quinta-feira, 18 de maio de 2006

Campo Contra Campo (XLVI)

“O filme mais esperado da temporada chega hoje às salas de cinema de todo o mundo, apesar de muitos protestos. A primeira reacção ao Código não foi a melhor: houve gargalhadas no Festival de Cinema de Cannes, mas há quem preveja que será bem recebido entre os que leram o livro e acreditam nas suas teorias.”

As palavras de Vasco Câmara, no público de hoje dizem tudo.
O filme de Ron Howard apenas não é arrasado por quem já o viu, ontem, em Cannes, por puro pudor. É uma pena…, o pudor.
O melhor que podia ser dito do sucesso mundial de Dan Brown, era o livro ser um verdadeiro “script” para cinema; quanto menos fosse mexido, melhor.
Mas apenas isso não basta para fazer um bom filme. Um livro interessante sob o signo cinematográfico não dá directamente lugar a um bom objecto da sétima arte. Muitos escrevem, poucos filmam, e pouquíssimos fazem cinema.
Pois bem, apesar dos trails sedutores, que nos remetem imediatamente para cenas chave do livro, o “pacote” parece roçar o ridículo pelo menos atendendo ao “gosto dos outros”.
Ainda assim, e porque raramente vi um filme de que tenha lido antes o livro (e também porque enquanto o lia fiz o meu filme mentalmente…), estou um pouco ansioso para correr rapidamente para uma sala de cinema perto de mim. Nem que seja para confirmar a decepção.

PSL

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