à sorriso de palhaço rico) nos cai em cima como pedras de gelo nos benditos néctares. Portanto, as discotecas são uma espécie de (Novas) Descobertas dos caminhos insondáveis da urbanidade por via terrestre; é pôr a mochila às costas e partir para a aventura noctívaga dos ainda templos das vaidades. E um dos segredos, para mim, é precisamente por ser das poucas 'oportunidades' (e vontades, a bem dizer) que tenho de ouvir música que não é costume ouvir. E como qualquer ser humano aterroado, quem não gosta de regar o bofe (expressão indubitavelmente portuguesa, pois com certeza)?
E não é por ser segunda-feira, Give It Away!
Bom-dia!
NCR
No fundo,
dos fundos de todos os fundos, ou nem tanto, a diferença de princípio, entre a direita e a esquerda liberais, no caso da imigração, é que os primeiros consideram o planeta dividido em nacionalidades e estados, e os segundos, vêem-no como vivido e dividido por seres humanos. Leituras apressadas evitam-se.
NCR
NCR
N DIAGONAIS III
«Novo recorde para quadro de Mark Rothko
Um quadro a óleo de Mark Rothko, um dos expoentes do expressionismo abstracto, estabeleceu um novo recorde para uma obra do pós-guerra vendida em leilão. Homage to Matisse (1953) chegou aos 19,1 milhões de euros no leilão da Christie"s, em Nova Iorque. Mas Rothko não foi o único a bater recordes na noite de terça-feira. Outros artistas, como Francis Bacon e Roy Liechtenstein, venderam os seus quadros mais caros de sempre.
"Foi o leilão mais fantástico da minha carreira", disse à BBC News o presidente honorário da Christie"s, Christopher Burge. "A atmosfera na sala era eléctrica com licitações constantes. Foi uma noite que ficará para a história do mercado da arte."
O leilão, que no total apresentou trabalhos de 40 artistas e rendeu 134,5 milhões de euros, estabeleceu 18 recordes, entre os quais se encontram os de Willem de Kooning, Bill Viola, Elizabeth Peyton e Gilbert & George. Rothko ultrapassou a barreira dos 19 milhões de euros, mais 4,2 milhões do que o seu quadro mais caro jamais vendido em leilão e mais 1,7 milhões do que o valor atingido por qualquer obra do pós-guerra. In the Car (1963), de Roy Liechtenstein, outro dos recordes da noite, foi vendido por 13,8 milhões de euros.»
Jornal O Público, de 11/11.
O que eu não faria para obter um quadro de Lichtenstein? Uma boa pergunta para o N?
NCR
Um quadro a óleo de Mark Rothko, um dos expoentes do expressionismo abstracto, estabeleceu um novo recorde para uma obra do pós-guerra vendida em leilão. Homage to Matisse (1953) chegou aos 19,1 milhões de euros no leilão da Christie"s, em Nova Iorque. Mas Rothko não foi o único a bater recordes na noite de terça-feira. Outros artistas, como Francis Bacon e Roy Liechtenstein, venderam os seus quadros mais caros de sempre.
"Foi o leilão mais fantástico da minha carreira", disse à BBC News o presidente honorário da Christie"s, Christopher Burge. "A atmosfera na sala era eléctrica com licitações constantes. Foi uma noite que ficará para a história do mercado da arte."
O leilão, que no total apresentou trabalhos de 40 artistas e rendeu 134,5 milhões de euros, estabeleceu 18 recordes, entre os quais se encontram os de Willem de Kooning, Bill Viola, Elizabeth Peyton e Gilbert & George. Rothko ultrapassou a barreira dos 19 milhões de euros, mais 4,2 milhões do que o seu quadro mais caro jamais vendido em leilão e mais 1,7 milhões do que o valor atingido por qualquer obra do pós-guerra. In the Car (1963), de Roy Liechtenstein, outro dos recordes da noite, foi vendido por 13,8 milhões de euros.»
Jornal O Público, de 11/11.
O que eu não faria para obter um quadro de Lichtenstein? Uma boa pergunta para o N?
NCR
sexta-feira, 11 de novembro de 2005
Pacem in terris
Há uma grande barreira entre nós e a realidade. É a grande barreira dos sentidos. Estes, por sua vez, criam outras barreiras de que a grande se compõe, barreiras feitas de textura fina em barras invisíveis, como a gravidade de uma ponte entre duas margens, ou como puros e brancos cumes de união entre a terra e o céu, componentes da vida de todo o ser humano. Sentir essa grande presença é o último grau possível para a sua transponibilidade. As barreiras que circundam a nossa liberdade só em determinados momentos se conseguem dissipar, por exemplo, quando as sentimos que respiramos para além delas. Não são momentos raros no mundo, mas são individualmente únicos.
NCR
Mas afinal quem foi o santo...?
São Martinho de Tours era filho de um Tribuno romano. Nasceu e cresceu na cidade de Pavia, Panónia (actual Hungria), em 316, sob uma educação cristianizada e, aos 10 anos de idade, entrou para o grupo dos catecúmenos (aqueles que estão se preparando para receber o batismo). Aos 15 anos de idade, e contra a própia vontade, teve de ingressar no exército romano e dirigir-se para a Gália (região na atual França). Aos 18 anos abandonou o exército pois o cristianismo não cabia mais em suas funções militares. Foi batizado por Hilário, bispo da cidade de Poitiers.
Antes mesmo de tudo isso acontecer, ainda soldado, ocorreu, segundo a lenda, o que tornou São Martinho de Tours conhecido em todo o mundo: ao entrar pelo portal da cidade de Amiens, montado em seu cavalo, deparou-se com um pobre homem praticamente sem roupas (era um inverno especialmente rigoroso esse), um mendigo, e, ao ver que ninguém o ajudava, mesmo pessoas com muito mais posses que ele, tentou ajudá-lo a se proteger do frio congelante cortando sua manta militar ao meio, seu único bem real naquele momento, e ofereceu o pedaço cortado pela espada ao mendigo. Na mesma noite teve uma visão onde vislumbrou a face de Cristo, O qual estava vestido com a manta dada de presente ao mendigo, e ali São Martinho compreendeu que aquele a quem ajudara fora ninguém menos que Jesus Cristo.
