Aleluia. Aleluia, pelo menos três vezes.
Aleluia porque, para variar, vemos hoje um politico visitar uma fábrica que trata uma das maiores riquezas portuguesas: o peixe.
Aleluia ainda porque esse politico, Jerónimo de Sousa, sempre muito crítico quanto ao tecido industrial português, veio defender que "na Nigel os direitos dos trabalhadores são respeitados, demonstrando-se que não é com precariedade e baixos salários que as empresas se desenvolvem”, classificando essa fábrica como “exemplo incentivador”.
Mas, aleluia também porque Peniche pode orgulhar-se de ter um dos presidentes de câmara, o comunista António José Correia, que se consubstancia num dos melhores exemplos autárquicos portugueses. O Tó-Zé, como é conhecido na sua terra, compreende perfeitamente quais as grandes riquezas com que aquele pedaço de terra espetado no mar foi abençoado, sabendo tirar partido dessa mesma dádiva para desenvolver Peniche, sustentadamente.
Ah…, já agora, ainda quanto à Nigel. Como não sou um papalvo que acha que só o que “é feito” em Portugal deve ser comprado e consumido, estou ainda mais à vontade para falar do que por lá se produz. Confesso que é da Nigel que vem parte substancial do peixe e marisco que degusto. Querem ver? Em vez de fazerem mais uma refeição bimba na bimby, que tal provarem as novas refeições prontas que o “exemplo incentivador” produz (dica: o polvo à lagareiro é de comer e chorar por mais).
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