[Post publicado em estéreo aqui e aqui (link). Aos demais autores do Palavras de Sal (link) o meu muito obrigado pelo convite para escrever nessa Casa de amantes do mar.]
Sou um freak. Confesso-me desde já: sou um freak.
Entre ouras coisas porque, no verão ou fora dele, quando vou à praia aproveito o saco da minha refeição para limpar os metros de praia que me rodeiam. Apanho todo o lixo que encontro e deposito-o no caixote próprio. Quando vou fazer umas ondas, muitas vezes, levo um saco de plástico comigo e repito o processo. Vezes sem conta.
Um destes dias entrei na Cova. Já não ia lá há algum tempo. Depois da surfada e da maralha se despedir fiquei por ali. As montanhas de todo o tipo de detritos plantados naquelas dunas, tinham-me feito confusão quando caminhava de prancha debaixo dos braços rumo às ondas. Ao ficar por ali perdi parte do gozo da surfada. É obsceno o estado lastimável e silencioso daquelas dunas: gritam por limpeza!
Hoje, logo da primeira vez que tenho o prazer de aqui escrever, venho vos pedir algo desagradável. O pequeno filme que vos deixo causa-me mais do que tristeza. Causa-me angústia. Não poupo nas palavras: causa-me angústia! Peço vos que o vejam. Que o vejam e que dispensem uns minutos da vossa acelerada vida a pensar no que viram. E que dai retirem ilações. E lições também.
Do oceano viemos…, ninguém, repito, ninguém pode provar que algum dia a ele não regressemos.
Entre ouras coisas porque, no verão ou fora dele, quando vou à praia aproveito o saco da minha refeição para limpar os metros de praia que me rodeiam. Apanho todo o lixo que encontro e deposito-o no caixote próprio. Quando vou fazer umas ondas, muitas vezes, levo um saco de plástico comigo e repito o processo. Vezes sem conta.
Um destes dias entrei na Cova. Já não ia lá há algum tempo. Depois da surfada e da maralha se despedir fiquei por ali. As montanhas de todo o tipo de detritos plantados naquelas dunas, tinham-me feito confusão quando caminhava de prancha debaixo dos braços rumo às ondas. Ao ficar por ali perdi parte do gozo da surfada. É obsceno o estado lastimável e silencioso daquelas dunas: gritam por limpeza!
Hoje, logo da primeira vez que tenho o prazer de aqui escrever, venho vos pedir algo desagradável. O pequeno filme que vos deixo causa-me mais do que tristeza. Causa-me angústia. Não poupo nas palavras: causa-me angústia! Peço vos que o vejam. Que o vejam e que dispensem uns minutos da vossa acelerada vida a pensar no que viram. E que dai retirem ilações. E lições também.
Do oceano viemos…, ninguém, repito, ninguém pode provar que algum dia a ele não regressemos.
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