São Martinho tornou-se Bispo da cidade francesa de Tours em 371. por aclamação popular, pois pessoalmente prefereria ter recusado o cargo. Diz a lenda que S. Martinho havia se escondido durante a votação em uma baia de cavalos, mas uma horda de gansos acabou com seu esconderijo. É por causa dessa lenda que se tornou tradição o ganso como prato oficial da comemoração de S. Martinho. Ele era muito querido pela população e é dito ter sido operador de algumas maravilhas. Seu dia de comemoração é 11 de novembro, dia da festa em sua homenagem.
Em alguns países, como Portugal, comem-se castanhas neste dia, festejando o Magusto.
Fonte: Wikipédia
Antes mesmo de tudo isso acontecer, ainda soldado, ocorreu, segundo a lenda, o que tornou São Martinho de Tours conhecido em todo o mundo: ao entrar pelo portal da cidade de Amiens, montado em seu cavalo, deparou-se com um pobre homem praticamente sem roupas (era um inverno especialmente rigoroso esse), um mendigo, e, ao ver que ninguém o ajudava, mesmo pessoas com muito mais posses que ele, tentou ajudá-lo a se proteger do frio congelante cortando sua manta militar ao meio, seu único bem real naquele momento, e ofereceu o pedaço cortado pela espada ao mendigo. Na mesma noite teve uma visão onde vislumbrou a face de Cristo, O qual estava vestido com a manta dada de presente ao mendigo, e ali São Martinho compreendeu que aquele a quem ajudara fora ninguém menos que Jesus Cristo.
São Martinho tornou-se Bispo da cidade francesa de Tours em 371. por aclamação popular, pois pessoalmente prefereria ter recusado o cargo. Diz a lenda que S. Martinho havia se escondido durante a votação em uma baia de cavalos, mas uma horda de gansos acabou com seu esconderijo. É por causa dessa lenda que se tornou tradição o ganso como prato oficial da comemoração de S. Martinho. Ele era muito querido pela população e é dito ter sido operador de algumas maravilhas. Seu dia de comemoração é 11 de novembro, dia da festa em sua homenagem.
Em alguns países, como Portugal, comem-se castanhas neste dia, festejando o Magusto.
Fonte: Wikipédia
quinta-feira, 10 de novembro de 2005
PALETA DE PALAVRAS XXXIII
I Know of No Better World
«Who knows of a better world should step forward.
Alone, no longer out of bravery, not wiping away this saliva,
this saliva worn upon the cheek
as if to a coronation, as if redeemed, whether at communion
or among comrades. The weak rabbit,
the rat, and those fallen there, all of them,
no longer alone, but as one, though still afraid,
the dream of returning home
in the dream of armament, in the dream
of returning home.»
Ingeborg Bachmann (1926–1973)
«Who knows of a better world should step forward.
Alone, no longer out of bravery, not wiping away this saliva,
this saliva worn upon the cheek
as if to a coronation, as if redeemed, whether at communion
or among comrades. The weak rabbit,
the rat, and those fallen there, all of them,
no longer alone, but as one, though still afraid,
the dream of returning home
in the dream of armament, in the dream
of returning home.»
Ingeborg Bachmann (1926–1973)
Campo Contra Campo (XXVII)
Depois de respirar um pouco da brisa do Adriático no post anterior ai vai mais um post irado...
Como os anteriores não deve ser lido por ninguém...!
Noite fora, de bruços para uns homicídios qualificados (salvo seja...) lá decido fazer uma pausa para ouvir a noite e fumar um cigarro.
Como da mesa da sala à varanda da cozinha é preciso passar por uma televisão, há noite que não resisto a espreitar o que se passa na caixa preta.
Ora, ontem, após um aleatório passeio de breves segundos no espectro do cabo, dou de caras, na RTP 1, como o som de um piano familiar. Rapidamente descodifico a mensagem com o auxilio das imagens.
Ia começar um dos mais saborosos exemplos do cinema europeu da ultima década.: Adeus Lenine!
Mais do que um filme Adeus Lenine! é um excelente fresco dos dias que mudaram a face da Europa aquando a queda do muro de Berlim e todas as consequências que dai emergiram.
Sem aviso, às duas da matina e com insuportáveis intervalos de dez minutos.
É assim a tal televisão do serviço publico.
Quem não sabe fique a saber. A Radio Televisão Portuguesa consome mais coisa menos coisa cinquenta milhões de contos do Orçamento Geral do Estado. Por ano.
Quem não sabe fique a saber, a RTP tem um orçamento maior do que o Ministério da Cultura.
Para quê?
É preciso ter uma enorme lata para nos dizerem que fazem serviço publico.
Obviamente, o melhor seria fecharem a loja. Mas não, os sucessivos governos da República insistem.
Quem vai pagar as favas vai ser o “Kamarad Nunov”..., que tem o DVD lá na sua vidioteca, pois limitei-me a ver a primeira meia hora do filme e não sei porquê (ou sei mas não digo...) fico hiper-nostalgico quando oiço o meu hino preferido: O hino da grandiosa fraude chamada DDR.
PSL
Como os anteriores não deve ser lido por ninguém...!
Noite fora, de bruços para uns homicídios qualificados (salvo seja...) lá decido fazer uma pausa para ouvir a noite e fumar um cigarro.
Como da mesa da sala à varanda da cozinha é preciso passar por uma televisão, há noite que não resisto a espreitar o que se passa na caixa preta.
Ora, ontem, após um aleatório passeio de breves segundos no espectro do cabo, dou de caras, na RTP 1, como o som de um piano familiar. Rapidamente descodifico a mensagem com o auxilio das imagens.
Ia começar um dos mais saborosos exemplos do cinema europeu da ultima década.: Adeus Lenine!
Mais do que um filme Adeus Lenine! é um excelente fresco dos dias que mudaram a face da Europa aquando a queda do muro de Berlim e todas as consequências que dai emergiram.
Sem aviso, às duas da matina e com insuportáveis intervalos de dez minutos.
É assim a tal televisão do serviço publico.
Quem não sabe fique a saber. A Radio Televisão Portuguesa consome mais coisa menos coisa cinquenta milhões de contos do Orçamento Geral do Estado. Por ano.
Quem não sabe fique a saber, a RTP tem um orçamento maior do que o Ministério da Cultura.
Para quê?
É preciso ter uma enorme lata para nos dizerem que fazem serviço publico.
Obviamente, o melhor seria fecharem a loja. Mas não, os sucessivos governos da República insistem.
