sexta-feira, 20 de junho de 2008

Notas sobre uma eliminação ridiculamente prematura (III) - Perdemos unicamente por culpa própria

(Espero que a parte do prematura seja pacifica!)
Mas afinal porque é esta eliminação ridícula?
É ridícula porque, fundamentalmente, a equipa que ontem entrou em campo não soube ou não quis lutar por outro resultado. Houve medo (pareceu-me mesmo ver pavor nalguns olhares dos nossos durante a cerimonia do hino), houve falta de ambição, houve fraqueza no momento de lutar pela posse de bola e pelo controlo do jogo. Houve temor reverencial aos germânicos.

No plano individual dois jogadores deixaram a sua nódoa profunda no jogo, Ricardo e Paulo Ferreira. Mas o meio campo não sai ileso. Deco não existiu, Moutinho enquanto esteve em campo falhou um golo (com o resultado em branco) certo. E por onde terá andado o putativo Melhor Jogador do Mundo?

Haverá ainda mais razões para justificar a expressão ridícula?
Com certeza que sim. Mas não tão evidentemente demonstráveis. Como liberal que sou custa-me ter de dar razão aos que criticaram as “Nereidas” deste grupo de trabalho. A saber, entre outras, o anuncio da saída de Scolari para o Chelsea a troco de uma pequena fortuna para o brasileiro, o inédito (no meio de um estagio para uma competição de futebol profissional de topo) passeio de Deco até Barcelona (?!) para resolver “assuntos pessoais”, a novela Real-Ronaldo…

Na imagem (Lars Baron/Bongarts/Getty Images), os adeptos germânicos (tão bem organizado como o seu Estado ou as suas empresas) puxam dos galões e fazem a mais eficaz coreo deste Euro 2008 mostrando um pano, sob fundo das cores alemãs, a reclamar o título de tri-campeão europeu. Respeito...

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