Há muito que me comprometi a escrevinhar umas notas (link) sobre a magnífica leitura de "História de Portugal" de Rui Ramos, Bernardo Vasconcelos e Sousa e Nuno Gonçalo Monteiro. Vejamos se é desta.
Tal como ler por ler, ou estudar porque sim, não tem qualquer valor (muito menos Valor nenhum), a História (tal como outros saberes como a Filosofia ou o Direito) não tem de ser uma coisa aborrecida e entediante. E muitas vezes cabe a quem faz a leitura torna-la (ainda) mais saborosa. Querem ver?
Sabiam que: “(…) Afonso X, o Sábio [rei de Castela e Leão de 1252 a 1284 - link], renunciou à posse do Algarve, recebendo em troca Aroche e Aracena, com o Guadiana a constituir a linha de fronteira entre os dois reinos (…). Consumou-se assim, a incorporação do “reino do Algarve” na Coroa portuguesa” (p.108).
D. Afonso III de Portugal (na imagem), O Bolonhês (link), não o sabia à data da troca, em 1267; mas, em bom rigor, mais não estava a fazer do que trocar a região fundamental do porco ibérico por uma indústria que vive essencialmente de bifes.
Agora mais a sério. O que seria hoje o turismo português sem aquela troca com cerca de 750 anos? Como seria hoje um Portugal cercado de Norte a Sul por Espanha? E um Algarve espanhol? Seria melhor ou pior?
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