Quem vai pagar as favas vai ser o “Kamarad Nunov”..., que tem o DVD lá na sua vidioteca, pois limitei-me a ver a primeira meia hora do filme e não sei porquê (ou sei mas não digo...) fico hiper-nostalgico quando oiço o meu hino preferido: O hino da grandiosa fraude chamada DDR.
PSL
quarta-feira, 9 de novembro de 2005
A normalidade...
Hoje, todos ficámos a saber que incendiar automóveis é uma actividade normal em Portugal.
A Polícia Judiciária avança que o incêndio que destruiu hoje dois carros na Amadora começou num dos veículos e propagou-se ao outro. O caso, que segundo a PJ "não foge à normalidade", está já a ser investigado.
Amanhã ficaremos a saber que incendiar autocarros, espancar velhotes, queimar bebés, destruir lojas de fast food do Tio Sam, espancar policias e passar os dias a vegetar deitando fora os “tais” subsídios que o Estado tem (?) de dar é normal.
Alias qual é o espanto?
Se destruir a floresta, ter um Governador do Banco de Portugal que ganha mais do que o Presidente do BCE e um governo composto por analfabetos funcionais é normal porque é que “tudo o resto” não há de ser normal.
Aí..., aí..., que saudades do restaurador olex!
A Polícia Judiciária avança que o incêndio que destruiu hoje dois carros na Amadora começou num dos veículos e propagou-se ao outro. O caso, que segundo a PJ "não foge à normalidade", está já a ser investigado.
Amanhã ficaremos a saber que incendiar autocarros, espancar velhotes, queimar bebés, destruir lojas de fast food do Tio Sam, espancar policias e passar os dias a vegetar deitando fora os “tais” subsídios que o Estado tem (?) de dar é normal.
Alias qual é o espanto?
Se destruir a floresta, ter um Governador do Banco de Portugal que ganha mais do que o Presidente do BCE e um governo composto por analfabetos funcionais é normal porque é que “tudo o resto” não há de ser normal.
Aí..., aí..., que saudades do restaurador olex!
Esta música recorda-me os maravilhosos anos 80...sem o serem!
HUNG UP
terça-feira, 8 de novembro de 2005
Um dia, muito em breve,
a Europa vai ter de escolher: ou abre as portas aos imigrantes e consagra uma verdadeira política de imigração, considerando-os, com direitos e deveres, iguais aos cidadãos naccionais, e integrando-os social, cultural e economicamente, para que possa continuar a enriquecer ou, por outro lado, fecha-se as portas ou continua a consider a política de imigração uma política menor dentre a maioria dos estados europeus, como se os imigrantes não fizesse parte da sociedade e da cidadania, para a Europa se manter como a maior economia do mundo e reforçar a sua competitividade sem a qual empobrecerá. As terceiras vias que possam existir não fogem destes dois rumos- matriz. Os estados são responsáveis pelos homens, mulheres e crianças que recebe legalmente. As políticas públicas deixaram de assentar na cidadania (como a União Europeia há muito vincula), assim como esta já não assenta apenas no nascimento, como em outros tempos. As políticas públicas envolvem uma rede e uma estrutura de governação (governance) de sujeitos que vão desde os nacionais aos meros residentes, em situações de igualdade nos direitos e nas obrigações, nos custos e nos benefícios, nos esforços e nas vantagens.
NCR
NCR
N PERGUNTAS XII
Qual é a diferença entre «arte erótica» e pornografia?
Artistas, estetas, filósofos, leigos referem-se a ela e discutem-na, mas ainda ninguém me convenceu, com suficiente rigor, dos critérios distintivos:
- objectivo do artista com o objecto de arte?
- utilização do objecto?
- sentido estético?
- originalidade do objecto?
- enquadramento crítico do artista?
É uma N Pergunta, provavelmente, de N respostas.
NCR
Artistas, estetas, filósofos, leigos referem-se a ela e discutem-na, mas ainda ninguém me convenceu, com suficiente rigor, dos critérios distintivos:
- objectivo do artista com o objecto de arte?
- utilização do objecto?
- sentido estético?
- originalidade do objecto?
- enquadramento crítico do artista?
É uma N Pergunta, provavelmente, de N respostas.
NCR
Quanto mais velha, mais a História se perde na memória... (cont.)
(continuação)
Nada desculpa a continuação dos actos criminosos perpetrados supostamente por jovens imigrantes e delinquentes. Todo o acto indiciado de criminoso deve ser averiguado, julgado e punido, independentemente da raça, da religião e da condição social. Nesse sentido, é inadmissível tanto os actos criminosos, como a falta de julgamento e de punição desses actos. Conjuntamente, é também totalmente admissível para qualquer cidadão e defensor da democracia liberal, as violações legais e éticas de entidades e personalidades que cumprem funções públicas e com responsabilidades, inclusive, governativas. Quero dizer com isto que aqui também houve erros de julgamento e de execução por parte das forças policiais e dos membros do governo responsáveis no domínio da segurança e ordem públicas, restando a dúvida se tudo não poderia ter sido evitado se as instituições legais e democráticas tivessem cumprido com, as já referidas, leis do État Legal e da ética governativa da república francesa.
Lei, porque independentemente da «presunção de culpabilidade» que os polícias perseguidores daqueles dois jovens, estes têm o direito, como qualquer um de nós, de não morrer. Mais, têm o direito a viver; são estas, aliás, as duas dimensões do direito à vida. As práticas medievais e inquisitórias há muito que já lá vão (ou será que não?). Numa palavra, os polícias não tinham o direito de matar aqueles jovens, excepto em legítima defesa e se eles tivessem armados. Ora, nem estavam armados, e que se saiba, morrer electrocutado em frente a uma força policial não é com certeza em por preventiva defesa. A polícia não cumpriu com as regras de um estado de direito, de legalidade e, assim, abusou do seu poder.
