quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Rugby, o jogo e paixão

1. Ao comentar a saída de José Mourinho do Chelsea, Alex Ferguson, treinador do Manchester United, por varias vezes se referiu “ao jogo” quando queria designar o futebol. Faz sentido, todo o sentido.

2. Como todos sabem terminou ontem a aventura portuguesa no Mundial de Rugby. Com os resultados que se conhecem. Provavelmente pela primeira vez acompanhei uma competição desse desporto com alguma atenção. Finalmente conheço minimamente as regras. Ontem pude enfim assistir a uma partida de fio a pavio. E confirmei o que sempre pensei desse desporto. De facto o Rugby não é um jogo. É apenas um desporto como tantos, tantos outros onde é necessário atingir um dado objectivo para sair mais feliz da contenda. E o Rugby não ascende ao Olimpo dos jogos por uma razão simples. Falta-lhe a alia.

3. No Rugby, para mal dos nossos pecados lusitanos, vence sempre o mais forte. Sempre. Ao desporto Rugby falta-lhe aquela pitada de tempero a que normalmente chamamos sorte ou azar e que tantas vezes determina o vencedor de um jogo de futebol. Por isso é que este é Rei. O desporto Rei.

4. Perguntam-me se eu quero ir à Amadora ver o Benfica B jogar contra o Estrela A/B logo à noite. Recuso. Por muitas razões. Entre elas todas, a desilusão de ver o meu querido clube jogar um futebol digno de candidato “à manutenção”. Pelo menos aqueles que calcorreiam o país (e o estrangeiro, também) a gritar o nome do Sport Lisboa e Benfica mereciam mais respeito. Desde logo de quem dirige o clube e a SAD. Basta!

5. Dizem os calendários que no sábado se joga o derby “do jogo” português. O único derby do futebol português. Clássicos são muitos; derby só este. Aquele momento único que tantas emoções já provocou ao longo de cem anos está remetido para o cantinho do quase-esquecimento. Ar dos tempos, sem duvida. Já alguém terá dado conta disso? É assim que “o jogo” vai definhando em Portugal…

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