domingo, 13 de maio de 2007

Da perspectiva

A fronteira entre terrorismo e não-terrorismo sempre foi muito ténue. A diferença que aceito como válida, para mim próprio, assenta na vontade de fazer deliberadamente mal a inocentes: por isso o 11/9, o 11/M e o 7/7 são actos terroristas. A execução de Ceausescu não.
Não digo com isto que defendo os assassinatos políticos, sou contra a pena de morte e ponto final, mas entendo que há terrorismo e há - se quiserem - actos de guerra.

Por isso não entendo a histeria de alguns grupos realistas (e não necessariamente monárquicos...) que pretendem boicotar a presença de Aquilino Ribeiro no Panteão Nacional. Então e o opróbrio de D. João I e D. João IV responsáveis pelos assassinatos políticos do Conde Andeiro e Miguel de Vasconcelos, de D. Miguel e D. Pedro IV pela miserável (e esquecida) guerra civil que alimentaram?...

Por tudo isto é que é sempre bom haver critérios de avaliação: para que as conclusões não dependam sempre da perspectiva...

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