A este abuso de poder, familiares, conhecidos e jovens vizinhos dos dois mortos manifestaram-se contra tal assassínio e foram «varridos como líxivia» (Nicolas Sarkozy, Ministro do Interior francês). E agora entra a Ética. O que disse este Senhor Ministro da República sobre os incidentes: «Há que limpar esta escumalha (racaille)». Palavras indignas de qualquer francês, muito menos de um ministro francês, muito menos ainda por quem é responsável pela pasta da segurança pública (!). Ainda por cima vindo de um «estrangeirado», um descendente de famílias judaicas! - (já devia ter aprendido a lição da sua História) - Como disse François Hollande (líder do Partido Socialista Francês) "As declarações de Sarkozy são intoleráveis. Quando se é ministro do Interior, não se pode falar como toda a gente". Esta, portanto, foi a gota de água para a revolta do tratamento desigual e miserável a que a grande maioria dos residentes dos bairros pertencentes à «cintura vermelha» (como Le Branc-Mesnil, Chêne-Pointu, Grigny, Les Yvelines et la Seine-et-Marne, Mirail, entre outros) são submetidos e da prova do fracasso, de que são exemplo, do tão apregoado bem sucedido modelo social francês que, claramente, esta revolta suburbana parisiense revela inequivocamente.
Assim, cair nas superficialidades maniqueístas das culpas e da razão é não perceber nada nem de História, nem de Ciência. Estes recentes acontecimentos possuem causas e efeitos, que perduram e irão reflectir-se em sucessivos debates e artigos de opinião. As causas estão para além da morte dos dois jovens e as declarações públicas ficam aquém de uma explicação profunda e produtora de soluções. O que ficou provado é que quem não tratar uma sociedade com humanismo, igualdade e justiça, nunca será uma sociedade livre e segura, nunca será uma sociedade que cumpra os ideais de uma democracia de direito e liberal, respeitadora da coesão social. A História farta-se de ensinar isto: sem humanismo social, sem respeito pelo estado de direito democrático, sem cumprimento dos direitos e liberdades fundamentais, sem uma cultura de tolerância, sobretudo religiosa,
Desigualdade gera injustiça, injustiça gera insegurança, insegurança gera violência, violência gera violência! Não se aprende nada com a História? Não se reduza esta questão a ilegítimos actos criminosos de imigrantes que, naturalmente, têm que ser travados e punidos. Repito: todos os agentes de actos criminosos devem ser detidos, presos, julgados e, se culpados, punidos. Que não restem dúvidas. Mas por outro lado, que não haja dúvidas também de que todas as pessoas devem ser tratadas humanamente. E deve ser objectivo das políticas públicas dar aos cidadãos as mesmas condições de oportunidade. Não se trata de desejar uma sociedade igualitária e todos padecerem do mesmo tratamento. Mas esse tratamento deve ter sempre valores jurídicos e democráticos subjacentes. E acima de tudo, valores liberais.
Estes imigrantes de que se fala, são franceses e europeus, e se isso não chega, são seres humanos (nascidos na Europa)! Se é insuficiente, admitamos que o melhor caminho é o regresso ao mundo das cavernas. Cada um fica na sua gruta, de preferência por nacionalidade, raça e religião, faça-se das distâncias territórios de alianças e de guerra e, caso Portugal se afunde numa grave crise económica e financeira, não se pregue aos espanhóis que façam muros de pedra ao longo de toda a fronteira. Se estamos no fim da História, voltemos ao princípio, não?!
NCR
Nada desculpa a continuação dos actos criminosos perpetrados supostamente por jovens imigrantes e delinquentes. Todo o acto indiciado de criminoso deve ser averiguado, julgado e punido, independentemente da raça, da religião e da condição social. Nesse sentido, é inadmissível tanto os actos criminosos, como a falta de julgamento e de punição desses actos. Conjuntamente, é também totalmente admissível para qualquer cidadão e defensor da democracia liberal, as violações legais e éticas de entidades e personalidades que cumprem funções públicas e com responsabilidades, inclusive, governativas. Quero dizer com isto que aqui também houve erros de julgamento e de execução por parte das forças policiais e dos membros do governo responsáveis no domínio da segurança e ordem públicas, restando a dúvida se tudo não poderia ter sido evitado se as instituições legais e democráticas tivessem cumprido com, as já referidas, leis do État Legal e da ética governativa da república francesa.
Lei, porque independentemente da «presunção de culpabilidade» que os polícias perseguidores daqueles dois jovens, estes têm o direito, como qualquer um de nós, de não morrer. Mais, têm o direito a viver; são estas, aliás, as duas dimensões do direito à vida. As práticas medievais e inquisitórias há muito que já lá vão (ou será que não?). Numa palavra, os polícias não tinham o direito de matar aqueles jovens, excepto em legítima defesa e se eles tivessem armados. Ora, nem estavam armados, e que se saiba, morrer electrocutado em frente a uma força policial não é com certeza em por preventiva defesa. A polícia não cumpriu com as regras de um estado de direito, de legalidade e, assim, abusou do seu poder.
A este abuso de poder, familiares, conhecidos e jovens vizinhos dos dois mortos manifestaram-se contra tal assassínio e foram «varridos como líxivia» (Nicolas Sarkozy, Ministro do Interior francês). E agora entra a Ética. O que disse este Senhor Ministro da República sobre os incidentes: «Há que limpar esta escumalha (racaille)». Palavras indignas de qualquer francês, muito menos de um ministro francês, muito menos ainda por quem é responsável pela pasta da segurança pública (!). Ainda por cima vindo de um «estrangeirado», um descendente de famílias judaicas! - (já devia ter aprendido a lição da sua História) - Como disse François Hollande (líder do Partido Socialista Francês) "As declarações de Sarkozy são intoleráveis. Quando se é ministro do Interior, não se pode falar como toda a gente". Esta, portanto, foi a gota de água para a revolta do tratamento desigual e miserável a que a grande maioria dos residentes dos bairros pertencentes à «cintura vermelha» (como Le Branc-Mesnil, Chêne-Pointu, Grigny, Les Yvelines et la Seine-et-Marne, Mirail, entre outros) são submetidos e da prova do fracasso, de que são exemplo, do tão apregoado bem sucedido modelo social francês que, claramente, esta revolta suburbana parisiense revela inequivocamente.
