Como os comunistas em 1989, há liberais financeiristas que ainda não repararam que outro muro caiu. Defendem que a competitividade se faz à conta dos trabalhadores atacando o chumbo do aumento do período experimental para trabalhadores indiferenciados para 6 meses e o horário de trabalho semanal para mais de 60 horas.
Percebe-se: como a realidade se encarregou de demonstrar que Hayek e Friedman são tão "úteis" como Louçã ou Cunhal, procuram a todo o custo empurrar as culpas para o falhanço do "neo-liberalismo" para cima dos trabalhadores, como os comunistas procuram distribuir culpas pela queda do Muro de Berlim.
A verdade é que tanto o chumbo do aumento do período experimental para trabalhadores indiferenciados para 6 meses, como do aumento do horário de trabalho semanal para mais de 60 horas, são sinais de que a economia pode de novo ser colocada ao serviço do Homem.
Sublinhando a superioridade na criação de riqueza do capitalismo temperado pelo socialismo democrático, ou social-democracia, termino citando o papa Paulo VI, na encíclica Populorum Progressio, de 1967:
Este liberalismo sem freio conduziu à ditadura denunciada com razão por Pio XI, como geradora do "imperialismo internacional do dinheiro". Nunca será demasiado reprovar tais abusos, lembrando mais uma vez, solenemente, que a economia está ao serviço do homem. Mas, se é verdade que um certo capitalismo foi a fonte de tantos sofrimentos, injustiças e lutas fratricidas com efeitos ainda duráveis, é contudo sem motivo que se atribuem à industrialização males que são devidos ao nefasto sistema que a acompanhava. Pelo contrário, é necessário reconhecer com toda a justiça o contributo insubstituível da organização do trabalho e do progresso industrial na obra do desenvolvimento.
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