Anunciada a saída de Paulo Teixeira Pinto da presidência do BCP (e respectiva substituição por um vice-presidente afecto a Jardim Gonçalves), a maioria dos comentadores vem dizer que se confirma a tese segundo a qual a crise só se resolveria com a saída de Teixeira Pinto ou de Jardim Gonçalves.
Ganhou o reformado.
Está certo, sempre deve passar mais tempo no jardim a jogar dominó e a engendrar estratégias vencedoras!
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Ora cá está um dia excelente para acordar cedo
Ainda é possível abrir a boca de espanto com uma manchete matutina em Portugal?
Segundo o DN, com a entrada do novo CPP, a publicação de escutas passará a ser prevista e punida com pena de prisão até um ano. Acrescenta ainda o diário: “para que o jornalista arrisque prisão basta apenas que os "intervenientes" nas escutas não autorizem "expressamente" a sua publicação.”.
Vou tentar ser educado: para quem suspeitava que a deriva democrática não passava de uma cortina de fumo estamos conversados. A fazer fé nas palavras do DN, esta é uma decisão manifestamente desproporcional, altamente lesiva dos mais básicos direitos fundamentais estruturantes de uma sadia vida cívica.
Num pais minimamente desenvolvido e educado, confirmando-se este sinal de claustrofobia eminente, a sociedade daria uma resposta adequada. Alias, por muito menos já vi a blogosfera levantar-se do teclado em peso. Mas a blogosfera portuguesa antes de ser blogosfera é portuguesa. Preferindo andar entretida com os Gualteres desta vida em vez de se preocupar com coisas dignas.
Segundo o DN, com a entrada do novo CPP, a publicação de escutas passará a ser prevista e punida com pena de prisão até um ano. Acrescenta ainda o diário: “para que o jornalista arrisque prisão basta apenas que os "intervenientes" nas escutas não autorizem "expressamente" a sua publicação.”.
Vou tentar ser educado: para quem suspeitava que a deriva democrática não passava de uma cortina de fumo estamos conversados. A fazer fé nas palavras do DN, esta é uma decisão manifestamente desproporcional, altamente lesiva dos mais básicos direitos fundamentais estruturantes de uma sadia vida cívica.
Num pais minimamente desenvolvido e educado, confirmando-se este sinal de claustrofobia eminente, a sociedade daria uma resposta adequada. Alias, por muito menos já vi a blogosfera levantar-se do teclado em peso. Mas a blogosfera portuguesa antes de ser blogosfera é portuguesa. Preferindo andar entretida com os Gualteres desta vida em vez de se preocupar com coisas dignas.
Eu hoje acordei assim...
O videoclip do ano (II)
…continuando o nosso passeio pelo R&B…, e já agora pelos seus belos corpos…
Este vídeo banal de uma irritante canção (irreplaceable) também está nomeado para os prémios MTV. Alias, Beyoncé, tal como Timberlake, recebeu sete nomeações cada. No caso da menina, resta saber porquê.
Este vídeo banal de uma irritante canção (irreplaceable) também está nomeado para os prémios MTV. Alias, Beyoncé, tal como Timberlake, recebeu sete nomeações cada. No caso da menina, resta saber porquê.
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
…e a roda ditou
Nem todos são dias de sorte. Para já, Milão, Celtic e Shakhtar no nosso caminho até Moscovo. Não é bom. Nem é mau. É péssimo. Os lags não tiveram melhor sorte e têm de ir ao Teatro dos Sonhos, a Roma e a Kiev - só eu sei que não vale a pena saírem de casa. Já a tripalhada foi, como sempre, bafejada pela sorte grande: Liverpool, Marselha e os Turcos do Besiktas.
O chá das cinco
O meu sonho? Para alem de muitas coisa mais, gostava de visitar Moscovo lá mais para a primavera. Não sei se me faço entender. Que venha então, do Pote 1, uma das quatro equipas inglesas, do Pote 2, o histórico Steaua Bucareste, e do Pote 4, Rangers ou Slávia de Praga. Independentemente da sorte do sorteio o Benfica, ao ser colocado no Pote 2, evitará alguns antipáticos tubarões. Sem querer entrar em euforias injustificadas, penso que faz falta ao Benfica (e este é também um legado do Engenheiro) assumir na plenitude a sua natureza e essência. É pois obrigatório passar a fase de grupos!
Pode andar à roda…
Pode andar à roda…
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Gualter fedorento
O colectivo humorista Gato Fedorento não faria melhor. Neste vídeo (via 31) Gualter e mais três bandoleiros apalermados invadem uma conferência e começam a falar por cima (salvo seja) do orador. Surrealismo do melhor. Se dúvidas existissem quanto à natureza daquela gente, este vídeo esclarece-as. Mas há mais. Com tanta apetência para o mediatismo bacoco o Gualter ainda passa de doutorando – com uma bolsa paga por todos nós? – a objecto de investigação. Psiquiátrica.
Dois pesos, duas medidas (II)
Acabaram as férias
Acabadas as férias, está na altura de regressar ao "blogar activo", deixando para trás o "blogar passivo".
Em breve, as melhores fotografias das minhas férias!
Em breve, as melhores fotografias das minhas férias!
terça-feira, 28 de agosto de 2007
N MÚSICAS XXIX
Será com certeza a minha maior descoberta musical deste Verão. Chama-se Ulrich Scnhauss e já vai no 7.º álbum! Mea culpa, mea culpa...
«Ulrich Schnauss was born in northern Germany fishing port Kiel in 1977, during his formative years he grew a love for a broad spectrum of music ranging from my bloody valentine to tangerine dream, chapterhouse to early bleep & breakbeat tracks. There was not much opportunity to see some of his musical heroes in Kiel, so the inevitable pull of the big city meant a move to Berlin in 1996. By which time Ulrich's musical output had already become prolific with a variety of pseudonyms (most notably View to the Future and Ethereal 77) veering from ambient to drum and bass via electronica. These earlier works were soon, catching the eye of Berlin electronica label CCO who took up the story. It came a bit of a regular thing, those anonymous packages sent to us from Berlin with a single CDR, a biro scrawl revealing at closer inspection the simple stamp 'Ethereal 77'. Ulrich had been making music for years, producing, touring, piecing together that BIG sound. And yet each of these CDR instalments revealed something a little more personal. Soon these submissions to CCO developed into Ulrichs first album under his own name entitled Far away Trains Passing By which as it slowly seeped into peoples consciousness became an electronic classic. Listeners were taken with the lush instrumentation and the emotion of the elegant, simple and beautiful music. Yet nothing was to prepare his growing army of supporters for this next record A Strangely Isolated Place which slowly came together during 2001 into a record that really showed some of Ulrichs youthful indie influences. His debut album under his real name established his pedigree as an outstanding electronic composer, but somehow he managed to take it further by developing his interest in songwriting for electronic music, born of his love for such giants of the independent world as My Bloody Valentines Kevin Shields and Cocteau Twins Robin Guthrie. From this humble conception, comes forth a record of surprisingly rare emotional power. A Strangely Isolated Place has become one of those extraordinary and rare occurrences; a genuinely word-of-mouth record slowly growing in stature by virtue of its over-riding ability to deliver more than the usual arid and academic treatises on the state of the synthesizer, or solipsistic bedsit meanderings. When youve worked with computers and keyboards for a number of years, they become not so fascinating of themselves anymore. I gained in confidence after people began to discover Faraway Trains and it hasnt really stopped since then. This time I decided not to compromise on what I wanted to do, with what I thought people might want me to do. Ulrich's third album, Goodbye, is his first for Independiente. It is also the end of a chapter in his sound. "I see these three albums as moving closer to something I wanted to do right from the beginning but didn't quite manage," he says. "Merging songwriting and indie elements with electronic music. I've tried to take all the ideas to the maximum." So the ambient tracks are more spacious, the songs more memorable, the multi-layered, guitar-heavy tracks more ragingly psychedelic. Just listen to the obliterating rush of Medusa, or the cloudbusting dream-pop of Stars (performed by long-time collaborator Judith Beck). At times, there are over 100 different audio tracks playing simultaneously: a tower of song. No wonder Goodbye has taken three solid years of in the studio. If Ulrich hailed from somewhere less boring, things might have been different. Fortunately, he was born in 1977 in Kiel, an unprepossessing city on Germany's Baltic coast best known for its naval base. It seemed to the young Ulrich as if everything important was happening elsewhere. Like its predecessors, Goodbye constructs its own world, vast and vivid. When he's making music, Ulrich sees colours: one song might be red, another blue. Next time, he wants to "record an album based on more traditional electronic music structures - which could enable me to merge all these different influences beyond recognition". Meanwhile, this is the album he's been moving towards for over a decade: a sonic tour de force, an alternative reality, a life-changer.» (Wikipedia)
Blue Skied or Clear Day ?
