Mais uma vez as "elites" portuguesas manifestam a sua veia rentista e devorista, tão bem sintetizada no cliché dos dias hoje: privatizar lucros e socializar prejuízos.
Ora vejamos:
- A Banca estava a pagar taxas de juro cada vez mais altas quando se estava a financiar no estrangeiro, isto por causa da crise de confiança do sistema financeiro;
- Em consequência, os juros para os clientes finais estavam também a aumentar (a euribor);
- Com as intervenções salvíficas dos Estados, a crise de "confiança" arrefeceu;
- Assim, as taxas de juros entre os bancos (euribor) estão em queda, ou seja, os bancos estão a pagar menos pelos seus financiamentos;
- A existência de um aval do Estado Português, fará com que as taxas de juro a pagar pelos bancos que àquele recorram tenderão a baixar;
- Logo, além de a Euribor estar em queda, o apoio do Estado Português fará com que as taxas de juro pagas pelos bancos desçam;
- Assim, a vontade que a Banca portuguesa tem de repercutir nos seus clientes as comissões a pagar para aceder ao Aval, demonstra à saciedade o seguinte:
Salvamo-los (pagando uma vez) e saciamo-los (pagando uma segunda vez). Não seria melhor deixá-los falir?
1 comentário:
Sem qualquer espécie de dúvida. Era melhor mesmo deixá-los falir. Quem paga sempre é o zé povinho, seja em época de crise ou de bonança. Alguma coisa aqui não bate certo.
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