Assim, cair nas superficialidades maniqueístas das culpas e da razão é não perceber nada nem de História, nem de Ciência. Estes recentes acontecimentos possuem causas e efeitos, que perduram e irão reflectir-se em sucessivos debates e artigos de opinião. As causas estão para além da morte dos dois jovens e as declarações públicas ficam aquém de uma explicação profunda e produtora de soluções. O que ficou provado é que quem não tratar uma sociedade com humanismo, igualdade e justiça, nunca será uma sociedade livre e segura, nunca será uma sociedade que cumpra os ideais de uma democracia de direito e liberal, respeitadora da coesão social. A História farta-se de ensinar isto: sem humanismo social, sem respeito pelo estado de direito democrático, sem cumprimento dos direitos e liberdades fundamentais, sem uma cultura de tolerância, sobretudo religiosa,
Desigualdade gera injustiça, injustiça gera insegurança, insegurança gera violência, violência gera violência! Não se aprende nada com a História? Não se reduza esta questão a ilegítimos actos criminosos de imigrantes que, naturalmente, têm que ser travados e punidos. Repito: todos os agentes de actos criminosos devem ser detidos, presos, julgados e, se culpados, punidos. Que não restem dúvidas. Mas por outro lado, que não haja dúvidas também de que todas as pessoas devem ser tratadas humanamente. E deve ser objectivo das políticas públicas dar aos cidadãos as mesmas condições de oportunidade. Não se trata de desejar uma sociedade igualitária e todos padecerem do mesmo tratamento. Mas esse tratamento deve ter sempre valores jurídicos e democráticos subjacentes. E acima de tudo, valores liberais.
Estes imigrantes de que se fala, são franceses e europeus, e se isso não chega, são seres humanos (nascidos na Europa)! Se é insuficiente, admitamos que o melhor caminho é o regresso ao mundo das cavernas. Cada um fica na sua gruta, de preferência por nacionalidade, raça e religião, faça-se das distâncias territórios de alianças e de guerra e, caso Portugal se afunde numa grave crise económica e financeira, não se pregue aos espanhóis que façam muros de pedra ao longo de toda a fronteira. Se estamos no fim da História, voltemos ao princípio, não?!
NCR
Ainda o vento (que varre...) lá fora.
Obrigatório ler:
Razões da revolta urbana em França, aqui, na Grande Loja.
Paris é uma Festa?, aqui, no neofito Informática do Direito.
PSL
Razões da revolta urbana em França, aqui, na Grande Loja.
Paris é uma Festa?, aqui, no neofito Informática do Direito.
PSL
segunda-feira, 7 de novembro de 2005
"Quanto mais velha, mais a História se perde na memória...
...e mais difícil o presente se compreende" (MPC)
Era 27 de Outubro, em Le Branc-Mesnil, três jovens corriam desalmados a fugir da Polícia, dois, de 15 e 17 anos, morreram estranhamente electrocutados, o outro ficou ferido, escapando por pouco ao mais terrível dos destinos. Eram suspeitos de actos criminosos...
A História dos últimos tumultos e actos de vandalismo por parte de jovens suburbanos podia começar assim, mas - como raramente não acontece - a «real» História está mais funda que as experiências dos sentidos. Aprofunde-se minimamente o passado e o presente, para que o enquadramento de qualquer opinião, subjectiva por natureza, seja a mais credível é convinvente possíveis, carecendo de avanços pelas brumas antropológicas, sociais, culturais e políticas da terra de Obélix..
Analisar esta problemática recente sob a perspectiva de uma lei maniqueísta, nem com uma lupa se conseguirá aprofundar e compreender as causas e as dimensões deste flagelo urbano que assola Paris há pouco mais de uma semana. Nesta 'história' não há bons e maus, correctos e incorrectos, racionais e irracionais, inocentes e culpados.
O que acontece é o que a realidade dos banileues (subúrbios) franceses vive todos os dias. À volta de Paris há uma cintura de imigrantes (dentre eles, portugueses) que há 40, 30, 20 anos foram contribuir para a riqueza nacional da França. Viviam-se anos de prosperidade e de crescente desenvolvimento. A França precisava deles e eles precisavam da França. A França para enriquecer, os imigrantes, uns, para comer, sobreviverem, outros, para serem livres, simplesmente livres, fugidos da opressão, anarquia ou da ditadura. Trabalhavam afincadamente, os mais cumpridores e os mais produtivos, muitas vezes sob condições ilegais e desumanas. Alguns imigrantes foram muito longe, enriqueceram com o país, criaram o seu negócio. Outros, melhoraram a sua vida, mas continuaram a viver do bairro. Mal ou bem, mais ou menos esforço, integraram-se. Mas todos os dias sentiam a superioridade e arrogância francesas: no trabalho, na taverne, nos media, por toda a parte. Tudo bem, conviviam bem com isso. Têm a sua crença, cultura, suas tradições e as comunidades entreajudavam-se nas dificuldades. O sentimento sobranceiro francês é uma constante na vida destes imigrantes. Os portugueses, sofreram-no, os sub-saharianos e magrebinos sofrem-no e os nacionais dos países de leste da União Europeia (!), como os polacos, já começaram a senti-lo. É o que um dia pode matar a Europa: o acordar da intolerância racial, religiosa e étnica. É a principal e ac6tual causa do terrorismo. Não há nada pior para um ser humano sentir-se inferiorizado e humilhado. Olhe-se para a História, e vejam-se as atrocidades cometidas e as causas das maiores revoluções e guerras, sobretudo mundiais.
Entretanto, da primeira geração de imigrantes nascia a segunda e desta a terceira, aninhados em bairros abandonados pelas políticas públicas, nacionais e locais, onde não há um jardim bem tratado, uma escola limpa, uma biblioteca, um pavilhão de desportos, nada para o cultivo da cultura, nada para combater o ócio, nada para sentirem que é feito alguma coisa por eles, absolutamente nada! Para além de um bairro, os imigrantes viviam, e vivem, em guetos, marginalizados e intolerados. Os primeiros imigrantes queriam que os filhos, já com a nacionalidade francesa, frequentassem a escola, sobretudo uma escola que honrasse os valores da revolução, livre, justa e solidária. Mas ela é tudo menos isso: não é livre, porque, por exemplo, não há a liberdade de usar símbolos religiosos no próprio corpo, ou seja, não há cumprimento algum da liberdade de expressão, de religião e de desenvolvimento da personalidade, liberdades constitucionais entre nós, nunca postas em causa por cá, precisamente porque há essa liberdade. Não é justa, porque por incrível que pareça, foi criado um regime especial educativo (desenhado a pensar nestes «franceses de 2.ª») com cariz técnico-profissional, sem lhes dar o acesso ao nível universitário (!). Mais tarde ou mais cedo, qualquer pessoa de bom senso alcança o futuro destes jovens suburbanos. Não é solidária, porque não há sequer fraternidade, quanto mais humanismo. Para a maioria dos franceses, eles não são verdadeiros franceses. Dentre esses, muitos defendem que deviam estar na «sua terra». E, ainda por cima, as políticas públicas não são conformadas por um real e efectivo princípio de igualdade. E assim se faz parte da História.