Turned To Stonewalling or Medusa
A história pelo próprio (Parte I de II)
«Ulrich Schnauss was born in northern Germany fishing port Kiel in 1977, during his formative years he grew a love for a broad spectrum of music ranging from my bloody valentine to tangerine dream, chapterhouse to early bleep & breakbeat tracks. There was not much opportunity to see some of his musical heroes in Kiel, so the inevitable pull of the big city meant a move to Berlin in 1996. By which time Ulrich's musical output had already become prolific with a variety of pseudonyms (most notably View to the Future and Ethereal 77) veering from ambient to drum and bass via electronica. These earlier works were soon, catching the eye of Berlin electronica label CCO who took up the story. It came a bit of a regular thing, those anonymous packages sent to us from Berlin with a single CDR, a biro scrawl revealing at closer inspection the simple stamp 'Ethereal 77'. Ulrich had been making music for years, producing, touring, piecing together that BIG sound. And yet each of these CDR instalments revealed something a little more personal. Soon these submissions to CCO developed into Ulrichs first album under his own name entitled Far away Trains Passing By which as it slowly seeped into peoples consciousness became an electronic classic. Listeners were taken with the lush instrumentation and the emotion of the elegant, simple and beautiful music. Yet nothing was to prepare his growing army of supporters for this next record A Strangely Isolated Place which slowly came together during 2001 into a record that really showed some of Ulrichs youthful indie influences. His debut album under his real name established his pedigree as an outstanding electronic composer, but somehow he managed to take it further by developing his interest in songwriting for electronic music, born of his love for such giants of the independent world as My Bloody Valentines Kevin Shields and Cocteau Twins Robin Guthrie. From this humble conception, comes forth a record of surprisingly rare emotional power. A Strangely Isolated Place has become one of those extraordinary and rare occurrences; a genuinely word-of-mouth record slowly growing in stature by virtue of its over-riding ability to deliver more than the usual arid and academic treatises on the state of the synthesizer, or solipsistic bedsit meanderings. When youve worked with computers and keyboards for a number of years, they become not so fascinating of themselves anymore. I gained in confidence after people began to discover Faraway Trains and it hasnt really stopped since then. This time I decided not to compromise on what I wanted to do, with what I thought people might want me to do. Ulrich's third album, Goodbye, is his first for Independiente. It is also the end of a chapter in his sound. "I see these three albums as moving closer to something I wanted to do right from the beginning but didn't quite manage," he says. "Merging songwriting and indie elements with electronic music. I've tried to take all the ideas to the maximum." So the ambient tracks are more spacious, the songs more memorable, the multi-layered, guitar-heavy tracks more ragingly psychedelic. Just listen to the obliterating rush of Medusa, or the cloudbusting dream-pop of Stars (performed by long-time collaborator Judith Beck). At times, there are over 100 different audio tracks playing simultaneously: a tower of song. No wonder Goodbye has taken three solid years of in the studio. If Ulrich hailed from somewhere less boring, things might have been different. Fortunately, he was born in 1977 in Kiel, an unprepossessing city on Germany's Baltic coast best known for its naval base. It seemed to the young Ulrich as if everything important was happening elsewhere. Like its predecessors, Goodbye constructs its own world, vast and vivid. When he's making music, Ulrich sees colours: one song might be red, another blue. Next time, he wants to "record an album based on more traditional electronic music structures - which could enable me to merge all these different influences beyond recognition". Meanwhile, this is the album he's been moving towards for over a decade: a sonic tour de force, an alternative reality, a life-changer.» (Wikipedia)
Blue Skied or Clear Day ?
Turned To Stonewalling or Medusa
A história pelo próprio (Parte I de II)
O meu momento de delírio neste Verão
mi vida no vale nada sin la barbie secretaria... esta es la festa de mi cumpleaños los voy a tratar a todos como mis esclavos...
Mais um pouco de soul
Ao ver o clip de Umbrella com mais atenção, é impossível não nos lembrarmos de outra jovem bela e talentosa que infelizmente já não está cá para nos encantar. Aaliyah, morreu há anos num acidente de avião nas Bahamas, mas deixou-nos (em parceria com o mago Timbaland - à época um aprendiz de feiticeiro) este inspirador Try Again. Oiçam. Com atenção.
O manto do luto volta a cobrir o futebol
Saiu pelo próprio pé ,no sábado passado, do Ramón Sánchez Pizjuán. António Puerta tinha apenas 22 anos e era jogador do Sevilha.
O videoclip do ano
Ainda a procissão deste ano de 2007 ia no adro e já eu arriscava escrever aqui (link) que What Goes Around…Comes Around de Justino Timberlake seria o videoclip do ano. Pois bem, em vésperas da carismática entrega de prémios MTV Vídeo Music Awards (link) o clip em que Scarlett Johansson veste na perfeição o papel de femme fatale tem concorrência de peso. A começar em Umbrella (o excelente trabalho de vídeo já foi visto no Tube mais de doze milhões de vezes), uma musica que não é tão básica quanto parece, cantada por uma jovem que ao passar ali perto do Alto de São João, por volta da meia noite, traria de novo à vida muitos daqueles que fazem tijolo vai para um par de anos. Deliciem-se.
Tags:
mtv,
rihanna,
you tube killed video stars
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Há língua à portuguesa
Mão amiga faz me chegar um link para este blogue verdadeiramente imprescindível.
A língua portuguesa não é apenas “muito traiçoeira”. É também muito difícil (e bonita, já agora). O que aliado à habitual preguiça lusa dá no que se sabe. Mesmo quando julgamos que dominamos uma regra gramatical é fácil cair na malha do erro. No meu caso, tendo já sido mais, continuam a não ser poucos. Não tenho vergonha que a minha escrita não seja exemplo para ninguém. Tenho pena, mas vergonha não. Tenho pena porque não me esforço o suficiente para deixar de cometer erros, alguns verdadeiramente básicos. Por isso agradeço sempre a quem simpaticamente me corrige. Estamos cá é para aprender e essa é uma das mais evidentes motivações para ter um blogue. No Língua à Portuguesa, com humildade e humor, ajudam-nos a saborear a língua. A não perder.
A língua portuguesa não é apenas “muito traiçoeira”. É também muito difícil (e bonita, já agora). O que aliado à habitual preguiça lusa dá no que se sabe. Mesmo quando julgamos que dominamos uma regra gramatical é fácil cair na malha do erro. No meu caso, tendo já sido mais, continuam a não ser poucos. Não tenho vergonha que a minha escrita não seja exemplo para ninguém. Tenho pena, mas vergonha não. Tenho pena porque não me esforço o suficiente para deixar de cometer erros, alguns verdadeiramente básicos. Por isso agradeço sempre a quem simpaticamente me corrige. Estamos cá é para aprender e essa é uma das mais evidentes motivações para ter um blogue. No Língua à Portuguesa, com humildade e humor, ajudam-nos a saborear a língua. A não perder.
Cento e setenta e quatro
São os pontos que o Benfica terá de avanço sobre os rivais no final do campeonato (ou da Liga como agora se diz). Não sou eu que o digo, nem Camacho, muito menos Filipe Vieira, mas sim Ricardo Araújo Pereira.
Não! O líder espiritual do colectivo Gato Fedorento não regressou ao seu blogue muito menos foi entrevistado pelo Jornal do Benfica. Muito mais importante que isso. Ricardo Araújo Pereira é apenas mais um dos convidados de João Gonçalves no seu Inquérito Pós Engenheiro publicado no imprescindível Encarnado e branco.
Não! O líder espiritual do colectivo Gato Fedorento não regressou ao seu blogue muito menos foi entrevistado pelo Jornal do Benfica. Muito mais importante que isso. Ricardo Araújo Pereira é apenas mais um dos convidados de João Gonçalves no seu Inquérito Pós Engenheiro publicado no imprescindível Encarnado e branco.
sábado, 25 de agosto de 2007
Há Liberdade (LXXVIII)
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Ondas e balas
Esta fotografia foi publicada no Público da passada quarta feira. Num fugaz olhar é uma imagem banal. Será?
Num primeiro plano acção. Policias, armas, traficantes, pranchas de surf, armas, moleques, pranchas de surf e crianças. Um cenário improvável. A menos que estejamos a falar do Inferno.
Num segundo plano o caos mantém-se. Desta vez na forma de cabos eléctricos e telefónicos que brotam de uma estranha janela à esquerda e se espalham em colossal arraial minhoto. Lá ao fundo, aparentemente, a vida continua.
Não é preciso lá ter estado, nesta ou noutra qualquer vida, para identificar imediatamente o local: A Cidade Maravilhosa. Fique tranquilo que no final tudo vai dar certo e se não der é porque o final ainda não chegou, dizem os cariocas. E ilustram estas palavras com imagens asssim. Surrealistas
Num primeiro plano acção. Policias, armas, traficantes, pranchas de surf, armas, moleques, pranchas de surf e crianças. Um cenário improvável. A menos que estejamos a falar do Inferno.
Num segundo plano o caos mantém-se. Desta vez na forma de cabos eléctricos e telefónicos que brotam de uma estranha janela à esquerda e se espalham em colossal arraial minhoto. Lá ao fundo, aparentemente, a vida continua.
Não é preciso lá ter estado, nesta ou noutra qualquer vida, para identificar imediatamente o local: A Cidade Maravilhosa. Fique tranquilo que no final tudo vai dar certo e se não der é porque o final ainda não chegou, dizem os cariocas. E ilustram estas palavras com imagens asssim. Surrealistas
Agora exportamos pulhas? 3
A interrogação que Nuno Santos Silva deixava aqui há uns dias, nos dois posts assim intitulados, se calhar fazia todo o sentido. Mas não aquele que o Nuno provavelmente imaginava. Estará Manuel Fernandes a caminho do Porto?
Esperemos que tudo não passe de uma passageira insolação de Rodrigo Moita de Deus.
