sexta-feira, 20 de abril de 2007

Sócrates não sabe chorar

Assistimos ontem à noite a uma das mais tristemente ridículas encenações político-partidárias dos últimos anos em Portugal.
O PS, hoje, já não é apenas um partido fragilizado É um partido assustado e diminuído. Quem diria, passados que estão pouco mais de dois anos da esmagadora vitoria absoluta.
No ano passado, para comemorar o seu trigésimo aniversário, o PS fez uma “private party”; pudera, andava inchado como um balão de hidrogénio e não fazia sentido perder altitude. Ontem, para comemorar o trigésimo quarto aniversário, o PS tentou fazer uma festa de arromba. Os pobres militantes, sempre prontos para aparecerem nas fotos ao redor do seu querido líder encheram a casa.
O “paizinho” Soares foi convidado a discursar. Com o peso da derrota “dez por cento” Soares lá foi debitando palermices. Comparou o “Sócratesgate” ao “caso casa pia”, Sócrates a Ferro Rodrigues. A direita odiada pelo “paizinho” agradeceu o tiro no pé. Venham mais cinco…
Com a mão trémula da idade que não perdoa, o cadáver político em que Soares se tornou, directamente do caixote do lixo da Historia, lá continuou a debitar o arrazoado do costume, que já ninguém ouve e muito menos acredita. E ninguém é ninguém. Sócrates inclusive. Este, bem tentou verter uma lágrima. Bem tentou emocionar-se. Nada. Zero. Sócrates não sabe chorar. Limitou-se a falar em decência…
Hoje ao PS resta-lhe uma maioria. E uma maioria, uma hipocrisia. Uma maioria absoluta, uma absoluta hipocrisia.

PSL

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