Como se de um lento despertar se tratasse, sinto um estranho torpor no espírito. O próprio corpo parece não estar cá. E alma liquidificou-se.
Poderá ter sido daquela tempestade desfeita que faz hoje uma semana, abraçou a mágica península e proporcionou aquela espantosa sessão de “tow in” na baia. Poderá ter sido ainda, do indescritível e inadjectivável dia de ontem nos Supertubos.
Mas também poderá ter sido dos surpreendentes momentos em que a licença me foi conferida para entrar. E surfar como se nunca tivesse havido ontem e não mais houvesse amanhã.
Como nos sonhos, agora que vou despertando, tudo parece ter sido demasiado fugaz. Como nos sonhos, algures lá pelo meio sinto ter perdido algo; mas ganho outro tanto.
E receio não se repita. Tal como os sonhos não se repetem, nunca.
Tinha prognosticado que seria “quase tão bom como sexo” (link); temo ter pecado por defeito.
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