(continua)
Era 27 de Outubro, em Le Branc-Mesnil, três jovens corriam desalmados a fugir da Polícia, dois, de 15 e 17 anos, morreram estranhamente electrocutados, o outro ficou ferido, escapando por pouco ao mais terrível dos destinos. Eram suspeitos de actos criminosos...
A História dos últimos tumultos e actos de vandalismo por parte de jovens suburbanos podia começar assim, mas - como raramente não acontece - a «real» História está mais funda que as experiências dos sentidos. Aprofunde-se minimamente o passado e o presente, para que o enquadramento de qualquer opinião, subjectiva por natureza, seja a mais credível é convinvente possíveis, carecendo de avanços pelas brumas antropológicas, sociais, culturais e políticas da terra de Obélix..
Analisar esta problemática recente sob a perspectiva de uma lei maniqueísta, nem com uma lupa se conseguirá aprofundar e compreender as causas e as dimensões deste flagelo urbano que assola Paris há pouco mais de uma semana. Nesta 'história' não há bons e maus, correctos e incorrectos, racionais e irracionais, inocentes e culpados.
O que acontece é o que a realidade dos banileues (subúrbios) franceses vive todos os dias. À volta de Paris há uma cintura de imigrantes (dentre eles, portugueses) que há 40, 30, 20 anos foram contribuir para a riqueza nacional da França. Viviam-se anos de prosperidade e de crescente desenvolvimento. A França precisava deles e eles precisavam da França. A França para enriquecer, os imigrantes, uns, para comer, sobreviverem, outros, para serem livres, simplesmente livres, fugidos da opressão, anarquia ou da ditadura. Trabalhavam afincadamente, os mais cumpridores e os mais produtivos, muitas vezes sob condições ilegais e desumanas. Alguns imigrantes foram muito longe, enriqueceram com o país, criaram o seu negócio. Outros, melhoraram a sua vida, mas continuaram a viver do bairro. Mal ou bem, mais ou menos esforço, integraram-se. Mas todos os dias sentiam a superioridade e arrogância francesas: no trabalho, na taverne, nos media, por toda a parte. Tudo bem, conviviam bem com isso. Têm a sua crença, cultura, suas tradições e as comunidades entreajudavam-se nas dificuldades. O sentimento sobranceiro francês é uma constante na vida destes imigrantes. Os portugueses, sofreram-no, os sub-saharianos e magrebinos sofrem-no e os nacionais dos países de leste da União Europeia (!), como os polacos, já começaram a senti-lo. É o que um dia pode matar a Europa: o acordar da intolerância racial, religiosa e étnica. É a principal e ac6tual causa do terrorismo. Não há nada pior para um ser humano sentir-se inferiorizado e humilhado. Olhe-se para a História, e vejam-se as atrocidades cometidas e as causas das maiores revoluções e guerras, sobretudo mundiais.
Entretanto, da primeira geração de imigrantes nascia a segunda e desta a terceira, aninhados em bairros abandonados pelas políticas públicas, nacionais e locais, onde não há um jardim bem tratado, uma escola limpa, uma biblioteca, um pavilhão de desportos, nada para o cultivo da cultura, nada para combater o ócio, nada para sentirem que é feito alguma coisa por eles, absolutamente nada! Para além de um bairro, os imigrantes viviam, e vivem, em guetos, marginalizados e intolerados. Os primeiros imigrantes queriam que os filhos, já com a nacionalidade francesa, frequentassem a escola, sobretudo uma escola que honrasse os valores da revolução, livre, justa e solidária. Mas ela é tudo menos isso: não é livre, porque, por exemplo, não há a liberdade de usar símbolos religiosos no próprio corpo, ou seja, não há cumprimento algum da liberdade de expressão, de religião e de desenvolvimento da personalidade, liberdades constitucionais entre nós, nunca postas em causa por cá, precisamente porque há essa liberdade. Não é justa, porque por incrível que pareça, foi criado um regime especial educativo (desenhado a pensar nestes «franceses de 2.ª») com cariz técnico-profissional, sem lhes dar o acesso ao nível universitário (!). Mais tarde ou mais cedo, qualquer pessoa de bom senso alcança o futuro destes jovens suburbanos. Não é solidária, porque não há sequer fraternidade, quanto mais humanismo. Para a maioria dos franceses, eles não são verdadeiros franceses. Dentre esses, muitos defendem que deviam estar na «sua terra». E, ainda por cima, as políticas públicas não são conformadas por um real e efectivo princípio de igualdade. E assim se faz parte da História.
(continua)
Paris já está a arder?
Um dos lemas, menos conhecidos, da Revolução Francesa ditava: "Enforcar o ultimo padre com as tripas do ultimo nobre".
É verdade! A "Deusa-Mãe" Republica nasceu assim envolta numa ignóbil carnificina.
A máxima "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", encontra-se hoje plasmada nas diferentes Leis Fundamentais que podemos encontrar um pouco por todo o Mundo. Aí os positivistas…, o que eles foram fazer. Aí os positivistas-legalistas e ("bandidos") formalistas…, o que eles fizeram!
Veja-se logo o primeiro artigo da nossa Constituição. Lá onde está"(…) uma sociedade livre, justa e solidaria" não está nem menos nem mais do que o grito da França Jacobina: "Liberdade, Igualdade, Fraternidade".
Hoje…, bem hoje a máxima tornou-se ditadura!
Alguém lhe perguntou se queria viver num tempo e espaço marcado pelos Direitos, Liberdades e Garantias? Alguém lhe perguntou se queria obedecer ao pesado catalogo dos direitos fundamentais?
A coisa complica-se ao ponto de nem ser possível dizer em voz alta "abaixo a propriedade privada" ou "morte aos pretos", sem sermos olhados com desdém e logo, logo catalogados de perigosos "istos, aquilos ou aquelotros". Não? Então experimentem entre amigos dizer que os árabes são todos uns assassinos e mereciam desaparecer da face da terra, ou que os judeus são isso mesmo, só fazem judiarias. Experimentem!
