Ao mesmo tempo que pede a renacionalização de uma das (pouquíssimas) seguradoras de crédito que actuam em Portugal, a AEP critica o Governo por ter aumentado a função pública (facto que puxa os salários do sector privado) por afinal a inflação ser mais baixa do que se previa.
A AEP afirma que «a moderação salarial é uma exigência absoluta» para defender a competitividade.
Bem, além de qualquer merceeiro (sem desprimor para estes) saber que a competitividade não se mede pelos salários mas pelas opções de negócio que se toma quando se investe assumindo o risco inerente, é preciso uma lata descomunal para - ao mesmo tempo que se pede a moderação (i.e. congelamento ou redução) dos salários dos trabalhadores, se pedir a nós todos que asseguremos o seu risco.
É o neo-conservadorismo devorista e rentista no seu melhor! De facto, a AEP com líderes deste calibre bem pode migrar para paraísos da moderação salarial...
Sem comentários:
Enviar um comentário