Afinal a Sofia é mais paciente do que eu julgava. Não só teve a paciência necessária para ler isto com atenção até ao fim, como ainda teve a paciência de me responder, resposta essa em que apenas hoje (ontem) reparei [shame on me].
Tal como tentei dizer aqui, penso que só existe uma razão valida - ou se quisermos num plano mais filosófico, um elemento teleológico ou um fim último - para as comemorações natalícias (assumam elas formas, ritos e tradições que assumirem): o Natal só é Natal se comemorarmos a natalidade.
Afirma-lo desta forma é mais do que um sinal de pragmatismo. É um sinal de realismo.
Em tudo o mais, faço jus à minha costela liberal. Ou seja, cada um comemora o que quiser, como bem quiser, na medida que quiser, na noite de 24 e dia 25 de Dezembro. Não venha é dizer que está a comemorar o Natal. Porque o Natal não é o que o Homem quiser nem quando o Homem quiser.
O Natal é o natal, no natal.
3 comentários:
O Natal marca o nascimento de Cristo, verdade.
Mas, mesmo que o "esqueçamos" nas comemorações, ao comemorar o Natal como "espírito natalício", como bondade, caridade, amor, partilha, família, e por aí adiante (porque no meio dos presentes, das comidas, da familia, da árvore estes princípios acabam por estar presentes), não estaremos sim a comemorar mais que o nascimento de Cristo, o próprio Cristo?
Não será antes esse o objectivo pretendido, com ou sem presépio?
Olá Alexandra.
Em primeiro lugar…, bons olhos te leiam. Folgamos em saber que estás de volta à blogosfera. Bom regresso.
No meu entendimento a tua perspectiva faz todo o sentido, desde que tenhamos percepção da mesma, o que parece ser o teu caso – com ou sem presépio.
A questão só se coloca se: na quadra nos ficarmos pelas diferentes comemorações, olvidando de todo que o ponto de partida (e chegada) de toda “a festa” está precisamente no nascimento de um ser humano, cuja data de nascimento se convencionou celebrar por estes dias.
Beijinhos
Obrigada. :-)
Parece-me que foi a primeira vez que consegui comentar no vosso blogue. Já havia tentado várias vezes, mas sem sucesso (creio).
Boas entradas!
Enviar um comentário