segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Puxão de orelhas

Marcelo Rebelo de Sousa veio ontem em socorro de Cavaco Silva no caso das escutas.
Para Marcelo, Cavaco nunca soube de nada, e o caso apenas existiu na cabeça de um assessor, que agora merece um puxão de orelhas.
O problema da tese de Marcelo é que, desde a divulgação pública do assunto, em Agosto, Cavaco geriu silêncios e meias palavras alimentando a história e promovendo a ideia de um Governo que recorre a meios ilegais.
Essa gestão de Cavaco denuncia o seu interesse na história e indicia ainda mais...
A questão é esta:
Quereria Cavaco criar condições para não convidar Sócrates a formar Governo caso este ganhe com maioria relativa e o PSD e CDS tenham mais deputados? É que, ao contrário do que muito boa gente pensa, o Presidente da República não é obrigado a convidar o líder do partido mais votado...
Não acreditam? Ora vejam o artigo 187.º da Constituição da República Portuguesa:
Artigo 187.º
Formação

1. O Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais.

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