terça-feira, 6 de março de 2007

Campo Contra Campo (LXXVIII)

O Labirinto do Fauno, *

Ridículo, palerma, patético!
É aborrecido quando vamos ao cinema perder tempo. Mas inevitavelmente por vezes acontece. Guillermo Del Toro nasceu numa terra de almas penadas e espíritos andrajosos. Colocou a câmara ao ombro e veio filmar fantasmas para uma terra de bruxas. O resultado é ridículo, palerma e patético. Decepcionante para o espectador que sabe ter o filme sido laureado com os oscares de melhor direcção artística (os membros da academia não devem ter visto os dois filmes de Eastwood), melhor fotografia (onde a sublime visão de Eduardo Serra em Diamante de Sangue nem sequer foi nomeado) e melhor caracterização.
No filme de Del Toro tudo é previsível: Os Franquistas (e não fascistas como se lê por ai) sempre muito maus; os resistentes comunistas os desgraçadinhos de sempre; os cavalos sempre a correr e a menina a aprender.
Sangue também não falta, tal como violência gratuita. A sala vai dando o benefício da dúvida, até que o mau da fita coze sozinho a boca que ficou rasgada (quase) até á orelha. Aqui a gargalhada é geral. O fantástico dá lugar à comédia de série Z. Muito mau!
Como todos sabem o tempo dos milagres acabou há muito, as fadas estão todas mortas e já não há heróis! O que nem todos sabem (mas deviam saber) é que este filme que teve seis nomeações paras os prémios da academia (entre as quais melhor filme estrangeiro e melhor argumento) é uma merda e não deve ser visto por ninguém.

3 comentários:

izzolda disse...

Hmmm. Não é uma obra-prima, longe disso, mas tenho de confessar que até me agradou! Não se pode concordar sempre :)

Nuno Cunha Rolo disse...

Para ser uma m****, tocou-te!:-)
Abraço,
NCR

Pedro Soares Lourenço disse...

É verdade Izzolda, e as vezes discordar até pode tornar-se bem divertido.
Claro, Nuno. O cinema (mesmo o mau) tem sempre a sua dose de catarse.