Esperemos que tudo não passe de uma passageira insolação de Rodrigo Moita de Deus.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
N DIAGONAIS XIV
Há muito que não perco As Cartas ao Director no Público. Combate-me a ignorância, exercita-me os músculos faciais, descontrai-me o córtex e são, no Verão, invariavelmente imperdíveis, colocando a Opinião na estratosfera do cinzentismo e da pasmaceira... Se cedem ao preconceito e resistem à indiferença elitista, há muito que não sabem o que perdem. Qual Vital, qual Pacheco, porque antes de ler as eminências, há que ler primeiro, e cada vez mais, os pardos!
Ora puxem da bendita, amassem-na bem, saquem do rastilho e acendam a jarda. Ah, e ponham o lenço na cabeça, pois ninguém quererá com certeza passar pelo Noddy. O que não se compreende é não se aproveitar o atilho para os cereais extraterrestres com zigoto adulterado!
«O Spa do Imperador
Alertado por um amigo, fui ver o que era essa versão das "Ecotopias" que levantou poeira em Alzejur e andou a destruir milho transgénico.
Alto lá. Pára tudo! Estas "Ecotopias" não têm nada a ver com as minhas - como poderão perceber depois de ler o mesmo.Alertado por um amigo, fui ver o que era essa versão das "Ecotopias" que levantou poeira em Alzejur e andou a destruir milho transgénico.
Alto lá. Pára tudo! Estas "Ecotopias" não têm nada a ver com as minhas - como poderão perceber depois de ler o mesmo.
Com recurso ao site dos gadelhas, percebi melhor o que são e o que querem. Dizem eles: "O Ecotopias é um acampamento anual de activistas de toda a Europa e um encontro aberto a todas as pessoas interessadas em questões ambientais e de justiça social."; ou seja, um ajuntamento de malta fixe, que curte a Natureza, mas não está para se dar ao trabalho de a estudar. Do tipo: "Vem daí, vai ser bué fixe. Depois da praia e duns charrinhos, vamos dar cabo do ganha-pão de um homem." Afirmam ainda no site: "O Ecotopia é um local de aprendizagem, partilha de experiências e difusão de informação sobre questões ambientais, sociais e políticas"; e eu fartei-me de ver especialistas de sólida formação científica e técnica a explicar, e provar, que a maçaroca do senhor estava possuída pelo diabo. Salvo seja, a maçaroca! (...)
A minha opinião sobre estes imbecis é que são uns verdadeiros... imbecis. É por causa de trupes de saltimbancos como estes que a Ecologia e as Questões Ambientais não são levadas a sério por muita gente. Aquela cena toda dá vontade de comer pipocas transgénicas. Será que já vêm em forma de pequeno cogumelo alucinatório geneticamente modificado? Assim, a malta já curtia, não era?
Podiam ter ido limpar a praia, podiam ter ficado no acampamento a fumar umas belas ganzas e ouvir Da Weasel ao pôr-do-sol. Mas não. Tinham de ir destruir propriedade privada numa acção tão disparatada socialmente como cientificamente. As plantinhas até estavam a absorver CO2 da atmosfera, seus idiotas!
Se têm dúvidas sobre as actuais leis de modificação genética de legumes e afins - o que até pode ser uma solução para a fome mundial -, vão para a Universidade e estudem melhores formas de agir. É lá que estão os verdadeiros ecologistas, é nos cursos de ciências que melhor se pode servir o Planeta. As minhas Ecotopias são destas, seus cabeludos, não dêem má fama ao título.
André Barreiros
Jornalista e autor do livro Ecotopias
As cartas destinadas a esta secção devem indicar o nome e a morada do autor, bem como um número telefónico de contacto. Email: cartasdirector@publico.pt »
Jornal Público, Hoje
Ora puxem da bendita, amassem-na bem, saquem do rastilho e acendam a jarda. Ah, e ponham o lenço na cabeça, pois ninguém quererá com certeza passar pelo Noddy. O que não se compreende é não se aproveitar o atilho para os cereais extraterrestres com zigoto adulterado!
«O Spa do Imperador
Alertado por um amigo, fui ver o que era essa versão das "Ecotopias" que levantou poeira em Alzejur e andou a destruir milho transgénico.
Alto lá. Pára tudo! Estas "Ecotopias" não têm nada a ver com as minhas - como poderão perceber depois de ler o mesmo.Alertado por um amigo, fui ver o que era essa versão das "Ecotopias" que levantou poeira em Alzejur e andou a destruir milho transgénico.
Alto lá. Pára tudo! Estas "Ecotopias" não têm nada a ver com as minhas - como poderão perceber depois de ler o mesmo.
Com recurso ao site dos gadelhas, percebi melhor o que são e o que querem. Dizem eles: "O Ecotopias é um acampamento anual de activistas de toda a Europa e um encontro aberto a todas as pessoas interessadas em questões ambientais e de justiça social."; ou seja, um ajuntamento de malta fixe, que curte a Natureza, mas não está para se dar ao trabalho de a estudar. Do tipo: "Vem daí, vai ser bué fixe. Depois da praia e duns charrinhos, vamos dar cabo do ganha-pão de um homem." Afirmam ainda no site: "O Ecotopia é um local de aprendizagem, partilha de experiências e difusão de informação sobre questões ambientais, sociais e políticas"; e eu fartei-me de ver especialistas de sólida formação científica e técnica a explicar, e provar, que a maçaroca do senhor estava possuída pelo diabo. Salvo seja, a maçaroca! (...)
A minha opinião sobre estes imbecis é que são uns verdadeiros... imbecis. É por causa de trupes de saltimbancos como estes que a Ecologia e as Questões Ambientais não são levadas a sério por muita gente. Aquela cena toda dá vontade de comer pipocas transgénicas. Será que já vêm em forma de pequeno cogumelo alucinatório geneticamente modificado? Assim, a malta já curtia, não era?
Podiam ter ido limpar a praia, podiam ter ficado no acampamento a fumar umas belas ganzas e ouvir Da Weasel ao pôr-do-sol. Mas não. Tinham de ir destruir propriedade privada numa acção tão disparatada socialmente como cientificamente. As plantinhas até estavam a absorver CO2 da atmosfera, seus idiotas!
Se têm dúvidas sobre as actuais leis de modificação genética de legumes e afins - o que até pode ser uma solução para a fome mundial -, vão para a Universidade e estudem melhores formas de agir. É lá que estão os verdadeiros ecologistas, é nos cursos de ciências que melhor se pode servir o Planeta. As minhas Ecotopias são destas, seus cabeludos, não dêem má fama ao título.
André Barreiros
Jornalista e autor do livro Ecotopias
As cartas destinadas a esta secção devem indicar o nome e a morada do autor, bem como um número telefónico de contacto. Email: cartasdirector@publico.pt »
Jornal Público, Hoje
Portugal no seu melhor
A queda de um homem. É a notícia do dia e já chegou às tradicionais esferas da comunicação. No passado dia 11 de Agosto, durante a 40ª Corrida de burros, em Ferrel, o presidente da Câmara de Peniche, António José Correia, decidiu participar e acabou no chão, com a clavícula partida.
Hilariante. Assim se prova que nos dias que correm a estupidez é transversal à classe politica, não sendo um feudo do Bloco Central. O burro que caiu do asno foi eleito pelo Partido Comunista Português.
Hilariante. Assim se prova que nos dias que correm a estupidez é transversal à classe politica, não sendo um feudo do Bloco Central. O burro que caiu do asno foi eleito pelo Partido Comunista Português.
Quer aquele homem ser primeiro-ministro
Ontem à noite, enquanto passeava no blogue desta rapariga, descubro por acaso estas tiras geniais. Quis o destino que o facto do dia que agora termina consubstanciasse uma trapalhada digna de um Agosto mole. Assim-assim, vá. Um Agosto fraquito. A conjugar em todo esplendor nas tirinhas que aqui se publicam.
Não se fiquem por estas e vão espreitar toda a verdade. Vale a pena.
Não se fiquem por estas e vão espreitar toda a verdade. Vale a pena.
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Cansadas de serem sexy
Ontem ouvi esta canção num sítio que não vem ao caso. Foi amor à segunda audição. Guitarras sensuais, teclas harmoniosas, batidas alinhadas, voz quente e muito mel naqueles olhares. Chamavam-se The Organ e vinham de Vancouver no Canada. Vinham, porque rezam as crónicas nunca cá chegaram, nem chegarão. Tempos estranhos estes em que as bandas nascem, crescem e morrem sem darmos por elas.
PS: Achei. Estas não conhecias, Nuno. Ou será que também já tinha rodado nas melocadias?
PS: Achei. Estas não conhecias, Nuno. Ou será que também já tinha rodado nas melocadias?
Há Liberdade (LXXVII)
Fotograma do filme Surf´s Up roubado daqui.
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Deve estar um santo para cair do altar
Tiago Pires é noticia (link) no Público on-line. E com foto. Será por ser Agosto?
É sempre bom recordar do que se fala quando se fala em Bloco de Esquerda
Nesse sentido é de leitura obrigatória o post de Tomas Vasques Bloco de Esquerda – Um partido transgénico.
