Agora que os “direitos adquiridos” foram extintos em Portugal, talvez seja uma boa altura para reflectir nas pensões de reforma. É que o movimento geral vai no sentido de o valor das reformas ter como base a carreira contributiva completa dos trabalhadores, determinando – no futuro – que a taxa de substituição da pensão em relação ao último salário fique abaixo dos 50%.
Ora, fará sentido que neste momento haja pessoas a receber pensões de reforma elevadas e que não traduzem uma verdadeira carreira contributiva?
Fará sentido continuarmos a pagar pensões de 18 mil euros por 18 meses de trabalho?
Fará sentido continuarmos a pagar subvenções vitalícias aos ex-deputados, matéria aliás secreta?
Penso que estão criadas as condições sociais e políticas para que as pensões acima dos 1500 euros (suportadas por dinheiro público) sejam recalculadas em função do tempo efectivo de trabalho e de descontos.
O ajustamento não seria pleno, uma vez que essas pensões e subvenções não desceriam abaixo dos 1500 euros mensais, mas serviria de exemplo: aqueles que mais beneficiaram estariam também a contribuir para o bem comum.
Parece-me que tal é de elementar justiça: afinal, os sacrifícios devem ser repartidos, certo?
1 comentário:
Os sacrificios devem ser repartidos, mas não são e dúvido que venham a ser ... enquanto conseguirem continuar a sugar o nosso sangue.
Enviar um comentário