Impecável: oitava final, oitava vitoria. Melhor? Impossível!
Ontem, após a eufórica comemoração do quarto golo de Cardozo (terceiro da sua conta pessoal), já perto do minuto sessenta da partida, a Catedral não consegui mais conter o orgasmo. Saltou e cantou em uníssono: “Campeões, campeões, nós somos campeões!!!”.
Quase...
Moralmente já o somos há meses. Mas aqui, no futebol, como em muitos outros sectores da cultura, a moral nada rege. Aqui, no futebol, só a matemática, a “frieza dos números” como se costuma dizer é que releva.
Um dia, num dos muitos anos em que não fomos campeões, o Ricardo Araújo Pereira escreveu uma crónica na Visão que questionava: mas porque é que matematicamente já não podemos ser campeões? Porque é que tem de ser a matemática a ditar quem vence ou deixa de vencer? Porque não a literatura ou a poesia?
As coisas são o que são, falta um ponto e..., depois de tanto golo, tanta jogada bela, tanta magia, tanta coragem, tanta classe…, depois de uma época de glória, ainda é possível que o Benfica não seja campeão. Mas, para que isso possa acontecer, já não basta “apenas” uma hecatombe de proporções bíblicas. Será necessário uma chuva de buracos negros e o fim do mundo tal como o conhecemos.
Que grande Benfica!
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