The L World está de regresso às madrugadas da 2:
Da enorme palete de enlatados produzidos alem Atlântico e consumidos por esse mundo fora A Letra L é o único que me fascina. E não apenas pelas belas mulheres cujos corpos e gestos exalam sensualidade a milhas de distancia. The L World é bem realizado, produzido com gosto requintado, escrito com o sal e pimenta da vida e está expurgado de fantasias cientificas, policiais, medicas e outras que tais. Paixão, amor, sexo, carinho, traição, dor. No eterno e belo feminino, a vida como ela, embalada por uma banda sonora irrepreensível. A 2: passa A Letra L bem tarde (hoje à meia noite e meia) não vá alguma beata se apavorar. Recupera neste momento (e diariamente) a segunda temporada e (espera-se) avança com a terceira logo depois. A seguir com atenção.
Quem é que se esqueceu de fechar na sexta feira à tarde a porta da pocilga? (II)
Como diz o Paulo (link), nada como as imagens.
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Devem pensar que eu venho para fazer milagres
Um Benfica mais livre
O homenzinho sai sem honra nem gloria e ainda tem a distinta lata de se confessar surpreendido. A coluna vertebral é coisa que por vezes faz uma falta danada. Sem Veiga e sem Santos o Benfica perdeu a sua ala opus dei. Ficou mais livre, respira melhor. Mas temo que os problemas não acabem por aqui. Haja paz.
Efervescências (VII) - quem é que se esqueceu de fechar na sexta feira à tarde a porta da pocilga?
Na sexta feira à noite não vi telejornais; estive entretido a ver o Tejo de lá para cá, no decrépito cais do Ginjal, num restaurante que gosta de brincar aos sabores com a cozinha portuguesa - coisa de burguês capitalista. No sábado o repasto foi outro - coisa de burguês capitalista. Neste Domingo que passou, só li o que me deu jeito e pouco trabalho - coisa de burguês capitalista. De soslaio, reparei na televisão, que uns mascarilhas energúmenos tinham destruido um campo qualquer de milho.
Só agora ao passar os blogues em revista me apercebo da dimensão do que se passou sexta feira em Silves.
Os blogues de direita liberal já disseram o que tinha de ser dito - aplaudo também o post sobre o tema de Daniel Oliveira que felizmente - ao contrario de um bastardo chamado Miguel Portas - mantém a lucidez.
Sinceramente penso que o caso nem é surpreendente nem deve ser demasiadamente glosado e até concordo com o dito bastardo - ao contrario do João do Portugal dos Pequeninos acho que a figura nem cara tem para levar um par de estalos - quando dá a entender, lá no seu palheiro, que vida e propriedade são bens jurídicos incomparáveis.
O que me apraz dizer sobre mais este patético episódio de verão é muito simples: Andrajosos como os mascarilhas de Silves vagueiam cada vez em maior número. São o produto de um Estado cada vez mais débil e incapaz de assegurar as funções mais básicas para que foi concebido.
O tratamento para débeis mentais como os mascarilhas de Silves não pode ser zagalote na testa. Concordo: é demasiado e suja. É sim tratamento adequado umas valentes mocadas (sim, com uma moca de Rio Maior) nas mandíbulas, perninhas e bracinhos.
Eles que venham cá, destruir a minha propriedade e o meu milho. Venham…, venham…
Sobre os produtos transgénicos, ou lá o que é, devo dizer - com toda a arrogância - que não me dizem rigorosamente nada. Lamento.
Só agora ao passar os blogues em revista me apercebo da dimensão do que se passou sexta feira em Silves.
Os blogues de direita liberal já disseram o que tinha de ser dito - aplaudo também o post sobre o tema de Daniel Oliveira que felizmente - ao contrario de um bastardo chamado Miguel Portas - mantém a lucidez.
Sinceramente penso que o caso nem é surpreendente nem deve ser demasiadamente glosado e até concordo com o dito bastardo - ao contrario do João do Portugal dos Pequeninos acho que a figura nem cara tem para levar um par de estalos - quando dá a entender, lá no seu palheiro, que vida e propriedade são bens jurídicos incomparáveis.
O que me apraz dizer sobre mais este patético episódio de verão é muito simples: Andrajosos como os mascarilhas de Silves vagueiam cada vez em maior número. São o produto de um Estado cada vez mais débil e incapaz de assegurar as funções mais básicas para que foi concebido.
O tratamento para débeis mentais como os mascarilhas de Silves não pode ser zagalote na testa. Concordo: é demasiado e suja. É sim tratamento adequado umas valentes mocadas (sim, com uma moca de Rio Maior) nas mandíbulas, perninhas e bracinhos.
Eles que venham cá, destruir a minha propriedade e o meu milho. Venham…, venham…
Sobre os produtos transgénicos, ou lá o que é, devo dizer - com toda a arrogância - que não me dizem rigorosamente nada. Lamento.
domingo, 19 de agosto de 2007
Nem tudo foi espinhos…
…na viagem relâmpago de ontem ao Porto para ver o Benfica dar mais um espectáculo humilhante naquele Bessa de tão boas memórias. Alias, sobre o jogo faço minhas as palavras de JG no Encarnado e Branco (link). Nem mais, nem menos.
Nem tudo foi espinhos. Em boa verdade o convívio foi excelente, o apoio à equipa no Topo Norte surpreendente e o tardio almoço, dos Deuses.
Afinal o Olimpo na Bairrada fica aqui (link) e chama-se A Nova Casa dos Leitões. Absolutamente a não perder. O leitão bem assado e com o tamanho certo foi acompanhado com um espumante Bruto Quinta da Mata Fidalga de 2005, que dificilmente se encontrará em Lisboa. Cinco estrelas. Quando é o próximo jogo fora no Norte?
Nota: Expulso da Praia por um vento de Nordeste insuportável acabo esta tarde de Domingo a ver como se joga à bola na velha Albion. O Chelsea "forçou" um empate em Anfield num jogo tão intenso que a paginas tantas o comentador da Sport TV disse que os jogadores disputavam cada lance como se aquele fosse o ultimo da suas vidas. Impressionante. Pena é não haver leitão assado entre Londres e Liverpool.
Nota2: Ainda quanto ao campeonato Inglês. O Manchester City - a verdadeira equipa dessa cidade - lidera isolada a Liga ao fim de três jornadas. Com uma equipa curta, treinada pelo saudoso Sven-Göran Eriksson, o City vale-se de um jogador que brilha mais alto. Com um único remate certeiro, Geovanni derrubou o todo poderoso Man. Utd. Geovanni, o tal que foi dispensado da Luz. Chamavam-lhe o soneca.
Nem tudo foi espinhos. Em boa verdade o convívio foi excelente, o apoio à equipa no Topo Norte surpreendente e o tardio almoço, dos Deuses.
Afinal o Olimpo na Bairrada fica aqui (link) e chama-se A Nova Casa dos Leitões. Absolutamente a não perder. O leitão bem assado e com o tamanho certo foi acompanhado com um espumante Bruto Quinta da Mata Fidalga de 2005, que dificilmente se encontrará em Lisboa. Cinco estrelas. Quando é o próximo jogo fora no Norte?
Nota: Expulso da Praia por um vento de Nordeste insuportável acabo esta tarde de Domingo a ver como se joga à bola na velha Albion. O Chelsea "forçou" um empate em Anfield num jogo tão intenso que a paginas tantas o comentador da Sport TV disse que os jogadores disputavam cada lance como se aquele fosse o ultimo da suas vidas. Impressionante. Pena é não haver leitão assado entre Londres e Liverpool.
Nota2: Ainda quanto ao campeonato Inglês. O Manchester City - a verdadeira equipa dessa cidade - lidera isolada a Liga ao fim de três jornadas. Com uma equipa curta, treinada pelo saudoso Sven-Göran Eriksson, o City vale-se de um jogador que brilha mais alto. Com um único remate certeiro, Geovanni derrubou o todo poderoso Man. Utd. Geovanni, o tal que foi dispensado da Luz. Chamavam-lhe o soneca.
Apito encarnado? (II)
Do Público de hoje: [Alípio Ribeiro, Director Nacional da] PJ classifica este dossier anónimo, que ficou conhecido como Apito Encarnado, como um "conjunto de papéis com insinuações pessoais torpes que coloca os seus autores anónimos ao nível da patologia e não da cidadania" e considera que a "justiça não pode ficar refém de condutas eticamente condenáveis e penalmente irrelevantes".
sábado, 18 de agosto de 2007
CRONOS XIX
"Stairway to Heaven" (1971) - Led Zeppelin (Parte Instrumental da música, ou melhor, solo de Jimmy Page)
Eu ouvia a "Stairway to Heaven" (considerada pela Rolling Stone Magazine em 2004 a canção n.º31 da sua lista das "500 Greatest Songs of All Time") para ouvir esta parte da canção. Mas não sou egoísta; para os puristas, aqui fica a canção integral:
(desculpem o "video", mas foi o melhor que arranjei)
Eu ouvia a "Stairway to Heaven" (considerada pela Rolling Stone Magazine em 2004 a canção n.º31 da sua lista das "500 Greatest Songs of All Time") para ouvir esta parte da canção. Mas não sou egoísta; para os puristas, aqui fica a canção integral:
(desculpem o "video", mas foi o melhor que arranjei)
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Apito encarnado?
Via Mágico SLB (link) chego ao documento anónimo entregue na PGR (link) e que, supostamente, contem revelações bombásticas sobre alguns dos actores do circo em que se tornou os bastidores do futebol português.É um documento giro, aparentemente impresso em papel timbrado da Policia Judiciaria.
