Duvido que valha a pena escrever sobre estas coisas; duvido inclusive, cada vez mais, se valerá a pena pensar sequer nestas coisas – mais a mais num fim de semana como o de hoje em que o país habitualmente anestesiado, está muito mais preocupado com a ressurreição da gula materializada em cabrito assado, amêndoas e chocolatinho com fartura.
Enfim; a ânsia de aparecer e dizer qualquer coisa – seja lá o que for – para marcar a agenda pode dar nisto.
Ao Expresso, Alberto Martins, Ministro da Justiça, vem dizer, entre outras palermices, que passou “a falar com reserva ao telemóvel”. Do que e de quem tem medo Alberto Martins? Não é ele Ministro da Justiça? Se acha que algo vai mal no regime jurídico ou na praxis das escutas telefónicas porque não age em vez de atirar fumo para opinião pública?
Diz também que a “justiça atravessa uma crise de credibilidade”. Não me diga Sr. Ministro? Ai sim…, e isso é noticia?
E trabalhar para tentar resolve-la em vez de debitar lugares comuns, enquanto se deixa fotografar com a “taxa arreganhada” para a primeira página do pasquim mor da nação?
Lamentável!
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