sábado, 21 de outubro de 2006

Filho, foste citado no Diário de Noticias

A historia já tem uns dias e conta-se numa penada.
Mas trouxe-me à memória aquele episódio do Cavaquismo tardio, quando um ministro que acabou de saber que o era, inchado e ufano, telefonou, algures dos passos perdidos, ao pai exclamando para quem o queria ouvir: "pai, sou ministro!".

Se Sócrates tivesse lido Maquiavel saberia, por certo, que o bem faz-se aos bocadinhos, enquanto que mal deve ser feito todo de uma vez só.
A frase, lida do outro lado da linha do telefone, pareceu-me familiar. Pudera, tinha sido eu que a escrevera e surgia nas paginas do Diário de Noticias de segunda-feira passada.

O que é que tem de especial ser citado no Diário de Noticias?
Aqui não há lugar a falsas modéstias. Fiquei contente com a citação porque demonstra que o ARCÁDIA é lido; e é lido com atenção. Não é uma frase solta, não é um sound byte. É uma frase retirada de um texto forte e elaborado, tão reveladora da natureza de quem nos governa, como do espirito deste blogue. Não foi, por certo, escolhida à toa para encher de negro as alvas paginas do diário lisboeta.

Esta é também uma boa oportunidade para agradecer a quem acompanha o muito que por cá se tem escrito. Muito (e perdoe-me uma vez mais a falta de modéstia) e bom.
Sensivelmente, desde o inicio do verão passado, o ARCÁDIA tem atravessado os seus melhores momentos. Actualmente somos lidos, em media, por cerca de cem pessoas diariamente, o que nos enche de orgulho e satisfação. Mas acima de tudo de responsabilidade. "Cem pessoas, grande coisa", dirão porventura, alguns. Não somos lidos por números, mas sim por pessoas. Ninguém pode desdenhar uma centena de leitores diários. Essa é que é essa.

Esta singela citação vem também sublinhar um aspecto importante. Somo lidos com cuidado e isso faz aumentar a responsabilidade daquilo que aqui se dá à estampa. Sem, no entanto, nunca perder a irascibilidade que caracteriza o espirito "arcádico".
A propósito. Afinal alguém ainda lê o Diário de Noticias. Se não fosse o meu pai…

PSL

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