Como sabem, por princípio, tento não comentar a sobrevivência de rivais e inimigos. Contudo, o devir da actualidade obriga à chamada da excepção.
O regabofe começou na noite de ontem. Uns precisaram de três horas para derrotar uma equipa perpetuamente condenada à descida de divisão, num campo onde ainda há poucos meses um dos líderes da Liga espetou quatro secos. Outros, sofreram três golos – um dos quais passa a estar no topo do anedotário nacional – humilhantes apontados por um chinês que vestia as cores de uma equipa (joga em que divisão?) cuja terra é somente conhecida pelo seu pão e pelo seu convento.
Hoje, o supremo gozo. Uns vêm espalhadas por essa Rede fora as palavras violentas do seu presidente; as conversas corruptas, a prova das provas. Para além de outras coisas mais, ficou assim reforçada a força verdadeiramente atómica desse meio de obtenção de prova a que o legislador processual-penal denominou (sem definir) “escutas telefónicas”. E por falar em violência, na casa dos outros, sabe-se também hoje, houve um degradante e embaraçoso episódio de violência doméstica de consequências imprevisíveis.
O terramoto que assolou a casa de rivais e inimigos, a inépcia dos seus atletas, a violência dos seus dirigentes, tão cedo não será esquecida. Uns e outros vão ter muito com que se coçar nos próximos meses.
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