segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Henrique Calisto Vs Carlos Queiroz

Ao invés do que o lado lunar do Ocidente proclama, não deve de haver povo mais imbecil neste nosso planeta do que os vietnamitas. Acho que já viajei um pouquinho e de todos os locais do mundo que visitei há um único sitio que não desejo nunca mais voltar: o Vietname. O país é belo, o clima aceitável; mas os vietnamitas são porcos, andrajosos, intrujas, aldrabões, gatunos. Numa palavra, mais de noventa milhões de filhos da puta.

Mas houve um português que os conseguiu fazer esquecer o seu egoísmo e exacerbado individualismo. Henrique Calisto, que para quem não sabe ou já se esqueceu por cá nunca passou de treinador medíocre de equipa esfarrapada da segunda divisão ou do fundo da tabela da primeira, consegui o aparentemente impossível. Conduzir a selecção nacional de futebol daquele patético país a uma vitoria numa competição internacional de futebol ao vencer ontem a Taça do Sudeste Asiático, qualquer coisa como "o europeu" daquela zona do globo.

Po cá, hoje, Carlos Queiroz faz, com uma entrevista, a primeira pagina do paquim nortenho "o Jogo". Na manchete escreve-se: "Batia-me menos se falasse com sotaque". Não é a primeira vez que este medíocre "retornado" tem "saídas" vagamente xenófobas. Queiroz, enquanto treinador principal de futebol (excluindo as vitorias no mundiais de juniores há cerca de 20 anos - num tempo em que o futebol mundial era substancialmente diferente), para além de nunca nada ter ganho, sempre viu os seus projectos resultarem em verdadeiros fracassos. Mas, como sempre, insiste em espalhar cortinas de fumo e culpar terceiros.

Em bom rigor, Portugal tem a liderar a sua equipa nacional de futebol quem merece. Ora…, já se viu, por exemplo, ter um português sério, competente, responsável, honesto, trabalhador, vencedor (mas sem ser "fashionable") como são casos de Henrique Calisto ou Manuel José, a liderar a selecção?
Obviamente que não.

Como estamos em tempo de votos aqui vão alguns: não tendo nada contra a pessoa Carlos Queiroz, desejo-lhe com sinceridade as piores derrotas profissionais possíveis, os maiores fracassos desportivos imagináveis. A ele e à equipa de jogo da bola que dirige.

6 comentários:

Nuno Santos Silva disse...

«já se viu, por exemplo, ter um português sério, competente, responsável, honesto, trabalhador, vencedor (mas sem ser "fashionable") como são casos de Henrique Calisto ou Manuel José, a liderar a selecção?»

Já: o Humberto Coelho e o Torres!!!
(são os únicos que me lembro de ver mesmo...)

AnaLu disse...

Tu achas mesmo que "os vietnamitas são porcos, andrajosos, intrujas, aldrabões, gatunos. Numa palavra, mais de noventa milhões de filhos da puta."?

E por que é que o termo "retornado" continua a ser usado como insulto? Não deveríamos já ter ultrapassado estas questões?

Suponho que as questões que levanto sejam secundárias ao assunto tratado mas gostava na mesma de perceber o porquê das afirmações.

Pedro Soares Lourenço disse...

Secundárias? De todo.

Quanto aos vietnamitas até fui bastante simpático.
Da minha passagem por lá o ano passado só trago saudades de uma pessoa, o Tio Ho (link). E felizmente já está morto há muito tempo. Experimenta viver uma semanita no Vietname (sem a vivenda de luxo e o motorista – foi ele que o disse numa entrevista – do Henrique Calisto) e verás. Experimenta!

Não utilizei a expressão retornado como arma de arremesso, dai ter tido o cuidado de usar aspas. O Queiroz é “retornado” (precisamente por analogia às pessoas que voltaram das ex-colónias portuguesas) porque está (infelizmente) de volta ao futebol português.
O que confunde na minha frase não é o ““retornado”” mas sim o “medíocre”. A junção das duas palavras não foi feliz.



A provar que estas conversas nas caixas de comentários são sempre interessantes repara neste pormenor engraçado.
Fui à wikipédia confirmar se Queiroz (parece que se escreve Queirós) era ou não um retornado. E o que podemos ler? “Nascido em Moçambique, regressou a Portugal em 1975.” Ora se nasceu lá, não podia ter regressado para cá. Lá, na wikipédia, sim. O retornado (não como insulto mas como estigma) está bem espelhado naquela frase.
Curioso não é

Unknown disse...

Sr Pedro Lourenço , por um acaso vim dar com esta notícia... E fiquei surpreendidissimo com o que escreveu... Acho que devia ser mais comedido nos seus comentários a respeito de pessoas que certamente não conheçe...nem o seu percurso profissional quanto mais pessoalmente... Acho que ambos os treinadores a que se refere já levaram o nome de Portugal bem longe... E por aí já nos devíamos orgulhar...
Medíocres? Até estou curioso para saber quem são para si os melhores portugueses... E dps certamente iremos relembrar os seus currículos...
A respeito do povo Vietnamita, deduzo que tenha visitado o paìs turisticamente... certamente que deve ter passado por uma situação menos simpática mas nada que Nao podesse tb acontecer em Portugal de certeza... E não somos" 10 milhões de filhos da pu...."
Tenho um grande amigo que também escreve mas é um jornalista de verdade... Aliás um dos melhores de portugal... E diz-me sempre uma coisa que lhe vou dizer... "O grande mal da Natureza é a incompetência não doer..."

Sem comentários....

Tiago Calisto

Unknown disse...

Sr. Pedro Lourenço, falar é tão simples não acha? Falar acertado, com consciência, responsabilidade e competência é que me parece mais dificil, especialmente no seu caso, que simplesmente se limita a mandar umas bocas para o ar, sobre pessoas que claro, não conhece, mas concerteza que seria um enorme prazer algum dia ter oportunidade de falar um pouco com as mesmas! Esse sentimento de bota-abaixismo parece-me nojento quando falamos em homens que têm sucesso na vida, seja lá onde for, e não ficam encostados a mandar uns bitaites sobre o sucesso dos outros. Esse sentimento parece-me estar associado a algum tipo de frustração pessoal...
Não desanime... um dia poderá ser como eles!
Um abraço

Sérgio Almeida

Anónimo disse...

cá para mim o Sr. Lourenço terá voltado do Vietnam com uma DST (em inglês STD)...cuidado para não se por a jeito outra vez, é que em Portugal, tal como em muitos outros sítios, também se apanha!