terça-feira, 27 de dezembro de 2005

Campo Contra Campo (XXXI)

As Bonecas Russas, **

Morangos com açúcar sub-30

Este é um daqueles filmes que tem o condão de dividir as opiniões do amor ao ódio, o que é bom, mas que em mim não gerou nem uma coisa nem outra, o que é mau.
Em fim de carreira nas salas de Lisboa “As Bonecas Russas” é um filme que não chega a ser cinema. Mal filmado, pateticamente interpretado com um argumento a roçar o ridículo. Chato e comprido como o peixe espada. São mais de duas horas onde Cédric Klapisch se esforça para com a sua lente artificialmente quente assassinar cidades tão belas como Paris, Londres e São Petesburgo. E..., sejamos claros, quase consegue.
A melhor definição que consigo encontrar para “As Bonecas Russas” vem do foro televisivo. Este filme não passa de uma espécie de Morangos com açúcar sub-30. Mas pior. Porque tenta ser snob, culto, muito moderno e sexualmente correcto. Tudo junto dá uma caldeirada de vácuo ficcional.




Ainda assim merece as duas estrelinhas porque dispõem bem, dá para sorrir para o écran e dar graças por não sermos tão apatetados como os protagonistas. Caso não o veja nada perde, caso o veja apenas perde o seu tempo.

PSL

2 comentários:

Ana disse...

Eu gostei, do filme, da banda sonora, de rever Londres, dos protagonistas apatetados (se calhar porque também sou assim!), das gargalhadas e sorrisos que me arrancou e do tempo que estive sentada no cinema a vê-lo! Mas, é como tudo, não podemos gostar todos do mesmo, certo?
O meu irmão quase me espanca quando digo que odiei o Matrix...lol

Pedro Soares Lourenço disse...

Nocas: a questão não é gostar ou deixar de gostar. O filme também não me incomodou assim tanto. Só que uma coisa é gostar outra é ser bom filme, ser cinema…, ou não será assim?