Uma leitura rápida na vertical demonstra imediatamente algumas evidências. Se a coisa foi redigida por investigadores criminais existe motivo para enorme preocupação: erros gramaticais, graves juízos de valor, gravíssimos erros de direito e uma forma anormal de referenciar certas pessoas.
Não é preciso ser nenhum especialista em criminologia para rapidamente compreender que aquele documento “apita” muito pouco e o que apita de encarnado nada tem.
Não se pode dizer sequer que a montanha pariu um rato. Talvez um monte tenha parido uma pulga.
Uma leitura rápida na vertical demonstra imediatamente algumas evidências. Se a coisa foi redigida por investigadores criminais existe motivo para enorme preocupação: erros gramaticais, graves juízos de valor, gravíssimos erros de direito e uma forma anormal de referenciar certas pessoas.
Não é preciso ser nenhum especialista em criminologia para rapidamente compreender que aquele documento “apita” muito pouco e o que apita de encarnado nada tem.
Não se pode dizer sequer que a montanha pariu um rato. Talvez um monte tenha parido uma pulga.
Campo Contra Campo (LXXXIV)
Breves notas sobre duas clássicas fitas de verão
Harry Potter and the Order of the Phoenix, ***
Tenho pena de ter chegado tarde ao universo de Harry Potter. Menos negro que o anterior, Harry Potter e a Ordem de Fénix diverte e não chateia, o que já não é nada mau neste segmento cinematográfico. À clássica batalha entre o Bem e o Mal junta-se uma renhida luta pela liberdade de expressão e de aprendizagem habilmente camuflada para teen sorver com uma capa de calimero – “ninguém nos compreende; somos uns desgraçados; os adultos não acreditam nos jovens e são estúpidos por isso”. Eu gostei. Até porque o tema vem mesmo a calhar
The Simpsons Movie, ***
Mais do mesmo. Os Simpsons: O Filme não inventa a roda nem sequer traz nada de novo àquilo que já conhecemos do pequeno ecrã. Isto é: Excelente. A nossa conhecida família disfuncional e subversiva já é suficientemente hilariante. Pena é que o nível “de ir as lágrimas” do início do filme não se mantenha equilibrado. De resto está lá todo o universo simpsoniano o que parecendo difícil, não é nada fácil. Sequela questiona a pequena Maggie - nas primeiras palavras que lhe ouvimos em dezoito anos - já durante o genérico final. Menina, não precisa de resposta.
Harry Potter and the Order of the Phoenix, ***
Tenho pena de ter chegado tarde ao universo de Harry Potter. Menos negro que o anterior, Harry Potter e a Ordem de Fénix diverte e não chateia, o que já não é nada mau neste segmento cinematográfico. À clássica batalha entre o Bem e o Mal junta-se uma renhida luta pela liberdade de expressão e de aprendizagem habilmente camuflada para teen sorver com uma capa de calimero – “ninguém nos compreende; somos uns desgraçados; os adultos não acreditam nos jovens e são estúpidos por isso”. Eu gostei. Até porque o tema vem mesmo a calhar
The Simpsons Movie, ***
Mais do mesmo. Os Simpsons: O Filme não inventa a roda nem sequer traz nada de novo àquilo que já conhecemos do pequeno ecrã. Isto é: Excelente. A nossa conhecida família disfuncional e subversiva já é suficientemente hilariante. Pena é que o nível “de ir as lágrimas” do início do filme não se mantenha equilibrado. De resto está lá todo o universo simpsoniano o que parecendo difícil, não é nada fácil. Sequela questiona a pequena Maggie - nas primeiras palavras que lhe ouvimos em dezoito anos - já durante o genérico final. Menina, não precisa de resposta.
Ataca Benfica, ataca
Apesar de todos os comentários aqui (link) deixados, bem como as mensagens via correio electrónico e os sms que recebi comentando esse post, me merecerem idêntico respeito, irei apenas responder ao confrade Quetzal Guzman pois quer me parecer ser o comentário mais equilibrado de todos.
Caro amigo, tens razão, acho que exagerei nalguns aspectos, nomeadamente na forma como valorei os gestos do Rui. Mas ainda bem que o fiz.
As unanimidades são perigosas. E com aquele post reparo que existe uma unanimidade absurda e quase irracional em torno do “maestro” do “super” do “mágico” do “grande” Rui Costa.
De vacas sagradas está o inferno da Luz cheio. O Rui Aguas também era um grande benfiquista, o João Pinto também era um grande benfiquista. Quando tiveram de ir à sua vida foram e o Benfica ainda cá anda. E de vez em quando até ganha umas coisas.
Por mim encerro aqui esta flame, agradecendo sem excepção todas as visitas e comentários – mesmo os vagamente insultuosos –, até porque em breve teremos mais com que nos preocupar.
Que o meu próximo post sobre o Benfica seja igualmente sobre o desagrado com a forma com que um jogador nosso comemorou os golos da vitoria frente ao Leixões no Bessa, onde espero encontra-los a todos a apoiar o Benfica.
Caro amigo, tens razão, acho que exagerei nalguns aspectos, nomeadamente na forma como valorei os gestos do Rui. Mas ainda bem que o fiz.
As unanimidades são perigosas. E com aquele post reparo que existe uma unanimidade absurda e quase irracional em torno do “maestro” do “super” do “mágico” do “grande” Rui Costa.
De vacas sagradas está o inferno da Luz cheio. O Rui Aguas também era um grande benfiquista, o João Pinto também era um grande benfiquista. Quando tiveram de ir à sua vida foram e o Benfica ainda cá anda. E de vez em quando até ganha umas coisas.
Por mim encerro aqui esta flame, agradecendo sem excepção todas as visitas e comentários – mesmo os vagamente insultuosos –, até porque em breve teremos mais com que nos preocupar.
Que o meu próximo post sobre o Benfica seja igualmente sobre o desagrado com a forma com que um jogador nosso comemorou os golos da vitoria frente ao Leixões no Bessa, onde espero encontra-los a todos a apoiar o Benfica.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
É só fumaça
“Não há perigo, não há perigo, o povo é sereno”, gritava Pinheiro de Azevedo, primeiro-ministro do VI Governo Provisório no final do verão quente de 1975 e que ficaria mais tarde conhecido como o “Pinheiro Maluco”.
De todos os episódios do PREC – por varias razões – este é aquele que tenho mais presente. Naqueles dias Portugal era um país em caos e a saque. Os comunistas tentavam impor pela força um regime marxista-leninista e as forças democráticas resistiam como podiam, ao mesmo tempo que deixavam como lastro uma descolonização vergonhosa. Já lá vão mais de trinta anos. Uns morreram, outros nasceram e alguns cresceram.
Por vezes, quer-me parecer que não aprendemos nada com o passado.
Momento tablóide
Está morta, dizem os Ingleses. E se os Ingleses dizem é porque deve ser verdade. O povo vai começar a ver o "fundo ao tacho". E quer me parecer que o cozinhado que ficou para o fim está queimado e cheira a azedo.
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
Não te devo rigorosamente nada, Rui
Ontem, apetecia-me dizer muita coisa sobre o jogo do Benfica. Esperei doze horas. Com sorte e uma boa noite de sono podia ser que passasse. Não passou. Mas prefiro continuar a "morder o pano". Contudo há algo que não posso calar.
A forma como Rui Costa comemorou o seu segundo golo é infame. O pormenor, com a máxima importância, talvez tenha escapado a todos os que viram o jogo pela televisão e a muitos dos eufóricos que estavam no estádio (ainda não sei o que os jornais dizem mas a capa d' A Bola dá uma boa pista).
Rui, após arrancar o segundo remate certeiro da noite, corre para o canto do Topo Sul junto aos No Name, olha para o "Tribunal" lá em cima no Terceiro Anel, despe a camisola, cerra o punho, bate com ele no peito e mostra-o ao Povo encarnado, repetindo varias vezes o gesto. O Rui conhece os cantos à casa. Sabe bem onde se deve dirigir para passar a sua mensagem.
Olha Rui. Quero dizer-te que nem eu, nem qualquer outro Benfiquista te deve nada. Ao contrario, Rui, tu deves-nos tudo. Tudo! Ao marcares os dois golos da vitoria frente a um adversário medíocre nada mais fizeste que a tua obrigação. É para isso que todos nós te pagamos o vencimento.
Não dispas a camisola, Rui. E não cerres o punho ao Terceiro Anel. Benfiquistas somos nós, Rui. Tu és mais um. Só mais um que o fado da vida colocou de águia ao peito. E bem vistas as coisas és quase tão medíocre como todos os outros que por lá andam.
Rui: fizeste um jogo de merda, tal como os teus colegas. És o mais velho. Dá te ao respeito. Ensina os mais novos. Sê humilde. Serve o Benfica.
Rui: vai cerrar o punho para a meretriz que te pariu. Tu não és nada.
O Benfica somos nós!
A forma como Rui Costa comemorou o seu segundo golo é infame. O pormenor, com a máxima importância, talvez tenha escapado a todos os que viram o jogo pela televisão e a muitos dos eufóricos que estavam no estádio (ainda não sei o que os jornais dizem mas a capa d' A Bola dá uma boa pista).
Rui, após arrancar o segundo remate certeiro da noite, corre para o canto do Topo Sul junto aos No Name, olha para o "Tribunal" lá em cima no Terceiro Anel, despe a camisola, cerra o punho, bate com ele no peito e mostra-o ao Povo encarnado, repetindo varias vezes o gesto. O Rui conhece os cantos à casa. Sabe bem onde se deve dirigir para passar a sua mensagem.
