terça-feira, 13 de dezembro de 2005

O mudo, o fantasma, o louco e as marionetas, ou as eleições irreais

Não tenho lido o Courrier Internacional. É pena pois é das melhores leituras que podemos encontrar. Contudo, ontem, um exemplar desta semana caiu-me nas mão e quando pude li o que é obrigatório ler nesse digest. A crónica de José Gil.
Escreve o filosofo: “Porque é que estas presidenciais estão a ocupar o espaço publico como se delas dependesse a solução da crise que o pais atravessa?”.

Ainda ontem, deviam ser uma e meia da noite quando passei os olhos pela televisão. Na 2:, SIC Noticias e RTPN, em três canis três, transmitiam-se imagens de um putativo debate Louçã Vs Alegre. Debate?
Oco, vazio, muito nebulado, deserto, seco, árido, pobre, as vezes aparvalhado, outras cómico. Assim ia o debate.

Ingénuo e desiludido, é como me sinto.
Ingénuo por um dia ter acreditado que pelo menos a campanha para estas presidenciais podiam ser um ponto alto e de viragem no pérfido pântano das ideias e ideais políticos em Portugal.
Um Cavaco mudo, um Soares fantasma de si próprio, um poeta louco e duas marionetas políticas. É isto que Portugal vale?
Desiludido porque depois desta “batalha” já nem ponta de esperança política resta a esta Republica.

PSL

1 comentário:

Pedro Soares Lourenço disse...

Há gralhas giras. Quando me referi às televisões, onde se lê “três canis três” deveria ler-se “três canais três”. Se calhar fugiu-me o dedo para a verdade...