domingo, 25 de novembro de 2007

Coimbra tem mais encanto vestida de encarnado e branco

Não sei se dou sorte, Nuno. Para mim esta foi apenas a terceira "saida" da época e foi a primeira vez que trouxe a vitória no saco (empate com o Leixões no Bessa e derrota em Setúbal para a Taça da Liga). Mas, naturalmente, não posso recusar o teu amável convite.

1. Nesta jornada comecei por ver muita coisa ainda estava em Lisboa. Vi, por exemplo, Luís Filipe Vieira reconhecer o obvio - irra, mais vale tarde que nunca. Disse o líder encarnado, na sexta feira passada, que o Benfica não tem claques mas sim sócios. Ponto final parágrafo.

2. Já em Coimbra, num local que antigamente se chamava Calhabé, vi o grupo de sócios sem nome invadir um sector inteiro no topo sul do estádio. Foram seguramente mais de quinhentos rapazes e raparigas (muitas!) sem nome que durante quase todo o jogo silenciaram o resto do estádio. Não há palavras para descrever o amor desta gente ao nosso querido clube. Com eles (e elas) o Benfica é imensamente mais rico […e cada vez seremos mais!].

3. Mas vi também coisas que parece que mais ninguém viu. Por exemplo, no primeiro golo do Benfica, devemos creditar meio tento ao Nuno Gomes. As imagens da televisão não mostram, a imprensa escrita de hoje não fala nisso (estou para perceber parque é que insisto em comprar A Bola ainda que de vez em quando). Aquando da marcação do livre pensei para mim mesmo que "aquilo não ia dar nada" pois havia gente a mais entre a bola e a baliza. O Nuno ocupou um lugar na barreira mas assim que o lance se inicia corre em direcção bola e de forma pouco ortodoxa lança-se para o chão abrindo um rombo imenso por onde a bola viaja até às redes adversária. Com aquele movimento o Nuno tapou o angulo de visão a Ricardo até ao ultimo segundo possível. Foi golo!

4. Vi também um Benfica por vezes pouco pressionante para tão pouca Académica (equipa organizadinha mas sem génio em qualquer dos sectores). Mas vi ainda uma equipa técnica que dá uma confiança incrível a todo o grupo de trabalho mantendo a pressão no nível certo até ao apito final. E foi assim que pela primeira vez um dos torpedos lançados por Binya para o centro da área teve sucesso - parece que também ninguém reparou no pormenor. Bynia lança a bola como ninguém o faz em Portugal. Os adversários não estão preparados para defender este tipo de lances e a experiência de Luisão fez o resto. Foi golo!

5. Foi golo ainda de Adu. Porque o jovem norte americano está cada vez mais seguro, maduro , concentrado e será um grande trunfo do Benfica do futuro.

6. Vi finalmente a equipa dirigir-se após o apito final ao topo sul do calhabé. Mais de dez mil apoiantes do nosso querido clube deram-lhe um abraço gigante. E eles retribuíram. Um uníssono inédito esta época, jogos na Luz inclusive. Mas estes momentos são para mim e para quem esteve no estádio, Nuno. Porque infelizmente a comunicação social portuguesa teima em compreender que quando se fala em Benfica deve falar-se sempre, no principio e no fim, daqueles que são a verdadeira alma Benfiquista; os incansáveis obreiros da mística Benfiquista.

7. Força Benfica vence, cada vez queremos mais!

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