Factos fictícios:
O meu estabelecimento comercial, com o qual sustento a minha querida família, foi esta noite incendiado por um grupo de jovens!
De arma em punho, com dolo de homicídio, fui atras deles.
Disparei e provoquei a morte a todos.
Pratiquei vários crimes de homicídio qualificado pp no art132/2, d) do nosso código penal, pois fui motivado por um motivo fútil, ie um não motivo.
Poderei ser condenado a 25 anos de prisão caso em Tribunal se prove que eu revelei especial censurabilidade ou perversidade com tal animo.
Paris já está a arder?
E Lisboa?
Sereníssimas as autoridades da Republica olham o fogo que arde. E vê-se.
Chirac, esse demónio da direita Francesa, sorri e diz que vai tomar medidas.
Quem se lixa é, claro está (!!!), o mexilhão.
A bandidagem, a selvajaria, a ignominia já alastram para o Sul, quase até as Pirineus. Está já aqui ao lado a pouco mais de mil quilómetros.
Todos nós assistimos. Coitadinhos…, de nós.
Paris já está a arder?
Nem um pouco, isto é só o inicio.
Há duzentos e poucos anos dizia a Burguesia: "Enforcar o ultimo padre com as tripas do ultimo nobre". A Burguesia instaurou, limou, sorveu, gastou da "ditadura dos direitos fundamentais". Patrocinada por essa coisa (agora) horrenda chamada positivismo jurídico.
Mais tarde vieram os "novos cristãos", jusnaturalistas novos, dizer que afinal a justiça é que era importante. Não a norma.
Mas quem diz o que é Justo? Afinal não será um conceito subjectivo?
Não será a justiça o que um homem quiser?
Hoje é inconcebível dizer - será crime? - "Enforcar o ultimo preto, com as tripas do ultimo árabe".
Meu Deus…, o que eu escrevi…
E amanhã?
PSL
É verdade! A "Deusa-Mãe" Republica nasceu assim envolta numa ignóbil carnificina.
A máxima "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", encontra-se hoje plasmada nas diferentes Leis Fundamentais que podemos encontrar um pouco por todo o Mundo. Aí os positivistas…, o que eles foram fazer. Aí os positivistas-legalistas e ("bandidos") formalistas…, o que eles fizeram!
Veja-se logo o primeiro artigo da nossa Constituição. Lá onde está"(…) uma sociedade livre, justa e solidaria" não está nem menos nem mais do que o grito da França Jacobina: "Liberdade, Igualdade, Fraternidade".
Hoje…, bem hoje a máxima tornou-se ditadura!
Alguém lhe perguntou se queria viver num tempo e espaço marcado pelos Direitos, Liberdades e Garantias? Alguém lhe perguntou se queria obedecer ao pesado catalogo dos direitos fundamentais?
A coisa complica-se ao ponto de nem ser possível dizer em voz alta "abaixo a propriedade privada" ou "morte aos pretos", sem sermos olhados com desdém e logo, logo catalogados de perigosos "istos, aquilos ou aquelotros". Não? Então experimentem entre amigos dizer que os árabes são todos uns assassinos e mereciam desaparecer da face da terra, ou que os judeus são isso mesmo, só fazem judiarias. Experimentem!
Factos fictícios:
O meu estabelecimento comercial, com o qual sustento a minha querida família, foi esta noite incendiado por um grupo de jovens!
De arma em punho, com dolo de homicídio, fui atras deles.
Disparei e provoquei a morte a todos.
Pratiquei vários crimes de homicídio qualificado pp no art132/2, d) do nosso código penal, pois fui motivado por um motivo fútil, ie um não motivo.
Poderei ser condenado a 25 anos de prisão caso em Tribunal se prove que eu revelei especial censurabilidade ou perversidade com tal animo.
Paris já está a arder?
E Lisboa?
Sereníssimas as autoridades da Republica olham o fogo que arde. E vê-se.
Chirac, esse demónio da direita Francesa, sorri e diz que vai tomar medidas.
Quem se lixa é, claro está (!!!), o mexilhão.
A bandidagem, a selvajaria, a ignominia já alastram para o Sul, quase até as Pirineus. Está já aqui ao lado a pouco mais de mil quilómetros.
Todos nós assistimos. Coitadinhos…, de nós.
Paris já está a arder?
Nem um pouco, isto é só o inicio.
Há duzentos e poucos anos dizia a Burguesia: "Enforcar o ultimo padre com as tripas do ultimo nobre". A Burguesia instaurou, limou, sorveu, gastou da "ditadura dos direitos fundamentais". Patrocinada por essa coisa (agora) horrenda chamada positivismo jurídico.
Mais tarde vieram os "novos cristãos", jusnaturalistas novos, dizer que afinal a justiça é que era importante. Não a norma.
Mas quem diz o que é Justo? Afinal não será um conceito subjectivo?
Não será a justiça o que um homem quiser?
Hoje é inconcebível dizer - será crime? - "Enforcar o ultimo preto, com as tripas do ultimo árabe".
Meu Deus…, o que eu escrevi…
E amanhã?
PSL
domingo, 6 de novembro de 2005
Atenção
O meu próximo post aqui no ARCADIA poderá conter linguagem menos própria, ideias desviantes, revelar comportamentos psicopaticos e quiçá ser até apelidado de racista ou xenófobo.
Ultimo aviso: Não o leiam!
PSL
Ultimo aviso: Não o leiam!