Olha Rui. Quero dizer-te que nem eu, nem qualquer outro Benfiquista te deve nada. Ao contrario, Rui, tu deves-nos tudo. Tudo! Ao marcares os dois golos da vitoria frente a um adversário medíocre nada mais fizeste que a tua obrigação. É para isso que todos nós te pagamos o vencimento.
Não dispas a camisola, Rui. E não cerres o punho ao Terceiro Anel. Benfiquistas somos nós, Rui. Tu és mais um. Só mais um que o fado da vida colocou de águia ao peito. E bem vistas as coisas és quase tão medíocre como todos os outros que por lá andam.
Rui: fizeste um jogo de merda, tal como os teus colegas. És o mais velho. Dá te ao respeito. Ensina os mais novos. Sê humilde. Serve o Benfica.
Rui: vai cerrar o punho para a meretriz que te pariu. Tu não és nada.
O Benfica somos nós!
Efervescências (VI) - inspirar/expirar
Abram a janela e inspirem a plenos pulmões. Que atire a primeira pedra aquele que não sinta uma ponta de nostalgia por este verão decaído ao sentir o cheiro fresco da chuva e da terra húmida.
terça-feira, 14 de agosto de 2007
N PUBLICIDADE XIII
Brevemente, a cena do filme do qual esta música é retirada.
N MÚSICAS XXIX
Por ser dia de onda islandesa, estou a ouvir os Dikta "Someone, Somewhere" do álbum Hunting for Hapiness de 2005.
Tu para nós serás sempre o primeiro
Qualquer coisa que diga ou escreva hoje sobre o nosso querido clube, estará sempre contaminada pelo episódio Manuel Fernandes. Como tal tentarei ser rápido e certeiro.
O Sport Lisboa e Benfica é em si mesmo um sentimento. Um sentimento que não pode parar. Hoje iniciamos mais uma época que desejamos carregada de glória. Pelo menos, partimos com essa esperança. Não pode contudo haver sucesso sem comprometimento e confiança.
O Benfica joga hoje muito do seu futuro imediato. Mas também o joga no próximo fim-de-semana no Bessa com o Leixões e depois em casa com o Vitoria de Guimarães, sem falar na deslocação a Copenhaga.
O meu desejo, e por certo desejo de todos os benfiquistas é, para já, ultrapassar todos estes difíceis obstáculos. Não se pede o céu. Pede-se apenas o rigor da normalidade.
Para tal, a única forma que encontro de ajudar é estar lá. Cantar e apoiar incondicionalmente o meu querido clube. Vamos à Luz. Mas não faltaremos no sábado ao importante jogo do Bessa. Gostar de futebol também é isto. Comprometermo-nos incondicionalmente com o clube do nosso coração.
Para já, não se pede a glória, nem se pede espectáculo. Pede-se igual comprometimento incondicional por parte de todos os que vestem a nossa camisola. Todos são todos. Pede-se dignidade. Pede-se, naturalmente, a vitória. Força Benfica! Vence por nós!
O Sport Lisboa e Benfica é em si mesmo um sentimento. Um sentimento que não pode parar. Hoje iniciamos mais uma época que desejamos carregada de glória. Pelo menos, partimos com essa esperança. Não pode contudo haver sucesso sem comprometimento e confiança.
O Benfica joga hoje muito do seu futuro imediato. Mas também o joga no próximo fim-de-semana no Bessa com o Leixões e depois em casa com o Vitoria de Guimarães, sem falar na deslocação a Copenhaga.
O meu desejo, e por certo desejo de todos os benfiquistas é, para já, ultrapassar todos estes difíceis obstáculos. Não se pede o céu. Pede-se apenas o rigor da normalidade.
Para tal, a única forma que encontro de ajudar é estar lá. Cantar e apoiar incondicionalmente o meu querido clube. Vamos à Luz. Mas não faltaremos no sábado ao importante jogo do Bessa. Gostar de futebol também é isto. Comprometermo-nos incondicionalmente com o clube do nosso coração.
Para já, não se pede a glória, nem se pede espectáculo. Pede-se igual comprometimento incondicional por parte de todos os que vestem a nossa camisola. Todos são todos. Pede-se dignidade. Pede-se, naturalmente, a vitória. Força Benfica! Vence por nós!
Ainda na série "brincar aos bancos é fácil"
Dona Banca
Às vezes questiono-me se os gurus da economia não vêm aquilo que o cidadão comum vê: que com os juros a continuarem a subir, tornando-se impossível pagar a prestação não resta outra solução senão não a pagar? Depois dá no que deu, bancos sem dinheiro.
Agora o BCE faz marcha-atrás e já não vai subir os juros em Setembro. Pois é, mas por cá o cartel legal bancário já os subiu por antecipação. Agora como é, devolvem?
Às vezes questiono-me se os gurus da economia não vêm aquilo que o cidadão comum vê: que com os juros a continuarem a subir, tornando-se impossível pagar a prestação não resta outra solução senão não a pagar? Depois dá no que deu, bancos sem dinheiro.
Agora o BCE faz marcha-atrás e já não vai subir os juros em Setembro. Pois é, mas por cá o cartel legal bancário já os subiu por antecipação. Agora como é, devolvem?
in: Atlântico
N DIAGONAIS XIII
Enquanto esperamos ansiosamente pelo próximo álbum dos Sigur Rós, a banda islandesa oferece-nos um vislumbre (em baixo via youtube) do documentário em DVD que sairá em Novembro deste ano sobre a sua digressão de 2006.
Para quem adora a música siguriana, um tipo único de som, a nível instrumental e vocal, esta é uma excelente notícia e uma compra segura e certa a agendar. Se não conhecem os Sigur Rós, descubram-nos com audição e ambiente adequadas.
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Agora exportamos pulhas? 2
«Será determinante a vontade do jogador»:
Está tudo dito. Na véspera do jogo da época o mercenário mostra o seu carácter.
Na véspera.
Está tudo dito. Na véspera do jogo da época o mercenário mostra o seu carácter.
Na véspera.
No auge do êxodo
Não está cá ninguém. Lisboa é um amor de cidade por estes dias fresquinhos. Hoje, a meio da manhã, algumas ruas de Lisboa apresentavam um aspecto domingueiro. Muito comercio encerrado a começar pelos locais onde habitualmente compro os jornais. Não há crise. Há a internet. E a cidade despida de gente é ainda mais bonita. E cheira melhor. Devia ser Agosto mais vezes.
Arte digital
Recorrendo a uma verdadeira obra-prima digital, os autores deste sítio (link) sabem como passar uma mensagem de forma original e distante dos clichés do costume. Explorar o sítio requer algum tempo mas vale a pena pela qualidade do trabalho. [Via Alice no Mundo das Maravilhas].
Do tempo em que as saladas não eram de rúcula mas sim de agrião
Há coisa de uns dias, já não me recordo muito bem porquê, fui parar ao arquivo de Agosto de 2003 do Bloguitica. Na altura aproveitei para recordar o que à época fazia furor na blogosfera e acabei invadido por uma onda nostálgica ao relembrar excelentes blogues já desaparecidos como o Jaquinzinhos do João Caetano Dias, o Catalaxia do Rui A., o Liberdade de Expressão do João Miranda e o Cidadão Livre do Gabriel Silva - curiosamente todos eles dão hoje colorido ao Blasfémias mas não sei bem porquê (quer dizer sei mas não digo) para mim perderam parte da graça.
A nostalgia adensou-se quando me recordei que foi nesse longínquo verão de 2003 que a blogosfera portuguesa começou a ganhar peso e dignidade. Recordo-me que foi nesse verão que também eu criei o meu primeiro blogue (uma patetice anónima entretanto apagada) e que tive as primeiras conversas com o Nuno Cunha Rolo para criar juntamente com uma defunta tertúlia um blogue digno.
Isto é, o aniversario do Bloguitica que hoje se comemora, fez me recuar ao tempo em que as saladas ainda não eram de rúcula mas sim de agrião. Foi "apenas" à quatro anos.
Curiosamente não me lembro da blogosfera sem o Bloguitica. Ao longo destes quatro anos, o Paulo, para alémde manter uma regularidade estóica, conseguiu não só tornar-se num farol da blogosfera política, como tornar o seu blogue numa referência incontronavel da opinião publicada. Para mim o Bloguitica é uma leitura diária obrigatória. Parabéns Paulo.
Mas nesta viagem no tempo há mais coisas com o seu interesse. Reparem como aqui (link) o Paulo se lança a Luís Delgado num estilo que dificilmente lhe reconhecemos. Seria ainda engraçado ver o Paulo a comentar hoje esta (link) sua opinião sobre a blogosfera.
A nostalgia adensou-se quando me recordei que foi nesse longínquo verão de 2003 que a blogosfera portuguesa começou a ganhar peso e dignidade. Recordo-me que foi nesse verão que também eu criei o meu primeiro blogue (uma patetice anónima entretanto apagada) e que tive as primeiras conversas com o Nuno Cunha Rolo para criar juntamente com uma defunta tertúlia um blogue digno.
Isto é, o aniversario do Bloguitica que hoje se comemora, fez me recuar ao tempo em que as saladas ainda não eram de rúcula mas sim de agrião. Foi "apenas" à quatro anos.
