segunda-feira, 5 de março de 2007

o espírito de porteira


Um dos muitos defeitos que, infelizmente, ainda pululam no gene português é o espírito de porteira. Aquela atitude mesquinha de aproveitar a mínima deixa para soltar um comentário, para silvar um reparo sobre a vida pessoal de alguém.

Ora cá vai um exemplo:

No passado sábado, Eduardo Cintra Torres (que interpretou aí, com mestria, o papel de "porteira"), referindo-se a uma situação que envolveu um conflito quanto ao exercício de direito de resposta no Diário de Notícias, em resultado de um artigo (ou crónica?) de Fernanda Câncio, insinua que uma atitude do Director deste Diário teria sido determinada pela"publicitada e não desmentida relação pessoal entre a jornalista" e outra pessoa.

Fernanda Câncio respondeu (ainda que isso implique descer ao rés-do-chão da vida...), dizendo que "a isto, em tempos, chamou-se calúnia. agora parece que passa por crítica de media, e ainda por cima apresentada como paladina da liberdade, da justeza e do bem, do jornalismo 'a sério', livre e impoluto. não há nada, parece, que uma boa teoria da conspiração não justifique. nada." Respondeu bem e de forma contida, dando uma boa chapada na porteira da paróquia.

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