PSL
sábado, 5 de novembro de 2005
ESPUMAS XIX
O mundo é feito de várias felicidades. Tantas quantas as coisas bonitas que há para cada qual. É raro alguém não ter uma felicidade, diga ela respeito ao que se é, ao que se tem ou ao que os outros são e têm por nós, ou de nós. A felicidade está em qualquer lugar sentido. Um gesto, uma palavra, um sorriso e cria-se floresta num deserto. Toda a gente o sabe, parece certo, todavia, difícil é estar predisposto para a receber. É por isso que quando não há uma grande razão para se festejar a felicidade, temos que encontrar três boas razões para isso acontecer. Quando não temos um grande argumento que nos convença, torna-se necessário buscar três pequenos argumentos, que, no mais das vezes, não são tão pequenos quanto pensamos, já dizia um eminente professor de física. Os argumentos estão sempre connosco, em nós, e que apesar de visíveis a todo o tempo passam bem despercebidos às escassas visitas que fazemos à nossa simplicidade. Isto porque, para isso acontecer, importa estarmos predispostos. A predisposição é essencial para quase tudo. Sem ela poucas coisas correm bem, raras vezes temos sucesso, e quase tudo culmina em desvalorização ou desilusão. Paradoxalmente, a predisposição é um estado a meio caminho, não está antes da vontade, ela própria já é uma vontade, uma meia-vontade, uma pequena essencial vontade. Encontrá-la é reunir os três grandes argumentos que todo o ser humano é capaz de extrair. No fundo, sobretudo nos dias de hoje, exigentes e populosos, cheios de hábitos e de preconceitos, a predisposição é uma disposição: a disposição que lembra que, apesar desses dias, três argumentos já integram a nossa existência. Na verdade, assim que nascemos. Não é preciso uma revolução para os atingir, basta uma predisposição. Através dela, qualquer objectivo perseguido, qualquer sentimento vivido, qualquer acto sentido, é meio caminho para se viver o que queremos viver, seja com quem for. Ninguém reinventa ou controla as felicidades, daí que a predisposição não deva ser-nos estranha ou inacessível. Ela é o que sempre foi: humana e ubíqua. E se o ser humano se completa com o Eu, Tu e Ele, o mundo é feito de Nós, Vós e Eles. Na felicidade, no profundo, não há grandes argumentos, pela razão de que não existe maior argumento que este. A predisposição cultivada é felicidade visitada.
NCR
sexta-feira, 4 de novembro de 2005
Se merecem!!!
Fiquei radiante com a vitoria dos The Gift ontem no Atlântico.
Que brava rapaziada esta de Alcobaça que tanto se tem esforçado para mostrar como são bons; que tanto suor tem gasto, tanta estrada tem feito, tanta energia despendido..., e tudo por um sonho. Fazer o que gostam. Mil urras!!!!
Vocês são o exemplo de Portugal!
Fotos de Sérgio Rodrigues (link)
PSL
quinta-feira, 3 de novembro de 2005
Funcionários Públicos de todo o Mundo uni-vos!!!
Nesta casa não há fantasmas nem bodes expiatórios
...e só dependemos de nós.
PSL
quarta-feira, 2 de novembro de 2005
Senhor da Nuance
Nos próximos dias, apesar de já ter começado, vamos assistir a uma intensa jorrada de acusações, baixezas políticas, processos de más intenções, colagens de mau gosto, etc, sobretudo da candidatura de Soares, e deste, a Cavaco Silva. Já começam a delinear-se as planificações de campanha.
Mário Soares já disse que as gaffes fazem parte dele, «é normal e até tem piada» (ou seja, qualquer gaffe soarista é justificadora de culpa ou ilicitude políticas, que é o mesmo que dizer: serei irresponsável por alguns dizeres). E mais, repete (e notem a nuance) que é um político e tem orgulho de o ser; o que não repete é o adjectivo (neste caso) 'profissional'. Porquê? Porque Cavaco não disse que não era político, ele assume essa categoria, e sempre a assumiu. Ele disse sim, que não era «político profissional» e, até com má intenção parcial, se reconhece que não é. Político profissional é aquele que tem como profissão a política, isto é, vive em termos de actividade e de remuneração, da política. Ora, todos sabemos que dos 5 candidatos actuais só Cavaco Silva não é um político profissional, sucedendo-lhe, numa lista decrescente de 'aprofissionalismo político' o Francisco Louçã que considero ser um semi-profissional. Isto parece evidente e com muita lógica e bom-senso, mas não sejamos ingénuos: uma coisa é o discurso político, outra é dizer a verdade de forma clara e unívoca. E sem segundas intenções, naturalmente.
Quanto às pensões de Cavaco Silva, a questão foi levantada (com a esperteza suficiente para os media se atirarem a ela) sub-repticiamente de forma deplorável pelo ex-presidente da República. Foi uma atitude negativa, mesquinha e demagógica. E pode ser virada contra si, pois basta saber a resposta à pergunta Qual deles é o mais rico?, para sabermos onde parará esta bala. Ademais, é um mau exemplo para a democracia, ainda por cima vindo do pai da democracia portuguesa.
Há pessoas que não se contentam em ter um nobre lugar na história pelas vitórias que contribuiu alcançar. Mas por outro lado, é bom que estes grandes Senhores da História também percam as eleições. Dá um sinal positivo, ainda que aparente - de humildade e de combate políticos - aos jovens adultos que estão fora e dentro da política.
NCR
Mário Soares já disse que as gaffes fazem parte dele, «é normal e até tem piada» (ou seja, qualquer gaffe soarista é justificadora de culpa ou ilicitude políticas, que é o mesmo que dizer: serei irresponsável por alguns dizeres). E mais, repete (e notem a nuance) que é um político e tem orgulho de o ser; o que não repete é o adjectivo (neste caso) 'profissional'. Porquê? Porque Cavaco não disse que não era político, ele assume essa categoria, e sempre a assumiu. Ele disse sim, que não era «político profissional» e, até com má intenção parcial, se reconhece que não é. Político profissional é aquele que tem como profissão a política, isto é, vive em termos de actividade e de remuneração, da política. Ora, todos sabemos que dos 5 candidatos actuais só Cavaco Silva não é um político profissional, sucedendo-lhe, numa lista decrescente de 'aprofissionalismo político' o Francisco Louçã que considero ser um semi-profissional. Isto parece evidente e com muita lógica e bom-senso, mas não sejamos ingénuos: uma coisa é o discurso político, outra é dizer a verdade de forma clara e unívoca. E sem segundas intenções, naturalmente.
Quanto às pensões de Cavaco Silva, a questão foi levantada (com a esperteza suficiente para os media se atirarem a ela) sub-repticiamente de forma deplorável pelo ex-presidente da República. Foi uma atitude negativa, mesquinha e demagógica. E pode ser virada contra si, pois basta saber a resposta à pergunta Qual deles é o mais rico?, para sabermos onde parará esta bala. Ademais, é um mau exemplo para a democracia, ainda por cima vindo do pai da democracia portuguesa.
Há pessoas que não se contentam em ter um nobre lugar na história pelas vitórias que contribuiu alcançar. Mas por outro lado, é bom que estes grandes Senhores da História também percam as eleições. Dá um sinal positivo, ainda que aparente - de humildade e de combate políticos - aos jovens adultos que estão fora e dentro da política.
NCR
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