quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Ainda os professores

Será que os 100 000 professores que se manifestaram em Lisboa contra:
  • A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues;
  • Qualquer modelo de avaliação que sirva para avaliar o seu desempenho;
  • A carreira em dois níveis (professor e professor titular), ao invés de apenas um (no resto da função pública, a carreira superior é composta por Técnico Superior de Segunda Classe, Técnico Superior de Primeira Classe, Técnico Superior Principal, Assessor e Assessor Principal...);
  • As aulas de substituição; e
  • O modelo de gestão das escolas;
Estão a pensar em demitir-se da função pública, juntar-se e abrir uma escola privada onde escolham eles:
  • O presidente do conselho de administração;
  • O seu próprio modelo de avaliação;
  • A sua própria carreira;
  • O modo de suprimento das faltas dos colegas; e
  • O modelo de gestão da sua escola????

Humm... Parece-me que não... Nesse aspecto concordo com a malta do Blasfémias: trata-se de uma guerra entre dois grupos que vivem à conta do Orçamento de Estado...

1 comentário:

animalrigths disse...

Os professores pretendem ser avaliados como são os seus pares de qualquer outro país. Até no Chile, cujo modelo data de 1973, filho do golpe de Estado de pinochet e da «Escola de Chicago», uma corrente romântica e estúpida da Psicologia/Pedagogia. Nenhuma profissão, em nenhum país, é avaliada como pretendem fazer aos professores em Portugal. Logo, V. ou não sabe do que fala, ou finge que não sabe.

Quanto à criação de colégios particulares pelos professores, de facto lamento que não o façam. Mas, para sermos coerentes, também os médicos, enfermeiros, polícias, militares e todas as carreiras da Função Pública deviam organizar-se em empresas privadas. Acabava-se de vez com os funcionários públicos, que agora parece que substituiram os árbitros de futebol como bodes expiatórios da proverbial inveja e maus fígados nacionais.

P.S. - Não sou funcionário público, mas sobretudo não sou nada simpatizante deste Governo maçónico-marxista-neoliberal, que até faz Cavaco Silva parecer inteligente e equilibrado. Um feito de certa monta, convenhamos...