Curiosamente não me lembro da blogosfera sem o Bloguitica. Ao longo destes quatro anos, o Paulo, para alémde manter uma regularidade estóica, conseguiu não só tornar-se num farol da blogosfera política, como tornar o seu blogue numa referência incontronavel da opinião publicada. Para mim o Bloguitica é uma leitura diária obrigatória. Parabéns Paulo.
Mas nesta viagem no tempo há mais coisas com o seu interesse. Reparem como aqui (link) o Paulo se lança a Luís Delgado num estilo que dificilmente lhe reconhecemos. Seria ainda engraçado ver o Paulo a comentar hoje esta (link) sua opinião sobre a blogosfera.
domingo, 12 de agosto de 2007
Há Liberdade (LXXVI)
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
"brincar aos bancos é fácil", dizia eu?
Esperem lá:
Quando há muita moeda a circular no mercado os preços tendem a subir gerando inflação.
Certo.
Então os bancos intervêm aumentando as taxas de juro, para reduzir a circulação de moeda e conter as pressões inflacionistas.
Ok, certo, percebi.
Ok, estou a ver...
Já não percebo nada... Ah! Compreendi!!!
Se não se fizesse a tal injecção de dinheiro, não havia motivo para a subida das taxas de juro!
É pá, estes gajos dos bancos estão sempre a pensar em nós...
Brincar aos bancos é fácil
Como consequência da subida dos juros (lá nos EUA, como cá na UE...), as famílias deixaram de conseguir suportar os pagamentos das prestações referentes aos empréstimos para compra de casa própria. Ficando com os meninos (as casas) nos braços, os bancos começaram a restringir as concessões de crédito entre si, originando falta de dinheiro nos mercados, razão pela qual a Reserva Federal Americana e o BCE andam a injectar dinheiro na economia.O Banco Central Europeu foi obrigado, pelo segundo dia consecutivo, a fazer uma injecção de dinheiro no mercado, na sequência da crise de crédito hipotecária que se está a verificar nos EUA. Esta sexta-feira, o BCE introduziu no mercado 61 mil millhões de euros, um dia depois de ter injectado 95 mil milhões.
Lá está, as histórias repetem-se:
as sanguessugas financeiras encontraram uma boa maneira de ganhar dinheiro (cada vez mais) rápido: emprestam dinheiro a um juro "y" e passado pouco tempo começam a cobrar um juro de "yx2".
Está-se a destruir a vida das pessoas? Nada que incomode um liberal puro.
Está-se a prejudicar a actividade bancária? O liberal puro (BCE + RFA) injecta dinheiro para safar os bancos.
Reduz-se as taxas de juros para aliviar a economia? Nááá... o que é preciso é continuar a escarafunchar a carteira das pessoas (a.k.a. "galinha dos ovos de ouro"), porque se a coisa der para o torto, cá estão os papás do costume (já sabem, a RFA e o BCE). Não acreditam? Ora vejam:
O Pedro Arruda é que percebe da coisa
Enquanto lá fora o Oceano permanece arreliantemente calmo, no Ondas o mar anda picado. O Pedro Arruda sacou dos galões mostrando que na vida, por vezes, é a rastejar que a gente se entende. Em nome do ARCÁDIA, um aloha do tamanho do planeta para a crew (toda ela sem excepção) mais coll da blogosfera portuguesa, com o desejo que mantenham sempre a vossa perfeita linha de onda.
Um dia o jornalismo televisivo em Portugal também será assim
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Efervescências (V) - o Papa belhelhas e o herói sem honra
Acabo de ver Pinto da Costa, no único canal de televisão em português minimamente suportável. Está velho. Caquéctico. Baralha-se, engana-se, solta perdigotos e parece não saber cuspir pois quase se baba. Há velhice mais digna. Mas é verão e tudo serve para "encher" chouriços. Filipe Vieira parece ter razão. O morto estrebucha. Mas ainda assim faz algum ruído. Só isso. Ruído.
Enganei-me. Queria desligar o aparelho e mudo para a RTP 1. A tal do serviço publico. Eu gosto muito de toiros. A serio. Adoro toiros. Mas ver o Bastinhas ao pulos em cima do cavalo enfurece-me. A seguir vem um pobre campino com coragem de Cruzado pegar o boi pelos cornos; literalmente. Aleija-se num olho à primeira. Mas a coragem vence o medo e volta a atirar-se ao focinho do animal. Palminhas…, palminhas da casa cheia. A mesma que se ri com as chocas indignas que levam o verdadeiro herói da festa, o toiro, cambaleante para os curros.
É este o meu país. Aquele onde a gloria é dos vilãos e os heróis vão morrer longe, sem dignidade. Ao povo cabe o papel de bobo.
Dizem-me que Roma também caiu assim.
Enganei-me. Queria desligar o aparelho e mudo para a RTP 1. A tal do serviço publico. Eu gosto muito de toiros. A serio. Adoro toiros. Mas ver o Bastinhas ao pulos em cima do cavalo enfurece-me. A seguir vem um pobre campino com coragem de Cruzado pegar o boi pelos cornos; literalmente. Aleija-se num olho à primeira. Mas a coragem vence o medo e volta a atirar-se ao focinho do animal. Palminhas…, palminhas da casa cheia. A mesma que se ri com as chocas indignas que levam o verdadeiro herói da festa, o toiro, cambaleante para os curros.
É este o meu país. Aquele onde a gloria é dos vilãos e os heróis vão morrer longe, sem dignidade. Ao povo cabe o papel de bobo.
Dizem-me que Roma também caiu assim.
Afinal ainda há novidades das boas
Zero de Conduta é um blogue relativamente recente. E excelente. Leiam, por exemplo, A indústria mais estúpida do mundo e confirmem se tenho razão.
Já não é novidade para (quase) ninguém. Ainda assim saúda-se a entrada de Miguel Portas na blogosfera que precisa urgentemente de ser mais liberal e plural na sua lista de ligações se deseja impor-se nesta esfera.
Enquanto o ARCÁDIA não lava a cara, a lista de links aqui ao lado direito vai sendo renovada. E existe por ai muitas e boas surpresas. Já conhecem a Senhora Sócrates?
Já não é novidade para (quase) ninguém. Ainda assim saúda-se a entrada de Miguel Portas na blogosfera que precisa urgentemente de ser mais liberal e plural na sua lista de ligações se deseja impor-se nesta esfera.
Enquanto o ARCÁDIA não lava a cara, a lista de links aqui ao lado direito vai sendo renovada. E existe por ai muitas e boas surpresas. Já conhecem a Senhora Sócrates?
Criatura da noite
Este verão tenho aqui trazido alguns sons a que apelido de inspiradores. Cá está mais um. Curiosamente, ou nem tanto, nunca prestei muita atenção à jovialidade desta música. Até um destes dias. Letra surrealista, musica ligeira e efervescente de alegria. Um casamento quase perfeito, esfusiante de harmonia e felicidade. Oxigénio para a alma. A escutar em repeat entre aspas. Divirtam-se.
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Usando o Arcádia como janela
Momentos em tempo real ou como tornar um blogue de referência no deserto mais inóspito da blogosfera.
Hoje, um pouco por todo o lado, vários portugueses a banhos apanharam carapaus como este que fugiam para o Mar do Norte
Hoje, um pouco por todo o lado, vários portugueses a banhos apanharam carapaus como este que fugiam para o Mar do Norte
O nauseabundo caso Madeleine McCann
Como podem verificar clicando na etiqueta infra, raramente por aqui se tem falado da menina Madalena. O momento presente volta a ser excepção.
Sem calor digno desse nome, sem os fogos a ele associados, com o pais a banhos de gente lá para o desagradável Algarve, não seria necessário ser bruxo ou vidente para saber que no auge da época pateta a miúda voltaria a figurar nas primeiras páginas inglesas e portuguesas. Cada vez se escreve mais, cada vez se fala mais e cada vez mais lixo é enviado para as diferentes esferas comunicativas. As patetices são tamanhas que até de “cães farejadores de sangue” já ouvimos falar. Ora, tal monstro pura e simplesmente não existe. A menos que estejamos a falar de outra criatura fantástica: um vampiro.
O problema é que a fantástica historinha de tais bichos é apenas uma entre muitas outras das imagens que ilustram o chorrilho de asneirada nauseabunda, tornando ainda mais primário o bando de cro-magnons em que se vem tornando a sociedade portuguesa.
É caso para dizer com toda a arrogância: meninos e meninas vão morrer longe, por favor.
Sem calor digno desse nome, sem os fogos a ele associados, com o pais a banhos de gente lá para o desagradável Algarve, não seria necessário ser bruxo ou vidente para saber que no auge da época pateta a miúda voltaria a figurar nas primeiras páginas inglesas e portuguesas. Cada vez se escreve mais, cada vez se fala mais e cada vez mais lixo é enviado para as diferentes esferas comunicativas. As patetices são tamanhas que até de “cães farejadores de sangue” já ouvimos falar. Ora, tal monstro pura e simplesmente não existe. A menos que estejamos a falar de outra criatura fantástica: um vampiro.
O problema é que a fantástica historinha de tais bichos é apenas uma entre muitas outras das imagens que ilustram o chorrilho de asneirada nauseabunda, tornando ainda mais primário o bando de cro-magnons em que se vem tornando a sociedade portuguesa.
