quinta-feira, 10 de maio de 2007

É verão em Lisboa

Lisboa merece a nossa atenção, mais atenção. Lisboa merece uma profunda reflexão. Atenta. Urgente.

Helena Roseta é uma mulher do "combate", da "luta". Uma "resistente". Roseta já foi militante e deputada na AR pelo PSD (lembram-se?). Roseta é do PS. Roseta já foi autarca nos arredores de Lisboa (lembram-se?). Roseta é Bastonária da Ordem dos Arquitectos. Roseta não cheira a Lisboa. Roseta é mais do mesmo. Basta!

Os estilhaços de Lisboa rapidamente chegaram ao PS. Manuel Alegre acusa de arrogância (que novidade!) a direcção do seu partido. Por não atender a Roseta. Basta!

Lisboa é o espelho do estado a que chegou a velha classe política portuguesa. Santana fala em auto-implosão. Auto-implosão? Uma palavra nova para Lisboa? Lisboa está viciada pelo poder. Tal como Portugal.

Não vislumbro alternativa para Lisboa. Não embarcarei em coligações de "salvação nacional" à esquerda. Nunca votei, não voto, não votarei ao lado do Bloco de Esquerda. Porque amo a liberdade, porque amo a democracia. Não quero estar ao lado dos hipócritas que as proclamam e que as esfaqueiam nas urnas.

À direita o deserto. A mesma pérfida nauseabunda. O mesmo cadáver político que nos trouxe até aqui.

Não vislumbro alternativa para Lisboa. Neste momento considero a abstenção e o voto em branco. E a campanha por tais gritos de revolta.

As eleições serão num fim de semana quente de verão. Os lisboetas querem lá saber do poder político. Os lisboetas não irão votar. A abstenção vai ganhar. Uma vez mais.

Tudo isto é triste. Tudo isto é fado. Da Mouraria à Madragoa. Da Bica a Alcântara. Pelo meio teremos os santos populares. Marchas. Casamentos. Sardinhas, sangria e manjericos. Arroz doce com muita canela.

Quem quer saber de Lisboa?

PSL

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