sexta-feira, 3 de novembro de 2006

N DIAGONAIS VI

Geneticamente, é de esquerda ou de direita? Sim, geneticamente, sorri de quê? Não sabia?! (Há em todo o lado, Portugal não é excepção, ou é?)

Esqueça o que lhe impingiram, a diferença entre ser-se de esquerda e de direita não se extrai das leituras, das ideias ou das influências pessoais, nem dos vícios privados. Uma pessoa sabe se é geneticamente de esquerda ou de direita com um teste muito simples. É ela, a genética, porque como ela não há nenhuma. Para além dela, esta distinção revolucionário-francesa, na actualidade, pouco ou nada tem para oferecer.
Prossigamos, então, com o teste-questionário, com duas perguntas apenas:

1.ª Questão: Se souber que alguém quer maltratá-lo fisicamente, o que faz?

A: quando estiver perante essa pessoa, tenta saber o porquê daquela bélica vontade e torna-se um objectivo, para si, compreender e chegar a um consenso civilizado;

B: quando é confrontado com ela, assente na sua concepção da natureza humana, vai-lhe à fuça, assim que estiver ao seu alcance.


2.ª Questão: qual acham que é a resposta de direita e qual a de esquerda?

Já está?

Pronto, cada um acabou de descobrir a sua vocação, designada por inclinação fetal ideológico-maniqueísta. Se está satisfeito, fique por aqui.

Aos outros, tenham calma, e esperança! Epa´, tudo deve ter uma resposta, não?!
Bom, então, talvez pertençam ao grupo que não é nem de esquerda, nem de direita, mais conhecido pelo grupo centrão dos sim-sim, um corpo (s)impagável e (s)impenetrável na (s)ímpar sociedade política portuguesa. Mas veja lá, à cautela repita o teste duas vezes (ou seja, faça-o três vezes!), pois não vá o diabo tecê-las.
Se, mesmo assim, tudo vos corre mal, vosso deus!, não sei que vos faça! Olhem, ponham uns cornos de santo, vistam a pele de carneiro e façam-se ao Mercado da Providência! Em Portugal, não há melhor remédio para as súplicas dorzinhas da alma choradinha...

Pobres bloguistas, ainda há quem acredite neles!

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