É caso para dizer com toda a arrogância: meninos e meninas vão morrer longe, por favor.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Estão de parabéns…
…dois dos meu bloggers favoritos, a Miss Pearls e o Miguel.
Mas…, como não há bem que dure sempre, o Miguel promete abandonar-nos em breve. Sem ele, a blogosfera portuguesa ficará muito mais pobre. Perdemos nós. E perde a Liberdade.
Mas…, como não há bem que dure sempre, o Miguel promete abandonar-nos em breve. Sem ele, a blogosfera portuguesa ficará muito mais pobre. Perdemos nós. E perde a Liberdade.
Efervescências (IV) - o melhor do mundo são as crianças
N ARIANES V
"Cena do Discurso de William Wallace antes da Batalha de Stirling" - em "Braveheart" (1995), de Mel Gibson
Mais uma vez mostro este filme (eu já tinha avisado aqui no N ARIANES) que considero um épico da cinematografia mais recente do século passado. Desta vez, destaco o simples e tocante discurso feito de um common hero para uma common people, com certeza lembrado pela posteridade e as gerações futuras, tão vital que poderá mesmo levar a humanidade a digladiar-se pela sobrevivência num futuro próximo. Veremos se serão dias de liberdade.
William Wallace: And if this is your army, why does it go?
Soldier: We didn't come here to fight for them.
Second Soldier: Home, the English are too many!
William Wallace: Sons of Scotland! I am William Wallace.
Second Soldier: William Wallace is seven feet tall!
William Wallace: Yes, I've heard. Kills men by the hundreds. And if HE were here, he'd consume the English with fireballs from his eyes, and bolts of lightning from his arse.
I AM William Wallace! And I see a whole army of my country men, here, in defiance of tyranny. You've come to fight as free men, and free men you are.
What will you do with that freedom? Will you fight?
Soldier: Against that? No, we will run, and we will live.
William Wallace: Aye, fight and you may die, run, and you'll live... at least a while. And dying in your beds, many years from now, would you be willin' to trade ALL the days, from this day to that, for one chance, just one chance, to come back here and tell our enemies that they may take our lives, but they'll never take... Our Freedom!
Mais uma vez mostro este filme (eu já tinha avisado aqui no N ARIANES) que considero um épico da cinematografia mais recente do século passado. Desta vez, destaco o simples e tocante discurso feito de um common hero para uma common people, com certeza lembrado pela posteridade e as gerações futuras, tão vital que poderá mesmo levar a humanidade a digladiar-se pela sobrevivência num futuro próximo. Veremos se serão dias de liberdade.
William Wallace: And if this is your army, why does it go?
Soldier: We didn't come here to fight for them.
Second Soldier: Home, the English are too many!
William Wallace: Sons of Scotland! I am William Wallace.
Second Soldier: William Wallace is seven feet tall!
William Wallace: Yes, I've heard. Kills men by the hundreds. And if HE were here, he'd consume the English with fireballs from his eyes, and bolts of lightning from his arse.
I AM William Wallace! And I see a whole army of my country men, here, in defiance of tyranny. You've come to fight as free men, and free men you are.
What will you do with that freedom? Will you fight?
Soldier: Against that? No, we will run, and we will live.
William Wallace: Aye, fight and you may die, run, and you'll live... at least a while. And dying in your beds, many years from now, would you be willin' to trade ALL the days, from this day to that, for one chance, just one chance, to come back here and tell our enemies that they may take our lives, but they'll never take... Our Freedom!
E o BCP?
O quanto me preocupa a AG do BCP
A sanção de Dalila
A todos os que andam tão abespinhados com o "caso" Dalila e com os modelos de gestão dos nossos museus: há quanto tempo não vistam o Museu Nacional de Arte Antiga? Há quanto tempo não visitam um Museu em Portugal? [A colecção Berardo não conta]
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Pedimos desculpa por esta interrupção…
…a emissão segue dentro de momentos.
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
Campo Contra Campo (LXXXIII)
Torre Bela, *****
O meu pai é um jovem cinéfilo. Com quase oitenta anos sabe mais de cinema do que eu algum dia saberei nem que viva o dobro do que ele já viveu. Ontem, fugaz mas sabiamente, chamou (de novo) a minha atenção para uma das obras mais surpreendentes do cinema nacional. Hoje confirmo a notícia dada por meu pai nalguns blogues livres que continuam a irritar muito boa gente.
Torre Bela, documentário de Thomas Harlan produzido por Paulo Branco em 1975 – e que neste tempo de derivas estalinistas é reposto no King - não é apenas um documentário único e surpreendente. É historia, é vida, é revolução (sem cravos) em directo e a cores. É crueldade e maldade. É mediocridade. É o inferno na terra, em nome de um abismo sem retorno. Já vi na televisão, pelo menos duas vezes, Torre Bela. Façam um favor a vocês mesmos e não percam esta obra-prima. Porque quando menos esperamos a mula da comprativa pode dar de novo dois (ou mais) coices no telhado.
O meu pai é um jovem cinéfilo. Com quase oitenta anos sabe mais de cinema do que eu algum dia saberei nem que viva o dobro do que ele já viveu. Ontem, fugaz mas sabiamente, chamou (de novo) a minha atenção para uma das obras mais surpreendentes do cinema nacional. Hoje confirmo a notícia dada por meu pai nalguns blogues livres que continuam a irritar muito boa gente.
Torre Bela, documentário de Thomas Harlan produzido por Paulo Branco em 1975 – e que neste tempo de derivas estalinistas é reposto no King - não é apenas um documentário único e surpreendente. É historia, é vida, é revolução (sem cravos) em directo e a cores. É crueldade e maldade. É mediocridade. É o inferno na terra, em nome de um abismo sem retorno. Já vi na televisão, pelo menos duas vezes, Torre Bela. Façam um favor a vocês mesmos e não percam esta obra-prima. Porque quando menos esperamos a mula da comprativa pode dar de novo dois (ou mais) coices no telhado.
Lisboetices
Com a entrada do vereador-da-coragem-encomiado-em-manjerico no executivo municipal de Lisboa, será consagrada, através da revisão do PDM, a obrigatoriedade de inclusão de uma quota mínima de 25% para habitação a custos controlados nos novos projectos de de construção e em grandes operações de reabilitação.
Assim sendo, será que os prédios novos vão passar a ter 2, 3, ou mesmo 4 "casas da porteira"?
Estalinismos
Esperei, esperei, esperei... mas não vi nem bloguistas nem cronistas de direita relacionarem dois casos com algumas semelhanças e com enormes diferenças:
Os bloguistas e cronistas de direita estão em êxtase procurando atacar o Governo por causa da não renovação da comissão de serviço da directora do Museu de Arte Antiga, Dalila Rodrigues (nomeada por um Governo CDS-PSD), em consequência (parece) de esta ter publicamente assumido a sua discordância com a política de gestão de museus da ministra.
Por outro lado, silenciaram a condenação do Estado em pagar um milhão de euros aos 18 directores dos centros distritais de segurança social (nomeados por um Governo PS) demitidos por fax, a uma Sexta-Feira à tarde, por Bagão Félix. A meio da sua comissão de serviço.
No caso de Dalila Rodrigues, não foi renovada a comissão de serviço de uma directora de um museu nacional que discorda da política dos museus nacionais do Governo.
No caso dos 18 directores, a demissão ocorreu durante a comissão de serviço, sem que tenha havido qualquer manifestação contra a política de segurança social do Governo.
Assim, estranho que Dalila Rodrigues seja vítima de uma medida estalinista, e que os 18 directores tenham sido meramente objecto de uma varridela higiénica contra a esquerda (como na altura se dizia, quando os sapatos de vela invadiram a Praça de Londres).
Aproveito para citar Vasco Pulido Valente na sua crónica de hoje, no Público:
«Dalila Rodrigues, por muito que lhe custe, está obrigada à obediência e não é admissível que vá para os jornais censurar a ministra. Não lhe compete definir a política do ministério; e a administração pública não se tornou ainda numa instituição democrática. A dr.ª Pires de Lima tomou nota e, muito justamente, correu com ela.»
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Há Liberdade (LXXV)
[...em movimento]
O meu sonho? O meu sonho…, bem o meu sonho são (?) muitos. Mas na próxima temporada estar nesta onda carregada de energias positiva, já provada e classificada com um “PARA TODOS” tinha a sua graça. É um sonho. Apenas um sonho numa noite quente de verão. Como tantos, tantos outros…
O meu sonho? O meu sonho…, bem o meu sonho são (?) muitos. Mas na próxima temporada estar nesta onda carregada de energias positiva, já provada e classificada com um “PARA TODOS” tinha a sua graça. É um sonho. Apenas um sonho numa noite quente de verão. Como tantos, tantos outros…
Afinal o Zé fazia mesmo falta a alguém
O Bloco chega finalmente a uma posição de poder (algo) relevante. Estou contente. O Zé e o seu bando, com uma “pasta” importante em Lisboa, vão poder por fim mostrar que são ainda mais medíocres do que as moscas do costume.
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Palavras para quê?
Sentido de Estado (link) por Paulo Gorjão.
Da gravidez
Desde que a minha mulher engravidou que tenho três estrelas de cinema lá em casa:Os pés de um Hobbit, a barriga do Homer Simpson e o apetite do Monstro das Bolachas!
Subscrever:
Mensagens (Atom)